Botafogo falha no ataque, e Atlético-PR vence no Engenhão
Primeiro o Mineirão e depois o Engenhão. O Atlético-PR construiu o segundo capítulo de visitante abusado neste sábado ao derrotar o Botafogo por 1 a 0, no Rio de Janeiro, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. Na quarta-feira, a equipe vencera o Cruzeiro por 2 a 0, também fora de casa.
O Alvinegro deve lamentar a péssima noite de seus atacantes. André Lima perdeu pênalti, deu duas furadas. Victor Simões perdeu gol até dentro da pequena área e foi vaiado individualmente. À equipe inteira, os torcedores reservaram o grito de "time de merda".
O resultado garante a terceira vitória consecutiva do Furacão, duas sob o comando de Antônio Lopes, e o coloca na 13ª colocação, com 21 pontos. Derrotado, o Botafogo está uma posição atrás, mas com 19 pontos.
Na próxima rodada, o time carioca visita o líder Palmeiras no Palestra Itália. O jogo será no sábado. No dia seguinte, o Atlético-PR recebe o Barueri, na Arena da Baixada.
André Lima perde pênalti
A trave esquerda do Atlético-PR foi a protagonista do primeiro tempo. Depois de um início sonolento e de muitos erros de passe, o Botafogo deu uma blitz nos visitantes entre os 15 e os 25 minutos. Foi neste período que surgiram as principais chances.
Na principal delas, aos 18 minutos, André Lima foi puxado na área por Chico. Ele mesmo cobrou e acertou a trave. A cobrança do atacante provocou polêmica porque o técnico Ney Franco orientou Lucio Flavio, o batedor oficial, a finalizar.
Pouco tempo depois, aos 20, Victor Simões recebeu na área e chutou prensado na defesa. Na sobra, o próprio Victor finalizou rasteiro no pé da trave.
Aos poucos, a pressão botafoguense cessou e o Atético-PR equilibrou a partida. Mas os lances de perigo também rarearam.
Gol do Furacão e revolta da torcida alvinegra
Na etapa final, o time alvinegro voltou a ensaiar uma pressão. Aos sete minutos, Eduardo cruzou na área e André Lima cabeceou com perigo, à direita de Galatto.
O Furacão respondeu na mesma moeda. Paulo Baier cobrou falta lateral, Manoel mergulhou e mandou para fora. A noite não era de André Lima. Aos 20, o atacante recebeu na área de Jônatas e furou. Na sobra, chutou em cima da zaga.
Castillo se machucou e foi substituído por Flávio. Logo no primeiro lance, aos 24, o goleiro sofreu um gol. Paulo Baier cobrou, Valencia desviou e Patrick abriu o placar para os visitantes. O centroavante do time paranaense estava impedido.
Victor Simões perdeu um gol aos 25 dentro da pequena área. Foi a gota d'água para o técnico Ney Franco perder a paciência com o sistema ofensivo e colocar Tony. Mas pouco adiantou. O nervosismo dentro de campo refletiu-se nas arquibancadas. Jogadores vaiados, e gritos de "time de m..." formaram a trilha sonora.
Ficha técnica:
BOTAFOGO 0 x 1 ATLÉTICO - PR
BOTAFOGO
Castillo (Flávio), Wellington, Leandro Guerreiro e Eduardo; Alessandro, Fahel (Tony), Jônatas, Lucio Flavio e Batista (Léo Silva); André Lima e Victor Simões.
Técnico: Ney Franco.
ATLÉTICO - PR
Galatto, Manoel, Valencia e Chico; Nei, Rafael Miranda, Wesley, Paulo Baier (Raul), Marcinho (Gabriel) e Márcio Azevedo (Renan); Patrick.
Técnico: Antônio Lopes.
Gols: Patrick, aos 24 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Jônatas, Wellington, Victor Simões e Léo Silva (Botafogo); Chico, Galatto e Wesley (Atlético-PR).
Estádio: Engenhão. Data: 08/08/2009.
Árbitro: Francisco de Assis Almeida Filho (CE).
Auxiliares: Manuel Marcio Bezerra Torres (CE) e Ednilson Corona (SP).
Público: 11.454 pagantes (12.114 presentes). Renda: R$ 133.891,50
SANTOS 2X2 AVAÍ
Santos abre 2 a 0, bobeia, e Avaí arranca o empate na Vila Belmiro

Com o resultado, a equipe comandada pelo técnico Silas, que faz ótima campanha, assumiu a quinta posição na tabela, com 27 pontos. Já o Peixe, que vinha de duas vitórias seguidas, chegou aos 24 pontos, na 11ª colocação.
Os dois times voltarão a campo apenas no próximo fim de semana. O Peixe, no domingo, irá a Belo Horizonte para enfrentar o Cruzeiro. Já o Avaí, no dia anterior, receberá a visita no Náutico em Florianópolis.
CONFIRA A CLASSIFICAÇÃO DO CAMPEONATO BRASILEIRO
Começo em alta voltagem
O Santos armou uma verdadeira blitz nos primeiros dez minutos. Com apenas uma atacante de ofício, três volantes e dois meias, o técnico Vanderlei Luxemburgo apostou na marcação forte no meio-campo e na saída rápida para os contra-ataques. Do meio para a frente, ninguém tinha posição fixa e a marcação do Avaí ficou completamente perdida.
Depois de Kléber Pereira perder uma boa chance aos dois minutos, o primeiro gol saiu aos nove. O mesmo camisa 9 desceu pela direita e bateu cruzado para área. A zaga do Avaí rebateu mal. No rebote, Rodrigo Souto tocou para Germano, que lançou para a área. Augusto, de cabeça, rebateu. Na nova sobra, Paulo Henrique Lima fez lançamento primoroso para Madson que, nas costas da defesa, invadiu a área e tocou no canto direito de Eduardo Martini (veja o gol).
Logo depois, Luxemburgo foi obrigado a mexer na parte tática da sua equipe, já que Germano sentiu lesão no joelho e deu lugar a Felipe Azevedo. Com isso, apenas Rodrigo Mancha e Rodrigo Souto ficaram como responsáveis pela marcação. E o Avaí, com mais espaço para sair de sua defesa, rapidamente equilibrou a partida.
O jogo ganhou muito em qualidade porque, ao mesmo em que a equipe catarinense passou a levar perigo ao gol defendido por Felipe, o Peixe começou a ter o contra-ataque à disposição. As chances de gol apareceram dos dois lados.
O Santos, em lançamento primoroso de Kléber Pereira para Madson, aos 21, só não marcou porque Eduardo Martini fez grande defesa em chute cruzado do camisa 10 santista. O Avaí respondeu sete minutos depois, quando William recebeu de Luís Ricardo e, cara a cara com Felipe, chutou em cima do goleiro santista.
Até o fim do primeiro tempo, o jogo foi em alta velocidade, com as duas equipes buscando o ataque. No Peixe, Felipe Azevedo, em dois chutes de fora da área, deu trabalho para Eduardo Martini. Do lado catarinense, Muriqui, já nos acréscimos, pegou um rebote na entrada da área, mas chutou errado, por cima do gol defendido por Felipe.
Kléber Pereira desencanta, mas Avaí reage
O Santos deu a falsa impressão de que havia resolvido a partida ao marcar o segundo gol logo aos seis minutos. Léo recebeu na esquerda, passou como quis por Luís Ricardo e fez assistência maravilhosa para Kléber Pereira. Livre na área, o atacante teve tempo de escolher o canto, bater de pé esquerdo e sair para o abraço. Foi o sexto gol do camisa 9 santista, que não balançava as redes adversárias desde o dia 12 de julho, quando marcou na goleada sofrida por 6 a 2 para o Vitória (veja o gol).
Com 2 a 0 a seu favor, o time santista simplesmente parou em campo. E o Avaí, sem se desesperar em nenhum momento, seguiu buscando o ataque. Muriqui, aberto pela esquerda, dava muito trabalho a Pará. Marquinhos, pelo meio, ditava o ritmo da equipe. E, aos 20, William recebeu na esquerda da área de Muriqui e bateu no canto esquerdo de Felipe: 2 a 1.
A torcida santista ficou muda. O time, em campo, não reagiu. E os catarinenses passaram a dominar as ações. Tanto que, quatro minutos depois, veio o empate. Marquinhos cobrou falta pela direita, a zaga do Peixe falhou e Émerson, dentro da área, fuzilou o goleiro santista: 2 a 2. (Veja como foi o empate catarinense)
Luxa responde com Neymar
A torcida santista ficou muda. O time, em campo, não reagiu. E os catarinenses passaram a dominar as ações. Tanto que, quatro minutos depois, veio o empate. Marquinhos cobrou falta pela direita, a zaga do Peixe falhou e Émerson, dentro da área, fuzilou o goleiro santista: 2 a 2.
Ficha técnica:
SANTOS 2 x 2 AVAÍ
SANTOS
Felipe; Pará, Fabão, Eli Sabiá e Léo; Rodrigo Mancha, Germano (Felipe Azevedo depois Tiago Luís), Rodrigo Souto, Paulo Henrique Lima (Neymar) e Madson; Kléber Pereira.
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
AVAÍ
Eduardo Martini; Rafael, Émerson e Augusto; Luís Ricardo, Marcus Vinícius, Léo Gago, Marquinhos (Anderson), Muriqui e Eltinho; William (Caio)
Técnico: Silas.
Gols: Madson, aos 9min do 1º tempo. Kléber Pereira, aos 6min, William, aos 20min e Émerson, aos 24min do 2º tempo
Cartões amarelos: Fabão, Rodrigo Mancha e Madson (Santos). Augusto, Léo Gago e William (Avaí)
Estádio: Vila Belmiro. Data: 08/08/2009.
Árbitro: Wallace Nascimento Valente (ES).
Auxiliares: Antonio Carlos de Oliveira (ES) e Adaílson Alves Pereira (ES)
NÁUTICO 2X1 SANTO ANDRÉ
Náutico segue em recuperação e vence o Santo André em Caruaru: 2 a 1
Depois de empatar com o Flamengo em 1 a 1 e derrotar o Corinthians por 1 a 0, o Náutico confirmou sua recuperação no Brasileiro e venceu o Santo André por 2 a 1, neste sábado, em Caruaru. Punido com a perda de um mando de campo após uma garrafa ser atirada em uma radialista depois do jogo contra o Vitória, nos Aflitos, o Náutico teve de jogar no interior de Pernambuco. Mesmo assim o público foi bom, empurrando o time de Geninho momentaneamente para fora da zona de rebaixamento, com 18 pontos, em 16º lugar . Mas o Náutico será ultrapassado neste domingo por Coritiba ou Cruzeiro, já que os times se enfrentam no Couto Pereira, às 18h30m. O time paranaense tem 16 pontos. O mineiro, 17.
O Santo André - que está com o mesmo número de pontos e vitórias que o Náutico, mas com melhor saldo de gols - poderia ter saído na frente logo no primeiro minuto, quando Asprilla derrubou Nunes na área. Mas Marcelinho Carioca bateu mal e o goleiro Gledson segurou firme.
Pressionado pelos torcedores, o time do Santo André mostrou descontrole, com muitas faltas e reclamações. Marcelinho Carioca tentou se reabilitar do pênalti perdido com um escanteio bem cobrado, na trave. Mas pouco depois o veterano foi punido com cartão amarelo, por reclamação, mostrando que as perspectivas não eram mesmo muito positivas para o time paulista.
O Náutico aproveitou o nervosismo do adversário e passou a pressionar. Aos 33, Carlinhos Bala quase abriu o placar com uma bomba de longe. Dois minutos mais tarde, o mesmo Bala entrou driblando em velocidade e chutou cruzado, obrigando Neneca a fazer importante defesa. Na jogada seguinte, aos 40, Márcio Barros pegou a sobra na área e colocou para dentro, mas a arbitragem assinalou corretamente o impedimento.
O time de Geninho manteve o ímpeto depois do intervalo e abriu o placar aos três minutos. Anderson Santana avançou pela esquerda e cruzou rasteiro. A bola passou por todo mundo, menos por Carlinhos Bala, aberto na segunda trave. O atacante concluiu mal e o goleiro Neneca ainda tocou na bola, mas não o suficiente para evitar o gol: 1 a 0.
Depois do gol, o Santo André se lançou ao ataque e até criou algumas situações de gol. Mas em um contra-ataque perfeito, aos 28, Gilmar deixou Carlinhos Bala livre diante de Neneca. O atacante chutou com força e acertou o ângulo, sem chance alguma de defesa para o goleiro do Santo André.
Com 2 a 0 no placar, o Náutico se fechou ainda mais, valorizando a posse de bola e saindo para o ataque apenas no erro do adversário. Mas a situação se complicou quando Vágner Silva, que já havia sido expulso contra o Flamengo, fez falta dura e levou o segundo vermelho em dois jogos consecutivos. O Santo André percebeu o bom momento e partiu para cima. Mas o gol só veio nos acréscimos, com Gustavo Nery, quando não havia mais tempo para a vitória.
NÁUTICO 2 x 1 SANTO ANDRÉ
NÁUTICO
Gledson, Patrick, Vágner Silva, Asprilla e Michel; Rudnei (Onildo), Anderson Santana, Juliano, Carlinhos Bala; Gilmar (Galiardo) e Márcio Barros (Aílton).
Técnico: Geninho.
SANTO ANDRÉ
Neneca, Rômulo, Vinícius Orlando, Marcel, Arthur (Élvis), Fernando, Ricardo Conceição, Marcelinho Carioca (Bruno), Gustavo Nery, Júnior Dutra (Pablo Escobar), Nunes
Técnico: Gallo.
Gols: Carlinhos Bala, aos 3 e 28 minutos, e Gustavo Nery, aos 47 minutos.
Cartões amarelos: Asprilla, Anderson Santana, Onildo, Vágner Silva (Náutico). Vinícius Orlando, Marcelinho Carioca, Marcel, Júnior Dutra, Ricardo Conceição, (Santo André).
Cartão vermelho: Vágner Silva (Náutico).
Estádio: Estádio Luiz Lacerda. Data: 08/08/2009.
Árbitro: Wagner Reway (MT).
Auxiliares: Roberto Braatz (Fifa-PR) e Luiz Carlos Camara Bezerra (RN).