Sem Ceni, André Dias e Jancarlos dão vitória ao São Paulo sobre o Cruzeiro
Fábio é o goleiro que mais sofreu gols na carreira artilheira de Rogério Ceni: cinco no total. Mas, neste domingo, o São Paulo não precisou contar com a pontaria de seu capitão para vencer. Sem ele, vetado nos últimos minutos por causa de uma contusão muscular, coube ao zagueiro André Dias e ao lateral Jancarlos fazem os gols da vitória por 2 a 0 sobre o Cruzeiro, no Morumbi, que a equipe com chances de brigar pelo título do Campeonato Brasileiro.
O resultado, porém, não coloca o São Paulo no grupo dos quatro melhores da competição nacional. O time dirigido por Muricy Ramalho segue em quinto lugar, agora com os mesmos 46 pontos do próprio Cruzeiro, terceiro, e do Flamengo, quarto. O Tricolor perde no número de vitórias.
O São Paulo volta a jogar no próximo sábado, contra o Ipatinga, às 16h, no interior de Minas Gerais. O Cruzeiro atua antes, na quinta-feira, diante do Sport, ás 20h30m, no Mineirão, em Belo Horizonte.
São Paulo pressiona, mas pára nas defesas de Fábio
Mesmo sem Rogério Ceni, vetado de última hora por conta de uma lesão muscular, o São Paulo assumiu a responsabilidade de ter vencer para continuar sonhando com o título. Com Joílson e Jorge Wagner bastante ofensivos pelas alas e Jean grudado em Wagner, o Tricolor chegou com facilidade ao campo de ataque e não permitiu que o Cruzeiro jogasse com eficiência nos contra-ataques. Ramires também pouco fez.
A primeira boa chance surgiu logo aos quatro minutos. Hernanes cruzou, André Lima dividiu com a zaga e bateu prensado. No rebote, Jorge Wagner também foi travado. O Tricolor continuou sufocando, principalmente pelo lado direito. Joílson recebeu passe e levantou para a área. Hugo apareceu livre na segunda trave para cabecear forte e Fábio fazer bela defesa, espalmando para escanteio.
O goleiro cruzeirense voltou a trabalhar aos 19. Dagoberto passou por Fabrício pela esquerda e foi derrubado na entrada da área. Na cobrança da falta, Hernanes soltou a bomba e Fábio desviou para fora. Três minutos mais tarde, foi a vez de Jorge Wagner bater falta e o goleiro tocar na bola no canto esquerdo, evitando o gol.
Quando passou a trabalhar a bola com mais calma, o Cruzeiro começou a incomodar a equipe da casa e, enfim, dando condições a Guilherme e Thiago Ribeiro, até então presos na marcação. A melhor oportunidade veio aos 21 minutos. Após boa troca de passes, Ramires recebeu a bola pelo lado direito da área e chutou forte. Bosco espalmou.
André Dias mantém o Tricolor na briga pelo título
No segundo tempo, quem esperava um novo sufoco do São Paulo se enganou. Com mais movimentação, o Cruzeiro passou a criar mais e quase marcou, aos cinco minutos. Marquinhos Paraná encontrou Guilherme livre na entrada da área. O atacante dominou e bateu com estilo. A bola passou muito próxima do travessão e caiu na parte de cima da rede.
A resposta tricolor veio aos dez minutos. Zé Luis avançou pela direita e cruzou. Na segunda trave, Jorge Wagner desviou de cabeça e Thiago Heleno afastou quase sobre a linha. Logo em seguida, aos 12, foi a vez do garoto Jean arriscar da intermediária e Fábio defender no susto.
Com Elicarlos no lugar de Ramires, o Cruzeiro ganhou mais força na marcação, enquanto Muricy Ramalho sacou o apagado André Lima para a entrada de Borges, artilheiro da equipe na temporada, com 18 gols. Mas quem assustou foi Thiago Ribeiro, aos 18. Bosco bateu tiro de meta errado, o atacante avançou e, de fora da área, soltou a bomba, quase acertando o ângulo esquerdo.
Melhor opção de ataque, Jorge Wagner tratou de incomodar os mineiros pelo lado esquerdo, aos 22. Hugo cruzou para a área e Borges ajeitou para ele. O ala-esquerdo soltou a bomba cruzado e Dagoberto não alcançou por muito pouco, levando a torcida ao desespero. Aos 28, Jorge Wagner cruzou, Hugo desviou de cabeça, a bola passou por Fábio, mas Thiago Heleno tirou antes que ela entrasse.
Aos 35, o Tricolor finalmente conseguiu abrir o placar. Claro, em lance que saiu dos pés de Jorge Wagner. Ele cobrou escanteio pela direita do atacante e o zagueiro André Dias subiu mais que a defesa para desviar e explodir o Morumbi: 1 a 0.
Com a desvantagem, o Cruzeiro tentou se arriscar no campo de ataque, mas não chegou a levar muito perigo. Na principal jogada, o volante Fabrício recebeu pela esquerda do ataque e bateu forte, mas em cima de Bosco. No último minuto, aos 48, Jancarlos bateu falta com precisão no ângulo direito e garantiu a vitória do paulista por 2 a 0.
Ficha técnica:
SÃO PAULO 2 x 0 CRUZEIRO
SÃO PAULO
Bosco; Zé Luis (Jancarlos), André Dias e Rodrigo; Joílson, Jean, Hernanes, Hugo e Jorge Wagner; André Lima (Borges) e Dagoberto.
Técnico: Muricy Ramalho
CRUZEIRO
Fábio; Jonathan (Gérson Magrão), Thiago Heleno, Espinoza e Marquinhos Paraná; Fabrício, Henrique, Ramires (Elicarlos) e Wagner; Thiago Ribeiro (Maurinho) e Guilherme.
Técnico: Adilson Batista
Gols: André Dias, aos 35, e Jancarlos, aos 48 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Fabrício, Marquinhos Paraná (Cruzeiro); Dagoberto (São Paulo)
Estádio: Morumbi. Data: 28/09/2008.
Árbitro: Leonardo Gaciba da Silva (Fifa-RS).
Auxiliares: Altemir Hausmann (Fifa-RS) e Carlos Berkenbrock (SC).
Renda: R$ 411.195,00. Público: 20.668 pagantes.

Palmeiras empata com Náutico, o suficiente para ser o novo líder
Ficou no quase. Náutico e Palmeiras empataram por 0 a 0 neste domingo, no estádio dos Aflitos, em uma partida de baixo nível técnico. Mas o resultado foi suficiente para o time paulista chegar a 50 pontos e se igualar ao Grêmio, que perdeu para o clássico para o Internacional por 4 a 1. Desta forma, os palmeirenses assumem a liderança porque estão em vantagem no número de vitórias, 15 a 14. O Timbu chega a 30 pontos, e permanece na 13ª posição.
Na próximo sábado, o Palmeiras recebe o Atlético-MG no Palestra Itália. O Náutico mede força com o Flamengo, no estádio dos Aflitos.
Timbu tenta pressionar, mas é o Palmeiras que cria as melhores chances
Empurrado por sua fanática torcida, que compareceu em grande número ao estádio, o Timbu iniciou a partida tentando encurralar o time paulista no campo de defesa. Logo no primeiro ataque, uma boa oportunidade. Pela direita, Ruy tocou para Kuki em velocidade, mas, na hora de o atacante chutar, Marcos prensou e mandou a bola para escanteio. Passada a animação inicial dos donos da casa, o Palmeiras tentou colocar a bola no chão e impor o seu jogo. Foi assim que, aos 12 minutos, criou uma oportunidade espetacular. Martinez tabelou com Kléber e ficou de frente para Eduardo, mas o jogador alviverde se enrolou na hora de gingar e deu chance do goleiro alvirrubro fazer a defesa.
O Náutico, com pouca presença dentro da área adversária, apostava nos chutes de longa distância e nas bolas aéreas, mas foi o time palmeirense que chegou com perigo mais uma vez. Aos 18, após jogada confusa dento da área, Élder Granja se desequilibrou e a bola sobrou para Kléber, que pegou forte de primeira e a bola passou perto do gol. Refeito do susto, o Timbu se equilibrou mais e criou perigo para o Palmeiras. Aos 23, após cruzamento da direita, Gilmar chutou prensado com o zagueiro Gustavo e assustou o goleiro Marcos. Antes do fim do primeiro tempo, o Alvirrubro ainda chegou bem mais uma vez. Aos 42, Ruy recebeu bom passe de Alessandro e mandou uma bomba, defendida com estilo por Marcos.
Pontaria não estava em dia
Na volta do vestiário, as duas equipes seguiram com muita dificuldade de criar oportunidades, principalmente por causa do excessivo número de passes errados. Na vez que o Náutico conseguiu balançar a rede do Palmeiras, o árbitro marcou impedimento: aos sete minutos, após saída de bola errada de Maurício, Kuki recebeu passe e, de esquerda, mandou uma bomba para o fundo do gol. Os alvirrubros lamentaram, mas o placar permaneceu inalterado. Com seus homens de frente muito isolados na frente, coube ao meia Diego Souza tentar decidir em jogada individual. Aos 15 minutos, o camisa 7 arrancou pela direita, invadiu a área e chutou cruzado, mas Eduardo defendeu com a perna.
A partida seguia com baixo nível técnico, com as defesas superando com maiores problemas os ataques. Luxemburgo, na tentativa de melhorar o setor de criação, tirou Diego Souza e colocou Evandro. Mais emoção somente aos 30 minutos, em um ataque perigoso do Palmeiras. Kléber recebeu na entrada da área e mandou uma bomba de perna esquerda, o goleiro soltou a bola e Alex Mineiro desviou a bola para o gol. Antes que a bola entrasse, o zagueiro Adriano salvou em cima da linha.
Aos 37, Thiago Cunha, que entrou no lugar de Alex Mineiro, fez um gol após cruzamento da esquerda, mas estava impedido. Um minuto depois, o Timbu assustou com Felipe, que driblou Marcos mas chutou na rede pelo lado de fora. Não era dia dos atacantes, e o placar permaneceu inalterado.
Ficha técnica:
NÁUTICO 0 x 0 PALMEIRAS
NÁUTICO
Eduardo, Vágner Silva, Everaldo e Adriano; Ruy Hamilton, Paulo Santos (Geraldo), Valdeir e Alessandro; Gilmar (Felipe) e Kuki (Clodoaldo).
Técnico: Roberto Fernandes.
PALMEIRAS
Marcos, Gustavo, Maurício e Martinez; Élder Granja, Pierre (Leo Lima), Sandro Silva, Diego Souza (Evandro) e Leandro; Kléber e Alex Mineiro (Thiago Cunha).
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Cartões amarelos: Ruy, Everaldo (NAU); Martinez (PAL).
Estádio: Aflitos. Data: 28/09/2008.
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS).
Auxiliares: Alexandre Antonio Kleiniche (RS) e Cleriston Rios (SE).
IPATINGA 3X1 VASCO
Ipatinga bate o Vasco e deixa a lanterna do Campeonato Brasileiro
Em um duelo direto na briga contra o rebaixamento, o Ipatinga bateu o Vasco por 3 a 1 e deixou a lanterna do Campeonato Brasileiro. Com boa atuação de seus atacantes e do lateral Rodriguinho, o time mineiro chegou aos 27 pontos e subiu para a 17ª posição do torneio a apenas um ponto de sair da zona de rebaixamento. Com a derrota, a equipe cruzmaltina caiu para a 19ª colocação, à frente somente do Fluminense.
Na próxima rodada, o Vasco recebe o Figueirense em São Januário. As duas equipes brigam para não cair e o jogo pode ser decisivo para a manutenção de um dos dois clubes na elite nacional. Por sua vez, o Ipatinga recebe o São Paulo, que ainda briga pelo título Brasileiro.
Só um time joga no primeiro tempo
Para o torcedor vascaíno, que esperava que o time fosse para cima do até então lanterna do campeonato, o jogo começou de forma decepcionante. Sem nenhuma criatividade no meio-campo, a equipe esbarrava na forte marcação do Ipatinga e não conseguia criar nenhuma jogada de perigo.
Do lado mineiro, a ordem era explorar as jogadas laterais. Por isso, não foi surpresa que o primeiro chute a gol tenha sido do lateral-direito Márcio Gabriel, aos 13m do primeiro tempo. Porém, a bola passou sem perigo para o gol de Tiago. Se por um lado não deu certo, o Ipatinga resolveu tentar pelo outro. E aí teve mais sorte. Aos 17m, Leandro Salino recebeu na grande área, Eduardo Luiz não conseguiu acompanhar o atacante, que chutou para defesa de Tiago. O rebote sobrou nos pés do próprio Salino que tocou para o lateral-esquerdo Rodriguinho bater forte e abrir o marcador.
O gol mexeu com o time vascaíno que passou a buscar mais o ataque. Porém, sem criatividade, o time pouco ameaçava o gol mineiro. Na primeira jogada de perigo, Madson, aos 26, cobrou falta para a pequena área, mas Charles rifou a bola para fora. Aos 29, Jorge Luiz se aventurou ao ataque e fez boa tabela com Edmundo. Contudo, o zagueiro se enrolou com a bola e perdeu a chance.
Em vantagem no marcador, o Ipatinga passou a cadenciar mais o jogo e explorar os contra-ataques, principalmente pela esquerda, já que o lateral Baiano, visivelmente fora de forma, não conseguia acompanhar as rápidas triangulações dos jogadores do Tigre. Em um desses lances, aos 34m, Rodriguinho cobrou falta para a grande área, a zaga vascaína cochilou e Adeílson subiu sozinho para cabecear para fora.
Vasco volta melhor para o segundo tempo
Precisando da vitória, o Vasco voltou com outra postura e outra tática para o segundo tempo. Baiano e Fernando saíram para a entrada de Eduardo e Pedrinho. Com isso, o time passou a jogar com apenas dois zagueiros, em vez de três.
Apesar da mudança tática vascaína, quem começou melhor foi o Ipatinga. Aos 2m, Luciano Mandí faz boa jogada pela direita e assustou o goleiro Tiago. Logo em seguida, aos 3, Adeílson ganhou de Eduardo Luiz na corrida, dentro da grande área. O atacante caiu e pediu pênalti, mas o árbitro entendeu que não aconteceu nada. Aos 5m, mais uma jogada de perigo do Tigre. Charles invadiu pela direita e chutou pelo alto. Fábio defendeu parcialmente, e Jorge Luiz teve que tirar a bola quase em cima da linha do gol.
Aos 8m, finalmente o Vasco acordou. Leandro Amaral recebeu no meio, tocou para Edmundo na direita, e o Animal chutou forte, sem chances para o goleiro do Ipatinga, empatando a partida. O gol animou os cariocas que foram para cima, em busca da virada. Aos 11m, Leandro fez boa jogada na direita, a bola sobrou para Madson, que chutou de fora da área, sem perigo para a meta mineira. Aos 12m, Edmundo cruzou para Pedrinho que cabeceou bem, mas Fernando estava atento e impediu o gol.
Ipatinga marca em pênalti controverso
O Ipatinga aproveitava a afobação vascaína no ataque para armar seus contra-ataques em velocidade. Em um deles, Jorge Luiz e Gilsinho disputaram uma bola na área. O zagueiro caiu e colocou a mão na bola. O juiz marcou pênalti para o Ipatinga, levando à loucura os jogadores do Vasco que entenderam que o jogador do Ipatinga havia cometido falta no defesa cruzmaltino. Adeílson bateu a grande penalidade e recolocou o Tigre em vantagem no marcador.
O jogo ficou ainda mais movimentado após o gol, com as duas equipes correndo muito e tentando criar chances de gol. Aos 19, Pedrinho chutou bonito de fora da área. Como resposta, aos 27, Rodriguinho cruzou para Adeilson na pequena área, mas Tiago fez boa defesa nos pés do atacante.
Mais organizado, o Ipatinga conseguia agüentar a pressão do Vasco e organizar bem seus ataques. Aos 40, Gilsinho fez falta em Madson, mas o juiz não marcou. O lateral tocou para Pablo Escobar (que havia entrado no lugar de Ferreira), que driblou com facilidade Jonny e bateu forte para o fundo das redes vascaínas, sacramentando a vitória mineira. Foi o primeiro gol de um estrangeiro com a camisa do Ipatinga.
Ficha técnica:
IPATINGA 3 x 1 VASCO
IPATINGA
Fernando; Márcio Gabriel (Gilsinho), Henrique, Gian e Rodriguinho; Augusto Recife, Leandro Salino, Xaves e Luciano Mandi (Leo Oliveira); Ferreira (`Pablo Escobar) e Adeílson.
Técnico: Márcio Bittencourt.
VASCO
Tiago, Eduardo Luiz, Jorge Luiz e Fernando (Pedrinho); Baiano(Eduardo), Johnny, Alex Teixeira, Madson e Valmir(Mateus); Edmundo e Leandro Amaral.
Técnico: Renato Gaúcho
Gols: Rodriguinho, aos 17 minutos do primeiro tempo, Adeílson, aos 15m, e Pablo Escobar, aos 40m, do segundo tempo para o Ipatinga. Edmundo, aos 8m, para o Vasco.
Cartões amarelos: Fernando, Jorge Luiz e Mateus (Vasco); Rodriguinho (Ipatinga)
Estádio: Ipatingão (MG). Data: 28/09/2008.
Árbitro: Heber Roberto Lopes (PR).
Auxiliares: Alessandro Álvaro Rocha de Matos (BA) e Gílson Bento Coutinho (PR).

Clássico paranaense termina empatado
Em um clássico mais quente nas arquibancadas do que dentro de campo, Coritiba e Atlético-PR empataram por 1 a 1, na tarde deste domingo, no Couto Pereira. A Polícia teve que entrar em ação para conter alguns tumultos nas arquibancadas do estádio, ofuscando o que poderia ser uma boa partida no maior clássico paranaense.
O resultado não é bom para as duas equipes. É pior para o Furacão, que segue em 16º, com 28 pontos, correndo risco de entrar na zona de rebaixamento no decorrer da rodada, se Fluminense ou Portuguesa vencerem Botafogo ou Santos, respectivamente. O Coxa passa a somar 41 pontos, em oitavo lugar, a cinco pontos do G-4.
Os próximos compromissos das equipes no Brasileirão é no sábado. O Coxa recebe o Internacional enquanto o Atlético visita o Santos. Antes disso, o Furacão entra em campo nesta terça, mas pela Copa Sul-Americana, contra o Chivas, na Arena da Baixada.
Surpresas e sustos
Os dois técnicos esconderam e apresentaram surpresas nas escalações. No Furacão, Pedro Oldoni começou como titular ao lado de Rafael Moura. No Coxa, Ariel Nahuelpan barrou Marlos no ataque. O argentino coxa-branca quase alcançou um cruzamento de João Henrique no primeiro minuto da etapa, que teve pouquíssimas chances de ambos os lados.
O time rubro-negro começou a aparecer bem a partir dos 19 minutos. Primeiro, com Oldoni, que arriscou de fora da área para boa defesa de Vanderlei. Depois, em cobrança de falta de Fernando, em que o goleiro alviverde se esticou para espalmar. Mas a melhor oportunidade foi para o Coritiba, aos 38. Ricardinho cruzou da ponta esquerda para Keirrison cabecear para o chão. Ariel quase se antecipou a Galatto, que salvou o Furacão (assista ao vídeo com o lance). O Coxa ainda perderia duas boas chances: com João Henrique, que recebeu passe de Ariel, mas isolou aos 39; e com Ricardinho, que mandou para fora, de longe.
Toma lá, dá cá
Se em campo o jogo estava morno, nas arquibancadas o clima esquentou no intervalo. Policiais tiveram que usar os cassetetes para conter um tumulto onde estava uma parte da torcida atleticana, e até quem não tinha nada a ver com a confusão acabou apanhando.
Na volta para o segundo tempo, o Furacão pressionou o Coxa e quase abriu o placar em duas oportunidades. Primeiro, Valencia bateu de longe, e Vanderlei defendeu. Depois, Rhodolfo acertou a trave ao escorar de cabeça um escanteio. Aos dez minutos, de tanto insistir, a bola rubro-negra acabou entrando. Em cobrança de falta, Netinho levantou na área para Chico cabecear. Também de cabeça, Rafael Moura surpreendeu Vanderlei e mandou para as redes.
A alegria dos rubro-negros durou exatos 11 minutos, e foi influenciada pelas mudanças dos dois treinadores. Dorival Júnior trocou Rodrigo Heffner e João Henrique por Thiago Silvy e Marlos. Geninho preferiu fechar, tirando Oldoni para a entrada de Alan Bahia. Se aproveitando de um erro de passe de Valencia, Marlos foi à linha de fundo pela esquerda e cruzou para Ariel, de carrinho, empatar para o Coxa. Na dividida, o goleiro Galatto levou a pior e saiu lesionado, dando vaga a Vinícius. No decorrer do jogo, o Coxa criou as melhores chances, mas não conseguiu a virada.
Ficha técnica:
CORITIBA 1 x 1 ATLÉTICO-PR
CORITIBA
Vanderlei, Maurício, Rodrigo Mancha e Felipe; Rodrigo Heffner (Thiago Silvy), Leandro Donizete, Carlinhos Paraíba (Guaru), João Henrique (Marlos) e Ricardinho; Ariel Nahuelpan e Keirrison.
Técnico: Dorival Júnior.
ATLÉTICO-PR
Galatto (Vinícius), Danilo, Rhodolfo e Chico; Rodriguinho, Valencia, Fernando (Zé Antônio), Ferreira e Netinho; Pedro Oldoni (Alan Bahia) e Rafael Moura.
Técnico: Geninho.
Gols: Rafael Moura, aos dez, e Ariel, aos 21 minutos, do segundo tempo.
Cartões amarelos: Felipe, João Henrique e Maurício(Coritiba); Netinho, Pedro Oldoni, Valencia e Rafael Moura (Atlético).
Estádio: Couto Pereira, em Curitiba (PR). Data: 28/09/2008.
Árbitro: José Henrique de Carvalho (SP).
Auxiliares: Ivan Carlos Bohn (PR) e Moisés Aparecido de Souza (PR).
SANTOS 1X1 PORTUGUESA
No clássico do sufoco, tudo igual: Peixe 1 x 1 Lusa
O clássico do sufoco terminou empatado. Santos e Portuguesa ficaram no 1 a 1, neste domingo à noite, na Vila Belmiro. Com o resultado, o Peixe vai a 30 pontos e continua na 14ª posição, fora da zona de rebaixamento. Já a Lusa, com 27 ultrapassa o Vasco, mas segue abaixo da linha vermelha do Brasileirão. Kléber Pereira marca o gol santista e se isola ainda mais na liderança da artilharia, com 19 gols. Athirson descontou para a Lusa.
Com o empate, tanto Santos quanto Portuguesa desperdiçaram a chance de se afastar do fantasma da queda, já que seus principais correntes não venceram. Fluminense e Vasco perderam; Figueirens e Atlético-PR empataram. Dos times que estão na parte de baixo da tabela, só o Ipatinga venceu.
A Lusa volta a campo na quinta-feira para enfrentar o Vitória, em Salvador. Já o Santos pega o Atlético-PR, sábado, na Vila Belmiro.
PRESSÃO SANTISTA NÃO FUNCIONA
Tentando repetir o que o Goiás lhe fez no último final de semana, no Serra Dourada, o Santos partiu para cima da Portuguesa já nos primeiros segundos de partida. Aceso, Kléber Pereira lutava muito com os zagueiros adversários e arriscava chutes a gol sempre que a bola lhe caía aos pés. Antes do primeiro minuto, o artilheiro já tentava seu primeiro arremate. A bola saiu forte, mas passou por cima.
Apesar da tentativa de pressão, o Peixe não conseguiu imitar o Goiás. Aos 13 minutos do jogo disputado no sábado retrasado, o time esmeraldino goleava por 3 a 0. Os comandados de Márcio Fernandes, apesar de terem a bola na maior parte do tempo, afunilavam demais o jogo, abandonando as jogadas de linha de fundo e parando na zaga rubro-verde, sem conseguir chegar perto de marcar. Os volantes Rodrigo Souto e Bida tentavam sair para ajudar na armação, mas erraram muitos passes. As chances só saíam quando Kléber Pereira tentou resolver sozinho, seja em chutes a gol de fora ou em jogadas individuais. Sempre sem sucesso.
A Lusa, por sua vez, entrou em campo com uma formação com seis homens no meio-de-campo e apenas um jogador à frente, Edno. No entanto, não era uma formação defensiva. Apenas Rai é volante de ofício. Preto, Fellype Gabriel e Jonas reverazam-se na armação de jogadas, demonstrando bom toque de bola. O time visitante passou a ter o domínio da bola a partir dos 25 minutos de jogo, explorando bem as descidas de Athirson, pela esquerda, e Patrício, pela direita. Faltou aos laterais, porém, maior capricho na hora dos cruzamentos.
A principal chance da Portuguesa saiu aos 37 minutos, num vacilo da zaga santista. Fabiano Eller saiu jogando errado e entregou a bola para Fellype Gabriel, que cruzou para Edno subir e cabecear. A bola bate na zaga e desvia, mas Douglas consegue se esticar e mandar a bola para escanteio.
ENFIM, OS GOLS
O segundo tempo começou ainda pior que o primeiro. Os dois times abusaram demais dos erros de passes, das faltas no meio-de-campo e dos chutões. Quando os jogadores resolveram colocar a bola no chão, os gols saíram. Aos 13, Kléber Pereira, sempre ele, recebeu pela direita, deu um corte seco em seu marcador e chutou colocado de esquerda, acertando o canto direito do goleiro André Luís. Foi o 19º gol do artillheiro do Brasileirão.
Os santistas nem tiveram tempo para comemorar. A Lusa reagiu imediatamente e empatou o jogo no lance seguinte. Aos 15, a bola foi lançada para a esquerda. O goleiro Douglas foi atrapalhado por Rodrigo Souto e não conseguiu acertá-la. Athirson, ex-jogador santista, completou de cabeça para o gol vazio.
Vendo que seus volantes não funcionavam, o técnico Márcio Fernandes trocou um deles, Bida, pelo meia Pará. Estevam Soares também mexeu no meio-de-campo, tirando Fellype Gabriel e colocando Heverton, para dar mais velocidade e aproveitar contra-ataques.
O Santos não se abateu com o empate a jato da Portuguesa e quase ampliou aos 21, numa linda jogada de Kléber Pereira. Cuevas cruzou da direita e o artilheiro completou de voleio, obrigando André Luís a fazer grande defesa.
Pressionado pela torcida, o Peixe passou a tentar chegar ao ataque de qualquer jeito, sem trabalhar a bola e buscando a ligação direta para o ataque, em chutões para a frente. Márcio Fernandes tentou fazer com que seu time segurasse mais a bola no meio, tirou Michael, que jogava mal, mas colocou o ataque Tiago Luís, que entrou fora de posição, sem conseguir acrescentar nada ao time. Apenas mais correria. O erro do técnico foi consertado com a troca de Cuevas por Molina. Aí, Tiago foi adiantado para jogar em sua posição, ao lado de Kléber Pereira.
A Portuguesa não conseguia dominar a bola, virou presa fácil para a marcação santista, e ficou acuada em seu campo, apenas se livrando da bola. Aos 38, Erick deu uma entrada violenta em Tiago Luís e acabou expulso.
Com um jogador a menos, a Lusa se encolheu ainda mais e passou a ver a bola passar por todos os lados. Apesar da instistência santista, o clássico terminou empatado.
Ficha técnica:
SANTOS 1 x 1 PORTUGUESA
SANTOS
Douglas; Wendel, Domingos, Fabiano Eller e Kleber; Roberto Brum, Rodrigo Souto, Bida (Pará) e Michael (Tiago Luís); Cuevas (Molina) e Kleber Pereira.
Técnico: Márcio Fernandes.
PORTUGUESA
André Luís; Ediglê, Bruno Rodrigo e Erick; Patrício, Rai, Preto, Fellype Gabriel (Heverton) e Athirson; Edno (Hallisson) e Jonas (Vaguinho).
Técnico: Estevam Soares.
Gols: Kléber Pereira, aos 13, Athirson, aos 15 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Fellype Gabriel, Ediglê, Heverton (Portuguesa). Cartão vermelho: Erick (Portuguesa).
Renda e público: R$ 73.680,00/7.552 torcedores
Estádio: Vila Belmiro. Data: 28/09/2008.
Árbitro: Paulo Cesar Oliveira (Fifa/SP).
Auxiliares: Ednilson Corona (FIFA/SP) e Carlos Augusto Nogueira Júnior (SP).
BOTAFOGO 1X1 FLUMINENSE
Na raça, Flu arranca empate com o Botafogo no fim do jogo
Em um jogo com duas expulsões e um gol nos acréscimos, Botafogo e Fluminense empataram em 1 a 1, neste domingo, no Engenhão, pelo Campeonato Brasileiro. O Alvinegro está há três jogos sem vencer na competição e ficou mais longe dos líderes. Já o Tricolor das Laranjeiras foi parar na última colocação no torneio nacional. Carlos Alberto e Edcarlos fizeram os gols do jogo, um em cada tempo.
Com o resultado, o Tricolor chegou aos 26 pontos e agora ocupa a lanterna do Campeonato Brasileiro. O Alvinegro tem 43 e ocupa a sexta colocação. Na próxima rodada, o Fluminense vai encarar o Goiás, no Maracanã, na próxima quinta-feira. O Botafogo pega o Grêmio, no Olímpico, no sábado.
Carlos Alberto deixa a sua marca na etapa inicial
O primeiro lance de perigo do jogo foi do Fluminense em uma cobrança de falta de Thiago Silva, aos quatro minutos. O zagueiro arriscou da intermediária e a bola passou à direita de Castillo, que apenas acompanhou o lance. A resposta do Botafogo aconteceu no minuto seguinte. Carlos Alberto fez boa jogada pela direita e cruzou para Wellington Paulista. Romeu, do Tricolor, se antecipou e afastou o perigo, salvando o time das Laranjeiras.
Os dois times abusaram dos passes errados no meio-campo. Tanto Fluminense como Botafogo só arriscaram em chutes de fora da área e em cobranças de falta. Aos 22, Carlinhos cobrou lateral e a zaga do Botafogo falhou. A bola sobrou para Ciel, dentro da área, que chutou. O goleiro Castillo fez uma bela defesa, evitando o primeiro gol tricolor.
O mesmo Ciel voltou a assustar o goleiro Castillo, aos 27. O atacante arriscou de fora da área e a bola passou rente ao gol alvinegro. A resposta do Botafogo foi imediata. Aos 28, Alessandro cobrou falta rápida para Lucio Flavio, que estava sozinho do lado direito da grande área tricolor. O meia cruzou na cabeça de Carlos Alberto, que marcou.
Aos 33, após uma falha de Romeu, o Botafogo teve uma chance de ouro para ampliar. Wellington Paulista aproveitou o erro do defensor tricolor e avançou pela direita. O atacante chegou na linha de fundo e rolou para trás. Zé Carlos chutou de canhota e a bola pegou na trave de Fernando Henrique. A partir daí, o jogo voltou a ficar truncado e com muitos erros de passe até o árbitro Péricles Bassouls encerrar a etapa inicial.
Edcarlos empata aos 46 minutos do segundo tempo
Assim como no primeiro tempo, o Fluminense assustou logo com um minuto do segundo tempo. Ciel cobrou falta do bico da grande área e errou a pontaria por pouco. Aos dois, Maicon sofreu falta fora da área e pediu pênalti. O árbitro Péricles Bassouls ignorou o lance e nada marcou. Aos sete, Ciel recebeu um belo passe de Maicon, entrou na área e chutou muito mal, desperdiçando uma bela chance de empatar o jogo.
A primeira chance do Botafogo no segundo tempo só aconteceu aos nove. Thiaguinho recebeu na entrada da área e chutou longe do gol de Fernando Henrique. Aos 16, Thiago Silva deu um carrinho em Carlos Alberto e acabou expulso pelo árbitro. O zagueiro tricolor entrou forte no lance, mas sequer encostou no jogador alvinegro.
Aos 24 minutos, Maicon foi empurrado por André Luis na grande e o árbitro ignorou o pênalti no atacante tricolor. Seis minutos depois, o Botafogo quase selou a sua vitória. Wellington Paulista aproveitou cruzamento da direita e, já dentro da área, cabeceou para grande defesa de Fernando Henrique.
Desesperado, o técnico Cuca sacou Ciel para acertar a zaga e apostou na entrada de Roger. Para tentar o empate, ele colocou o garoto Tartá. As mudanças, porém, não surtiram efeito. Aos 45, Zé Carlos foi expulso após entrada violenta em Maicon. O Tricolor foi premiado no fim do jogo, aos 46 minutos. Junior Cesar cruzou da esquerda e Edcarlos empurrou para o gol de Castillo para empatar.
Ficha técnica:
BOTAFOGO 1x 1 FLUMINENSE
BOTAFOGO
Castillo; Alessandro, Renato Silva, Andre Luis e Luciano Almeida (Thiaguinho); Túlio (Eduardo), Leandro Guerreiro, Lucio Flavio e Zé Carlos; Carlos Alberto (Fábio) e Wellington Paulista.
Técnico: Ney Franco.
FLUMINENSE
Fernando Henrique; Carlinhos (Tartá), Edcarlos, Thiago Silva e Junior Cesar; Romeu, Arouca e Conca; Maicon, Ciel (Roger) e Somália (Alan).
Técnico: Cuca.
Gols: Carlos Alberto, aos 28 minutos do primeiro tempo; Edcarlos, aos 46 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Luciano Almeida, Carlos Alberto, Thiaguinho, Wellington Paulista (Botafogo); Tartá, Maicon (Flu).
Cartões vermelhos: Thiago Silva (Flu); Zé Carlos (Botafogo)
Estádio: Engenhão. Data: 28/09/2008.
Árbitro: Péricles Bassouls.
Auxiliares: Edney Guerreiro e Wágner Almeida.
Renda: R$ 180.865,00. Público: 12.564 pagantes

Inter destrói o Grêmio no Gre-Nal do milênio: 4 a 1, com show de D’Alessandro
Os grandes jogos são pré-fabricados para os grandes craques. E o Gre-Nal do milênio foi de Andrés Nicolas D’Alessandro. Com uma atuação que colorado algum jamais esquecerá, o argentino comandou a goleada de 4 a 1 sobre o Grêmio, que fez o Inter colar de vez no bloco de classificação para a Libertadores. De quebra, a genialidade do gringo deixou o rival dos vermelhos sem a liderança do Brasileirão, que agora é do Palmeiras.
O triunfo colorado também representa a supremacia na temporada, já que os três primeiros clássicos do ano haviam terminado empatados. No histórico de confrontos, o Inter já abre vantagem de 20 vitórias. A goleada fez o time de Tite pular para 42 pontos, na oitava colocação, quatro atrás da zona de classificação para a Libertadores. O Grêmio, com 50, perde para o Palmeiras no número de vitórias.
Embalado pela goleada, o Inter volta a campo na quarta-feira, pela Copa Sul-Americana, contra o Universidad Católica, do Chile, no Gigante. O Grêmio recebe o Botafogo no sábado. No mesmo dia, o Colorado visita o Coritiba.
Um craque chamado D’Alessandro e uma goleada no Gigante
O primeiro tempo de um Gre-Nal histórico foi decidido por um craque chamado D’Alessandro. O argentino acabou com o jogo. "El Cabezón" fez um gol, deu passe para outros dois e acertou tudo que tentou. Jogou demais. E, assim, desequilibrou um jogo que é sempre parelho.

Mas o Grêmio logo reagiria. Orteman, aos dez, ensaiou o empate ao acertar o travessão. A tarefa de concretizar a igualdade coube a Tcheco. E que golaço! O camisa 10 do Grêmio atravessou o campo com a bola dominada, deixou Guiñazu a ver navios e mandou o chute no cantinho de Clemer. Aí foi a vez de os tricolores explodirem em euforia: 1 a 1.
Não tinha como o grande Gre-Nal do milênio ficar sem polêmica. Aos 28 minutos, o árbitro Evandro Rogério Roman anotou toque de mão de Anderson Pico. Enquanto a defesa gremista reclamava, o Inter agiu. A cobrança rápida caiu nos pés de Alex. O canhotinho mandou uma pancada entre as pernas de Victor: 2 a 1 para o Inter e muita reclamação do Grêmio.
Era vitória, mas ainda não era goleada. D’Alessandro resolveu fazer história. Ele cobrou escanteio venenoso na cabeça de Índio, que desviou para o gol. Eram 39 minutos. Seis depois, o argentino cobrou escanteio curto para Ângelo, recebeu de volta e mandou na cabeça de Nilmar: 4 a 1. Em pleno setembro, com um vento frio incomodando, o Beira-Rio entrou em tempos de carnaval.
Antes de o primeiro tempo acabar, Edinho e Tcheco se enroscaram na beirada do campo e protagonizaram confusão generalizada. Ambos foram expulsos.
Inter só administra
Com uma vantagem praticamente inalcançável, o Inter deixou o tempo passar no segundo tempo. Chegou a trocar passes por dois minutos sem ser interceptado pelo adversário. A torcida vibrou como se fosse gol, para depois contar os gols, como provocação ao Grêmio.
- Um, dois, três, quatro! Um, dois, três, quatro!
Já na volta para o segundo tempo, o Grêmio teve Willian Magrão e Souza nos lugares de Perea e Paulo Sérgio. Não deu certo. O time tricolor, naturalmente, buscou o ataque, mas o Inter, sólido, não deu chance. Graças à qualidade técnica dos jogadores de frente, o time colorado ainda ameaçou em lances esporádicos e teve um gol anulado, de Nilmar, aos 39 minutos. Mas o placar ficou imóvel.
No Gre-Nal do milênio, o Inter mostrou que o presidente do Grêmio, Paulo Odone, não estava tão errado ao dizer que o adversário era um time de galácticos. Resta saber se os colorados, com tanta qualidade, terão tempo para buscar a vaga na Libertadores. E se o Grêmio suportará a pancada que levou no Gre-Nal. Os efeitos costumam ser duradouros.
Ficha técnica:
INTERNACIONAL 4 x 1 GRÊMIO
INTERNACIONAL
Clemer, Ângelo (Danny Morais), Índio, Bolívar e Gustavo Nery; Edinho, Magrão, Guinãzu e D’Alessandro (Taison); Alex e Nilmar (Adriano).
Técnico: Tite.
GRÊMIO
Victor, Léo, Pereira (Jean) e Rever; Paulo Sérgio (Souza), Rafael Carioca, Orteman, Tcheco e Anderson Pico; Perea (Willian Magrão) e Marcel.
Técnico: Celso Roth.
Gols: D’Alessandro, aos quatro, Tcheco, aos 19, Alex, aos 28, Índio, aos 39, e Nilmar, aos 44 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Gustavo Nery (Inter); Orteman, Léo, Tcheco (Grêmio).
Cartões vermelhos: Edinho (Inter); Tcheco (Grêmio).
Estádio: Beira-Rio, em Porto Alegre (RS). Data: 28/09/2008.
Árbitro: Evandro Rrgério Roman (Fifa PR).
Auxiliares: Roberto Braatz (Fifa PR) e Milton Otaviano dos Santos (Fifa RN).