segunda-feira, 12 de outubro de 2009

29 Rodada:Série A

SANTOS 0X0 VITÓRIA
Santos e Vitória não saem do zero e frustram Pacaembu lotado

Santos e Vitória entraram em campo, nesta segunda-feira, no Pacaembu, sonhando com uma vaga na Taça Libertadores. Mas o 0 a 0 acabou sendo ruim para os dois times. Pior até para o Peixe. Os 30 mil santistas que pagaram ingressos para ver a equipe neste feriado, deixaram o estádio frustrados com a 13º posição, com 40 pontos. O G-4 está sete pontos à frente. Já o Leão, com o pontinho conquistado, está em 10º, com 41.

Ao fim da partida, em meio a muitas chances perdidas pelo Peixe, os torcedores vaiaram muito a diretoria. Houve até quem gritasse por Marta e Cristiane, estrelas do time feminino, que estão em grande fase na Taça Libertadores.

Peixe aperta, mas passa em branco

O Santos começou o jogo empolgado e quase marcou logo aos nove segundos de jogo, quando Felipe Azevedo desceu pela direita e cruzou rasteiro para Neymar, livre na entrada da pequena área, completar. O gol não saiu porque o atacante pegou mal na bola e mandou por cima. À medida que o jogo foi se desenrolando, porém, o que era rapidez virou pressa e Peixe começou a perder demais a bola.

Neymar, jogador mais inspirado do Peixe, tentava trocar passes com seus companheiros, mas apenas Felipe Azevedo correspondia. Os dois laterais alvinegros, Luizinho e Triguinho, tinham dificuldades até para dominar a bola. Sobretudo Luizinho, que levou os santistas à loucura, errando muitos passes.

Já o Vitória tinha uma proposta de jogo bem definida: esperar o Peixe em seu campo para explorar contra-ataques, sempre puxados por Neto Berola, que entrou no lugar de Roger, machucado, aos 25 minutos. Com essa estratégia, o Leão conseguiu criar algumas chances. Aos 29, após trapalhada de Luizinho, a equipe baiana roubou a bola. Ramon recebeu dentro da área, driblou dois santistas, mas na hora de fazer o gol, foi travado por André Astorga. Outra boa oportunidade para os visitantes aconteceu aos 37, quando Ramon cobrou escanteio na cabeça de Wallace. O zagueiro só não fez o gol porque Pará apareceu quase em cima da linha para salvar o Santos.

O domínio da posse de bola era do Santos, mas faltava acerto nos passes. Quando houve o mínimo de capricho, o Alvinegro chegou. Isso aconteceu aos 20: Pará rolou para Neymar, que dominou e abriu para Kléber Pereira. O atacante, que entrava pela esquerda, encheu o pé e Gléguer fez grande defesa. Kléber perderia outra boa chance aos 32, quando Neymar fez jogada individual pela esquerda e cruzou para o camisa 9 cabecear fraco.

Vaias para Kléber Pereira e a diretoria

O Santos encurralou o Vitória desde o início do segundo tempo. Com a entrada de Madson no lugar de Luizinho, o Peixe ganhou mais presença no ataque e passou a criar chances desde o início. Madson tentou aos 2, num chute de fora: Gléguer espalmou. Aos 12, o baixinho recebeu de Neymar e, na cara do gol, errou o chute.

O Vitória não passava do meio de campo. Estava todo acuado, tentando um contra-ataque que não vinha. E o Alvinegro seguia desperdiçando chances. Aos 22, foi a vez de Kléber Pereira mandar na trave mais uma oportunidade: ele completou, de primeira, bom lançamento de Madson e mandou a bola no poste direito.

A paciência da torcida santista com o artilheiro do time, que estava no limite, se esgotou após esse lance. Ele foi substituído aos 26 minutos e a torcida vibrou como num gol. André entrou em seu lugar. O substituto começou mal, mas aos 41 largou Neymar na cara do gol. O garoto avançou, cortou a marcação e tentou colocar, mas errou o alvo.

Com mais uma chance perdida, a frustração dos mais de 30 mil torcedores que compareceram ao Pacaembu explodiu. O alvo dos descontentes: o presidente Marcelo Teixeira. Ele e sua diretoria foram xingados pelos torcedores.


Ficha técnica:
SANTOS 0 x 0 VITÓRIA
SANTOS
Felipe, Luizinho (Madson), André Astorga, Eli Sabiá e Triguinho, Pará, Rodrigo Souto, Germano e Felipe Azevedo (Róbson); Neymar e Kléber Pereira (André).
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
VITÓRIA
Gleguer, Apodi, Wallace, Fábio Ferreira e Leandro; Vanderson, Magal, Willian (Gil) e Ramón; Roger (Neto Berola/Elkeson) e Glaucio.
Técnico: Vagner Mancini.
Cartões amarelos: Triguinho, Rodrigo Souto, Germano, Neymar (Santos), Apodi, Willian (Vitória).
Estádio: Pacaembu, em São Paulo. Data: 12/10/2009.
Árbitro: Wagner Reway (MT).
Auxiliares: Hilton Moutinho Rodrigues (RJ) e Lincoln Ribeiro Taques (MT).
Renda e público: R$ 263.305,00/23.673 pagantes


GOIÁS 1X1 SPORT
Sport arranca empate com o Goiás e deixa a lanterna do Brasileirão

O Goiás não soube aproveitar o tropeço dos concorrentes e desperdiçou a chance de voltar ao G-4 do Campeonato Brasileiro, ao ceder o empate por 1 a 1 para o Sport, nesta segunda-feira, no Serra Dourada, pela 29ª rodada da competição. Melhor para o Leão, que, apesar de ainda viver situação bastante complicada, não é mais o lanterna. Com pleno domínio do jogo, os donos da casa abriram o placar na segunda etapa, com Léo Lima, mas acabaram surpreendidos por Luciano Henrique, nos minutos finais. Ao fim da partida, a torcida esmeraldina parece ter escolhido o técnico Hélio dos Anjos como vilão e passou a hostilizar o comandante da equipe goiana.

O Esmeraldino chegou a 46 pontos, e segue na quinta colocação. Com 25, o time rubro-negro ultrapassou o Fluminense na tabela, e passou para a 19ª posição.



O Goiás volta a campo no sábado, quando enfrenta o Avaí, na Ressacada. O Sport recebe o Corinthians na Ilha do Retiro, no domingo.

Primeiro tempo sem gols

Apesar da postura defensiva, o Sport tentou surpreender no início do jogo. Aos seis, Wilson roubou a bola na intermediária, avançou pelo meio e chutou da entrada da área pela linha de fundo. O atacante rubro-negro teve nova oportunidade aos 16, após fazer jogada pela direita e cortar o zagueiro João Paulo, mas Harlei desviou o chute para escanteio. Na sequência, o goleiro esmeraldino voltou a aparecer bem, no cabeceio de Durval.

Aos 28, o esmeraldino João Paulo subiu mais que a zaga rubro-negra e, de cabeça, deu um susto nos recifenses, mas a bola saiu por cima do travessão. Aos 34, foi a vez de Ramalho, que passou entre os zagueiros, invadiu a área, mas chutou fraco, para a defesa de Magrão.

Os donos da casa aumentaram a pressão. Aos 35, em troca de passes na entrada da área, Iarley recebeu na meia-lua e chutou rasteiro, mas Magrão mandou para escanteio. Aos 39, o camisa 10 alviverde invadiu a área e, após driblar dois marcadores, caiu pedindo a marcação de um pênalti, mas o árbitro mandou a partida seguir.

A melhor chance da primeira etapa aconteceu aos 42. Amaral recebeu livre na área e, na saída de Magrão, concluiu muito mal e desperdiçou.

Antes do intervalo, um susto para o Leão. O volante Hamilton, que havia sofrido um choque de cabeça em uma disputa pelo alto com Amaral, foi ao chão e precisou ser atendido fora de campo, mas foi liberado e seguiu na partida.

Esmeraldino marca, mas cede empate

De volta do vestiário, os goianos mantiveram o ritmo. Aos cinco, Iarley quase marcou, após bola cruzada na área, mas Magrão conseguiu evitar o gol e mandou para fora. Na cobrança do escanteio, Felipe levantou na área, e Léo Lima, de cabeça, desviou para o fundo das redes.

O meia quase marcou um golaço aos 11, quando tentou encobrir o adiantado Magrão, mas a bola subiu demais e saiu pela linha de fundo.

Aos 20, Léo Lima avançou pelo meio e foi derrubado na meia-lua. Apesar das reclamações dos esmeraldinos, que pediam que fosse assinalada penalidade máxima, a arbitragem apontou, corretamente, a falta fora da área. Na cobrança, Felipe mandou uma bomba na trave esquerda de Magrão.

Fechado na defesa, o Leão investia nos contra-ataques, mas tinha dificuldades em finalizar as jogadas. Aos 27, o Esmeraldino quase ampliou, com Léo Lima, que arriscou de longe, mas a bola saiu à direita do gol.

Aos 28, a equipe rubro-negra teve boa chance, na cobrança de falta de Andrade da entrada da área, mas a bola saiu por cima das traves de Harlei.

Apesar da vitória parcial, o técnico Hélio dos Anjos acabou sendo alvo de protestos da torcida quando tirou Léo Lima, até então o melhor em campo, para a entrada de Romerito. Para piorar a situação do treinador, os visitantes chegaram ao empate aos 37, com Luciano Henrique, que aproveitou cruzamento da esquerda e, de cabeça, deixou tudo igual.

Com Fernandão em campo, os goianos quase voltaram a ficar à frente no placar. De cabeça, Romerito desviou a bola levantada na área e por pouco não marcou o segundo, aos 42. Com o apito final, os gritos de "burro", dirigidos ao técnico Hélio dos Anjos, tomaram conta do estádio.


Ficha técnica:
GOIÁS 1 x 1 SPORT
GOIÁS
Harlei, João Paulo, Henrique e Ernando; Vitor, Amaral, Ramalho (Fernandão), Léo Lima (Romerito) e Júlio César; Iarley e Felipe.
Técnico: Hélio dos Anjos.
SPORT
Magrão, Élder Granja, Durval, César Lucena e Dutra; Hamilton, Andrade (Freire), Fininho (Fabiano) e Luciano Henrique; Vandinho (Guto) e Wilson.
Técnico: P. Chamusca.
Gols: Léo Lima, aos cinco, e Luciano Henrique, aos 37 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: João Paulo, Ramalho, Felipe, Léo Lima, Júlio, César, Amaral e Romerito (Goiás); Fininho, Élder Granja (Sport).
Estádio: Serra Dourada. Data: 12/10/2009.
Árbitro: Jailson Macedo Freitas.
Auxiliares: Belmiro da Silva (BA) e Luiz Carlos Silva Teixeira (BA).


BOTAFOGO 2X2 AVAÍ
Com o Engenhão lotado, Botafogo empata com o Avaí em tarde de Victor Simões



Polêmica, sufoco e diversão no dia das crianças de torcedores de Botafogo e Avaí. Em jogo com casa cheia no Engenhão, as duas equipes empataram por 2 a 2, nesta segunda-feira, em confronto válido pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro. Emerson e William colocaram os avaianos em vantagem, mas Victor Simões, duas vezes, garantiu a igualdade ao Glorioso na segunda etapa.

Os minutos iniciais da partida foram marcados por momentos de tensão do lado de fora do estádio. Apesar de uma carga extra de ingressos ter sido disponibilizada pela diretoria do Botafogo perto da hora do jogo, muitos torcedores não conseguiram entrar. Torcedores com bilhetes comprados e outros que não conseguiram adquirí-los tentaram invadir o local e protestaram. Para evitar uma confusão maior, durante o primeiro tempo foi liberada a entrada para o setor Oeste superior, que estava fechado para obras. Mas muitos alvinegros, com bilhetes nas mãos, somente conseguiram entrar no intervalo.

Com o resultado, o time carioca permanece em 16º, mas conseguiu aumentar de dois para três pontos a sua distância para o Z-4. O Alvinegro tem 32, contra 29 do Santo André, que estaria rebaixado hoje. Já o Avaí segue em sua caminhada tranquila pela permanência na elite, em 12º, com 40.

Na próxima rodada, o Botafogo vai até Belo Horizonte encarar o Cruzeiro, domingo, às 18h30m, no Mineirão. Já o Avaí recebe o Goiás, sábado, no mesmo horário, na Ressacada, em Florianópolis.

Confira a tabela atualizada do Brasileirão!

Bota sufoca, não abre o placar e vacila na defesa



De moral elevado pelas convincentes vitórias sobre Goiás e Atlético-MG e empurrado pela torcida, o Botafogo fez uma verdadeira blitz no campo de ataque nos minutos iniciais. Com o quarteto formado por Jobson, Lucio Flavio, Reinaldo e André Lima, o Glorioso comandava as ações, mas criava pouco.

Aos 12 minutos, a primeira boa jogada veio acompanhada de polêmica. Após passe de Lucio Flavio, Reinaldo invadiu a área e recebeu o tranco de Rafael. A torcida pediu pênalti, mas o árbitro nada marcou. Se faltavam espaços, a solução era arriscar de longe. E foi assim que André Lima assustou Eduardo Martini em chute forte, aos 18.

Sete minutos depois, a individualidade de Jobson entrou em ação. O atacante fez fila e foi derrubado na entrada da área. A torcida pediu, e Juninho assumiu a cobrança. O zagueiro soltou uma pancada, mas o goleiro do Avaí impediu o gol. Jobson seguia infernal. Aos 28, ele enganou dois adversários com um drible de corpo e concluiu colocado. A bola tirou tinta do travessão.



Dono do jogo, o Botafogo não conseguia transformar a superioridade em gol e dava espaços na defesa. Em um contra-ataque, Assis disputou a bola com Leandro Guerreiro e recebeu um chute no rosto dentro da área. Pênalti que o árbitro André Luiz Castro transformou em falta. Foi suficiente. Caio levantou a bola no segundo pau, e Emerson testou firme no canto esquerdo de Jéferson: Avaí 1 x 0.

Revoltado com a marcação da falta, Estevam Soares reclamou muito com o auxiliar Altemir Hausmann e foi expulso. Sem o comandante e atrás no marcador, o Glorioso se desequilibrou. Os passes errados se tornaram uma constante, e o castigo veio aos 44.

Wellington interceptou chute mascado de Caio, mas não teve firmeza na dividida com William na sequência do lance. O atacante do Avaí ficou com a bola e girou rápido para marcar o segundo. Chute forte e inapelável para Jéferson. Vaias para a equipe.

- Sentimos o primeiro gol. É um pecado. O Avaí chegou duas vezes e fez dois gols – justificou Leandro Guerreiro.

Victor Simões salva o dia das crianças alvinegro



O que se anunciava como festa, começou a a virar preocupação no Engenhão. Fora de campo, a diretoria reforçou a segurança. Dentro dele, Estevam Soares lançou Victor Simões na vaga de Léo Silva e deixou o Botafogo com quatro atacantes. Seguro, o Avaí, no entanto, seguiu tranqüilo em campo.

Sem pressa, o time catarinense apostava no toque de bola e assustou com Caio e Assis, em chutes de longe, aos dez e aos 11. Com o meio-campo perdido, o técnico do Bota desfez o esquema e trocou Reinaldo por Rodrigo Dantas. A mudança surtiu efeito.

Aos 15, Jobson deixou Victor Simões em boa posição, mas o atacante errou a cabeçada. Três minutos depois, não teve perdão. Lucio Flavio levantou na área, Juninho disputou no alto, e a bola sobrou limpa para o Pantera encher o pé e descontar.

O gol incendiou o torcedor. Aos 20, Rodrigo Dantas serviu André Lima, que chutou mal de longe e desperdiçou boa chance. Dois minutos depois, um lance inusitado. Após disputa de Jobson e Eduardo Martini, a bola sobrou limpa para Augusto, que fechou o olho e acertou o próprio goleiro. Emerson, em cima da linha, impediu o gol contra.



A pressão alvinegra se tornou cada vez maior. Acuado, o Avaí só torceu após um lindo chute de Lucio Flavio, aos 27, passar muito perto do ângulo esquerdo de Eduardo Martini. O empate, porém, era questão de tempo e chegou aos 33.

Após mais uma bola alçada na área, o goleiro do Avaí socou para trás. André Lima disputou no alto com Emerson, a bola tocou na mão do zagueiro e sobre limpa para Victor Simões, novamente sozinho, só escorar para colocar o 2 a 2 no placar. O lance revoltou os catarinenses, que pediram falta de André Lima. William, o mais exaltado, foi expulso.

Com um jogador a mais, o Botafogo se mandou de vez em busca da virada. Aos 41, Lucio Flavio surpreendeu em cobrança de falta e acertou a rede pelo lado de fora. A pressão deixou a defesa exposta, causou a expulsão de Juninho, após duas duras faltas ao impedir contra-ataques, mas satisfez o torcedor, que aplaudiu muito a equipe, mesmo com o tropeço em casa.


Ficha técnica:
BOTAFOGO 2 x 2 AVAÍ
BOTAFOGO
Jefferson, Alessandro, Juninho, Wellington e Diego (Renato); Leandro Guerreiro, Léo Silva (Victor Simões), Lucio Flavio e Reinaldo (Reinaldo); Jobson e André Lima.
Técnico: Estevam Soares.
AVAÍ
Eduardo Martini, Augusto, Rafael e Emerson; Luís Ricardo, Ferdinando, Léo Gago, Caio (Marcus Vinícius), Assis (Fabinho Capixaba) e Uendel; William.
Técnico: Silas.
Gols: Emerson, aos 37, e William, aos 44 minutos do primeiro tempo. Victor Simões aos 18 e aos 33 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Caio e Ferdinando (Avaí) Leandro Guerreiro e Juninho (Botafogo). Cartão vermelho: William (Avaí) Juninho (Botafogo)
Público: 33.641 pagantes. Renda: R$ 320.470,00.
Estádio: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ). Data: 12/10/2009.
Árbitro: André Luiz de Freitas Castro (GO).
Auxiliares: Altemir Hausmann (Fifa/RS) e Cristhian Passos Sorence (GO).


ATLÉTICO - MG 0X1 CRUZEIRO
Em dia de Mineirão lotado, Cruzeiro vence o clássico contra o Atlético-MG



O Cruzeiro conquistou um importante resultado na tarde desta segunda-feira, pelo Campeonato Brasileiro. Com um Mineirão lotado, a Raposa venceu o eterno rival Atlético-MG por 1 a 0 e ganhou mais confiança na competição. O gol da partida foi marcado por Wellington Paulista aos 11 minutos do primeiro tempo. Com o resultado, o time chegou aos 42 pontos na classificação e ainda sonha com uma vaga na Libertadores. Ainda no G-4, o Galo se manteve com e foi beneficiado com o empate em 1 a 1 entre Goiás e Sport.

O próximo jogo do Atlético-MG será contra o São Paulo, no próximo sábado, às 18h30m, no Morumbi. Já o Cruzeiro, recebe o Botafogo, um dia depois, no mesmo horário.

Raposa começa melhor o clássico

A polêmica sobre a inversão dos vestiários que marcou a semana do clássico também deu o tom da entrada dos dois times em campo. Pela primeira vez em um jogo contra o rival, os jogadores do Atlético subiram pelo túnel à direita do central, bem debaixo da torcida cruzeirense. Sonora vaia dos celestes. Já os jogadores do Cruzeiro, que deveriam subir ao campo pela esquerda, estrategicamente usaram o túnel central, evitando a torcida atleticana.

Caprichos à parte, o Galo entrou em campo com Éder Luís. O atacante era dúvida, por conta de um corte no tornozelo esquerdo. Pelo lado do Cruzeiro, o meia Gilberto, recuperado de uma tendinite, também foi para o jogo.



Um desentendimento logo nos primeiros minutos, entre o volante Henrique e o atacante Renteria, fez o árbitro Sávio Spinola impor autoridade. Além de quente, o clássico começou movimentado, com o Cruzeiro mostrando mais iniciativa.

E logo aos 12 minutos o time celeste abriu o placar, após boa jogada de Thiago Ribeiro pela direita. Ele cruzou no segundo poste para Wellington Paulista, livre de marcação, cabecear no canto direito do goleiro Carini.

O Atlético tentou impor seu ritmo, mas a ligação do meio com o ataque não funcionava. Os rápidos Renteria e Éder Luís não recebiam a bola em condições adequadas e eram facilmente controlados pela zaga do Cruzeiro.

Um lance de efeito de Fabrício pela direita do ataque, e outro de Marquinhos Paraná, pelo meio do campo, fizeram a torcida azul gritar olé. Apenas firula.

Aos 36 minutos, o autor do gol, Wellington Paulista, deixou o campo, contundido, para a entrada do equatoriano Guerrón, que assustou a torcida atleticana logo no primeiro lance. Carini afastou o perigo.

O último lance de perigo do primeiro tempo foi do Galo. Aos 46, num lance de pressão, Carlos Alberto disparou um forte chute e Fábio fez grande defesa, evitando o empate.

Galo é melhor na etapa final

O Cruzeiro voltou sem Gilberto, que voltou a sentir a tendinite no pé direito. O volante Elicarlos foi o substituto. Sem o seu organizador de jogadas e diante de um Atlético determinado a buscar o empate, o time celeste aceitou a pressão e recuou.

Com os reflexos e a sorte em dia, o goleiro Fábio começou a se destacar no jogo. Entre as boas chances de gol do Galo, o camisa 1 apareceu bem aos oito minutos, defendendo forte chute de Thiago Feltri, e também aos 26, quando mandou a escanteio uma bela cobrança de falta de Correa.

A essa altura, o Cruzeiro já tinha Guerrón em campo, na terceira alteração de Adilson Batista. E o Galo já contava com Alessandro e Pedro Oldoni, nas vagas de Evandro e Pedro Oldoni. Por fim, aos 30, Ricardinho substituiu Márcio Araújo.

O domínio do jogo era todo do Atlético. Correa, Ricardinho e Éder Luís comandavam as investidas. Acuado e sem conseguir manter a posse de bola, o Cruzeiro se defendia do jeito que dava.

O Atlético, porém, não conseguiu traduzir em gol o volume superior de jogo no segundo tempo. Após os 40 minutos, o Cruzeiro conseguiu controlar o ritmo da partida, e sua torcida foi gradativamente “explodindo”, com gritos de provocação ao rival: “Ah, o freguês voltou, o freguês voltou”.

Aos 47, Sávio Spinola apitou o fim do jogo. Festa azul no Mineirão.


Ficha técnica:
ATLÉTICO - MG 0 x 1 CRUZEIRO
ATLÉTICO - MG
Carini, Carlos Alberto, Werley, Benítez e Thiago Feltri; Jonílson, Márcio Araújo(Ricardinho), Correa e Evandro (Alessandro); Eder Luis e Rentería(Pedro Oldoni)
Técnico: Celso Roth.
CRUZEIRO
Fábio, Jonathan, Gil, Leonardo Silva e Diego Renan; Fabrício, Marquinhos Paraná, Henrique e Gilberto(Elicarlos); Thiago Ribeiro(Leandro Lima) e Wellington Paulista (Guerrón)
Técnico: Adilson Batista.
Gols: Wellingtanon Paulistas, aos 11 do primeiro tempo
Cartões amarelos: Renteria e Jonílson (Atlético-MG) Gilberto, Gil e Fábio (Cruzeiro)
Público: 45.959.Renda: R$ 822.435.
Estádio: Mineirão. Data: 12/10/2009.
Árbitro: Sálvio Spinola Fagundes Filho.
Auxiliares: Roberto Braatz (RJ) e Vicente Romano Neto (ES)


NÁUTICO 3X0 PALMEIRAS
Palmeiras ouve gritos de campeão, mas é goleado pelo Náutico no Recife



O Náutico, na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, não tomou conhecimento do Palmeiras, líder da competição e que entrou no gramado dos Aflitos sob gritos de “é campeão!”. O placar de 3 a 0, construído até com certa facilidade pelos donos da casa, nesta segunda-feira no Recife, mantém o Timbu entre os últimos, deixa o Verdão na primeira colocação, mas dá ainda mais emoção à reta final do torneio.

Como nenhuma equipe do G-4, o grupo dos times que se classificam para a Taça Libertadores da América, venceu nesta 29ª rodada, o Palmeiras não viu a sua liderança ser ameaçada pelos rivais. Porém, o Alviverde desperdiçou a chance de disparar na ponta – a diferença para o São Paulo segue em cinco pontos (54 a 49). Já na parte de baixo da tabela, o Timbu foi a 29 pontos, mas continua em 18º lugar, na turma dos rebaixáveis. No próximo domingo, o Palmeiras recebe o Flamengo em São Paulo e o Náutico vai a Salvador encarar o Vitória.



O placar foi aberto logo no início do jogo. O grandalhão zagueiro Cláudio Luiz aproveitou rebote errado do goleiro Marcos, dominou, girou e estufou a rede palmeirense. Empurrado por quase 20 mil pessoas, o Timbu não parava de pressionar. Aos 11 minutos, Marcos fez grande defesa e salvou o que seria o segundo gol alvirrubro.

O time de Muricy Ramalho tentava se reconstruir em campo, mas não conseguia sequer manter a posse de bola. Aos 24, Bruno Mineiro quase ampliou em cobrança de falta. Aos 42, no entanto, ele deixou a sua marca. Após arrancada de Carlinhos Bala pela direita, Bruno surgiu no meio da zaga palmeirense para completar para o gol.

Com 2 a 0 no placar, os técnicos foram para o intervalo com missões bastante diferentes: Geninho queria manter o resultado e segurar o ímpeto do adversário; já Muricy precisava a qualquer custo fazer seu time superar a barreira pernambucana e buscar, ao menos, a igualdade.



E foi a tática de Geninho que deu certo. Aliás, foi melhor que a encomenda. Além de não permitir a reação do Palmeiras, o Náutico ainda fez mais um gol. Aos 16, novamente Bruno Mineiro, dessa vez impedido, finalizou de cabeça no canto de Marcos, que ficou praticamente sem reação. Sem reação também ficou o seu time. Sem mais ameaçar, o Verdão tratou de evitar uma goleada ainda maior. Nos minutos finais, Marcos salvou o que seria o quarto gol do Timbu, ao sair nos pés de Mariano Torres.

Quando o juiz apitou, os gritos de “é campeão” dos torcedores palmeirenses foram abafados por “quer dançar, quer dançar, o Timbu vai te ensinar”.

O Verdão, de fato, dançou no Aflitos...


FICHA TÉCNICA
NÁUTICO 3 x 0 PALMEIRAS
NÁUTICO
Gledson; Vágner Silva (Márcio), Asprilla e Cláudio Luiz; Patrick, Derley, Ailton (Rudney), Irênio (Mariano Torres) e Michel; Carlinhos Bala e Bruno Mineiro.
Técnico: Geninho
PALMEIRAS
Marcos; Maurício, Danilo e Marcão; Figueroa (Wendel), Souza (Sandro Silva), Jumar, Cleiton Xavier e Willians; Ortigoza e Robert.
Técnico: Muricy Ramalho
Gols: Cláudio Luiz, aos 6, e Bruno Mineiro, aos 42 minutos do primeiro tempo; Bruno Mineiro, aos 16 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Irênio, Cláudio Luiz e Bruno Mineiro (N); Marcão, Figueroa, Souza e Maurício (P)
Público: 17.027 pagantes / Renda: R$ 115.110,00
Estádio: Aflitos, no Recife (PE). Data: 12/10/2009.
Árbitro: Wagner Tardelli Azevedo (SC).
Auxiliares: Márcia Lopes Caetano (RO) e Kleber Lucio Gil (SC).