sábado, 20 de setembro de 2008

Rodada de Sábado

GOIÁS 4X1 SANTOS
Melhor do returno, Goiás aplica 4 a 1 no Santos no Serra Dourada






Aos gritos de "o Santos é freguês", o Goiás chegou a sua quarta vitória consecutiva ao vencer o time paulista por 4 a 1, na noite deste sábado, no Serra Dourada, e se firmou como a melhor equipe do returno do Campeonato Brasileiro.



Aplicado em campo, a equipe do técnico Hélio dos Anjos não deu chances ao time de Márcio Fernandes, que sucumbiu em campo como já havia ocorrido no confronto do primeiro turno, na Vila Belmiro. Prova do bom trabalho dos goianos é que com 15 minutos do primeiro tempo já venciam por 3 a 0.



O resultado colocou o Goiás na oitava posição do torneio, com 39 pontos. Já o Peixe segue na 14ª posição, com 29 pontos, e perde a invencibilidade que tinha nesta segunda fase da competição.



Na próxima rodada, o Santos recebe a Portuguesa. Já o Goiás enfrenta o Vitória, jogando novamente em casa.



Goiás avassalador e Peixe dorminhoco

Os santistas ainda se acostumavam com o gramado do estádio Serra Dourada quando o Goiás abriu o placar. Em jogada de velocidade, Júlio César cruzou pelo lado esquerdo do ataque esmeraldino e Paulo Baier completou para as redes, com somente 1 minuto de bola rolando. E não parou por aí.

Aos 3 minutos foi a vez de Ânderson Gomes anotar o seu, depois de receber belo lançamento de Vitor e tocar na saída de Douglas. Dez minutos depois, nova investida do Goiás. E o terceiro gol dos donos da casa. Em cobrança de pênalti sofrido Júlio César, Iarley não perdeu a oportunidade de ampliar o marcador.

O Santos se mostrava perdido em campo e sofria com a sua defesa. A todo o momento Iarley e Ânderson Gomes apareciam na cara do goleiro alvinegro Douglas. Para tentar conter as investidas do Goiás, o técnico santista Márcio Fernandes sacou Fabão, autor do pênalti que originou o terceiro gol, e promoveu a entrada de Pará.

Com isso, Roberto Brum foi recuado para tentar impedir a chegada de Iarley ao gol santista, enquanto que Kleber mostrou-se mais presente no meio-campo. Somente a partir dos 35 minutos o Santos conseguiu arriscar algumas bolas contra a meta de Harlei, mas sem sucesso.

Na saída para os vestiários, o atacante Kléber Pereira, artilheiro da equipe e do Campeonato Brasileiro, era a maior prova de que o time estava perdido em campo, com sua declaração totalmente desconexa, afirmando que a virada era “impossível”, mas que “tudo poderia acontecer” no segundo tempo.



Santos diminui vexame, mas não evita derrota



Apesar de o técnico Márcio Fernandes ter cobrado uma mudança de postura do time da Vila Belmiro, o Santos seguiu vacilando na etapa final da partida. Ainda desconcentrado, acabou levando o quarto na cabeçada de Rafael Marques.



Depois disso, o Goiás seguiu administrando a partida e investindo forte contra a meta de Douglas, sempre usando a velocidade de Iarley pelos lados. Ao Santos restava aproveitar os parcos contragolpes que só passaram a ser mais perigosos depois de uma parada na partida por conta da fumaça dos sinalizadores da torcida.



Em um desses contra-ataques, o Santos diminuiu o vexame no Serra Dourada depois que Kléber Pereira viu Pará livre pelo lado direito e tocou. Com um chute cruzado forte, o santista conseguiu, enfim, vencer o goleiro Harlei: 4 a 1.



Nos últimos 10 minutos de partida o Santos passou a pressionar mais contra o goleiro esmeraldino. Mas quando não esbarrava na zaga do Goiás, se enrolava na sua ansiedade de querer diminuir a conta. Enquanto isso, o Goiás tocava a bola, esperando somente o fim da partida para comemora mais uma goleada sobre os santistas.



Ficha técnica:
GOIÁS 4 x 1 SANTOS
GOIÁS
Harlei; Ernando, Rafael Marques e Henrique; Vítor (Fábio Bahia), Ramalho, Fael, Júlio César e Paulo Baier (Fernando); Ânderson Gomes (Lima) e Iarley.
Técnico: Hélio dos Anjos.
SANTOS
Douglas, Wendel, Fabão (Pará), Fabiano Eller e Kleber; Roberto Brum, Rodrigo Souto, Bida e Michael (Lima); Cuevas (Wesley) e Kléber Pereira.
Técnico: M. Fernandes.
Gols: Paulo Baier, a 1min, Ânderson Gomes, aos 4min, e Iarley, aos 14min do primeiro tempo. Rafael Marques, aos 8min, Pará, aos 29min do segundo tempo.
Cartões amarelos: Vitor e Henrique (Goiás). Fabiano Eller e Kleber (Santos).
Estádio: Serra Dourada. Data: 20/09/2008.
Público: 9.469 pagantes
Árbitro: Leonardo Gaciba da Silva.
Auxiliares: Altermir Hausmann e Marcelo Bertanha Barison .





ATLÉTICO-MG 2X1 NÁUTICO
Galo vence de virada com estrela do técnico e diminui crise interna



Ainda sob os efeitos da crise política que provocou a renúncia do presidente Ziza Valadares, o Atlético Mineiro obteve uma importante vitória sobre o Náutico por 2 a 1, neste sábado, no Mineirão. Não que o clube tenha alterado a posição na tabela do Brasileirão. Continua em 12º lugar. Só que, agora, com 33 pontos ganhos, abriu frente de quatro sobre o Timbu, que é justamente o 13º lugar, com 29, se afastou mais da zona de rebaixamento e diminuiu o mal-estar durante a semana que deixou a torcida tensa.



A vitória surgiu num momento de estrela do técnico Marcelo de Oliveira, que pôs de uma vez só os dois jogadores - Petkovic e Castillo - que participaram do segundo gol, marcado por Vinicius - o outro foi de Renan Oliveira, ainda no primeiro tempo, depois que Ruy abriu o placar para o Náutico.



Na próxima rodada, o Galo, também no Mineirão, enfrenta o Figueirense, no próximo sábado, e o Timbu, no domingo, recebe o Palmeiras.







Timbu surpreende



A partida teve um primeiro tempo interessante e surpreendente, com várias mudanças que justificaram o empate de 1 a 1. Na tentativa de chamar logo o apoio da torcida presente no Mineirão, o Galo procurava as jogadas velozes para sair na frente do Náutico. Aos 5, Márcio Araújo, fazendo a ligação com o ataque, foi à linha de fundo e centrou com perigo, mas ninguém na área alcançou. Dois minutos depois, Marques deu um belo toque de calcanhar para Lenílson, que no entanto isolou.



O Timbu deu a senha de que exploraria os contra-ataques quando, aos 8, Kuki, lançado pela direita, arrancou livre para marcar, mas Edson apareceu bem e tocou para escanteio.



Depois do susto, o Atlético, com o meio-campo tocando rápido, criou mais uma boa chance quando Marques bateu com perigo de fora da área aos 10. Dessa vez, foi o goleiro Eduardo que apareceu bem.



Os times buscavam a velocidade, cada um à sua maneira. O Galo explorava as infiltrações pelas laterais. O Náutico procurava aproveitar as falhas de marcação da defesa atleticana e depositava as fichas em Kuki, que aos 17 minutos armou um contra-ataque ao lançar uma bola pela esquerda que resultou em gol. Alessandro recebeu e centrou. Edson saiu para dividir no alto com Clodoaldo e largou a bola nos pés de Ruy, que aproveitou a falha do goleiro para tocar livre para as redes: 1 a 0.



Galo empata



Foi um duro golpe para o Galo, que perdeu o ritmo inicial e ainda assistiu na maior parte da primeira etapa a um Náutico vibrante e inteligente. O time visitante procurava aproveitar os buracos deixados pela lenta zaga alvinegra. Os alas tinham importância fundamental. Aos 29, Ruy, pelo meio, lançou Clodoaldo, que levou vantagem sobre a zaga, mas perdeu a dividida para o goleiro Edson.



Aos 37, um lance resumia bem o quadro que se instalava. Lenílson tocou para trás bola fraca para Mariano, que errou a jogada pela direita. Alessandro tomou-a, arrancou pela esquerda em velocidade e centrou para Clodoaldo, que na cara do gol tocou por cima. Ou seja: o Atlético, sem criatividade no meio-campo e errando muito na defesa, dava a um Náutico veloz espaços e a chance de ampliar.



Só que uma chance perdida mostra: o futebol muda a cada minuto. E quando a torcida alvinegra estava mais desanimada, Renan Oliveira fez o que o time não conseguia mais: com ousadia, arrancou em velocidade pelo meio, invadiu a área e tocou no canto, à direita, sem defesa para Eduardo, aos 42: 1 a 1. O empate no primeiro tempo acabou fazendo justiça pelo que fizeram as duas equipes.



A virada



Roberto Fernandes mexeu no Náutico para o segundo tempo: trocou o volante Ticão, que já tinha cartão amarelo, por Alceu - que acabou sendo advertido também aos 11. E apesar da falta de criatividade do meio-campo, o Galo foi quem esteve primeiro mais perto do desempate: aos 13, Marques centrou com perfeição e Márcio Araújo tocou por cima de Eduardo, para fora.



Aos 16, o técnico Marcelo Oliveira resolveu arriscar ao trocar dois do Galo de uma vez. pôs Petkovic e Castillo nos lugares de Lenílson e Renan Oliveira. Deu certo: aos 21, Pet cobrou uma falta na área, Castillo cabeceou no travessão e, no rebote, o zagueiro Vinícius, também de cabeça, desempatou para o Galo.



Mais lento do meio-campo para o ataque, o Náutico já não chegava à frente com ímpeto. O técnico Roberto Fernandes mexeu novamente: trocou Valdeir por William. A partida ficou lenta. Com Petkovic no meio, o Galo cadenciou o jogo - o que já o interessava para garantir o resultado. Mas a defesa ainda cochilava. Aos 34, em jogada pela direita, os dois zagueiros se confundiram. A bola sobrou para Felipe, que tocou na área para a jogada de Derlei, que só não empatou porque Edson saiu bem do gol e salvou.



O técnico Marcelo Oliveira fez a última mexida no Atlético: tirou Marques, cansado, e botou Gedeon. O Náutico saiu mais para buscar o empate. Mas não conseguiu.





Ficha técnica:
ATLÉTICO-MG 2 X 1 NÁUTICO
ATLÉTICO-MG
Edson, Mariano, Vinícius, Marcos e César Prates; Rafael Miranda, Márcio Araújo, Serginho e Lenílson (Petkovic); Marques (Gedeon) e Renan Oliveira (Castillo).
Técnico: Marcelo Oliveira
NÁUTICO
Eduardo, Vágner Silva, Adriano e Everaldo; Ruy, Ticão (Alceu), Derlei, Valdeir (William) e Alessandro; Kuki e Clodoaldo (Felipe).
Técnico: Roberto Fernandes
Gols: Ruy, aos 17, e Renan Oliveira, aos 42 minutos. No segundo tempo, Vinícius, aos 21.
Cartões amarelos: Ticão, Derlei e Alceu (Náutico), Rafael Miranda (Atlético-MG).
Estádio: Mineirão. Data: 20/09/2008.
Árbitro: Paulo César Oliveira.
Auxiliares: Marcelo Carvalho Van Gasse (SP) e Anderson Jose de Moraes Coelho (SP).






FLUMINENSE 2X3 CORITIBA
Em noite dos atacantes, Flu perde para o Coritiba no Maracanã







Bem que o técnico Cuca avisou que o Coritiba era um visitante difícil de ser batido. O Fluminense não soube aproveitar o mando de campo e foi derrotado pelo time paranaense na noite deste sábado, por 3 a 2, no Maracanã, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. Washington e Keirrison brilharam e cada um fez dois gols, mas numa falha lamentável de Tartá, o Coxa virou o placar e volta para Curitiba com mais três pontos na tabela de classificação.



A derrota deixa o time tricolor na zona de rebaixamento, com apenas 25 pontos. O Flu pode terminar a rodada na lanterna, caso Ipatinga e Portuguesa vençam seus jogos contra Flamengo e Botafogo neste domingo. O Coritiba permanece sonhando com uma vaga na Libertadores 2009. Na próxima rodada, o Fluminense enfrenta justamente o Bota, domingo, no Engenhão. Já o Coxa tem o clássico contra o Atlético-PR, no Couto Pereira.


Lance polêmico logo de cara


O Fluminense começou a partida em cima do Coritiba, mas um lance polêmico, logo aos três minutos, tirou a tranqüilidade do time dentro de campo. O atacante Washington invadiu a área e caiu pedindo pênalti do goleiro Vanderlei. O árbitro Jaílson Macedo Freitas parou a jogada, mas deu cartão amarelo para o Coração Valente por simulação. Foi o terceiro dele, que desfalcará o time no clássico contra o Botafogo, no próximo domingo.

O Coritiba equilibrou as ações e fez o primeiro gol logo aos dez minutos. Rodrigo Heffner fez boa jogada pela direita e cruzou para área. Keirrison chutou e Thiago Silva salvou quase em cima da linha. No rebote, Carlinhos Paraíba finalizou forte, no ângulo direito, e abriu o placar. Em desvantagem, o Fluminense se acalmou em campo e foi em busca da virada.

Washington teve duas oportunidades para diminuir a vantagem, mas na primeira ele matou mal a bola, e na segunda chutou em cima do goleiro do Coxa. Quando já recebia vaias da torcida, o atacante tricolor passou a fazer a diferença. Aos 31, ele recebeu passe dentro da área e encobriu Vanderlei, marcando um golaço no Maracanã.

No último lance do primeiro tempo, o Tricolor virou o placar. Ciel cobrou escanteio pela esquerda, Maurício raspou de cabeça e Washington chutou forte para fazer o seu segundo gol na partida.



Coxa vira o jogo



No segundo tempo, o Coritiba voltou melhor e carimbou o travessão de Fernando Henrique em chute forte de Rodrigo Heffner, aos sete minutos. Aos 12, Keirrison chutou duas vezes para empatar a partida. Depois de sofrer o empate, o time de Cuca voltou a pressionar o Coxa. Aos 22, Carlinhos recebeu livre de marcação e chutou forte no travessão. No rebote, Ciel pegou embaixo da bola e isolou.



Cinco minutos depois, o jovem Tartá fez uma lambança no meio-campo e armou a jogada do terceiro gol do time paranaense. Ele tentou recuar a bola para Fernando Henrique, mas entregou nos pés de Keirrison. O atacante invadiu sozinho e teve a calma para escolher o canto e revirar o placar.





Ficha técnica:
FLUMINENSE 2 x 3 CORITIBA
FLUMINENSE
Fernando Henrique, Eduardo Ratinho (Carlinhos), Thiago Silva, Luiz Alberto (Edcarlos) e Junior Cesar; Wellington Monteiro, Maurício (Somália), Arouca e Tartá; Ciel e Washington.
Técnico: Cuca.
CORITIBA
Vanderlei, Maurício, Rodrigo Mancha e Thiago Bernardi; Rodrigo Heffner, Alê, Carlinhos Paraíba (Felipe), João Henrique e Ricardinho; Marlos (Ariel) e Keirrison .
Técnico: Dorival Júnior.
Gols: Carlinhos Paraíba, aos 9, Washington, aos 31 e aos 45 minutos do primeiro tempo; Keirrison, aos 12 e aos 27 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Washington, Carlinhos e Ciel (Fluminense); Alê, Thiago Bernardi e Vanderlei (Coritiba).
Estádio: Maracanã. Data: 20/09/2008.
Renda: R$ 153.553,50. Público: 11.512 pagantes.
Árbitro: Jailson Macedo Freitas (Asp.FIFA/BA).
Auxiliares: Alessandro Rocha de Matos (Fifa /BA) e Luiz Carlos Teixeira (BA).