Timão joga mal mais uma vez e fica apenas no empate com o Botafogo-SP
A cada jogo, o Corinthians mostra que está longe de encontrar o entrosamento necessário para repetir o bom primeiro semestre de 2009. Nesta quinta-feira, no estádio do Pacaembu, pela 12ª rodada do Campeonato Paulista, o Timão continuou sem criatividade e apenas empatou por 1 a 1 com o Botafogo-SP (veja o vídeo com os gols).
No campo, Ronaldo, isolado no ataque, por várias vezes bateu as mãos nas pernas em sinal de insatisfação. Afinal, a bola não chegava. No banco, o técnico Mano Menezes gritava à exaustão e parecia não ser ouvido. Na arquibancada, o apoio era intercalado com reclamações e até vaias, que se consolidaram ao final da partida.
Com a igualdade, o Timão já amarga três partidas sem vitória no Estadual. Antes, tinha empatado por 0 a 0 com o Rio Branco e perdido de 2 a 1 para o Santos. Agora com 20 pontos, o clube do Parque São Jorge está em sexto lugar. O Botafogo-SP, por sua vez, foi a 22 e conseguiu manter-se no G-4, em terceiro lugar.
Corinthians e Botafogo-SP voltam a campo pelo Campeonato Paulista no próximo domingo. Às 17h (de Brasília), a equipe do Parque São Jorge encara o São Caetano, na Arena Barueri, na Grande São Paulo. Mais tarde, às 19h30m, o time de Ribeirão Preto joga contra o Santo André, no ABC paulista.
Mano grita, mas Timão não entende
Nem mesmo os constantes gritos do técnico Mano Menezes no banco de reservas fizeram o Corinthians se encontrar no primeiro tempo. O comandante alvinegro cansou de chamar a atenção do time, mas as jogadas de perigo não saíram como ele queria. Até porque sua principal arma, Ronaldo, ficou isolada na grande área.
- A bola tem de chegar nele. E não está chegando – reclamou o meia Tcheco, na saída para o intervalo, referindo-se ao Fenômeno.

Com o Botafogo-SP todo recuado, o primeiro lance de perigo do Timão saiu aos oito minutos. Alessandro recebeu de Jucilei e tabelou com Dentinho. Só que a tentativa de cruzar para Ronaldo foi travada pelo zagueiro Leandro Amaro. Aos 12, sem conseguir penetrar na área adversária, Elias arriscou chute de longe, por cima do gol.
Apesar da postura defensiva, o time de Ribeirão Preto encontrou espaço para assustar os donos da casa aos 15. Xuxa recebeu bom passe na esquerda, livrou-se do goleiro Felipe e tocou para William. Mas o atacante se atrapalhou com a bola, escorregou, e permitiu a interceptação do zagueiro Chicão.
O próprio camisa 3 do Timão deu a resposta aos 18, em cobrança de falta que passou tirando tinta da trave esquerda de Wéverton. A partir daí, apenas jogadas sem grande impacto. Uma cabeçada de Tcheco para fora, aos 20, um chute fraco de Dentinho, aos 30, e uma tentativa de Tcheco servir Ronaldo, aos 43, que parou na zaga.
Por fim, a melhor oportunidade saiu dos pés do lateral-esquerdo Dodô, aos 45 minutos. O garoto, de 18 anos, arriscou de fora da área com força e obrigou o goleiro Wéverton a fazer boa defesa. O lance arrancou aplausos da Fiel.
Timão melhor, mas vacila
Mano Menezes e José Galli Neto voltaram com as mesmas formações para o segundo tempo. Do lado do Corinthians, um pouco mais de ânimo no começo. Aos dois minutos, Jorge Henrique ajeitou de cabeça para Ronaldo, que, em posição legal, tentou a conclusão. Mas foi parado pela zaga do Botafogo-SP.
Tcheco tinha pedido no intervalo para que todos tentassem procurar mais Ronaldo. E assim foi. Como de costume, o Fenômeno era a referência. Mas estava complicado conseguir encaixar uma jogada com ele. Aos seis e aos oito, o camisa 9 tentou dois passes de primeira, porém a zaga do time de Ribeirão Preto levou a melhor.
Aos 11, enfim, a primeira finalização de Ronaldo. Ele recebeu passe na meia lua, ajeitou e chutou por cima do gol de Wéverton. Foi do atacante também a boa finalização aos 21 minutos. Ele pegou a bola na intermediária, avançou e mandou com força, por cima do gol do Botafogo, animando a torcida presente ao Pacaembu.
O gol do Corinthians estava esquentando. E não demorou a sair. Aos 25, Dentinho acalmou a Fiel. O jovem atacante tabelou com Alessandro na direita e chutou cruzado. Wéverton tentou defender, mas não conseguiu. Enquanto a bola caminhava devagar para a rede, Ronaldo apenas observou e partiu para comemorar com o companheiro.
Mas o Botafogo-SP não estava morto. Aos 33, William soube aproveitar uma oportunidade e empatou a partida, ao chutar cruzado da esquerda. Aos 36, um susto para os corintianos. Washington teve chance na grande área e acertou a trave esquerda de Felipe. Aos poucos, o Timão voltou a pressionar. Mas sem sucesso.
Ficha técnica:
CORINTHIANS 1 x 1 BOTAFOGO - SP
CORINTHIANS
Felipe; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Dodô (Edu); Jucilei, Elias, Tcheco (Ralf) e Jorge Henrique; Dentinho (Souza) e Ronaldo.
Técnico: Mano Menezes.
BOTAFOGO - SP
Wéverton; Jonas, Cleiton, Leandro Amaro e Andrezinho; Rodrigo Pontes (Vinícius), Augusto Recife, Ademir Sopa e Xuxa (Washington); William e Ricardinho (Adriano).
Técnico: José Galli Neto.
Gols: Dentinho, aos 25, e William, aos 33 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Jonas, Ademira Sopa, Rodrigo Pontes, Leandro Amaro (B).
Público: 9.298 pagantes. Renda: R$ 327.615,00.
Estádio: Pacaembu, em São Paulo (SP). Data: 04/03/2010.
Árbitro: Luiz Flavio de Oliveira.
Auxiliares: Alessandro Pitol Arantes e João Edilson de Andrade.
PAULISTA 2X3 SANTOS
Robinho entra, faz um golaço e decreta a virada do Santos sobre o Paulista: 3 a 2
Robinho precisou de 31 minutos para ser decisivo e mostrar que está voltando à velha forma às vésperas da Copa do Mundo. Depois de brilhar na vitória da seleção brasileira sobre a Irlanda e enfrentar uma cansativa viagem da Inglaterra ao Brasil, o atacante entrou no segundo tempo e, com um belo gol, deu ao líder Santos o triunfo por 3 a 2, de virada, sobre o Paulista, nesta quinta-feira, no estádio Jaime Cintra, em Jundiaí, pelo Campeonato Paulista. O resultado faz o Peixe disparar ainda mais na classificação, ficando muito próximo da vaga nas semifinais.
Agora, a equipe dirigida pelo técnico Dorival Júnior soma 31 pontos, quatro a mais que o Santo André, segundo colocado. A diferença para o São Caetano, quinto neste momento, é de 11 pontos, o que deixa o time praiano em uma condição bastante confortável para as últimas sete rodadas do Estadual.

Instável, Santos leva pressão no primeiro tempo
Quem imaginava um show da garotada do Santos sobre um sério candidato ao rebaixamento se enganou logo no início do jogo. No primeiro minuto, os visitantes reclamaram de um pênalti depois que William Rocha puxou André na área, fora do lance. Depois disso, o Paulista tomou conta do jogo diante da lentidão alvinegra.
Com espaço na intermediária de seu campo de ataque, a equipe de Jundiaí chegou ao gol no minuto seguinte. O veterano Baiano, revelado no Peixe, arrancou pela direita, girou sobre a marcação e tocou para a área. Emerson fez o corta-luz, enganou Roberto Brum, e a bola sobrou livre para Barboza chutar rasteiro no canto esquerdo de Felipe: 1 a 0.
Aproveitando o desencontro na defesa santista, o Paulista continuou melhor e poderia ter aumentado aos quatro. Julinho cruzou da esquerda, a zaga parou, mas Barboza, na pequena área, furou a cabeçada. Aos seis, foi a vez de Baiano. Ele avançou novamente pelo meio e soltou a bomba. Felipe espalmou.
Mesmo sem jogar bem, o Santos, aos poucos, passou a aproveitar o recuo do Paulista para reagir. Neymar, que sentiu dores na coxa direita durante o aquecimento, praticamente não apareceu na etapa inicial. Ganso também pouco fez. Já André, aos 22, perdeu ótima oportunidade de empatar ao cabecear para fora um cruzamento de Léo, a principal opção de criação.
Com as estrelas em baixa, o Peixe precisou de um Menino da Vila menos badalado para chegar à igualdade, aos 26 minutos. Wesley recebeu passe em profundidade pela direita, driblou um marcador e chutou cruzado, rente à trave, sem chance de defesa para o goleiro Vinícius: 1 a 1.
O Santos continuou com mais posse de bola, mas não chegou a pressionar. Enquanto isso, o Paulista tentava explorar os contra-ataques. Aos 44, quase deu certo. Emerson avançou em velocidade pelo meio e deu belo passe para o zagueiro Eli Sabiá, ex-Peixe, bater para fora, com perigo.
Robinho entra e garante mais uma vitória
O time alvinegro reapareceu para o segundo tempo com mais velocidade no setor ofensivo e virou o jogo logo aos sete minutos. No terceiro escanteio consecutivo cobrado por Marquinhos, Paulo Henrique Ganso aproveitou uma falha de marcação para subir livre na pequena área e cabecear, marcando o quinto gol dele na competição.
A alegria, contudo, durou pouco. Aos 11, o Paulista chegou ao empate. Baiano cobrou falta, e Felipe espalmou para fora da área. No rebote, dois jogadores do Galo desviaram de cabeça, e a bola sobrou para Julinho. Em posição legal, ele bateu rasteiro no canto direito e igualou o marcador novamente.
Com a nova queda da equipe, o técnico Dorival Júnior sacou Neymar e lançou Robinho, aos 17 minutos. Antes mesmo de tocar na bola, o atacante quase viu o Paulista fazer o terceiro. Bruno Formigoni pegou rebote na intermediária e disparou uma bomba à esquerda de Felipe. Um susto.
Mas Robinho não demorou a mostrar está novamente em boa fase. Aos 23, depois de trombar com o companheiro André na entrada da área, deu dois cortes secos no marcador e chutou. A bola bateu no travessão e quicou lá dentro. Quarto gol do Rei das Pedaladas no Campeonato Paulista.
O mesmo travessão evitou o segundo de Robinho aos 32. Após cobrança de escanteio, Ganso desviou e o camisa 7 acertou o poste. Dois minutos mais tarde, em outra bobeira da defesa, Durval tentou duas vezes e, em ambas, o lateral-direito Lucas salvou sobre a linha. Robinho, aos 45, quase fez outro em chute da entrada da área, bem defendido por Vinícius. No fim, uma vitória sofrida, que mantém o Peixe firme e forte no topo da tabela do Paulistão
Ficha técnica:
PAULISTA 2 x 3 SANTOS
PAULISTA
Vinícius, Lucas, Eli Sabiá, William Rocha e Julinho (Rafael Martinho); Bruno Formigoni, Raí, Baiano (Carlão) e Emerson (Marquinhos); Felipe Azevedo e Barboza.
Técnico: Wagner Lopes.
SANTOS
Felipe, Roberto Brum (Rodrigo Mancha), Edu Dracena, Durval e Léo (Madson); Arouca, Wesley, Marquinhos e Paulo Henrique Ganso; Neymar (Robinho) e André.
Técnico: Dorival Júnior.
Gols: Julinho, aos dois, e Wesley, aos 26 minutos do primeiro tempo; Paulo Henrique Ganso, aos sete, e Julinho, aos 11, e Robinho, aos 23 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: William Rocha, Bruno Formigoni (Paulista); Wesley (Santos).
Estádio: Jaime Cintra, em Jundiaí (SP). Data: 04/03/2010.
Árbitro: Wilson Luiz Seneme.
Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho e Herman Brumel Vani.
ITUANO 1X1 PONTE PRETA
Ponte Preta e Ituano empatam em Itu
Em Itu, Ponte Preta e Ituano não saíram do 1 a 1, nesta quinta-feira, pelo complemento da 12ª rodada do Campeonato Paulista. O zagueiro Diego, em cobrança de falta, marcou seu primeiro gol com a camisa da Macaca, porém Welton, de cabeça, igualou para os anfitriões. Com o resultado, a Ponte sobe para a oitava posição, com 18 pontos, enquanto o Ituano permanece em 11º, com 16.
O próximo compromisso da Ponte Preta será neste domingo, às 19h30, contra o São Paulo no estádio Moisés Lucarelli. Já o Ituano recebe o Paulista, no mesmo horário, no Novelli Júnior.
O resultado, aliás, faz o Santos chegar à décima vitória consecutiva na temporada (nove pelo Paulistão e uma pela Copa do Brasil). O último tropeço aconteceu no dia 24 de janeiro, na derrota por 2 a 1 para o Mogi Mirim, fora de casa. O recorde é da equipe encabeçada por Pelé, em 1968, com 12 triunfos seguidos. Na próxima rodada, o Peixe pega a Portuguesa, domingo, às 17h, no Canindé.
Já o Paulista se complica ainda mais com outra derrota. O clube está na 18ª colocação, com apenas oito pontos, e não consegue deixar a zona do rebaixamento. Também no domingo, enfrenta o Ituano, às 19h30m, em Itu.