Goiás vence, mas não leva. Cerro Porteño avança para as quartas de final

Na próxima rodada, o Cerro Porteño encara outro brasileiro, o Botafogo. Os cariocas eliminaram o Emelec com vitória de 2 a 0 no Rio de Janeiro e derrota de 2 a 1 no Equador.
O jogo
Aos dez minutos, Recalde mandou o recado para o Goiás: o jogo não seria fácil. O meia finalizou após cruzamento e quase acertou o canto direito de Harlei. A bola saiu por pouco.
Comandado pelo seu quarteto Léo Lima-Fernandão-Iarley-Felipe, o Goiás pressionava, mas tinha dificuldade para penetrar na área paraguaia. Com 11 de jogo, o primeiro ataque esmeraldino teve um chute torto de Iarley por cima do gol.
A única boa jogada brasileira sem participação do quarteto foi aos 22 minutos. Everton carregou a bola da esquerda para o meio e bateu de fora da área. A redonda passou por baixo das pernas de Torren e saiu raspando a trave esquerda.
O Cerro não ficava só recuado e dava seus sustos. Com 30 minutos, Júlio dos Santos foi lançado no bico direito da pequena área e por muito pouco não alcançou a bola, que se perdeu pela linha de fundo.
A dificuldade de chegar à área do Cerro persistiu, assim como a insistência do Goiás em arrematar de longe. Léo Lima arriscou duas vezes seguidas. Aos 34, jogou à direita de Diego Barreto. Três minutos depois, recebeu passe de Felipe na meia-lua e pegou de primeira, desta vez à esquerda.
O gol enfim saiu, mas em jogada despretensiosa que começou com o goleiro Harlei. Ele deu chutão para frente, Leandro Euzébio desviou para a área, Felipe ganhou do zagueiro, driblou o goleiro e tocou para a rede, aos 41.
A empolgação alviverde ganhou um balde de água fria cinco minutos depois. Everton dominou mal uma bola no círculo central, dividiu forte com Brítez e foi expulso de campo após receber o segundo amarelo.
Cerro consegue um gol salvador
O fato de jogar com um a menos deixou o Goiás em situação difícil. Os contra-ataques do Cerro sempre levaram perigo no segundo tempo, como jogada que terminou em chute rasteiro de Recalde e que Harlei defendeu, aos cinco minutos.
O mesmo Recalde teve a chance de empatar seis minutos depois. Ele recebeu passe de Nanni, ficou frente a frente com Harlei, mas demorou a chutar. Júlio César chegou no momento do arremate e salvou.
A equipe esmeraldina só conseguiu levar perigo pela primeira vez na etapa final aos 17. Iarley foi à linha de fundo e cruzou. Léo Lima subiu livre e perdeu grande chance ao cabecear à direita.
Em novo contra-ataque, o Cerro Porteño chegou a ficar com três jogadores contra um. Nanni recebeu pela esquerda e bateu rasteiro. Harlei defendeu, aos 21. Dois minutos depois, Recalde cruzou para trás, González mandou uma bomba de primeira, e o goleiro brasileiro fez nova defesa.
O Cerro chegou ao empate aos 23. Irrazábal foi à linha de fundo pela direita e cruzou para Recalde, completamente livre, marcar.
Com este gol, o Goiás precisava de mais três para ficar com a vaga. Enganou-se quem achou que o Alviverde desistiria. Três minutos depois, Felipe matou bola no peito, na entrada da área, deu drible da vaca em um, um corte seco em outro e mandou no ângulo direito para deixar o time de novo na frente. Era o que faltava para incendiar de novo os pouco mais de 26 mil torcedores que estavam no Serra Dourada.
Aos 34, mais um. O zagueiro João Paulo deu uma de lateral-direito, cruzou na segunda trave, e Léo Lima desta vez não desperdiçou. Cabeceou para o chão e fez 3 a 1.
Mas acabou sendo pouco. Esgotado em campo, o Goiás não teve forças para chegar ao quarto gol. E ainda levou uma bola no travessão, após chute de González, completamente livre, nos acréscimos.
Ficha técnica:
GOIÁS 3 x 1 CERRO PORTEÑO
GOIÁS
Harlei; Leandro Euzébio, João Paulo e Ernando; Rafael (Fernando), Everton, Leo Lima, Fernandão (Romerito) e Júlio César; Iarley e Felipe.
Técnico: Hélio dos Anjos.
CERRO PORTEÑO
Diego Barreto; Miguel Torren, Diego Herner e Luis Cardozo; Julio Irrazábal, Jorge Brítez, Carlos Recalde, Luis Caceres (Cristaldo) e Júlio dos Santos (González Ferreira); Jorge Núñez (Mendoza) e Roberto Nanni.
Técnico: Pedro Troglio.
Gols: Felipe, aos 41 minutos do primeiro tempo; Recalde, aos 23, Felipe, aos 26 minutos, Léo Lima, aos 34.
Cartões amarelos: Everton, Rafael, Fernandão, Leandro Euzébio, Harlei (Goiás); Luis Caceres, Miguel Torren, Brítez (Cerro Porteño).
Cartão vermelho: Everton.
Estádio: Serra Dourada. Data: 01/10/2009.
Árbitro: Carlos Chandía (CHI).
Auxiliares: Cristian Julio (CHI) e Lorenzo Acuña (CHI).
LANÚS (ARG) 1X1 LDU (EQU)
LDU empata com o Lanús e avança às quartas de final da Copa Sul-Americana
A LDU está nas quartas de final da Copa Sul-Americana. A equipe equatoriana arrancou um empate do Lanús, por 1 a 1, na Argentina, nesta quinta-feira. Os visitantes administraram o resultado, já que haviam vencido a partida de ida por 4 a 0. Agora o time pegará o Vélez Sarsfield, da Argentina, que eliminou o Union Española, do Chile.
Bieler abriu o placar para a LDU, aos 27 minutos do segundo tempo. Quatro minutos depois, os anfitriões deixaram tudo igual no placar, com gol de Santiago Salcedo. Porém, estes precisavam fazer mais quatro gols para seguir na Copa Sul-Americana.
A LDU ganhou notoriedade internacional ao conquistar a Libertadores de 2008 em cima do Fluminense e a Recopa Sul-Americana sobre o Inter.
FLUMINENSE (BRA) 4X1 ALIANZA ATLÉTICO (PER)
Flu supera violência, despacha o Alianza Atlético e manda recado para o rival Fla
Foi mais suada do se esperava. Na verdade, bem mais dolorida do que se poderia imaginar. O Fluminense superou a violência do Alianza Atlético, do Peru, e goleou por 4 a 1 na noite desta quinta-feira, no Maracanã, garantindo classificação às quartas de final da Copa Sul-Americana (assista aos gols no vídeo ao lado). Conca, Alan e Adeílson, este último duas vezes, marcaram e ainda garantiram ao Tricolor a segunda vitória consecutiva depois de mais de seis meses. Valverde, de pênalti, fez para o adversário.
A vitória, se não foi convincente, foi suficiente para inflamar o torcedor. Apesar de não ter ido em grande público - pouco mais de dez mil pessoas compareceram ao estádio -, os tricolores não fizeram questão de conter a euforia e provocaram o arquirrival Flamengo. Numa prévia do Fla-Flu de domingo, às 18h30m (de Brasília), pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro, ouviu-se no Maracanã o grito de “Ô Urubu, pode esperar, a sua hora vai chegar”.
Ouça os gols do jogo na narração de Evaldo José, da Rádio Globo/CBN
Na próxima fase da Sul-Americana, o Fluminense encara o Universidad de Chile, que eliminou o Internacional, atual campeão da competição. As datas e ordem do confronto ainda não foram confirmadas pela Conmebol.
Violência, susto e uma pintura de Conca
Um jogo típico dos primórdios das competições sul-americanas, com a violência rolando solta e um árbitro condescendente. Este foi o retrato do primeiro tempo. Se os donos da casa acreditavam que garantiriam tranquilamente, na base da técnica, a vaga nas quartas de final, bastou o apito inicial para o time peruano deixar claro que teria na força física a sua principal arma no Maracanã.
O Fluminense até começou a partida dando a entender que saberia usar o descontrole do rival a seu favor, e logo na primeira falta quase abriu o placar. Aos dois minutos, Conca levantou na área, Digão escorou, e Luiz Alberto emendou de primeira na pequena área. A bola passou rente à trave. No minuto seguinte, o argentino por pouco não fez o primeiro em cobrança direta, que Carlos Laura espalmou a escanteio.
O susto deixou desesperado o Alianza, que passou a bater ainda mais, sempre com o “aval” do árbitro argentino Sérgio Pezzotta. No ataque, no entanto, a atuação dos visitantes era até certo ponto constrangedora. No primeiro chute a gol, Maraude recebeu passe pouco depois do meio-campo e soltou um chute patético, que sequer chegou ao gol de Rafael.
O Tricolor chegou com perigo novamente aos 13. Diguinho deixou Kieza na cara do gol, e o atacante tocou na saída de Laura. A torcida chegou a vibrar, mas a bola caprichosamente tirou tinta da trave. Apesar das pancadas, o Flu não sofria risco, até que Fabinho, infantilmente, colocou a mão na bola dentro da área, aos 15, e presenteou o rival com um pênalti.
Valverde cobrou no meio do gol, abriu o placar e foi provocar a torcida carioca. Os jogadores tricolores não gostaram nada da atitude, foram tirar satisfação e por pouco não teve início uma briga generalizada. Nervoso, o Fluminense passou a errar passes na medida em que apanhava ao tentar atacar.

No lance mais gritante, Espinosa fez falta grosseira em Kieza, que deixou o gramado com suspeita de fratura no tornozelo (veja a foto cima), e sequer recebeu cartão - o atacante tricolor está fora do Fla-Flu. Sem muita opção, o Tricolor encarava a violência peruana e quase igualou o marcador com Alan, de bicicleta, aos 33.
E de tanto bater, o Alianza foi castigado. Aos 40, Ismael Márquez passou o sarrafo em Alan na entrada da área. Assim como na primeira partida, em Piura, Conca assumiu a cobrança e acertou o ângulo esquerdo de Laura. Três minutos depois, finalmente pintou o cartão vermelho, e em dose dupla. Valverde e Luiz Alberto se desentenderam e foram mais cedo para o vestiário. Foi o último ato de um primeiro tempo onde a luta livre substituiu o futebol.
Enquanto o Alianza bate, o Flu garante a classificação
Na volta para o segundo, houve ao menos 15 minutos de futebol. Aos quatro, Peixoto cruzou a bola na área, e Maraude cabeceou firme. Rafael voou e fez a defesa. Foi o único lance de perigo dos peruanos, que seguraram como puderam a pressão do Fluminense. Aos 13 minutos, no entanto, não teve jeito.
Diguinho deu excelente passe para Alan, nas costas de zaga. Veloz, o atacante deixou o goleiro Laura para trás e tocou para o gol vazio: 2 a 1 no marcador e um novo xodó consagrado pela torcida tricolor. Após os gritos em homenagem ao atacante, começava a provocação ao Flamengo: “Ô Urubu, pode esperar, a sua hora vai chegar”.
Em desvantagem, o Alianza voltou a abrir a caixa de ferramentas. Aos 16, Mori fez falta dura em Conca e foi expulso. Três minutos depois, Farfán teve o mesmo destino, após derrubar Marquinho na intermediária. Com dois a mais, o Fluminense passou a tocar a bola com velocidade, e assim ampliou aos 24. Diante da exposta zaga peruana, Adeílson tabelou com Conca e soltou a bomba para fazer o terceiro.
Sem forças nem para bater mais, a equipe peruana se mostrou entregue à espera do apito final. Com gás, o time carioca seguia no embalo de Conca e da dupla de ataque. Aos 29, o argentino deixou Alan livre para marcar, mas ele chutou em cima de Laura. Quatro minutos, porém, o golpe final. Jogada ensaiada em cobrança de falta: Marquinho bateu cruzado, e Adeílson empurrou para o fundo das redes, completando a festa do torcedor, que conta os minutos para o Fla-Flu. Dentro de campo, os jogadores do Flu fizeram questão de, assim como na vitória sobre o Avaí, se aproximarem das arquibancadas para aplaudir aqueles que estiveram no Maracanã para apoiá-los.
FLUMINENSE 4 x 1 ALIANZA ATLÉTICO
FLUMINENSE
Rafael, Ruy, Luiz Alberto, Digão e João Paulo (Cássio); Fabinho (Roni), Diguinho, Marquinho e Conca; Kieza (Adeílson) a Alan
Técnico: Cuca
ALIANZA ATLÉTICO
Carlos Laura, Rafael Farfán, Espinoza, Ismael Márquez e Marcio Valverde; Mori, Kerwin Peixoto, Colan (Benítez e Peláes) e Juan Alberto Maraude; Saulo Aponte e Franco (Pedro Plaza)
Técnico: Teddy Cardama
Gols: Marcio Valverde, aos 16, e Conca, aos 40 minutos do primeiro tempo; Alan, aos 13, e Adeílson, aos 23 e 33 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Fabinho e Marquinho (Fluminense); Rafael Farfán, Marcio Valverde, Colan, Ismael Márquez, Mori e Carlos Laura (Alianza Atlético).
Cartões vermelhos: Luiz Alberto (Fluminense); Marcio Valverde, Mori e Rafael Farfán (Alianza Atlético)
Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro Data: 01/10/2008
Renda: R$ 45.747 Público: 9.275 pagantes (10.256 presentes)
Árbitro: Sérgio Pezzotta (ARG)
Auxiliares: Roberto Reta (ARG) e Ariel Bustos (ARG)
UNIÓN ESPAÑOLA (CHI) 2X2 VÉLEZ SARSFIELD (ARG)
Vélez Sarsfield leva susto, mas empata e vai às quartas
O Vélez Sarsfield sofreu, mas está classificado para as quartas de final da Copa Sul-Americana. Depois de derrotar o Unión Española por 3 a 2 no primeiro confronto, o time argentino chegou a estar perdendo por 2 a 0 na noite desta quinta-feira, em Santiago, mas conseguiu empatar nos minutos finais.
Canales abriu o marcador para os chilenos, aos 22 e aos 41 do primeiro tempo. A vaga parecia decidida, mas o herói do jogo seria outro. Caruso deu esperança ao Vélez logo aos dois do segundo. E ele mesmo salvou os argentinos no fim: 2 a 2, aos 38.
O Vélez pega agora a LDU, que se classificou também nesta noite, ao empatar em 1 a 1 com o Lanús. Na partida de ida, a LDU havia vencido por 4 a 0.