Galo vence no Morumbi, cresce na briga pelo título e derruba o São Paulo
Ao menos pelas partidas que fez neste Campeonato Brasileiro contra o Atlético-MG, o São Paulo deve estar arrependido de ter vendido Diego Tardelli. Depois de marcar na vitória mineira por 2 a 0 no primeiro turno, em Belo Horizonte, neste sábado, no estádio do Morumbi, foi do atacante o gol da vitória do Galo por 1 a 0 sobre o Tricolor – com o tento, ele chegou a 15 e empatou com Adriano na artilharia do torneio.
Com o resultado, a equipe mineira chegou a 50 pontos, assumiu a segunda colocação e ficou a quatro pontos do líder Palmeiras, que joga neste domingo, contra o Flamengo, no Palestra Itália. Já o São Paulo, com essa derrota, cai para terceiro e pode ainda terminar a rodada em quarto, dependendo do resultado do Inter com o Flu.
De qualquer maneira, a situação pode ficar mais confortável para o Verdão. Se vencer o Flamengo, a equipe pode abrir, na pior das hipóteses, seis pontos na liderança. Isso acontece se o Inter vencer o Fluminense. Em caso de empate do Colorado ou de derrota, um triunfo alviverde faria o time paulista abrir sete a oito rodadas do fim.
Vale citar que o tropeço deste sábado do São Paulo foi o primeiro em casa no Brasileirão. A equipe não perdia em seus domínios havia 32 jogos. A derrota anterior tinha sido no Nacional do ano passado, no dia 15 de maio, para o Grêmio. De lá para cá, foram 22 vitórias, dez empates e uma derrota.
Na próxima rodada do Campeonato Brasileiro, o São Paulo tem um clássico pela frente. No domingo, dia 25, às 16h (de Brasília), a equipe tricolor visita o Santos, na Vila Belmiro, na Baixada Santista. O Atlético-MG, por sua vez, atua no sábado, às 18h30m, contra o Vitória, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte.

Tardelli matador
Diego Tardelli jogou no São Paulo. E por isso conhece bem o Morumbi. Não à toa, o Atlético-MG foi para cima dos donos da casa com o seu principal atacante logo no primeiro minuto. O camisa 9 avançou pela direita e sofreu dura falta de Miranda, perto da bandeira de escanteio. Na cobrança, Ricardinho, outro ex-são-paulino.
O meia, vestindo a camisa 80 do Atlético-MG, bateu com perfeição para o meio da área. A zaga tricolor, apática, apenas olhou a bola atravessar a área e encontrar Diego Tardelli, que, sozinho, tocou para o fundo do gol. Sem chances para Rogério Ceni. O lance deixou o Tricolor abatido, sem poder de reação.
Tanto que os primeiros minutos dos anfitriões foram sofríveis. Melhor para os mineiros, que tocaram bem a bola e colocaram os são-paulinos na roda. O primeiro bom lance do São Paulo ocorreu aos 7 minutos, quando Hernanes bateu falta de longe e obrigou Carini a espalmar pela linha de fundo. Na sequência, nada de bom saiu do escanteio.
Embora melhor em campo, o Galo não conseguia transformar essa superioridade em chances. E olha que o São Paulo abusou dos erros de passe. Aos poucos, porém, o Tricolor começou a se achar em campo. Aos 14, chegou com perigo em boa jogada de Washington com Dagoberto. Após corte da zaga, a bola bateu na trave e sobrou para Hugo chutar para fora. O lance, no entanto, já estava parado por impedimento.
O melhor momento do São Paulo foi aos 19 minutos (antes, aos 17, os tricolores reclamaram pênalti em Dagoberto). Dagoberto tabelou bem com Hugo e colocou Washington na cara do gol. O camisa 9, porém, conseguiu acertar a trave e perder gol incrível. Em vez de melhorar, o Tricolor piorou depois desse lance. Perdido, deu espaço ao Atlético-MG, que não soube aproveitar.
Diante da falta de iniciativa do Galo, os donos da casa tentaram mais uma vez aos 40 minutos. Richarlyson mandou a bola para área e Washington, sozinho, perdeu outro gol incrível. Só que dessa vez de cabeça. A torcida, irritada, pediu a entrada de Borges. E mais: vaiou o São Paulo na saída para o intervalo.
Soberania ineficiente
A torcida pediu. Ricardo Gomes atendeu. O São Paulo voltou para o segundo tempo com Borges no lugar de Washington. Do lado mineiro, o técnico Celso Roth preferiu voltar com a mesma formação da etapa inicial. E diferentemente do primeiro tempo, quem tomou a iniciativa dessa vez foram os donos da casa.
Borges se enfiou entre os zagueiros do Atlético-MG, Dagoberto recuou um pouco para armar, e os volantes Richarlyson e Hernanes apareceram mais à frente. Mas o Tricolor sentia dificuldade em chegar ao gol de Carini. Melhor para os visitantes, que se arriscavam no contra-ataque e ganhavam tempo com a vantagem de 1 a 0.
Mas quem criou mesmo a primeira boa chance do segundo tempo foi o São Paulo. Aos 7, Dagoberto recebeu na esquerda, passou por três zagueiros e só parou no goleiro Carini, que saiu nos pés do atacante para evitar o chute. Aos 10, a torcida tricolor pediu Oscar. E Ricardo Gomes atendeu. Aos 14, tirou Rodrigo e colocou o jovem.
Mesmo com o Atlético-MG apático na etapa final, o São Paulo não conseguia transformar seu melhor momento em boas jogadas. A solução foram os chutes de fora da área. Aos 17, Hernanes cobrou falta colocada para fora, à esquerda de Carini. Aos 19, Oscar fez seu primeiro lance. Ajeitou e chutou cruzado pela linha de fundo.
Apático não significa morto. O Atlético-MG apareceu com muito perigo aos 22 minutos. Após cruzamento da esquerda, Rentería, que havia entrado no lugar do machucado Éder Luís, cabeceou sozinho. Foi aí que apareceu Rogério Ceni. O goleiro são-paulino fez uma sensacional defesa para salvar os donos da casa.
A partir daí, a partida virou um duelo entre um desesperado São Paulo e um calmo Atlético-MG, que marcou bem na defesa e administrou a posse de bola.
Ficha técnica:
SÃO PAULO 0 x 1 ATLÉTICO - MG
SÃO PAULO
Rogério Ceni; Renato Silva, Rodrigo (Oscar) e Miranda; Jean, Richarlyson, Hernanes, Hugo (Marlos) e Junior Cesar; Dagoberto e Washington (Borges).
Técnico: Ricardo Gomes.
ATLÉTICO - MG
Carini; Carlos Alberto, Werley, Jorge Luiz e Thiago Feltri; Jonílson, Márcio Araújo, Correa e Ricardinho (Evandro); Éder Luís (Rentería) e Diego Tardelli (Wellington Saci).
Técnico: Celso Roth.
Gol: Diego Tardelli, a 1 minuto do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Richarlyson (SP); Jonílson, Éder Luís, Jorge Luiz, Carlos Alberto, Ricardinho, Correa (A).
Público: 25.947 pagantes. Renda: R$ 665.095,00
Estádio: Morumbi, em São Paulo (SP). Data: 17/10/2009.
Árbitro: Heber Roberto Lopes (Fifa/PR).
Auxiliares: Gilson Bento Coutinho (PR) e Claudemir Maffessoni (SC).
AVAÍ 2X1 GOIÁS
Avaí vence o Goiás de virada por 2 a 1 e pula para o sétimo lugar na tabela

Com o triunfo, a equipe catarinense vai para 43 pontos ganhos. O Esmeraldino, em declínio neste returno do Brasileirão - não vence há quatro jogos -, estaciona nos 46. Permanece em quinto lugar na tabela, mas pode ser ultrapassado pelo Flamengo, que com 45 pontos ganhos enfrenta o Palmeiras no Palestra Itália no domingo.
Na próxima rodada, o Avaí receberá o Sport, domingo. No mesmo dia, o Goiás também atuará em casa, contra o Fluminense.
Confira a classificação do Campeonato Brasileiro
Gol em início ruim
Sem vencer há quatro jogos, o Avaí do técnico Silas entrou em campo com desfalque de seus dois artilheiros: William, suspenso, e Muriqui, machucado. Leonardo e Assis ocuparam as suas vagas. Em compensação, o time contou com o retorno do meia Marquinhos e do lateral-esquerdo Eltinho. O Goiás não teve o zagueiro João Paulo, o volante Ramalho e o lateral Júlio César, suspensos; e Rafael Tolói e Douglas, na seleção sub-20
O placar do primeiro tempo, de 1 a 0 para o Goiás foi injusto, principalmente pelo domínio do time da casa a partir dos 30 minutos. Mas o início da partida foi o espelho das equipes neste returno do Brasileirão: falta de criatividade no meio-campo, poucas chances criadas e muitos passes errados. A ponto de, aos 12 minutos, os times se alternarem nos chutões para o campo adversário. A forte marcação do Avaí impedia o Goiás de se aproximar da área, principalmente de tocar para o atacante Iarley, marcado em cima pelo zagueiro Rafael.
Quando parecia que o gol demoraria a surgir na Ressacada, uma falha coletiva da zaga do Avaí num escanteio fez a alegria do Esmeraldino. Leandro Euzébio aproveitou-se do escorregão de Rafael, subiu mais que o restante da defesa e cabeceou para o gol. O goleiro Eduardo Martini não pulou, e Léo Gago, em cima da linha, não conseguiu cortar a bola, que foi para o fundo das redes: 1 a 0 Goiás, aos 15 minutos.
Era visível a falta que Williams e Muriqui faziam ao ataque do Avaí. O time, com hábito de puxar velozes contra-ataques, só conseguiu a primeira jogada de perigo aos 31, quando Leonardo avançou, mas não tocou para Assis, livre do lado, e resolveu bater, mas em cima de Harlei.
Pressão do Avaí
A jogada não deu em gol, mas acordou o time. Principalmente Marquinhos e Ferdinando. No minuto seguinte, Leonardo foi empurrado na área por Ernando, mas o árbitro Wilson Souza de Mendonça nada marcou.
O meio-campo azulino já dominava as ações. A pressão aumentou. E pelo corredor do lado esquerdo da defesa alviverde. Aos 36 minutos, Luís Ricardo, pela direita, livrou-se de Romerito e bateu cruzado, para grande defesa de Harlei. O goleiro do Goiás voltou a brilhar em seguida, duas vezes, em cabeçadas de Leonardo, salvando o Esmeraldino.
- Os jogadores de frente estão muito omissos do jogo. eles precisam ajudar na marcação, para que o Avaí não puxe o nosso time para trás - advertiu o técnico do Goiás, Hélio dos Anjos.
Virada na Ressacada
O pedido do técnico esmeraldino foi em vão. O Avaí iniciou o segundo tempo repetindo a pressão do fim da primeira etapa. Aos quatro minutos, Marquinhos soltou uma bomba que Harlei pôs a escanteio. O empate chegou logo, aos sete minutos, num golaço. Pouco importa se Léo Gago quis ou não cruzar a bola pela direita. O fato é que enganou Harlei na jogada e acabou encobrindo o goleiro alviverde.
Felipe e Iarley continuavam isolados no ataque do Goiás. Vítor e Romerito apoiavam mal nas alas, e Léo Lima sumia cada vez mais no meio-campo. No Avaí, Marquinhos dominava as ações, e o contra-ataque passou a ser mais mortal. Ainda mais com Luís Ricardo adiantado, como um atacante. O jogador teve duas chances para ampliar o placar, mas demorou a concluir. Aos 15 minutos, no entanto, não deu outra. Leonardo partiu em velocidade pela esquerda e tocou na direita para Marquinhos, livre, bater sem defesa para Harlei: 2 a 1 Avaí, numa virada para enlouquecer a torcida do Leão catarinense.
Silas tirou Assis para pôr Medina. Pouco depois, Hélio dos Anjos trocou um zagueiro, Henrique, por Fernandão, na tentativa de melhorar o ataque. Iarley até se animou a fazer uma jogada típica, cortando o marcador pela direita, mas Ferdinando cortou o cruzamento e mandou a escanteio.
O Avaí teve outra substituição: saiu Leonardo, entrou Christian, Seus contra-ataques ofereciam menos perigo. O Goiás voltou a equilibrar a partida, mas criava poucas chances. Aos 39, Bruno Meneghel substituiu Felipe no Alviverde. No time catarinense, Eltinho foi trocado por Carlos Eduardo. Mas o resultado não mudou. Para felicidade da torcida catarinense.
Ficha técnica:
AVAÍ 2 x 1 GOIÁS
AVAÍ
Eduardo Martini, Rafael , Augusto e Émerson; Luís Ricardo, Ferdinando, Léo Gago, Marquinhos e Eltinho (Carlos Eduardo); Assis (Medina) e Leonardo (Christian) .
Técnico: Silas.
GOIÁS
Harlei, Ernando, Leandro Euzébio e Henrique (Fernandão); Vitor, Amaral, Everton Hora, Léo Lima e Romerito; Iarley e Felipe (Bruno Meneghel).
Técnico: Hélio dos Anjos.
Gols: Leandro Euzébio, aos 15 minutos do primeiro tempo. Léo Gago, aos sete, e Marquinhos, aos 15 minutos.
Cartões amarelos: Emerson (Avaí) e Henrique e Leandro Euzébio (Goiás).
Estádio: Ressacada. Data: 17/10/2009.
Árbitro: Wilson Souza de Mendonça.
Auxiliares: Marcia Bezerra Lopes Caetano (RO) e Ubirajara Ferraz Jota (PE).
BARUERI 0X0 SANTOS
Atacantes falham e Barueri empata com o Santos em um justo zero a zero
Barueri e Santos empataram sem gols na noite deste sábado. Resultado justo diante da falta de pontaria dos jogadores que deveriam ser os responsáveis por comandar o espetáculo na Arena Barueri: Val Baiano e Kleber Pereira, artilheiros de cada uma das equipes neste Campeonato Brasileiro, falharam demais.
Com o resultado, as duas equipes somam 41 pontos na tabela de classificação e praticamente se despedem da chance de brigar por uma vaga na Taça Libertadores do ano que vem. Agora, as duas equipes já precisam ficar atentas sob o risco de deixarem a zona de classificação da Copa Sul-Americana. Na próxima rodada, o Barueri joga no Recife, contra o Náutico. Já o Peixe recebe o São Paulo, na Vila Belmiro.

Cadê os atacantes?
As ausências dos jogadores mais técnicos do Abelha e do Peixe nesta competição ficaram evidentes logo na primeira etapa. Sem Neymar e Paulo Henrique Lima, convocados para as seleções de base, os raros lances criativos da equipe da Baixada ficaram por conta de Madson e Pará. Já pelo lado dos donos da casa, Fernandinho sentiu um desconforto muscular e não jogou. Thiago Humberto e Marcio Careca ficaram encarregados de levar o time ao ataque.
No início do jogo, o Barueri controlou a posse de bola, e o Santos apostou na saída em velocidade de Madson, Felipe Azevedo e Gil, com Kleber Pereira isolado no ataque. Mas o Abelha criou a primeira chance, pela esquerda. Thiago Humberto, livre de marcação, invadiu a área e bateu cruzado. A bola passou perto do gol de Felipe.
O Santos respondeu com Madson, que puxou um contra-ataque e sofreu falta na intermediária. Astorga cobrou na barreira e, no rebote, o camisa 10 do Peixe ainda achou espaço para chutar. A bola foi para fora.
O jogou ficou lá e cá, mas nenhuma chance clara de gol foi criada. Nas melhores oportunidades, Kleber Pereira e Val Baiano desperdiçaram. O atacante do Abelha tentou duas vezes de fora da área, mas errou o alvo. O santista teve oportunidade clara, mas cabeceou na mão de Renê.
Os dois ainda tiveram mais duas oportunidades antes do intervalo, mas voltaram a falhar. Kleber Pereira estava livre na área, mas errou ao tentar dominar a bola, a mandou para trás e a entregou para o defensor do rival. Já Val Baiano recebeu em velocidade e saiu na cara de Felipe, já no fim da primeira etapa, mas chutou torto, para fora.
Mais erros na segunda etapa
O Santos voltou melhor depois do intervalo. Robson entrou na vaga de Gil e já teve uma chance em seu primeiro lance. Mas mandou a bola para fora. Depois Kleber Pereira apareceu, mas foi quando recebeu o amarelo por fazer falta em Val Baiano. Mas a bola não saía do ataque santista. Pela direita, Madson recebeu livre, dentro da área, um passe de Felipe Azevedo. Mas o camisa 10 do Santos também errou a pontaria.
Depois de um inicio animador do Santos, os donos da casa se reencontraram na partida e conseguiram controlar o ímpeto dos visitantes. Mas os dois times passaram a se respeitar e poucas chances foram criadas. Val Baiano foi substituído, e Kleber Pereira acabou expulso.
Com um a mais, o Barueri criou sua melhor chance, aos 31. Thiago Humberto exigiu boa defesa de Felipe. No rebote, Basílio ainda tentou um voleio, mas a bola saiu por cima. O Santos respondeu cinco minutos depois. Eli Sabiá recebeu cruzamento de Luizinho e, livre, dentro da pequena área, cabeceou para a linha de fundo.
O Abelha ainda teve mais duas chances. Na primeira, s Felipe saiu com precisão, no pé de Leandro Castan, e salvou o Peixe. Willian ainda mandou uma bomba no travessão, aos 45. O zero a zero permaneceu e acabou sendo mesmo o placar que a partida merecia.
Ficha técnica:
BARUERI 0 x 0 SANTOS
BARUERI
René; Xandão, André Luis e Leandro Castan; Eder (Everton), Ralf, João Vitor, Thiago Humberto e Márcio Careca; Val Baiano (Willian) e Henrique Dias (Basílio).
Técnico: Diego Cerri.
SANTOS
Felipe, Pará, André Astorga, Eli Sabiá e Triguinho; Rodrigo Mancha (Luizinho), Rodrigo Souto, Madson e Felipe Azevedo (Alan Patrick); Gil (Robson) e Kleber Pereira.
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Cartões amarelos: Xandão e Ralf (Barueri). Kleber Pereira, Madson, Eli Sabiá e Astorga (Santos).
Cartão vermelho: Kleber Pereira (Santos).
Estádio: Arena Barueri, em Barueri, SP. Data: 17/10/2009.
Árbitro: Marcelo Aparecido de Souza (SP).
Auxiliares: Márcio Luiz Augusto (SP) e João Bourgalber Nobre Chaves (SP).
Público e renda: 3.688 pagantes e R$ 34.030,00