
Coritiba vence Figueira com facilidade e continua pertinho do G-4
O Coritiba conseguiu uma importante vitória em casa na noite desta quarta-feira e entrou de vez na briga por um lugar no G-4 do Brasileirão 2008. O time paranaense derrotou o Figueirense por 3 a 0, no estádio Couto Pereira, e passa a somar 35 pontos na tabela, subindo para a sexta posição, mantendo os dois pontos de distância para o Botafogo, quarto colocado. A equipe catarinense continua com 28 pontos, caindo para o décimo lugar na classificação. Maurício, Keirrison e João Henrique foram os autores dos gols do Alviverde.
O próximo compromisso do Figueirense é neste sábado, em casa, contra o Vitória. O Coritiba continua na capital paranaense, onde recebe o São Paulo, no domingo. Ambos os jogos pela 22ª rodada.
Domínio coxa-branca
O time anfitrião nem deu muito tempo para que os catarinenses respirassem. Logo aos cinco minutos, após escanteio cobrado por Marlos, o zagueiro Maurício subiu e cabeceou para o chão, à direita do goleiro Wilson, abrindo o placar no Alto da Glória. Com total domínio do jogo, o Coxa voltou a assustar aos 11, com Marlos invadindo a área e sendo derrubado por Bruno Aguiar. O camisa 10 pediu pênalti, mas o árbitro Sálvio Spinola mandou seguir.
A equipe paranaense continuou ditando o ritmo cadenciado do jogo sem sofrer riscos. Aos 32, Marlos apareceu bem pela direita e cruzou para Keirrison, mas a bola passou muito forte na frente do atacante, que aparecia sozinho. Na seqüência, o camisa 9 desperdiçou mais duas, mandando para fora com a pontinha do pé direito após bom cruzamento de Guaru. Logo depois, a jogada sse repetiu, mas desta vez ele acertou a rede pelo lado de fora.
Coxa aumenta com facilidade
Na volta do intervalo, por causa de fortes dores, o zagueiro Maurício teve que ser substituído pelo garoto Lucas, recém-promovido à categorias de base do Coxa. No Figueira, PC Gusmão botou em campo Wellington Amorim e Bruno Peroni nos lugares de Willian Matheus e Rafael Coelho.
O time catarinense voltou mais ousado e conseguiu realizar seus primeiros lances de perigo. Aos seis, Diogo arriscou para fora. Aos dez, Amorim cabeceou à direita de Vanderlei após cruzamento de Ricardinho. Mas o dia não era do Figueira. Aos 18, o zagueiro Bruno Perone se enrolou em uma saída de bola, e Keirrison se aproveitou, invadiu a área, driblou um zagueiro e com tranqüilidade tocou para o gol vazio e fez 2 a 0.
Sem rumo, o time catarinense não teve mais forças para reagir. O Coritiba aproveitou a marcou o terceiro, em jogada individual de João Henrique aos 27 minutos. O meia driblou Asprilla dentro da área duas vezes e chutou cruzado, fechando o placar no Couto Pereira.
Estreantes nervosos
O argentino Ariel Nahuelpan fez a sua estréia no Coxa entrando no lugar de Keirrison. Logo no primeiro lance, o grandalhão de 1,90 m levou um amarelo por ter acertado o rosto de Diogo. E o jovem Lucas acabou sendo expulso depois de fazer uma falta desnecessária em Cleiton Xavier, quando o jogo já estava decidido a favor do Coxa.
Ficha técnica:
CORITIBA 3 x 0 FIGUEIRENSE
CORITIBA
Vanderlei, Maurício (Lucas), Rodrigo Mancha e Bernardi; Rodrigo Heffner, Alê, João Henrique, Guaru e Ricardinho (Rubens Cardoso); Marlos e Keirrison (Ariel Nahuelpan).
Técnico: Dorival Júnior.
FIGUEIRENSE
Wilson, Leo Matos, Bruno Aguiar, Asprilla e Willian Matheus; Diogo, Leandro Carvalho (Rodrigo Fabri), Magal (Bruno Perone) e Cleiton Xavier; Rafael Coelho (Wellington Amorim) e Ricardinho.
Técnico: PC Gusmão.
Gols: Maurício, aos cinco minutos do primeiro tempo, e Keirrison, aos 18, e João Henrique, aos 27 do segundo.
Cartões amarelos: João Henrique e Ariel Nahuelpan (Coritiba); Magal, Willian Matheus e Leandro Carvalho (Figueirense).
Cartão vermelho: Lucas (Coritiba).
Público: 14.721. Pagantes: 12.360. Renda: R$ 156.460,00.
Estádio: Couto Pereira, em Curitiba (PR). Data: 20/08/2008.
Árbitro: Salvio Spinola (Fifa SP).
Auxiliares: Nilson de Souza Monção (SP) e Anderson Jose de Moraes Coelho (SP).

VITÓRIA 0X0 SPORT
Vitória e Sport empatam no duelo leonino
A conquista dos três pontos era de vital importância, tanto para o Vitória, quanto para o Sport. No entanto, o duelo de Leões realizado na noite desta quarta-feira, no Barradão, não passou de um empate em 0 a 0. Em partida de dar sono aos espectadores, os times esbanjaram incompetência para empurrar a bola para o fundo das redes. Com o resultado, o time baiano ficou com 33 pontos e perdeu a chance de voltar ao G-4 do Brasileirão. Já os pernambucanos chegam a 28 pontos, mas não vencem há três rodadas na competição.
Jogando em casa e querendo recuperar sua vaga no G-4, o Vitória começou em ritmo acelerado. Marcando forte a saída de bola do rival e saindo com velocidade para o ataque, o time de Vagner Mancini chegou com perigo logo nos minutos iniciais. Aos quatro, Willians disparou pelo meio, invadiu a área pernambucana, mas bateu à esquerda do gol de Magrão, que apenas observou a saída da bola, reclamando com a sua defesa, em seguida.
Depois de segurar o ímpeto inicial do time da casa, o Sport equilibrou as ações da partida. Na verdade, aplicando forte marcação, fez com que o jogo ficasse mais truncado no meio de campo, diminuindo o número de jogadas ofensivas. Desta forma, restava às equipes arriscarem de longe, e Ramon entendeu o recado. Aos 17 o meia decidiu testar o camisa 1 pernambucano, que quase se complicou, pondo para escanteio. Na cobrança de Marco Antônio, Wallace subiu bonito para cabecear, mas Moacir tirou em cima da linha.
Apesar da pressão baiana, o Leão da Ilha do Retiro não demorou a responder. Depois de bom cruzamento de Dutra pela esquerda, Roger escorou sozinho de cabeça, mas Viáfara pegou bem, no meio do gol. Mas a reação do time de Nelsinho não durou muito. O Vitória voltou a dominar as ações ofensivas, chegando com perigo em jogadas pelas laterais. Em uma delas, Jackson recebeu livre a área, mas furou o chute. Na seqüência, Adriano teve a chance pelo alto, mas cabeceou para fora.
Daí em diante, erros de passes e muitas disputas de bola tomaram conta da partida. Chance de gol aconteceu apenas com a atacante Roger, do Sport, aos 37 minutos. Ele avançou pela esquerda e bateu cruzado. Viáfara se esticou todo, mas a bola passou rente à trave, indo direto para a linha de fundo. Diante da incapacidade dos atacantes das duas equipes, o placar em branco se manteve até o fim da etapa inicial.
Na volta para a segunda etapa, repetiu-se o que havia acontecido no primeiro tempo, com o Vitória saindo para o jogo e o Sport mais preocupado em segurar o resultado. No entanto, a primeira boa chance foi justamente do time pernambucano, aos oito minutos. Júnior Maranhão invadiu a área pela esquerda e bateu com força, mas a bola bateu no ferro de sustentação da rede e saiu.
Sem jogadores importantes como Marquinhos e Dinei, destaques do time no Campeonato Brasileiro, a equipe da casa penava para conseguir penetrar na zaga do adversário. Ramon e Willians ainda tentavam cruzamentos, mas era clara a falta que faziam os dois goleadores do time. Enquanto isso, o Sport já se assanhava mais na partida e começava a sair para o ataque. Sidny por pouco não abre o marcador aos 29 minutos, após bonito chute da intermediária.
Precisando do resultado e jogando dentro do Barradão, Vagner Mancini tentava mexer na equipe para aumentar o poderio ofensivo e ganhar em velocidade. Porém, mesmo cheios de disposição, Ricardinho e Osmar pouco conseguiam produzir lá na frente. O pouco perigo oferecido ao gol de Magrão vinha de chutes de longa distância, com o meia Marco Antônio.
Nos contra-ataques, o Sport continuava a ameaçar. Em um deles, conseguiu deixar o rival com um jogador a menos. Carlinhos Bala disparou pelo meio e, já na meia lua, foi parado com falta por Anderson Martins. Como era o último homem, o zagueiro foi justamente expulso pelo árbitro. Ainda assim, o placar em branco se manteve, e o resultado não agradou a nenhum dos times.
Ficha técnica:
VITÓRIA 0 x 0 SPORT
VITÓRIA
Viáfara, Marco Aurélio, Anderson Martins, Wallace e Marcelo Cordeiro; Vanderson, Marco Antonio, Ramón (Rafael) e Willians; Jackson (Ricardinho) e Adriano (Osmar)
Técnico: Vágner Mancini
SPORT
Magrão; Sidny, Igor, Durval e Dutra; Daniel (Fábio Gomes), Moacir, Júnior Maranhão e Kássio (Joélson); Carlinhos Bala e Roger (Enílton)
Técnico: Nelsinho Baptista.
Cartões amarelos: Sidny, Júnior Maranhão. Durval, Dutra (Sport); Viáfara e Wallace (Vitória)
Cartão vermelho: Anderson Martins
Estádio: Barradão Data: 20/08/2008.
Árbitro: Pablo dos Santos Alves (RJ)
Auxiliares: Ailton Farias da Silva (SE) e Luiz Carlos Câmara Bezerra (RN)
SÃO PAULO 3X1 ATLÉTICO-PR
São Paulo vence o Atlético-PR de virada, mas segue fora do G-4
O São Paulo fez a sua parte para tentar se manter na briga pelo título do Brasileirão. O time paulista venceu o Atlético-PR por 3 a 1, na noite desta quarta-feira, no Morumbi.
Com o resultado, o time paulista chega aos 36 pontos, mas continua na quinta posição, já que o Botafogo derrotou o Cruzeiro por 1 a 0. O Furacão fica com 23, em 14º lugar, perto da zona de rebaixamento. Na próxima rodada, no domingo, o Tricolor encara o Coritiba no Couto Pereira, e o clube paranaense enfrenta o Atlético-MG, em Belo Horizonte.
Pressão tricolor, mas gol do Furacão
A surpresa de Muricy Ramalho foi a escalação de Aloísio no lugar de André Lima. O atacante formou dupla com Borges. Por estar em seu campo, o São Paulo já começou a partida pressionando. Logo aos seis minutos, Hugo deu um susto no goleiro Galatto, que precisou fazer uma defesa em cima do meia. Aos 12, o chute de Borges raspou o travessão do camisa 1 do Furacão.
No time paranaense, Pedro Oldoni era o único que ameaçava Rogério Ceni. E, depois de o São Paulo desperdiçar suas oportunidades, o adversário aproveitou sua melhor chance. Aos 24, Jean cometeu um erro e Julio dos Santos aproveitou para pegar a bola e descer pela lateral. Ele também deixou Richarlyson para trás na disputa e cruzou para Pedro Oldoni, na área, empurrar para a rede. Gol do Furacão.
Logo as vaias para o anfitrião começaram a vir da arquibancada. Hugo tentou dar uma resposta aos 30, carimbando o travessão. Aos 36, foi a vez do meia cabecear com muito perigo. A bola passou por cima do gol de Galatto. O São Paulo tentou e pressionou muito, mas foi para o intervalo em desvantagem no placar.
A bronca de Muricy no vestiário deve ter sido dura. O São Paulo voltou para o segundo tempo com ainda mais pressão sobre o Atlético. Logo no primeiro minuto, em uma cobrança de escanteio, Rodrigo deixou a bola para Hugo, que acertou um chute de primeira, sem chances para Galatto. Gol do Tricolor.
A partir daí, o Atlético se fechou e tentou segurar o ímpeto do dono da casa. Hugo, Jean, Aloísio e Richarlyson fizeram Galatto trabalhar. Mas o gol não saía. Insatisfeito, Muricy decidiu dar mais uma chance para André Lima, colocando o atacante na vaga de Aloísio. Deu certo. Aos 24 minutos, ele fez "meio" gol. Após cruzamento de Jorge Wagner, ele arrumou a bola na frente para Borges, que se esticou para empurrar para a rede. Gol do São Paulo, virando a partida.
O Atlético teve que sair mais para o jogo. Aos 30, Ferreira teve boa chance em chute forte, mas Ceni fez grande defesa. Anderson Aquino, que entrou para tentar empatar o jogo, também teve duas oportunidades, ambas interceptadas pelo goleiro são-paulino.
Mas André Lima, que entrou bem na partida, fechou o placar aos 45. Depois de passe de Jorge Wagner, o atacante recebeu na área e acertou um chute indefensável, ampliando para 3 a 1 a vitória tricolor.
Ficha técnica:
SÃO PAULO 3 x 1 ATLÉTICO-PR
SÃO PAULO
Rogério Ceni, Zé Luis (Jancarlos), Rodrigo, Anderson e Richarlyson; Joilson, Jean, Hugo (Júnior) e Jorge Wagner; Borges e Aloísio (André Lima).
Técnico: Muricy Ramalho.
ATLÉTICO-PR
Galatto; Danilo, Antonio Carlos e Alex Fraga (Anderson Aquino); Rodriguinho, Renan, Alan Bahia, Ferreira e Chico; Julio do Santos e Pedro Oldoni (Márcio Azevedo).
Técnico: Mário Sérgio.
Gols: Pedro Oldoni, aos 24 minutos do primeiro tempo. Hugo, 1 minuto, Borges, aos 23 minutos, e André Lima, aos 45 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Hugo e Borges (São Paulo); Danilo e Alan Bahia (Atlético-PR).
Estádio: Morumbi. Data: 20/08/2008.
Árbitro: Célio Amorim (SC).
Auxiliares: Alcides Zawaski Pazetto e Kleber Lucio Gil (SC).
BOTAFOGO 1X0 CRUZEIRO
Insistente, Botafogo vence o Cruzeiro e chega ao terceiro lugar
Faltou inspiração, mas valeu pela insistência. Mesmo sem jogar bem, o Botafogo venceu por 1 a 0 o Cruzeiro, nesta quarta-feira, num confronto considerado uma decisão para duas equipes que brigam na zona de classificação para a Libertadores. Com o resultado, o Alvinegro somou 37 pontos, mas ficando a apenas dois do time mineiro.
O Botafogo chegou à sexta vitória seguida no Campeonato Brasileiro, sua maior seqüência de triunfos de sua história na competição. A equipe chegou à nona partida de invencibilidade em 2008. Com o resultado, a equipe pulou do quarto para o terceiro lugar, se beneficiando da derrota do Palmeiras por 4 a 1 para o Internacional, levando a melhor em relação ao time paulista no saldo de gols.
A escalação do Cruzeiro mostrou bem qual era a proposta de jogo do técnico Nelsinho Batista, que tinha o desfalque de cinco titulares. Com a formação 3-6-1, o time mineiro entrou em campo com o objetivo de se fechar atrás e buscar os contra-ataques. Com Guilherme isolado na frente, a principal saída era pela esquerda, com Gerson Magrão e Jadilson em cima de Thiaguinho, com Andre Luis na cobertura.
O Engenhão estava lotado, e a torcida, empolgada. Mas apesar de nos primeiros minutos ter pressionado o Cruzeiro usando a marcação na saída de bola, o Botafogo não conseguia construir jogadas consistentes. Era difícil para o Alvinegro penetrar na defesa adversária, e, com o tempo isso tornou a equipe mais afobada.
O Cruzeiro se aproveitou da impaciência do Botafogo e de sua torcida para surpreender o Botafogo. Aos 21 minutos, após cobrança de escanteio, Thiago Martinelli e a bola sobrou para Guilherme, que cabeceou. A tocou na trave, e Triguinho conseguiu aliviar o sufoco dando um chutão.
O Botafogo tentou com o recurso das bolas altas chegar mais perto do gol. No entanto, Thiaguinho e Triguinho erravam muito nos passes e cruzamentos, impedindo um volume maior de jogo. No meio, Carlos Alberto e Lucio Flavio mostravam pouca inspiração, ao contrário de André Luis, que além da atuação sólida na defesa, levou perigo aos 29 minutos. Após cobrança de escanteio de Lucio Flavio, o zagueiro subiu para cabecear, obrigando Fábio a fazer sua única intervenção difícil no primeiro tempo.
Lucio Flavio marca de pênalti e dá vitória ao Botafogo
Na segunda etapa o Botafogo voltou disposto a tentar vencer a defesa adversária usando mais a transpiração do que a inspiração. Com a estratégia de pressionar nos minutos iniciais, o Alvinegro quase abriu o placar aos três minutos. Thiaguinho cruzou pelo lado direito para Wellington Paulista. O atacante dominou bom estilo e tocou fraco para o gol, mas Léo Fortunato tirou quando ela entrava.
Mas o Cruzeiro continuava investindo na postura fechada para aproveitar a impaciência do Botafogo. O perigo, como era de se esperar, veio num contra-ataque. Aos 11 minutos, Camilo recebeu pouco depois da linha do meio-campo e avançou até chegada na entrada da área, chutando cruzado. A bola passou rente à trave esquerda de Renan.
Aos 19 minutos o Botafogo teve uma ótima chance, quando o goleiro Fábio saiu para uma defesa e acabou pegando a bola fora da área. Carlos Alberto cobrou a falta, mas em cima da barreira. Logo em seguida, o árbitro Giulliano Bozzano expulsou o técnico Adilson Batista por reclamação.
A situação do Cruzeiro ficou complicada aos 24 minutos, quando Camilo foi expulso após cometer falta violenta em Wellington Paulista. Imediatamente o técnico Ney Franco colocou Gil em campo, no lugar de Diguinho.
Mal entrou em campo, Gil desperdiçou a melhor oportunidade do Botafogo na partida. Ele recebeu belo passe e, apenas com Fábio à sua frente, chutou cruzado para fora.
Depois de muito insistir, o Botafogo conseguiu fazer o gol aos 34 minutos, depois que o árbitro marcou falta de Thiago Heleno em Wellington Paulista dentro da área, num lance discutível. Lucio Flavio cobrou o pênalti no canto esquerdo de Fábio e fez 1 a 0. Logo depois o Cruzeiro tentou o empate num chute de Weldon que obrigou Renan a fazer ótima defesa.
A partir de então foi o Botafogo quem recuou e apelou para os chutões. Empolgada, a torcida terminou a partida cantando o sonho de estar na Libertadores de 2009
Ficha técnica:
BOTAFOGO 1 x 0 CRUZEIRO
BOTAFOGO
Renan, Thiaguinho, Andre Luis, Edson e Triguinho; Túlio, Diguinho (Gil), Lucio Flavio e Carlos Alberto; Jorge Henrique e Wellington Paulista.
Técnico: Ney Franco.
CRUZEIRO
Fábio, Léo Fortunato, Thiago Heleno e Thiago Martinelli; Elicarlos, Henrique, Marquinhos Paraná, Camilo, Gerson Magrão (Weldon) e Jadilson (Carlinhos); Guilherme (Jajá).
Técnico: Adilson Batista.
Gols: Lucio Flavio, aos 34 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Jorge Henrique, Diguinho (Botafogo); Thiago Heleno, Guilherme, Marquinhos Paraná, Jadilson, Camilo, Fábio (Cruzeiro).
Cartão vermelho: Camilo (Cruzeiro).
Público: 23.796 pagantes. Renda: R$ 251.902,50.
Estádio: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ). Data: 20/08/2008.
Árbitro: Giulliano Bozzano (DF).
Auxiliares: Angelo Rudimar Bechi (SC) e Eberval Lodetti (SC).

Peixe e Ipatinga empatam em Minas e se afundam ainda mais
Ipatinga e Santos, as duas piores equipes do Brasileirão, se enfrentaram no Ipatingão, em Minas Gerais, nesta quarta-feira à noite, e o resultado acabou condizente com o momento das equipes: 1 a 1: um empate que afunda os times ainda mais. O Peixe, com 19 pontos, continua em penúltimo lugar. Já o Tigre, com 17, segue segurando a lanterna.
O Peixe volta a campo domingo, às 16h (horário de Brasília), para enfrentar o Cruzeiro, na Vila Belmiro. Já o Tigre, no mesmo dia e horário, recebe o Goiás, no Ipatingão.
Gols que não resolvem
Os números estão aí para demonstrar que os dois times merecem amargar as últimas posições. Não é por acaso que ocupam as últimas posições da tabela. Ainda assim, o primeiro tempo do confronto, ao menos, teve seus lances de perigo. Não que as equipes tenham demonstrado um futebol vistoso, brilhante. Longe disso. No entanto, mostraram garra, buscando o ataque e tentando ameaçar o gol adversário. Claro, é preciso apontar que as marcações das equipes se apresentaram frouxas e, também por isso, houve espaço para criação de jogadas.
Apesar de o time mineiro ter ameaçado primeiro - aos três, Ferreira recebeu dentro da área e chutou forte, obrigando Douglas a espalmar - o Santos teve maior domínio do jogo. Procurou sair de trás no toque de bola, sem chutões. No entanto, faltou um pouco de tranqüilidade na hora do toque final. O Peixe poderia ter se aproveitado mais dos espaços deixados pela marcação do Ipatinga.
Quando o passe saiu certo, os atacantes alvinegros vacilaram. Lima carimbou o travessão num chute de direita, aos 13, e Kléber Pereira, aos 41, perdeu a melhor chance da primeira etapa: Robinho, que não jogava havia 14 partidas por causa de uma lesão, acertou belo lançamento para o artilheiro, que saiu na cara do gol, mas chutou para fora.
O segundo tempo começou como terminou o primeiro: com o Ipatinga encolhido e o Santos em cima, buscando abrir o placar. Mas, assim como aconteceu na etapa inicial, o Peixe seguiu perdendo gols. O mais incrível aos 11: após cruzamento da direita, a bola cruzou toda a área e quicou à frente de Fabiano Eller. O zagueiro do Santos, sozinho, dentro da pequena área, mandou por cima.
Aos poucos, porém, o time mineiro foi se soltando, marcando melhor no meio-de-campo e matando as tentativas do Peixe, que deixou de ameçar a partir dos 20 minutos. No entanto, faltou ao Tigre força para atacar. E aí o jogo ficou monótono.
Para acabar com a mesmice, aos 37, Cuevas apareceu sozinho na frente de Fernando e, com um tapinha de pé direito, tirou a bola do alcance do goleiro. Era o gol para aliviar um pouco o sufoco alvinegro. No entanto, a alegria santista durou muito pouco. Aos 39, Henrique apareceu sozinho na área santista para aproveitar uma cobrança de escanteio. Os dois times seguem afundados na zona de rebaixamento e a luz no fim do túnel vai ficando cada vez mais fraca...
Ficha técnica:
IPATINGA 1 x 1 SANTOS
IPATINGA
Fernando, Marcio Gabriel, Patrick (Léo Oliveira), Gian (Augusto Recife) e Beto; Henrique, Sandro Manoel, Leandro Salino e Luis Fernando (Luciano Mandi); Ferreira e Kempes.
Técnico: Ricardo Drubscky.
SANTOS
Douglas, Dionísio, Domingos, Eller e Kleber (Tiago Carleto); Roberto Brum, Wendel, Bida e Robinho (Paulo Henrique); Lima (Cuevas) e Kléber Pereira.
Técnico: Márcio Fernandes.
Gols: Cuevas, aos 37, Henrique, aos 39 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Henrique (Ipatinga).
Estádio: Ipatingão. Data: 20/08/2008.
Árbitro: Wagner Tardelli Azevedo (SC).
Auxiliares: Dibert Pedrosa Moises (RJ) e Claudemir Maffessoni (SC).
NÁUTICO 1X3 FLUMINENSE
Washington afunda o Náutico nos Aflitos
O Fluminense, com uma atuação de gala do atacante Washington, o Coração Valente, derrotou o Náutico por 3 a 1, no Estádio dos Aflitos, em Recife, na noite desta quarta-feira, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Com o resultado, o Tricolor das Laranjeiras chegou à 16ª colocação, com 22 pontos, e saiu da zona de rebaixamento. Nesta quinta, o Flu terá de torcer para que haja um vencedor no jogo entre Portuguesa e Vasco, no Canindé, para seguir fora da zona. Já o Náutico permanece com 21 pontos, mas agora no 18º lugar que era ocupado pelo Flu antes do jogo.
O atacante, autor dos três gols da vitória tricolor, chegou aos 11 no campeonato, ao lado de Guilherme, do Cruzeiro, e Keirrison, do Coritiba. O trio está a dois gols dos artilheiros do Brasileirão, Alex Mineiro e Kléber Pereira, de Palmeiras e Santos, respectivamente.
Na próxima rodada, o Náutico recebe o líder Grêmio, domingo, nos Aflitos, enquanto o Tricolor pega outro pernambucano, o Sport, desta vez no Maracanã, no sábado, às 18h20m.
Primeiro tempo
O jogo nos Aflitos, com as duas equipes lutando para sair da zona de rebaixamento, começou movimentado. Logo aos 6 minutos, numa falta a cerca de dez metros da linha da grande área do Náutico, o atacante Washington cobrou com muito efeito e categoria no canto esquerdo de Eduardo, e abriu o placar para o Fluminense.
O Náutico deu o troco na seqüência. Numa bola alçada pelo lado esquerdo do ataque, Ruy ganhou na cabeça de Junior Cesar e escorou para o meio da área. O baixinho Kuki, esperto, aproveitou uma desatenção grosseira dos experientes Roger e Luiz Alberto, e mandou para o fundo da rede de Fernando Henrique, que apenas olhou.
Com a igualdade no placar, o Timbu começou a apelar para a violência. Aos 14, Negretti fez falta dura em Washington, por trás, e recebeu cartão amarelo. Em seguida foi a vez de Tartá levar uma pancada no rosto, que obrigou o técnico Cuca a substitui-lo pelo lateral Carlinhos, alterando o esquema 3-4-3 pelo tradicional 4-4-2.
Aos 19, o Flu quase fez o segundo. Everton recebeu pela esquerda e cruzou para Roger, que chutou de primeira, rente ao travessão de Eduardo. Foi a segunda e última boa chance do Tricolor na primeira etapa. O time de Cuca teve muitas dificuldades no péssimo gramado dos Aflitos.
Já o time da casa, mais habituado ao estado do campo, dominou as ações, mas só levou perigo a Fernando Henrique no último minuto da primeira etapa, quando Valdeir penetrou pela direita e deu um lindo passe para Ruy, que cabeceou em cima de Fernando Henrique, desperdiçando boa chance para virar o jogo.
Segundo tempo
A segunda etapa começou da mesma forma como a primeira terminou, com os dois times se esforçando para jogar futebol num gramado ruim. Assim, a primeira chance só surgiu aos sete minutos, quando Carlinhos recuperou péssimo cruzamento de Junior Cesar e cruzou para Washington, mas Adriano raspou de cabeça e evitou o segundo gol tricolor.
Aos 14, Ticão perdeu um gol inacreditável para o Náutico. Após dar um drible desconcertante em Luiz Alberto e deixar o capitão tricolor estatelado no gramado, dentro da grande área, o volante chutou em cima de Fernando Henrique, que também estava caindo no campo dos Aflitos.
No minuto seguinte, o Flu deu o troco e chegou ao segundo gol. O lateral Carlinhos, que no primeiro tempo discutiu asperamente com Washington, cobrou escanteio na cabeça do Coração Valente, que chegou a se abaixar para mandar no canto direito de Eduardo.
Aos 19, o lateral, que fez sua melhor partida pelo Tricolor na temporada, recebeu passe de Arouca e chutou com perigo, quase marcando o terceiro do Flu. Três minutos depois, Washington foi acintosamente agarrado por Negretti dentro da área, mas a arbitragem mandou o lance seguir. Um minuto depois, Felipe soltou a bomba da entrada da área e Fernando Henrique espalmou para o lado, evitando o gol de empate do Timbu.
Aos 29 minutos, o atacante Everton, que não teve atuação discreta, alegou cansaço e pediu para ser substituído. Cuca, que tinha Dodô no banco, optou por colocar o volante Ygor em campo. Logo em seguida, tirou Conca, que também aparentava estar cansado, e colocou o jovem atacante Maicon. Roberto Fernandes, então, pôs o atacante Anderson no lugar do meia Paulo Santos, deixando os minutos finais com cara de treino de ataque (do Timbu) contra defesa (do Flu).
Aos 40 minutos, porém, Washington acabou com todas as chances do Timbu ao fazer mais um belo gol de falta, agora cobrando com perfeição no ângulo direito de Eduardo, mostrando que sabe bater faltas das mais variadas maneirase fazendo, mais uma vez, a alegria da torcida tricolor.
Ficha técnica:
NÁUTICO 1 x 3 FLUMINENSE
NÁUTICO
Eduardo, Ruy, Adriano, Negretti e Piauí (William); Ticão, Alceu (Fabiano Gadelha), Paulo Santos (Anderson) e Valdeir; Felipe e Kuki
Técnico: R. Fernandes
FLUMINENSE
Fernando Henrique, Luiz Alberto, Fabinho e Roger; Arouca, Romeu, Conca (Maicon) e Junior Cesar; Everton (Ygor), Washington e Tartá (Carlinhos)
Técnico: Cuca
Gols: Washington, aos 6 minutos, Kuki, aos 7, do primeiro tempo; Washington, aos 15 minutos e aos 40 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Fabinho, Ticão, William, Negretti, Roger, Carlinhos.
Estádio: Aflitos. Data: 20/08/2008.
Árbitro: Antônio Hora FIlho
Auxiliares: Wilton Otaviano dos Santos e Ivaney Alves de Lima
INTERNACIONAL 4X1 PALMEIRAS
Com uma bela goleada, Internacional se reabilita em cima do Palmeiras
O Internacional saiu do fundo do poço. E o adversário que o reabilitou foi o Palmeiras, que é um leão no Palestra Itália, e um gatinho mansinho fora de casa, onde em 11 jogos venceu apenas dois. Após três partidas sem vencer, o Colorado goleou, de virada, o Verdão por 4 a 1, nesta quarta-feira, no Beira-Rio, pelo Campeonato Brasileiro. Alex Mineiro, cobrando pênalti, colocou o time paulista na frente do marcador. Mas Alex, Taison, e o zagueiro Índio, com dois gols de cabeça, decretaram a virada gaúcha.
Com a vitória, o Colorado chegou aos 29 pontos e assumiu a nona colocação na tabela de classificação do Brasileiro. Já o Palmeiras, apesar de mais um tropeço fora de casa, segue no G-4, mas caiu da terceira para a quarta colocação, com 37 pontos.
Na próxima rodada do Campeonato Brasileiro, o Internacional enfrenta o Flamengo, domingo, às 16h, no Beira-Rio, em Porto Alegre. No mesmo dia e horário, o Palmeiras disputa o clássico contra a Portuguesa, no Pacaembu.
Erros da arbitragem
Logo no primeiro minuto de jogo, após cobrança de falta de Leandro, Jeci ajeitou e fez 1 a 0 para o Palmeiras. Mas o assistente Alessandro Matos marcou impedimento inexistente do zagueiro e prejudicou o Verdão. Porém, aos três minutos, o árbitro Jailson Macedo Freitas compensou o errou do auxiliar e marcou um pênalti inexistente de Clemer em cima de Alex Mineiro.
A jogada que originou o pênalti começou com um lançamento de Martinez para Alex Mineiro, que driblou Clemer e se jogou. O juiz foi na dele, marcou a penalidade e ainda deu cartão amarelo para o camisa 1 do Colorado. Alex Mineiro fez a cobrança, com paradinha, e marcou 1 a 0. O erro da arbitragem deixou os jogadores do Inter nervosos. O jogo ficou violento, com jogadas mais ríspidas da equipe gaúcha.
Melhor em campo, o Palmeiras perdeu a chance de ampliar o placar aos 13 minutos, quando Diego Souza ficou cara a cara com Clemer e chutou a bola em cima do goleiro colorado. Mas, assim que colocou a cabeça mo lugar, o Inter acuou o Verdão na defesa.
Assim que o Palmeiras encolheu na defesa, tentando explorar apenas os contra-ataques, o Inter, com Alex recuperado de lesão muscular, começou a deitar e rolar em campo. E o Colorado virou o placar em dois minutos.
Aos 18, Alex cobrou falta na medida e Índio, livre de marcação, empatou de cabeça.Aos 19, em um lindo chute de fora da área, Alex marcou um golaço.. Em desvantagem, foi a vez dos jogadores do Verdão ficarem nervosos e abusarem das jogadas violentas: Jumar, Cléber e Evandro receberam cartões amarelos.
Na base do tudo ou nada, o Palmeiras partiu para o ataque. Aos 34, após cobrança de falta de Leandro, Kléber cabeceou com perigo. Em seguida, o técnico Vanderlei Luxemburgo sacou o volante Jumar e mandou a campo o atacante Denílson, recuando Diego Souza para a função de segundo volante.
Segundo tempo
O jogo começou equilibrado no segundo tempo. Logo aos nome minutos, Martinez, em chute de fora da área, exigiu grande defesa de Clemer. O Inter deu o troco em seguida, com D’Alessandro cruzando e Nilmar mandou ma bola por cima do travessão.
Aos 13 minutos, Luxemburgo trocou Kléber por Maicosuel. Mas, aos 15, o Colorado chegou ao terceiro gol após cruzamento de D’Alessandro, que Índio, levou a melhor no jogo aéreo outra vez e, de cabeça, fez 3 a 1.
Perdido em campo e sem poder de reação, o Palmeiras virou uma presa fácil. Mas, por sorte, os jogadores do Inter passaram a valorizar a posse de bola e demonstraram que estavam satisfeitos com o placar.
Aos 30 minutos, o Inter foi prejudicado pela arbitragem. Maycon, de cabeça, fez o quarto gol. Mas o auxiliar Alessandro Matos errou outra vez e, assim como havia feito no primeiro tempo, quando prejudicou o Palmeiras, agora vacilou contra o Colorado marcando impedimento inexistente.
Tite, por reclamar muito, ainda foi expulso de campo. Mas, mesmo embaixo de muita chuva, o Internacional continuou sem tomar conhecimento do Palmeiras e chegou ao quarto gol. Aos 39, Adriano exigiu grande defesa de Marcos. No rebote, Taison balançou a rede
Ficha técnica:
INTERNACIONAL 4 x 1 PALMEIRAS
INTERNACIONAL
Clemer; Índio, Bolívar e Marcão; Rosinei, Magrão (Maycon), Guiñazu, D’Alessandro e Gustavo Nery; Alex (Taison) e Nilmar (Adriano).
Técnico: Tite.
PALMEIRAS
Marcos, Sandro Silva, Jeci, Gladstone e Leandro; Martinez, Jumar (Denílson), Evandro e Diego Souza (Thiago Cunha); Alex Mineiro e Kléber (Maicosuel).
Técnico: V. Luxemburgo.
Gols: Alex Mineiro, aos 4 minutos do primeiro tempo. Índio, aos 18, e Alex, aos 19 minutos do primeiro tempo. Índio, aos 15, e Tailson, aos 39 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Clemer, Marcão e Bolivar (Internacional) e Jumar (3º), Martinez, Evandro e Cléber (Palmeiras).
Renda: R$ 160.158,00 - Público: 12.648 pagantes
Estádio: Beira-Rio (Porto Alegre). Data: 20/08/2008.
Árbitro: Jailson Macedo Freitas (BA).
Auxiliares: Alessandro Matos (Fifa BA) e Adson Lopes Leal (BA).