domingo, 27 de setembro de 2009

26 Rodada:Série A

GOIÁS 2X1 GRÊMIO
De virada, Goiás vence o Grêmio e é o novo vice-líder do Campeonato Brasileiro



O Goiás é o novo vice-líder do Campeonato Brasileiro. Após sair atrás no placar, o time do técnico Hélio dos Anjos reagiu, no Serra Dourada, e venceu o Grêmio por 2 a 1, neste domingo, pela 26ª rodada da competição. Os gaúchos, que têm péssima campanha como visitantes - apenas uma vitória - voltam para casa lamentando a oportunidade perdida de voltar ao G-4. O Tricolor saiu na frente, na primeira etapa, com Souza, mas cedeu o empate, pouco depois, em cabeçada certeira de Léo Lima. No segundo tempo, Felipe, que saiu do banco para substituir Fernandão, arrancou o triunfo para os esmeraldinos (assista ao vídeo dos gols).

Além dos 45 pontos somados e a segunda posição na tabela, a torcida goiana pôde comemorar, ainda, o retorno de Romerito, que ficou quatro meses afastado por conta de uma cirurgia na coluna. Os tricolores, com 39 - 11 a menos que o líder Palmeiras e cinco atrás do quarto colocado, seguem em sexto.



As equipes voltam a campo pelo Brasileirão no próximo fim de semana. O Goiás - que enfrenta o Cerro Porteño pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana, na quinta-feira - recebe o Botafogo, às 16h de domingo. No mesmo horário, o Grêmio pega o Sport, no Olímpico.

Equilíbrio e empate

A primeira etapa foi marcada pelo equilíbrio. O Esmeraldino ameaçou antes, mas o Tricolor abriu o placar.

Aos 15, Iarley invadiu a área gremista pela direita, fez o corte e mandou uma bomba de direita. A bola tomou a direção do gol, mas desviou no braço de Rafael Marques. Apesar dos protestos, o árbitro Heber Roberto Lopes mandou o jogo seguir. Na sequência, novamente pela direita, Vitor avançou, mas, antes da conclusão, foi alcançado por Bruno Collaço, que desviou para escanteio. Logo depois da pressão dos donos da casa, veio o golpe dos visitantes. Após troca de passes com Jonas, Souza entrou na área esmeraldina, driblou o goleiro Harlei, com tranquilidade, e mandou para as redes, aos 17.

Atrás no placar, o técnico Hélio dos Anjos não ficou nada feliz com a oportunidade desperdiçada por seus comandados, aos 24. Dentro da área, Vitor chutou forte em cima da zaga e, na sobra, Iarley, de frente para o gol, tentou passar de calcanhar e entregou a bola para os gaúchos. Aos 29, em bola cruzada na área por Adilson, o Grêmio quase ampliou, mas Jonas cabeceou à direita do gol de Harlei, pela linha de fundo.

O empate esmeraldino saiu aos 32. Fernando esticou na esquerda para Júlio César, e o lateral fez o cruzamento para Léo Lima, que apareceu por trás da defesa gremista e, de cabeça, deixou tudo igual.

Se o ataque tentava fazer a sua parte na reação goiana, Harlei cumpriu seu papel aos 34, quando fez bela defesa, no chute forte de Fábio Rochemback, da entrada da área.

Esmeraldino arranca a vitória

As equipes voltaram dos vestiários sem alterações. Aos três minutos da segunda etapa, o Grêmio perdeu ótima chance, com Adilson, que recebeu de frente para Harlei, mas adiantou demais a bola, e acabou perdendo a disputa com o goleiro goiano.

Aos sete, o grito de gol da virada esmeraldina ficou engasgado. Após cruzamento de Vitor, Fernandão já preparava o chute de primeira, quando a zaga gremista cortou em cima da hora. A história se repetiu do outro lado do campo, aos nove. Tcheco invadiu a área pela direita, foi à linha de fundo e cruzou, mas não encontrou ninguém para completar para as redes.

Fernandão desperdiçou chance incrível, aos 18. Léo Lima deixou o atacante de frente para a meta gremista e, de cabeça baixa, chutou para fora, para o desespero de Iarley, que aparecia livre pela direita, e para a sorte do trio de arbitragem, que não assinalou o impedimento do camisa 9. O Goiás assumiu o domínio da partida e, aos 25, dentro da área, o “garçom” Júlio César emendou cruzamento de primeira, para a boa defesa de Victor.

Os treinadores tentaram suas cartadas finais aos 30. Hélio dos Anjos trocou Fernandão por Felipe, e Autuori substituiu Tcheco e Jonas por Túlio e Herrera, respectivamente.

Melhor para o Esmeraldino. Aos 36, Iarley girou e passou para Léo Lima na entrada da área. O camisa 7 deixou a bola passar e, no desvio errado de Willian Thiego, a bola sobrou para Felipe chutar e virar a partida.

Antes de vibrar pelos três pontos conquistados, os goianos ainda puderam comemorar o retorno de Romerito - que substituiu Léo Lima - após quatro meses afastado, por conta de uma cirurgia na coluna.


Ficha técnica:
GOIÁS 2 x 1 GRÊMIO
GOIÁS
Harlei, Ernando, Valmir Lucas e João Paulo; Vitor, Everton, Fernando e Júlio César (Amaral); Léo Lima (Romerito), Iarley e Fernandão (Felipe).
Técnico: Hélio dos Anjos.
GRÊMIO
Victor, Willian Thiego, Rafael Marques, Rever e Bruno Collaço; Adilson (Lúcio), Fábio Rochemback, Souza e Tcheco (Túlio); Jonas (Herrera) e Maxi López..
Técnico: Paulo Autuori.
Gols: Souza, aos 17, e Léo Lima, aos 32 minutos do primeiro tempo. Felipe, aos 36 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Rafael Marques e Rever(Grêmio).
Estádio: Serra Dourada. Data: 27/09/2009.
Árbitro: Heber Roberto Lopes.
Auxiliares: Marrubson Melo Freitas (DF) e Eremilson Xavier Macedo (DF).


SÃO PAULO 1X1 CORINTHIANS
São Paulo e Corinthians empatam no Morumbi. E o Palmeiras agradece...



O empate de 1 a 1 entre São Paulo e Corinthians, na tarde deste domingo no Morumbi, não foi bom para nenhum dos dois. Pior: foi ótimo para o rival Palmeiras. O Timão, que já estava longe da briga, praticamente deu adeus a qualquer possibilidade de título, ao ficar em oitavo lugar, com 38 pontos, a 12 do líder Verdão. O Tricolor, que seguia na cola do Alviverde, foi a 45 pontos, mas caiu uma posição ao ser ultrapassado pelo Goiás e viu a diferença para a ponta da tabela subir de três para cinco. Ronaldo abriu o marcador, no primeiro tempo, e Washington, em posição irregular, empatou na etapa final.

Os holofotes estavam em cima dos camisas 10, Defederico e Hernanes. Sobre o argentino por ser sua estreia pelo Corinthians, e sobre o outro por retornar ao São Paulo após se recuperar de lesão no joelho direito. Porém, os protagonistas do clássico foram aqueles que vestem a 9: Ronaldo e Washington. Os dois balançaram as redes e se tornaram os responsáveis pelo empate por 1 a 1, no Morumbi, pela 26ª rodada do Brasileirão.

Diante dos objetivos de cada um, o resultado não foi nada satisfatório. Para o Timão pelo menos, ajudou a manter um tabu que dura desde 11 de fevereiro de 2007, data da última vitória do time do Morumbi sobre o rival. De lá para cá, as duas equipes duelaram oito vezes, com quatro empates e quatro triunfos do Corinthians. Outro ponto a se destacar é o rótulo de carrasco do São Paulo que carrega Ronaldo.

Especialmente quando joga no Morumbi. Neste ano, nos cincos clássicos entre as equipes, Ronaldo não perdeu nenhum. E mais: anotou dois gols no estádio do adversário. O primeiro deles na segunda semifinal do Campeonato Paulista.

CLASSIFICAÇÃO E PRÓXIMOS JOGOS: clique aqui e confira como está o campeonato

Em jogo isolado da 27ª rodada, o São Paulo volta a campo na quarta-feira, às 21h50m, para encarar o Náutico, no estádio dos Aflitos, no Recife. O Corinthians, por sua vez, recebe o Atlético-PR no sábado, às 18h30m, no Pacaembu, em São Paulo.

Ronaldo, o carrasco



O pré-jogo ficou agitado no Morumbi. O veto de Chicão foi confirmado, Richarlyson, escalado, Rogério Ceni virou desfalque ao sentir a coxa esquerda e o goleiro Felipe acabou impedido de aquecer no gramado. Com a bola rolando, os primeiros minutos mostraram um São Paulo mais ligado e um Corinthians tentando se achar em campo.

Ainda se adaptando ao futebol brasileiro, o estreante Matías Defederico foi recebido com um cartão de boas-vindas. Na cor amarela. Tudo por conta de uma entrada mais dura em Renato Silva, logo aos três minutos. Pouco depois, o Tricolor chegou ao ataque com perigo. Hernanes cruzou, e Jorge Wagner cabeceou para defesa de Felipe.

Após um período de marasmo no clássico, quem começou a aparecer aos 12 minutos foi o árbitro Ricardo Marques Ribeiro. E quando juiz ganha destaque, na maioria das vezes é negativamente. E assim ocorreu. Primeiro ele não viu falta clara de William em Richarlyson. Depois, uma entrada bastante dura de Renato Silva em Dentinho.

Aos 14, enfim, um lance que fez o torcedor se mexer na arquibancada. Depois de cobrança de escanteio de Marcinho, Paulo André apareceu bem para cabecear e obrigar Bosco a grande defesa. A resposta tricolor veio aos 16, com chute de Hernanes de fora da área, que passou à direita do gol defendido por Felipe.

Em tarde pouco inspirada, o árbitro voltou a dar seu show ao ignorar falta violenta de Renato Silva em Dentinho. O zagueiro são-paulino pisou no tornozelo do atacante corintiano. Após atendimento fora do gramado, o camisa 31 pediu para voltar, e Ricardo Marques Ribeiro autorizou. Justamente no momento de um passe para Jean.

O ala são-paulino estava de costas, não viu Dentinho e perdeu a bola. Pior para o Tricolor e ótimo para o Timão. Tudo porque André Dias e Bosco se atrapalharam na sequência. E vacilar na frente de Ronaldo é fatal. O camisa 3 dos anfitriões tentou recuar, o goleiro não pegou, e o Fenômeno, sem marcação, abriu o placar aos 20.

Foi então que o clássico ficou quente mesmo. Até o fim do primeiro tempo, teve bola na trave de Hernanes, aos 25, impedimentos mal marcados de Dagoberto, aos 28, e de Ronaldo, aos 31, após lindo lance de Defederico em cima de Renato Silva, e provocações entre Junior Cesar e Jorge Henrique.

Reação tricolor



As duas equipes voltaram para o segundo tempo com as mesmas formações. O curioso é que o Corinthians esperou o São Paulo retornar ao gramado para decidir o que faria. Para isso, o técnico Mano Menezes deixou o auxiliar técnico Sidnei Lobo em campo para avisar como estaria o rival assim que subisse para o segundo tempo.

Embora não tenha mudado nada, o Tricolor iniciou a etapa complementar de maneira mais organizada. Apostando na troca de passes entre Dagoberto, Hernanes e Borges, os donos da casa tentavam chegar ao gol de empate, mas ao mesmo tempo o Timão tinha mais espaço para os contra-ataques. As defesas, porém, estavam bem postadas.



Aos 17 minutos, em uma das jogadas rápidas do Timão, o segundo gol saiu, mas não foi validado. Ronaldo ganhou de Renato Silva na corrida, e a bola sobrou para Dentinho marcar. Só que o árbitro entendeu falta do Fenômeno no zagueiro. Apesar do susto, o São Paulo tinha mais posse de bola. O problema era que não conseguia finalizar.

Perigo mesmo quem criava era o Corinthians. E sempre com Ronaldo. Aos 22 minutos, após vacilo de Richarlyson, o camisa 9 avançou livre até a grande área. Só não contava que o volante são-paulino se recuperaria para impedir o chute. Mais tarde, aos 25, a defesa alvinegra teve de engolir Washington. Impedido (26 centímetros à frente do último zagueiro corintiano), ele aproveitou bom cruzamento de Dagoberto e tocou na saída de Felipe: 1 a 1.

Depois do gol de empate do Tricolor, o Timão tentou ir para cima em busca da vitória, mas não obteve sucesso. Os donos da casa não desistiram também do triunfo, mas esbarraram na forte marcação do rival e também na falta de pontaria. O São Paulo ainda se complicaria aos 45, quando Washington levou o segundo amarelo, dessa vez por reclamação, e foi expulso.


FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 1 x 1 CORINTHIANS
SÃO PAULO
Bosco, Renato Silva, André Dias e Miranda; Jean, Richarlyson (Marlos), Hernanes, Jorge Wagner (Hugo) e Junior Cesar; Dagoberto e Borges (Washington).
Técnico: Ricardo Gomes.
CORINTHIANS
Felipe, Alessandro, Paulo André, William e Marcinho; Marcelo Mattos, Jucilei e Defederico (Moradei); Jorge Henrique (Souza), Ronaldo (Bill) e Dentinho.
Técnico: Mano Menezes.
Gols: Ronaldo, aos 20 minutos do primeiro tempo; Washington, aos 25 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Defederico, Jorge Henrique, William (C); Dagoberto, Richarlyson, Washington (SP) .
Cartão vermelho: Washington (SP).
Público: 32.180 pagantes. Renda: R$ 1.050.380,00
Estádio: Morumbi, em São Paulo (SP). Data: 27/09/2009.
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG).
Auxiliares: Carlos Augusto Nogueira Júnior (SP) e Emerson Augusto de Carvalho (SP).


CORITIBA 2X0 NÁUTICO
Sob o comando de Marcelinho Paraíba, Coritiba bate o Náutico e tenta respirar



O Coritiba não teve muito trabalho para vencer o Náutico, por 2 a 0, na tarde deste domingo, no estádio Couto Pereira (assista ao lado). Com o resultado, os dois continuam em posição ruim na tabela, mas o Coxa, apesar de ter se mantido em 15º lugar, conseguiu se afastar cinco pontos da zona de rebaixamento. Já o Timbu, em 16º, continua próxima da zona de perigo.

Com os dois times ameaçados, só a vitória interessava a ambos. Comandado por Marcelinho Paraíba e empurrado pela torcida, o Coritiba tratou logo de ir para cima do adversário. Após um começo morno, a primeira chance de gol só ocorreu aos 22 minutos, com Marcelinho invadindo a área e batendo cruzado para a defesa de Glédson. Aos 24, nova ameaça ao gol pernambucano.

De tanto insistir, o Coxa chegou ao gol. Aos 32, Rômulo recebeu passe de Marcelinho Paraíba e, de frente para Glédson, só escolheu onde bater: 1 a 0. Marcelinho voltou a assustar aos 44, numa finalização à queima-roupa defendida pelo goleiro do Náutico.

Acuado, o Timbu voltou do intervalo sabendo que precisava reverter a situação. O técnico Geninho substituiu, tentou dar uma animada no grupo, mas seu trabalho era praticamente impossível. Aos 9 minutos, quando Asprilla fez pênalti em Leandro Donizete, parecia ser o fim para o Náutico. Marcelinho pegou a bola, ajeitou, olhou para a meta e... Isolou !!!

O lance serviu para dar uma acordada nos visitantes. Foi justamente depois do pênalti perdido que os pernambucanos arriscaram a primeira investida. Márcio Borges, que tinha acabado de entrar, recebeu livre na área, chutou, mas Édson Bastos defendeu.

Aos 33, Marcelinho Paraíba poderia ter ampliado o placar. Na verdade, o gol ele fez, faltou o trio de arbitragem enxergar. Em cobrança de falta, ele soltou uma bomba, acertou o travessão e a bola quicou dentro antes de sair. Mas o juiz Leonardo Gaciba não viu e não deu.

Mas era só questão de tempo. Aos 38, enfim, o gol de Marcelinho Paraíba. Ele aproveitou cruzamento de Thiago Gentil - e a boa vontade da zaga do Náutico - para mandar para a rede.

Na próxima rodada, o Náutico receberá o São Paulo, quarta-feira, no Recife. Já o Coxa jogará novamente em casa, no domingo, contra o Internacional.


FICHA TÉCNICA
CORITIBA 2 x 0 NÁUTICO
CORITIBA
Edson Bastos; Rodrigo Heffner, Jeci, Pereira e Luciano Amaral; Jaílton, Leandro Donizete, Pedro Ken (Marcos Aurélio) e Carlinhos Paraíba (Thiago Gentil); Marcelinho Paraíba e Rômulo (Makelele)
Técnico: Ney Franco
NÁUTICO
Glédson; Márcio, Vágner e Asprilla; Aílton (Bruno), Nilson, Derley (Rudney), Irênio e Anderson Santana; Carlinhos Bala e Tuta (Márcio Barros)
Técnico: Geninho
Gols: Rômulo, aos 32 minutos do primeiro tempo; Marcelinho Paraíba, aos 38 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Carlinhos Paraíba, Luciano Amaral, Jeci e Pedro Ken (C); Derley, Nilson e Asprilla (N).
Estádio: Couto Pereira, em Curitiba (PR). Data: 27/9/2009.
Árbitro: Leonardo Gaciba (RS).
Auxiliares: Paulo R. Silva Conceição (RS) José Javel Silveira (RS)


INTERNACIONAL 0X0 FLAMENGO
Inter e Flamengo ficam no 0 a 0 em jogo aquático no Beira-Rio



Evitar afogamentos foi o máximo que os jogadores de Inter e Flamengo puderam fazer na tarde deste domingo, no Beira-Rio, pela 26ª rodada do Brasileirão. Com o campo alagado, resultado da chuva que caiu em Porto Alegre desde a noite de sábado, as duas equipes não conseguiram jogar futebol, ficaram o tempo todo guerreando pela bola dentro de poças d’água e não chegaram perto de mexer em um placar que só poderia ser 0 a 0. Praticamente inexistiram chances de gol.

Antes do jogo, os clubes evidenciaram que não estavam muito dispostos a ir a campo. Os treinadores reclamaram da realização da partida. Funcionários do Inter passaram três horas tentando tirar a água dentro de campo. E o árbitro Sandro Meira Ricci decidiu realizar o jogo mesmo com as condições adversas. O empate sem gols era previsível.

O resultado aumentou para quatro partidas o jejum de vitórias do Colorado. O Flamengo chegou a cinco jogos sem derrotas, mas não conseguiu somar o terceiro triunfo seguido. Com o empate, o Inter subiu para 44 pontos e caiu para o quarto lugar, ultrapassado pelo Goiás e agora seis pontos atrás do líder Palmeiras. O Fla, com 38, é o sétimo.

As duas equipes voltam a campo no domingo, ambas às 18h30m (de Brasília). O Inter visita o Coritiba no Couto Pereira. O Rubro-Negro tem clássico Fla-Flu no Maracanã.



Bolas paradas. E só

Não é de se duvidar que algum jogador tenha pensado em ir a campo com pé de pato em vez de chuteiras. Com poças por todo o lado, não foi possível ter um jogo de futebol de verdade, daqueles com troca de passes, triangulações, infiltrações, variações táticas e vitórias técnicas. Nada disso. A partida no Beira-Rio foi resumida a bicos para qualquer lado, balões na direção do campo de ataque e brigas ferrenhas por uma bola que quase sempre morria na água.

O jeito foi se ambientar a um cenário atípico. As jogadas de bola parada viraram esperança rara, quase única, de balançar a rede rival. Logo com três minutos, Lauro rezou para todos os santos que ele conhece e até para alguns que ele não conhece ao ver Adriano ajeitando a bola para a tradicional pancada de perna esquerda. A preocupação fazia sentido. Se o chute do Imperador já é assustador com campo normal, vira um pesadelo com a grama molhada. A conclusão do camisa 10 ficou dentro do esperado. A bola, uma bomba, explodiu no peito do goleiro e voltou para a área. A zaga cortou antes que o ataque rubro-negro pudesse aproveitar.

Depois, Adriano teve outra chance, mas aí bateu mal, fraco. Chutou mais água do que bola. O Inter também teve suas oportunidades. E com Andrezinho, o mesmo que eliminou o Flamengo da Copa do Brasil com um gol de falta nos últimos minutos da partida das quartas de final no Beira-Rio. Ele teve uma chance na beirada da área. A cobrança desviou na zaga e passou por cima do goleiro Diego. Kleber, mais tarde, também desperdiçou falta perto do gol adversário.

Mais do mesmo no segundo tempo

O segundo tempo foi muito parecido com o primeiro. E nem tinha como ser diferente. O campo até deu sinais de que melhoraria, mas novas pancadas de chuva eliminaram as esperanças de um jogo melhor. As duas equipes seguiram apostando em bolas paradas.

No Inter, Tite chamou Edu e Marquinhos. Não adiantou nada. No Flamengo, Juan, recuperado de lesão, entrou no lugar de Petkovic. Também foi em vão. O time da casa ficou mais tempo no campo de ataque, mas foram os visitantes que ameaçaram mais. Adriano, muito forte, representou constante possibilidade de perigo para a zaga vermelha.

A maior chance do jogo foi de David, do Flamengo. Aos 24 minutos, Juan bateu escanteio, o sistema defensivo colorado falhou e o zagueiro, de frente para o gol, mandou na rede, mas por fora. Depois disso, mais nada: só água, balões, carrinhos e divididas em um jogo que nunca pareceu ser de futebol.


Ficha técnica:
INTERNACIONAL 0 x 0 FLAMENGO
INTERNACIONAL
Lauro, Bolivar, Índio, Fabiano Eller e Kleber; Maycon, Sandro, Guiñazu e Andrezinho (Marquinhos); Taison (Edu) e Alecsandro.
Técnico: Tite.
FLAMENGO
Diego; Álvaro, David e Ronaldo Angelim; Léo Moura, Maldonado, Aírton, Petkovic (Juan) e Everton (Fierro); Zé Roberto e Adriano.
Técnico: Andrade.
Público: 12.481 presentes.Renda: R$ 231.610,00.
Cartões amarelos: Sandro (INT); Petkovic, Álvaro (FLA).
Estádio: Beira-Rio. Data: 27/09/2009.
Árbitro: Sandro Meira Ricci.
Auxiliares: Roberto Braatz e Enio Ferreira de Carvalho.


FLUMINENSE 3X2 AVAÍ
Flu bate o Avaí, acaba com jejum, mas segue na zona de rebaixamento



Após 11 jogos sem conquistar um triunfo sequer, o Fluminense reencontrou o caminho da vitória ao bater o Avaí por 3 a 2, de virada, no Maracanã, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. Mesmo com seguidas falhas da defesa e uma ótima atuação do goleiro Rafael, que fez o possível para segurar o resultado, o time deixou a lanterna para o Sport e passou a somar 21 pontos. Os catarinenses permaneceram com 37 e caíram para o nono lugar. Na arquibancada, o hino ecoou pelo "Maior do Mundo" e a provocação ao Flamengo, adversário na próxima rodada.

A última vitória havia acontecido no dia 6 de agosto, contra o Sport, no Maracanã, pela 17ª rodada da competição. Naquela ocasião, o time tricolor venceu os pernambucanos por 5 a 1. Fluminense e Avaí voltam a campo no próximo domingo. O Tricolor vai encarar o Flamengo, no Maracanã. Os catarinenses pegam o Cruzeiro, em Florianópolis.

Avaí aproveita erros da zaga tricolor para abrir vantagem

Os donos da casa assustaram os visitantes logo aos cinco minutos . Conca puxou contra-ataque e rolou para Marquinho pelo lado esquerdo. O meia invadiu a área e chutou por cima do gol. Quatro minutos depois, Luiz Ricardo roubou uma bola pelo lado esquerdo e tocou para Muriqui. O atacante rolou para William na marca do pênalti, que só teve o trabalho de empurrar para o gol.

O Avaí quase ampliou o marcador aos 14 minutos. Luiz Ricardo tabelou com Muriqui e recebeu de frente para Rafael. Ele deu um toque por cobertura, mas o goleiro tricolor conseguiu segurar, evitando o pior. No minuto seguinte, Fábio Neves fez ótima jogada pelo lado direito e cruzou na cabeça de Alan. O atacante se antecipou aos zagueiros e empatou a partida: 1 a 1.

A defesa do Flu seguiu vacilando. William recebeu ótimo passe dentro da área e chutou de primeira. Rafael tocou de ponta de dedo e a bola estourou na trave do Fluminense. Em mais uma falha do setor defensivo dos cariocas, o Avaí fez o segundo. Aos 31, Marquinhos recebeu pelo lado direito, cruzou e Muriqui cabeceou para colocar os catarinenses novamente em vantagem.

O Tricolor teve uma ótima chance de empatar no minuto seguinte. Alan arriscou de fora da área e Eduardo Martini fez ótima defesa. No contra-ataque, o Avaí quase ampliou. Marquinhos cruzou na cabeça de William, que foi empurrado por Gum. O árbitro nada marcou. Na sobra, Ferdinando chutou e, após desvio na zaga do Fluminense, quase marcou o terceiro.

A defesa do Avaí devolveu a gentileza da zaga tricolor aos 43 minutos. Anderson quis sair jogando e perdeu a bola para Conca. O argentino entrou sozinho na área e rolou para Fábio Neves, que empatou a partida: 2 a 2.

Alan faz a diferença no ataque, e goleiro Rafael garante o resultado

O técnico Cuca voltou com duas alterações na equipe tricolor. O treinador sacou Marquinho e Paulo César, que foi muito mal no primeiro tempo, e apostou nas entradas de Adeílson e Dieguinho. Mas foi o Avaí que começou melhor a etapa final. Marquinhos cobrou falta da esquerda com veneno e Rafael foi obrigado a fazer uma ótima defesa, evitando o terceiro gol dos catarinenses.

Aos seis, o Avaí teve outra boa chance de marcar. Ferdinando cobrou falta da intermediária e Rafael fez outra grande defesa, segurando o empate. Aos 13, Adeílson fez boa jogada pelo lado esquerdo e cruzou. A defesa do Avaí falhou e a bola sobrou para Alan, que empurrou para a rede: Flu 3 a 2.

A partir do gol tricolor, Rafael, que já vinha tendo uma tarde inspirada, passou a ser o principal personagem do jogo. Aos 22, Marquinhos cobrou escanteio na cabeça de William. O atacante tocou para trás e o camisa 1 do Fluminense fez uma defesa sensacional. Quatro minutos depois, o arqueiro salvou os cariocas com os pés, evitando o empate dos catarinenses.

Aos 41, Rafael fez mais uma boa defesa. Roberto recebeu dentro da área e chutou forte. O goleiro salvou em dois tempos, garantindo a vitória tricolor.


Ficha técnica:
FLUMINENSE 3 x 2 AVAÍ
FLUMINENSE
Rafael, Ruy, Gum, Luiz Alberto e Paulo César (Dieguinho); Urrutia, Diguinho, Marquinho (Adeílson) e Conca; Alan (Fabinho) e Fábio Neves.
Técnico: Cuca.
AVAÍ
Eduardo Martini, Anderson (Caio), Augusto, Emerson e Eltinho; Ferdinando, Luiz Ricardo (Roberto), Léo Gago, Marquinhos; Muriqui e William (Leonardo).
Técnico: Silas.
Gols: William, aos nove minutos, Alan, aos 15 minutos, Muriqui, aos 31 minutos, Fábio Neves, aos 43 minutos do primeiro tempo; Alan, aos 13 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Marquinho, Diguinho, Gum (Flu); Eltinho, Luiz Ricardo, William (Avaí).
Estádio: Maracanã. Data: 04/05/2008.
Árbitro: André Luiz de Freitas Castro (GO).
Auxiliares: Fabricio Vilarinho da Silva (GO) e Cristhian Passos Sorence (GO). Público: 19.098 pagantes. Renda: 113.819,50


BOTAFOGO 1X3 VITÓRIA
Estátua de Nilton Santos 'vê' o Vitória se dar bem sobre o Botafogo no Engenhão



Antes da partida, o Botafogo comemorou a inauguração de uma estátua de Nilton Santos no Engenhão. Mas infelizmente trata-se de uma imagem e o ídolo não pode mais jogar. Em mais uma partida em que apresentou péssimo nível técnico, o Alvinegro perdeu por 3 a 1 para o Vitória, neste domingo, e mais uma vez não conseguiu deixar a zona de rebaixamento, apesar de uma rodada favorável, com os confrontos diretos entre Coritiba x Náutico e Sport x Santo André.

Com o resultado, o Botafogo, que não vence há 11 rodadas do Campeonato Brasileiro, segue na 18ª posição, com 25 pontos, e continua preso na zona de rebaixamento. Já o Vitória agora soma 39 pontos e ocupa o sétimo lugar. As duas equipes voltam a campo na próxima quarta-feira, ambas pela Copa Sul-Americana. O Alvinegro carioca joga contra o Emelec, no Equador, e o Rubro-Negro baiano recebe o River Plate do Uruguai.



Início bom do Botafogo

Diferentemente das últimas partidas em casa, o Botafogo começou atento e partindo para o ataque. Logo a equipe tomou conta da partida, mesmo que sem muita consistência, mas criando as melhores oportunidades. A melhor delas aconteceu aos 16 minutos, numa jogada iniciada com Thiaguinho. Victor Simões tocou de calcanhar para Rodrigo Dantas, que chutou para defesa de Gléuger. O goleiro substituiu Viáfara, que deixou o campo aos dez minutos por causa de uma lesão.

Desorganizado em campo, o Botafogo não conseguia traduzir sua superioridade em gols. O Vitória se retraía e esperava para sair nos contra-ataques. O mapa da mina era o lado esquerdo, aproveitando os espaços deixados por Thiaguinho. E foi dessa maneira que o time baiano abriu o placar, aos 29 minutos. Leandro avançou e cruzou para a área. Na intenção de evitar que a bola chegasse em Roger, Juninho cortou e desviou a bola para a rede.

No lance seguinte, Victor Simões teve uma chance clara, mas chutou fraco, mesmo cara a cara com Gléguer. O gol sofrido desnorteou o Botafogo, que, agora sem a ajuda da torcida, se mostrava perdido em campo. Os passes errados aconteciam em profusão, o que só facilitava a vida do Vitória. A equipe visitante valorizava a posse de bola e esperava os espaços deixados pelo Alvinegro para atacar. No entanto, falhava na pontaria.

Leão avança sobre o dono da casa

O Botafogo voltou para o segundo tempo com o atacante Laio no lugar de Jônatas, mas o panorama não mudou. O time da casa continuava a errar passes primários e mostrar desorganização, enquanto o Vitória usava os contra-ataques com perigo. Praticamente calada, a torcida alvinegra mostrava apreensão e pouca paciência com as muitas falhas de sua equipe, pedindo raça.

O que já estava difícil ficou ainda mais complicado depois que Emerson foi expulso após cometer falta por trás em Vanderson, aos 26 minutos. Neste momento, o Botafogo não tinha qualquer criação de jogada, já que os laterais Thiiaguinho e Eduardo haviam sido substituídos, e o Alvinegro tinha uma linha de frente formada por Victor Simões, Laio e Jobson, este apoiado pelos torcedores.

E foi de forma desorganizada que o Botafogo partiu para o ataque, mas se entregou nos minutos finais. Então o Vitória se aproveitou e massacrou o adversário. Aos 41 minutos, Leandro Domingues partiu desde o meio-campo sem ser incomodado e tocou na saída de Jefferson, marcando o segundo gol. Em seguida, Gláucio aplicou o golpe de misericórdia, marcando outro belo gol aos 43 minutos, após acertar o ângulo esquerdo do goleiro alvinegro. Em tom irônico, os torcedores gritaram olé para o toque de bola dos baianos. Laio marcou de cabeça aos 47 minutos, diminuindo a diferença.


Ficha técnica:
BOTAFOGO 1 x 3 VITÓRIA
BOTAFOGO
Jefferson, Emerson, Juninho e Wellington; Thiaguinho (Marquinho), Leandro Guerreiro, Jônatas (Laio), Lucio Flavio, Rodrigo Dantas e Eduardo (Jobson); Victor Simões.
Técnico: Estevam Soares.
VITÓRIA
Viáfara (Gléguer), Apodi, Wallace, Fábio Ferreira e Leandro; Vanderson, Magal, Willian (Gil) e Leandro Domingues; Neto Berola (Gláucio) e Roger.
Técnico: Vágner Mancini.
Gol: Leandro, aos 29 minutos do primeiro tempo e Leandro Domingues, aos 41, e Gláucio, aos 43, Laio, aos 47 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Jônatas, Wellington, Leandro Guerreiro (Botafogo); Wallace, Magal, Leandro, Willian, Fábio Ferreira (Vitória).
Cartão vermelho: Emerson (Botafogo).
Público: 11.852 pagantes (12.502 presentes). Renda: R$ 177.820,50.
Estádio: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ). Data: 27/09/2009.
Árbitro: Wallace Nascimento Valente (ES).
Auxiliares: Antônio Carlos de Oliveira (ES) e Fabiano da Silva Ramires (ES).


SPORT 2X1 SANTO ANDRÉ
Na Ilha do Retiro, Sport supera o Santo André no duelo dos desesperados



No jogo dos desesperados pela 26ª rodada do Brasileirão, o Sport levou a melhor sobre o Santo André, na Ilha do Retiro, vencendo por 2 a 1 e devolvendo o placar do primeiro turno (assista aos gols). O boliviano Juan Arce, aos 22 do primeiro tempo, e Vandinho, aos 23 da etapa complementar, garantiram os três pontos para o Leão, que permanece na zona da degola, na 19ª e penúltima posição, com 23 pontos. Rodrigo Fabri descontou para o Ramalhão, que também permanece no Z-4, em 17º, com 25 pontos.

As equipes voltam a campo no próximo fim de semana. O Santo André recebe o Vitória às 18h30m de sábado, no Bruno José Daniel. Já o Sport encara o Grêmio às 16h de domingo, em Porto Alegre.

Equilíbrio nos primeiros 45 minutos

Logo no primeiro minuto, a zaga do Sport deixou um buraco e Nunes dominou na área. O centroavante pegou com força, e o goleiro Magrão espalmou. A resposta dos pernambucanos veio aos cinco. Fininho desceu pela canhota, chegou na lateral da grande área e cruzou (ou será que finalizou?), a bola explodiu na trave, assustando o arqueiro Neneca.

O Sport, aos poucos, passou a impor o seu ritmo. Aos 10, Luciano Henrique progrediu pela direita e esticou para Vandinho. O atacante recebeu na área e chutou cruzado, rente à trave. O Santo André voltou a ameaçar aos 18. Rodrigo Fabri desceu pela intermediária e deixou para Pablo Escobar. O boliviano recebeu sobre a marcação de Andrade, mas Magrão saiu em cima do lance para defender.

O maior volume de jogo do Sport se traduziu em gol aos 22 minutos. Dutra cruzou para a área e Juan Arce finalizou. A bola desviou em Gustavo Nery, traindo Neneca. Na sequência, após a saída do meio de campo, Vandinho dominou na área e chutou sobre o goleiro. Fininho, tentando enfeitar a jogada, pegou o rebote de calcanhar, perdendo a chance de ampliar para o Leão.

Aos 27, o árbitro Wagner Tardelli foi à beira do campo e advertiu o técnico Péricles Chamusca, do Sport, que reclamou com o auxiliar de um impedimento do ataque rubro-negro.

Aos 33, em uma falha na saída de bola da defesa pernambucana, Júnior Dutra roubou na intermediária, progrediu e cruzou no segundo pau. O experiente Rodrigo Fabri mergulhou de peixinho e empatou para o Ramalhão, que equilibrou as ações. Ainda deu tempo de Pablo Escobar, nos descontos, acertar uma bomba, que Magrão espalmou.

Vandinho garante os três pontos para o Leão da Ilha

As equipes voltaram do intervalo com a mesma formação que começaram o jogo. Só aos 12 surgiu a primeira chance de gol, e para o Sport. Luciano Henrique tabelou com Arce, livrou-se da marcação, mas finalizou à esquerda do gol de Neneca.

Aos 22, Adriano Pimenta, que substituiu Dutra, foi derrubado na entrada da meia-lua. Luciano Henrique cobrou a falta, e Neneca espalmou. Um minuto depois, Vandinho desceu pelo meio, percebeu o recuo da defesa paulista e bateu forte, de canhota, deixando novamente o Sport em vantagem.

Até os 27, o Santo André havia cometido mais que o dobro de faltas do Sport: 17 a 8. Para segurar a vitória, Péricles Chamusca tirou Luciano Henrique e colocou Juliano - mais um zagueiro -, recuando a equipe pernambucana e, consequentemente, chamando o Ramalhão. Aos 30, Nunes dominou na área, abriu o espaço e finalizou. Magrão não deu o rebote.

O Santo André ficou em cima do Sport, que tentava encaixar os contra-ataques. Aos 32, Arce invadiu a área, mas chutou na rede, pelo lado de fora. Cinco minutos depois, após cobrança de escanteio, a bola 'pererecou' na pequena área e bateu na trave. Na sequência, Magrão tirou parcialmente de soco, nos pés de Cesinha, e César deu um chutão, afastando o perigo.

O árbitro deu quatro minutos de acréscimo, desesperando comissão técnica e torcida do Sport. Aos 47, Eduardo Ratinho cobrou falta frontal, próxima à entrada da área, e Magrão espalmou. Em seguida, o volante Hamilton tentou puxar mais um contragolpe, mas foi desarmado por Ávine. Aos 49, Wagner Tardelli finalmente decretou o fim da partida.


Ficha técnica:
SPORT 2 x 1 SANTO ANDRÉ
SPORT
Magrão; Moacir, César, Igor e Dutra (Adriano Pimenta); Hamilton, Andrade, Fininho e Luciano Henrique (Juliano); Juan Arce e Vandinho (Lincom).
Técnico: Péricles Chamusca.
SANTO ANDRÉ
Neneca; Cesinha, Marcel e Gustavo Nery; Rômulo (Leandrinho), Fernando, Júnior Dutra (Osny), Pablo Escobar e Ávine; Nunes e Rodrigo Fabri (Eduardo Ratinho).
Técnico: Sérgio Soares.
Gols: Juan Arce, aos 22, e Rodrigo Fabri, aos 33 do primeiro tempo; Vandinho, aos 23 do segundo tempo
Cartões amarelos: Fininho, Juan Arce e Igor (Sport); Júnior Dutra, Pablo Escobar, Rodrigo Fabri, Gustavo Nery e Fernando (Santo André).
Estádio: Ilha do Retiro. Data: 27/09/2009.
Árbitro: Wagner Tardelli Azevedo (SC).
Auxiliares: Marco Antônio Martins (SC) e Griselildo de Souza Dantas (PB).


ATLÉTICO - MG 3X1 SANTOS
Galo bate o Peixe e segue na cola do G-4



A torcida do Galo teve o que comemorar no Mineirão. O Atlético Mineiro venceu o Santos por 3 a 1, na noite deste domingo, e colou no G-4. Com o resultado do Mineirão, o Galo segue em quinto lugar, mas agora tem os mesmos 44 pontos do quarto colocado – o Inter (fica atrás no número de vitórias). O Peixe, em 12º com 36 pontos, sabe que a vaga para a Libertadores da América está cada vez mais impossível. Assista aos melhores lances ao lado.

Além dos três pontos, o Galo tem agora um dos artilheiros da competição. Com os dois gols marcados, Diego Tardelli empatou com Jonas, do Grêmio, e Adriano, do Flamengo, com 13 gols.

Na próxima rodada, o Atlético Mineiro receberá o Barueri, no sábado, enquanto o Santos terá o clássico com o Palmeiras, domingo, na Vila Belmiro.

Gol em cinco minutos

O Santos começou com um meio-campo recheado de volantes – Emerson, Rodrigo Souto e Rodrigo Mancha. Tudo para segurar as investidas do Atlético. Mas os donos da casa precisaram de apenas cinco minutos para vencer a barreira de Vanderlei Luxemburgo. Carlos Alberto invadiu a área pela direita e cruzou. A zaga tentou aliviar, mas a bola sobrou limpa para Evandro marcar.

Atrás no marcador, e sem criação, o Peixe ficou perdido já nos primeiros instantes da partida. Aos 6, Eder Luis quase fez o segundo. Aos 8, Diego Tardelli exigiu grande defesa de Felipe. Aos 10, novamente Eder Luis assustou. O Santos não conseguia respirar. A essa altura, se o placar estivesse 3 a 0 não seria nenhum absurdo.

Depois da metade do primeiro tempo é que o time paulista insinuou se arriscar à frente. Mas faltava qualidade. Enquanto isso, os mineiros estudavam o adversário e só aguardavam a hora exata para dar o bote. Até o fim da etapa inicial, as chances de gol do Atlético iam se multiplicando.

Galo amplia

No vestiário, durante o intervalo, Luxa tentou consertar o desastre. Substituiu Emerson e Mancha por Pará e Germano. Só que logo aos 11 minutos veio o segundo gol do Galo. Fabão cometeu pênalti em Eder Luis. Tardelli converteu e correu para o abraço.



O atacante voltou a balançar a rede aos 28, quando aproveitou ótima jogada de Correa, que driblou três santistas, e ganhou na corrida de Fabão antes de fuzilar a meta santista. Foi o 13º gol de Diego Tardelli, que agora divide a artilharia do Campeonato Brasileiro com Adriano (Flamengo) e Jonas (Grêmio).

Feliz da vida, a torcida do Galo que foi ao Mineirão - mais de 36 mil pagantes - fez festa para Ricardinho. Com o número 80 nas costas, o meia, ex-Corinthians, São Paulo e Santos, entrou no lugar de Evandro e estreou pelo Galo. Celso Roth fez as suas trocas apenas no fim, para dar sangue novo: Rentería substituiu Tardelli, o herói da noite.

O Peixe, que já tinha Neymar no lugar de Felipe Azevedo, só foi reagir aos 33, com Kléber Pereira, completando cruzamento de Madson. Mas já era tarde...


FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO - MG 3 x 1 SANTOS
ATLÉTICO - MG
Carini, Carlos Alberto, Jorge Luiz, Werley e Thiago Feltri; Jonílson, Márcio Araújo, Correa e Evandro (Ricardinho); Eder Luis e Diego Tardelli (Rentería)
Técnico: Celso Roth
SANTOS
Felipe, George Lucas, Fabão, Eli Sabiá e Léo; Emerson (Pará), Rodrigo Souto, Rodrigo Mancha (Germano) e Madson; Felipe Azevedo (Neymar) e Kléber Pereira
Técnico: Vanderlei Luxemburgo
Gols: Evandro, aos 5 minutos do primeiro tempo; e Diego Tardelli (pênalti), aos 11 e aos 28, e Kléber Pereira, aos 33 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Fabão e George Lucas (S)
Público: 36.294 pagantes / Renda: R$ 435.238,00
Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte (MG). Data: 27/9/2009.
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (DF).
Auxiliares: Erich Bandeira (Fifa/PE) e Cesar Augusto Vaz (DF)