sábado, 13 de junho de 2009

6 Rodada:Série A

BOTAFOGO 2X0 SANTOS
Botafogo supera o Santos no Engenhão e vence a primeira no Brasileirão



O Botafogo venceu o Santos por 2 a 0, no Engenhão, neste sábado, pela sexta rodada do Brasileirão. O triunfo foi o primeiro do time do técnico Ney Franco na competição, além de representar a queda de um tabu para a equipe carioca: o clube nunca havia batido o Peixe jogando no estádio. Os cariocas foram superiores desde o início da partida, em contraste com os inúmeros erros dos visitantes - que chegaram a errar 40 passes na primeira etapa - mas só conseguiu balançar as redes no segundo tempo.

Com o resultado, o time de General Severiano chegou a seis pontos e ocupa, provisoriamente, a 15ª colocação da tabela da competição. O Peixe, com nove, segue em quarto, mas pode perder posições no encerramento da rodada, neste domingo.



Donos da casa se impõem

O Botafogo entrou na partida com disposição e, enquanto esbarrava na forte marcação santista, tirava proveito dos excessivos erros dos visitantes. O primeiro lance de perigo aconteceu aos 5 minutos, em cabeceio de Fahel, que subiu mais que Rodrigo Souto, mas desviou pela linha de fundo. Aos 16, foi a vez de Léo Silva tomar a bola do volante do Peixe e passar para Tony, que deixou Fabão no chão e bateu da entrada da área por cima do gol de Fábio Costa. O goleiro santista quase foi surpreendido por Victor Simões, aos 26, quando o atacante aproveitou a sobra, girou e mandou uma bomba à direita da meta do Peixe.

Mas aos 27, foi Léo Silva que errou, ao tentar uma jogada de efeito na frente da área do Bota e entregar a bola nos pés de Kleber Pereira. O atacante santista esticou para o baixinho Madson, que não conseguiu evitar a saída pela linha de fundo.



O grito de gol dos donos da casa quase saiu aos 31. Após belo passe de Lucio Flavio, Fahel, dentro da área, tocou com categoria por cima de Fábio Costa, mas Fabiano Eller chegou a tempo de cortar, quase sobre a linha (assista ao vídeo do lance).

Apagado, o Santos só ameaçou a meta da equipe carioca aos 36, no chute de Rodrigo Brum desviado para fora pela zaga. O Botafogo sufocava os visitantes. Aos 37, Batista tabelou com Victor Simões, invadiu a área e chutou cruzado. Tony, que chegava correndo, se atirou na bola, mas não conseguiu desviar para as redes.

Batista e Laio garantem a vitória do Botafogo

O Santos voltou dos vestiários mostrando mais organização, mas o Botafogo seguia superior. Aos 2 minutos, Roberto Brum chutou em cima de Rodrigo Souto, na tentativa de afastar a bola e, na sobra, Léo Silva arriscou de fora da área, mas o chute saiu muito fraco.

Após 18 minutos sem conseguir transformar o domínio do jogo em gol, o técnico Ney Franco substituiu Tony pelo jovem Laio. Mancini respondeu trocando Molina por Neymar. Aos 25 foi a vez de Fahel dar lugar a Renato, no time da casa.



Aos 26, Renan salvou o Botafogo, em jogada originada em um erro de Leandro Guerreiro, que tocou errado e entregou a bola para Madson na intermediária. O meia avançou pela esquerda e cruzou para Kleber Pereira, que cabeceou livre e só não marcou devido à defesa do goleiro, que pouco havia trabalhado até então.

Ney Franco arriscou sua última alteração, aos 34, e pôs Thiaguinho no lugar de Léo Silva. O efeito veio aos 38, quando o próprio Thiaguinho foi à linha de fundo pela esquerda e cruzou para Batista, que bateu de primeira no canto direito do imóvel Fábio Costa.

Para tentar o empate, o treinador do time da Vila Belmiro ainda trocou o volante Rodrigo Souto pelo atacante Roni. Mas os defensores visitantes voltaram a falhar. Aos 41, Fabão não conseguiu cortar de cabeça o chutão da zaga do Bota e Laio recebeu sozinho, de frente para Fábio Costa. Com um toque, driblou o camisa 1 do Santos e só precisou empurrar para marcar o segundo do Botafogo.

Ficha técnica:
BOTAFOGO 2 x 0 SANTOS
BOTAFOGO
Renan, Alessandro, Leandro Guerreiro, Emerson e Eduardo; Fahel (Renato), Léo Silva, Batista e Lucio Flavio; Tony (Laio) e Victor Simões.
Técnico: Ney Franco.
SANTOS
Fábio Costa, Pará, Fabão, Fabiano Ellere Léo; Roberto Brum, Rodrigo Souto (Roni), Madson (Robson) e Paulo Henrique Lima; Molina (Neymar) e Kléber Pereira.
Técnico: Vágner Mancini.
Gols: Batista, aos 38 minutos e Laio aos 41 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Victor Simões (Botafogo); Roberto Brum, Léo (Santos).
Estádio: Engenhão. Data: 13/06/2009.
Árbitro: Evandro Rogério Roman.
Auxiliares: Aparecido Donizetti Santana (PR) e Ivan Carlos Bohn (PR).


SÃO PAULO 1X1 SANTO ANDRÉ
Tricolor volta a tropeçar no Ramalhão e estaciona no Brasileirão



Ainda não foi dessa vez que o São Paulo mostrou o futebol convincente que seus torcedores se acostumaram a ver nos últimos anos. Após um primeiro tempo sofrível, o Tricolor saiu atrás e conseguiu arrancar um empate em 1 a 1 com o Santo André, neste sábado, no Morumbi, pelo Brasileirão. O Ramalhão segue sendo uma pedra no sapato são-paulino. Desde 2005 (quatro jogos), o time do Morumbi não vence a equipe do ABC.Marcelinho, com um golaço, colocou o Santo André na frente. Borges salvou o São Paulo da derrota.

Com sete pontos, equipe do Morumbi está em 12º lugar. A equipe do ABC também tem sete, mas está em 13º. O Tricolor leva a melhor no saldo.

O São Paulo volta a campo no domingo, dia 21, às 18h30m, para disputar o clássico contra o Corinthians. Já o Santo André, no próximo sábado, recebe o Sport, às 16h10m, no ABC.


Ramalhão domina e Marcelinho brilha


Embora tenha tomado a iniciativa da partida, tentando encurralar o Santo André, o São Paulo não foi capaz de criar jogadas de perigo. E não foi só isso. Falhou demais nos passes, na marcação no meio-de-campo. Washington e Borges, à frente, não se entendiam. Sem conseguir segurar a bola, o Tricolor dava campo para o Ramalhão criar.

O que faltou ao São Paulo, sobrou ao time do ABC: correção nos passes, velocidade e objetividade. Sem o atacante Nunes, que está suspenso, a equipe de Sérgio Guedes mudou sua característica: em vez de ficar cruzando na área, o Santo André jogou mais em velocidade, com a bola no chão.

Dessa forma, o goleiro Denis começou a mostrar serviço aos 16. Cicinho disparou pela direita, ganhou de Richarlyson na corrida e cruzou para Antônio Flávio completar de primeira. O camisa 12 tricolor espalmou. O São Paulo ainda mostrou um lampejo aos 19, só que graças a uma falha do goleiro Neneca, que largou a bola nos pés de Borges após cruzamento de Richarlyson. Na sequência do lance, o goleiro do Ramalhão se recuperou ao defender o tiro à queima-roupa do atacante tricolor.

Essa foi uma tentativa isolada do time mandante. Os visitantes comandavam a partida e abriram o placar aos 27. Antônio Flávio cruzou rasteiro para Marcelinho Carioca. A bola veio quicando e o meia emendou de primeira, estufando as redes, sem chances para Dênis. Um golaço.

O gol deixou o São Paulo ainda mais perdido. Aos 31, Marcelinho, sempre ele, cobrou falta com muito veneno. André Dias subiu para cortar e quase marcou contra. A bola bateu no pé da trave. Só dava Ramalhão. A zaga tricolor, atordoada, via a bola bater no ataque e voltar imediatamente. Azar de Denis, que, aos 34, teve de se virar para espalmar um forte chute do zagueiro Marcel.

Depois de muito sofrer, a torcida do São Paulo só conseguiu vibrar com um lance aos 41. Hernanes fez boa jogada pela direita e cruzou para Borges, que completou de primeira e acertou a trave. Foi o único lance lúcido da equipe de Muricy Ramalho no primeiro tempo.


Tricolor melhora e Borges salva

O São Paulo voltou melhor para o segundo tempo. O técnico Muricy Ramalho tirou Jorge Wagner, que não funcionava e dava muitos espaços, e colocou Junior Cesar. Com a entrada do ala, o São Paulo ganhou um refresco, já que Cicinho, com Junior caindo às suas costas, deixou de subir.

A marcação tricolor melhorou muito e o time passou a segurar mais a bola no ataque. Assim, deixou de ser tão ameaçado e apertou o Santo André. Aos 19, Washington, que tinha atuação muito apagada, acordou e completou de cabeça cobrança de escanteio pela direita. A bola explodiu no travessão.

Muricy ainda colocou Dagoberto em campo, no lugar do volante Jean. O Tricolor passou a jogar com três atacantes, teve muito mais volume de jogo, mas faltava capricho nos passes. Washington voltou a dormir e ficou parado na frente, vendo a bola passar de um lado para o outro. Quando ela ia em sua direção, ele não conseguia dominar.

Mas o Tricolor tem Borges. Aos 39, quando Washington não conseguiu dominar um lançamento de Dagoberto, a bola sobrou para Borges bater rasteiro, no meio do gol, salvando o São Paulo da derrota.



Ficha técnica:
SÃO PAULO 1 x 1 SANTO ANDRÉ
SÃO PAULO
Dênis, Jean Rolt (Arouca), André Dias e Richarlyson; Jean (Dagoberto), Eduardo Costa, Hernanes, Marlos e Jorge Wagner (Júnior César); Borges e Washington.
Técnico: Muricy Ramalho.
SANTO ANDRÉ
Neneca, Cicinho, Cesinha, Marcel e Arthur; Fernando, Ricardo Conceição, Júnior Élvis e Marcelinho Carioca (Rodrigo Fabri); Antônio Flávio (Dionísio) e Pablo Escobar (Rodriguinho).
Técnico: Sérgio Guedes.
Gols: Marcelinho Carioca, 27 minutos do primeiro tempo; Borges, aos 39 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Élvis, Pablo Escobar, Cesinha, Fernando, Marcelinho Carioca (Santo André), Jean, André Dias, Borges (São Paulo).
Estádio: Morumbi. Data: 13/06/2009.
Árbitro: Guilherme Cereta de Lima (SP).
Auxiliares: João Bourgalber Chaves (SP) e Giovani Cesar Canzian (SP).
Público e renda: 8.995 pagantes/R$ 250.427,00


SPORT 0X1 ATLÉTICO - PR
Na estreia de Waldemar Lemos e Paulo Baier, Atlético-PR bate o Sport na Ilha



No duelo rubro-negro com várias estreias, o Atlético-PR surpreendeu e levou a melhor ao bater o Sport por 1 a 0, neste sábado, na Ilha do Retiro, em partida válida pela sexta rodada da Série A do Brasileirão. O gol marcado pelo zagueiro Rafael Santos, aos 29 minutos do segundo tempo, tirou o Furacão da lanterna da competição e o fez pular para o décimo sétimo lugar, ainda na zona de rebaixamento, com quatro pontos ganhos.

Se o técnico Leão fazia a reestreia no comando do Sport à beira do gramado - na vitória por 4 a 2 sobre o Fla, ainda suspenso, comandou o time da tribuna de honra -, começou, e bem, a era Waldemar Lemos no Atlético-PR, O novo treinador do Furacão teve a companhia de Paulo Baier, que defendia o Sport e debutou no Furacão com a camisa 10 justamente contra o ex-clube e debaixo de vaias da torcida anfitriã, mas com a primeira vitória do time neste Brasileirão.

Na sétima rodada, o Sport, que se mantém com cinco pontos ganhos mas caiu para décimo sexto lugar, vai a São Paulo no próximo sábado encarar o Santo André, enquanto o Atlético Paranaense recebe no mesmo dia, na Arena da Baixada, o Palmeiras.

Confira a classificação da Série A do Brasileirão

Leão perde dois gols


Sem Dutra, suspenso, e Igor, machucado, o técnico Leão, de volta ao comando na beira do campo, escalou Bruno Teles na zaga e Hamilton na cabeça-de-área do Sport, mantendo o 4-4-2 que deu certo contra o Flamengo. Embalado pelas estreias de Paulo Baier no meio-campo e de Waldemar Lemos no comando do time, o Atlético-PR, desfalcado de Rafael Miranda, machucado, e Marcinho, suspenso, bem que tentou lançar-se ao ataque nos primeiros minutos em plena Ilha do Retiro.

Mas logo num de seus primeiros lances na partida, Paulo Baier, muito vaiado pela torcida do Sport, levou cartão amarelo e, na falta cometida, gerou ataque rápido quase fatal do Leão. Após passe na medida de Luciano Henrique na sequência do lance, o petardo de Ciro explodiu o travessão aos nove minutos.

No minuto seguinte, o atacante camisa 11, motivado pela convocação para a seleção sub-20, escapou pela direita e serviu Fumagalli, que, livre, desperdiçou para fora a segunda boa chance.

Furacão esfria o jogo

Parecia um recado do Leão: nos seus domínios, era ele que dominava. Mas o Furacão e Paulo Baier se acalmaram e botaram a bola no chão. Esfriaram o ímpeto do adversário, e de lambuja o time por pouco abriu o placar. Paulo Baier cobrou um escanteio com veneno aos 23 minutos, Magrão espalmou para trás, e a bola só não entrou porque Bruno Telles salvou de cabeça, quase na linha.

O Furacão, principalmente com Valencia, Raul e Paulo Baier, procurava tocar a bola para conter o ímpeto do Sport. A tática deu certo. O Leão não foi de longe aquele que marcou quatro gols no Flamengo em oito minutos. Muito menos o atacante Weldon, autor de três domingo passado, na vitória por 4 a 2. Neste sábado, só foi notado em campo aos 33 minutos, quando passou entre Márcio Azevedo e Rafael Santos e centrou na direita para Ciro, sem sucesso.

Na beira do gramado, o técnico Leão procurava incentivar o time, com dificuldades de sair da boa marcação do Atlético-PR - Fumagalli e Luciano Henrique pouco criavam. A torcida, já impaciente, ainda levou um susto aos 44, quando o goleiro Magrão saiu mal para cortar centro de Raul, mas a bola foi para fora. E ainda que o Leão tentasse algo nos acréscimos, o primeiro tempo não mudou o placar.

Entra Vandinho

- Num jogo duro assim, com muita marcação, não podemos perder as poucas oportunidades que surgem - resumiu o goleiro Magrão.

O Sport voltou com mudança para o segundo tempo. Leão sacou Weldon para pôr Vandinho no ataque. A intenção era conseguir com velocidade furar o forte bloqueio defensivo do Furacão. O time, no entanto, sentia falta dos bons apoios de Dutra pelo lado esquerdo. O jeito, então, era forçar pelo lado direito. Aos 10 minutos, Moacir trocou passes com Sandro Goiano e bateu cruzado de direita, mas a bola saiu prensada na defesa aleticana.

A chuva ficou mais forte na Ilha do Retiro. E como estava difícil entrar na defesa paranaense, a melhor saída era bater de fora da área para surpreender o goleiro. Foi isso que Luciano Henrique fez aos 16 minutos, em boa jogada pela meia-direita. O tiro passou rente, à esquerda de Magrão.

Gol do Furacão

Depois do trauma da goleada de 4 a 0 sofrida para o Atlético-MG na última rodada - que causou a saída do técnico Geninho -, o Furacão preferiu não arriscar. Só ia na boa para o ataque. Aos 20, bem que Márcio Azevedo avançou pela esquerda e bateu com violência, assustando Magrão.

Com o time mais cansado e medo de suspensões futuras, Waldemar Lemos mexeu no Furacão, trocando os pendurados Raul e Paulo Baier por Zé Antônio e Wesley. Como a bola parada de Paulo Baier não surtiu efeito em sua estreia, deu certo com a cobrança de escanteio de Wesley. Ele bateu bem na medida para Rafael Santos subir mais que a zaga do Leão e cabecear para as redes, aos 29, numa bola que o goleiro Magrão poderia ter defendido.

Após o gol do Furacão, os treinadores fizeram de imediato mexidas táticas. Para segurar o resultado, Waldemar Lemos trocou o atacante Patrick por Fransérgio, para melhorar a marcação da defesa. E Leão sacou Bruno Teles para pôr mais um atacante, Guto. Mas as melhores chances foram de fora da área. Moacir mandou um balaço que Vinicius espalmou aos 37. Depois disso, o Sport nada mais conseguiu. Bom para o Furacão.

Ficha técnica:
SPORT 0 x 1 ATLÉTICO-PR
SPORT
Magrão, Moacir, César Lucena, Durval e Bruno Teles (Guto); Hamilton, Sandro Goiano, Fumagalli e Luciano Henrique; Weldon (Vandinho) e Ciro.
Técnico: Emerson Leão
ATLÉTICO-PR
Vinícius, Rhodolfo, Antônio Carlos e Rafael Santos; Raul (Zé Antônio), Valencia, Chico, Paulo Baier (Wesley) e Márcio Azevedo; Patrick (Fransérgio) e Rafael Moura. .
Técnico: Waldemar Lemos.
Gol: Rafael Santos, aos 29 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos Paulo Baier, Chico, Valencia e Rafael Moura (Atlético-PR); Fumagalli (Sport).
Estádio: Ilha do Retiro. Data: 04/05/2008.
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro .
Auxiliares: Helberth Costa Andrade (MG) e Jair Albano Felix (MG).