quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Eliminatórias Sulamericanas para a Copa do Mundo

PERU 1X0 BOLÍVIA
Lanterna Peru encerra eliminatórias com vitória magra sobre Bolívia



O jogo em Lima pouco importava para Peru e Bolívia, mas os donos da casa puderam ter uma última impressão melhor do que os rivais. Com gol do atacante Johan Fano, posteriormente expulso, os peruanos venceram por 1 a 0. O resultado, no entanto, manteve a equipe alvirrubra na lanterna das eliminatórias, com 13 pontos. Os bolivianos permaneceram com 15, em nono.

Confira a classificação atualizada das eliminatórias sul-americanas para a Copa

Além de Fano, a partida, apesar do tom amistoso, teve outro cartão vermelho: Rosauro Rivero, da Bolívia. O gol saiu somente na segunda etapa. Aos 9, Fano recebeu pelo lado direito da área e chutou cruzado, sem chances para Arias.

A seleção peruana, derrotada pela Argentina em jogo dramático no último sábado, não somava pontos desde a 15ª rodada, quando bateu o Uruguai.


BRASIL 0X0 VENEZUELA
Na 'escuridão' do Morenão, Brasil empata com a Venezuela na despedida



A seleção brasileira não saiu do zero com a Venzuela na despedida das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. Na penumbra do Morenão, em Campo Grande, o time comandado por Dunga teve uma atuação tão apagada quanto a péssima iluminação do estádio. Com um jogador a menos desde os dez minutos do segundo tempo, quando Miranda foi expulso, o time canarinho não conseguiu repetir as melhores atuações que teve na competição.

Veja as imagens do jogo entre Brasil x Venezuela em Campo Grande!


Classificado para a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, o Brasil volta a campo no dia 14 de novembro, contra a Inglaterra, em um amistoso internacional, em Doha, no Qatar. A Venezuela está fora do Mundial. Com 34 pontos, o time canarinho terminou na liderança das eliminatórias. A Venezuela encerrou sua participação com 22 pontos.

Seleção joga melhor na etapa inicial, mas não consegue sair do zero

A partida começou morna. Enquanto os brasileiros tentavam chegar ao ataque, os venezuelanos atuavam recuados, buscando chegar ao gol de Julio César nos contra-ataques. O primeiro lance de perigo aconteceu apenas aos 20. Maldonado cobrou escanteio e quase marcou um gol olímpico.

Até os 23, a partida foi muito fraca. Mesmo assim, o torcedor na arquibancada fazia a festa. Seja com a "ola" ou cantando músicas de incentivo para o time canarinho. Quatro minutos depois, Di Giorgio arriscou da intermediária, e Julio César defendeu com segurança. Aos 31, Nilmar recuperou uma bola no meio-campo e tocou para Kaká, que arrancou em velocidade. Na entrada da área, o meia foi derrubado. Falta assinalada pelo árbitro. Na cobrança, o jogador do Real Madrid rolou para Luis Fabiano, que errou a pontaria por muito pouco.

O time brasileiro seguiu no ataque e aos 33 teve uma outra ótima chance. Maicon cruzou da direita na cabeça de Luis Fabiano. O atacante subiu mais do que os defensores e cabeceou por cima do goleiro Vega, que apenas observou a bola bater na rede pelo lado de fora. Quatro minutos depois, outra bela jogada da seleção. Maicon tabelou com o Fabuloso e tocou para Kaká. O meia foi travado no momento do chute.

Luis Fabiano era um dos melhores em campo e quase aproveitou ótimo lançamento de Kaká. Aos 39, o Fabuloso recebeu dentro da área, tentou driblar o goleiro e caiu na área em lance duvidoso. O árbitro peruano Victor Carrillo mandou o jogo seguir. Cinco minutos depois, Arango aproveitou excelente cruzamento e cabeceou para uma ótima defesa de Julio César.

Kaká quase marca um golaço no fim da partida

O Brasil voltou melhor para o segundo tempo. Logo aos dois minutos, Nilmar aproveitou toque de Kaká, já dentro da área, dominou e chutou de primeira. O goleiro Vega pegou com segurança no meio do gol. Aos oito, o lance mais claro de gol do jogo. Filipe Luís cobrou escanteio na cabeça de Luis Fabiano. O atacante subiu mais do que a zaga e testou com força. A bola pegou no pé da trave. Na sobra, Maicon chutou prensado, e a zaga afastou o perigo.



Aos dez, o árbitro peruano viu uma cotovelada de Miranda em Maldonado e expulsou o zagueiro brasileiro. Ao deixar o campo, o jogador foi aplaudido pelo torcedores de Campo Grande. Mesmo com um a menos, a seleção seguiu melhor na partida. Aos 14, Ramires recebeu na entrada da área e chutou por cima do gol venezuelano.

Luis Fabiano teve uma ótima oportunidade de balançar a rede aos 19. Maicon cruzou da direita, a bola passou pelos defensores da Venezuela e sobrou para o Fabuloso. O atacante dominou, girou em cima de um zagueiro e chutou para boa defesa de Vega. O camisa 9 teve mais uma chance em um outro cruzamento da direita. Ele tocou por cima do arqueiro rival, e a zaga tirou em cima da linha.

Disposto a encerrar as eliminatórias com chave de ouro, Dunga fez duas substituições seguidas. Ele sacou Filipe Luís e Ramires e apostou nas entradas de Alex e Elano. O time seguiu tentando chegar ao gol, mas pecava nos seguidos erros de passe.

Nos acréscimos, Kaká recebeu um ótimo lançamento pelo lado esquerdo, cortou um zagueiro e colocou fora do alcance do goleiro. A bola caprichosamente bateu no pé da trave de Vega.


Ficha técnica:
BRASIL 0 X 0 VENEZUELA
BRASIL
Julio César, Maicon, Luisão, Miranda e Filipe Luís (Alex); Gilberto Silva, Lucas, Ramires (Elano) e Kaká; Nilmar e Luis Fabiano (Diego Tardelli).
Técnico: Dunga.
VENEZUELA
Vega, Chacon, Vizcarrondo, Rey e Granados; Di Giorgi, Rincón (Seijas), Lucena e Arango (Fedor); Moreno (Rondon) e Maldonado.
Técnico: César Farias.
Cartões amarelos: Luis Fabiano, Luisão (Brasil); Chacon, Vizcarrondo, Di Giorgi, Granados (Venezuela).
Cartão vermelho: Miranda (Brasil).
Estádio: Morenão. Data: 14/10/2009.
Árbitro: Victor Carrillo (PER).
Auxiliares: César Escano (PER) e Luis Abaddie (PER).
Renda: 2.562.925,00. Público: 23.746 pagantes.


URUGUAI 0X1 ARGENTINA
Histórico: Argentina bate Uruguai, vai à Copa e manda rival para repescagem



A quarta-feira, 14 de outubro de 2009, está eternizada: é a data em que Diego Armando Maradona, como técnico, colocou a Argentina em uma Copa do Mundo. Foi sofrido, foi turbulento, foi um processo de muito mais trapalhadas do que méritos, mas o ídolo máximo dos argentinos manteve sua divindade. A classificação foi confirmada em vitória histórica no Centenário, em Montevidéu (assista no vídeo ao lado). O 1 a 0 sobre o Uruguai, com gol de Bolatti, mandou a seleção celeste para a repescagem, já que o Equador, que também estava na briga, perdeu para o Chile por 1 a 0. O adversário será a Costa Rica, quarta colocada no hexagonal da Concacaf.

Esteve longe de ser uma partida bonita, técnica, de grandes virtudes. E pouco importa que tenha sido assim. O duelo desta quarta-feira foi e sempre será marcado por uma dramaticidade única, dada a situação dos rivais - a reunião do desespero de dois gigantes sul-americanos no clássico do Rio da Prata.

Por tudo isso, após o final da partida, ainda no campo, Maradona e os atletas se abraçaram, alguns choraram. E também não se esqueceram de atacar a imprensa.

- Tem que lutar até a morte. Porque eu amo a Argentina e a levo no coração. Não me importa o que digam os jornalistas. A p... que os pariu! - disse Dieguito, abraçado ao diretor técnico Carlos Bilardo.

Com o resultado, a Argentina fechou as eliminatórias com 28 pontos, na quarta colocação, atrás de Brasil, Paraguai e Chile. O Uruguai foi o quinto, com 24. O Equador parou nos 23 e ficou fora da Copa da África do Sul.

Tensão e até um pouco de violência no 1º tempo

Duas torcidas eufóricas, famintas pela classificação, formaram o ambiente de um jogo inesquecível. Durante toda a semana, o futebol foi o centro de cada conversa pelas ruas de Montevidéu. O Centenário lotou. Os argentinos apareceram em bom número, cerca de 3 mil pessoas. A entrada em campo das duas equipes fez o lendário estádio balançar: ele recebia, naquele momento, mais um episódio para sua história, construída jogo a jogo desde 1930.

FOTOS: confira belas imagens do clássico entre Uruguai e Argentina

Durante o hino uruguaio, os argentinos cantaram forte, tentaram atrapalhar o momento cívico do rival. Acabaram silenciados por uma enorme voz em uníssono. O Uruguai estava envolto em uma bolha de apoio incondicional. Assim, como se 11 jogadores representassem uma nação inteira, eles partiram para cima da Argentina.

Tentaram. Insistiram. Martelaram. Mas não fizeram. O primeiro tempo foi quase todo do Uruguai. Faltou o gol. Por pouco, mas faltou (confira no vídeo ao lado os melhores momentos da etapa inicial).

A pressão dos uruguaios teve seu ápice logo no começo da partida. Com três minutos, Diego Forlán, pela direita, acionou o atacante Suárez em profundidade. Virou uma pequena corrida entre ele e o goleiro Romero. Ambos partiram em disparada. O argentino chegou antes e deu um bico na bola, que estourou em Suárez e rumou a caminho do gol. Deve ter durado dois segundos, não mais que isso, o trajeto da bola até a linha de fundo. Foi tempo suficiente para que o mundo parasse para argentinos e uruguaios. E ela saiu.

O Centenário respondeu com um “uuuuuuuh” de incredulidade. E não seria o único. Em cabeceio de Scotti, quase saiu o gol. Em chute cruzado de Álvaro Pereira, também. Até a metade do primeiro tempo, tudo que a equipe de Diego Armando Maradona fez foi correr atrás do adversário.

Argentina acorda

E aí os “hermanos” resolveram acordar. Não que tenham criado grande coisa. Longe disso. Mas ao menos conseguiram trocar passes, buscar triangulações, mostrar o mínimo de organização que se exige de uma equipe de futebol. Messi, novamente desaparecido, nada fez. A Argentina tentou sair com Verón, com Di Maria, mas o máximo que conseguiu foi girar ao redor da área adversária. As jogadas de bola parada representaram alguma esperança. Falsa esperança...



Faltaram chances, sobrou pancada. O jogo teve momentos de violência na etapa inicial. Heinze, da Argentina, quase dividiu Rodríguez ao meio. Depois, o mesmo Heinze levou entrada muito forte Maximiliano Pereira. Ninguém foi expulso.

A divindade no segundo tempo

O período final começou estudado, mais centrado no meio do campo, como se as duas equipes temessem atacar. Houve lances de bate-rebate nas duas áreas. Forlan, em avanço pelo meio, buscou o canto do goleiro argentino. A bola saiu por pouco.

Até a torcida estava mais quieta do que antes. Mas aí saiu a notícia do gol do Chile sobre o Equador. O estádio voltou a pulsar. Bastava um gol para o Uruguai garantir vaga na Copa. Um gol e nada mais. Para a Argentina, em contrapartida, o empate passou a valer ouro. Com ele, a classificação estava garantida.

A equipe de Maradona se retraiu. Fechou um ferrolho defensivo e passou a atacar só na boa, geralmente em contra-ataques. Deixou o tempo passar. Como a zaga funcionou bem, conseguiu controlar o Uruguai sem muitos sustos. Mas a tranquilidade jamais foi absoluta.

Aos 28 minutos, o gol uruguaio não saiu por detalhes. Forlan, em falta perto da área, mandou na cabeça de Lugano. Livre, o capitão celeste até conseguiu desviar a bola, mas para fora. Houve um ruído geral no Centenário, um lamento uniforme, como se aquela fosse a última chance.

Argentina x Uruguai: uma rivalidade mais do que centenária. Relembre e comente

O Uruguai, conforme o tempo passava, errava mais. A Argentina percebeu e manteve os pés no chão para segurar o resultado. E conseguiu mais. Aos 38 minutos, em falta cobrada por Messi, a bola passou por Verón e sobrou para Bolatti, mandado a campo por Maradona, fazer o gol.

Foi o gol da divindade de Maradona. Ele, gênio eterno como jogador, não poderia manter o posto de Deus com um 0 a 0. Na comemoração, Dieguito, extasiado, abraçou jogadores, colegas de comissão técnica, xingou jornalistas e fez a festa pela classificação.

Logo após o apito final da partida, o defensor uruguaio Maxi Pereira acertou um soco em um atleta argentino e foi expulso pelo árbitro Carlos Amarilla.


Ficha técnica:
URUGUAI 0 x 1 ARGENTINA
URUGUAI
Muslera, Scotti, Lugano e Cáceres; Maxi Pereira, Diego Pérez, Walter Gargano (Cristian Rodríguez), Jorge Rodríguez (Cavani) e Álvaro Pereira; Luis Suárez (Loco Abreu) e Diego Forlan.
Técnico: Oscar Tabárez.
ARGENTINA
Romero, Otamendi, Demichelis, Schiavi e Heinze; Gutiérrez, Mascherano, Verón e Di Maria (Monzón); Messi (Tevez) e Higuaín (Bolatti).
Técnico: Diego Maradona.
Gols: Bolatti, aos 39 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Diego Pérez, Scotti, Cáceres, Maxi Pereira (Uruguai); Heinze, Otamendi, Romero (Argentina).
Cartões vermelhos: Cáceres e Maxi Pereira (Uruguai)
Estádio: Centenário-URU. Data: 14/10/2009.
Árbitro: Carlos Amarilla (Paraguai).
Auxiliares: Nicolas Yegros (Paraguai) e Emigdio Ruiz (Paraguai).


CHILE 1X0 EQUADOR
Chile vence, enterra chances do Equador de ir à Copa do Mundo e ajuda o Uruguai

O Equador tinha quase tudo para se classificar à Copa do Mundo de 2010. Dependia apenas dele próprio e jogava contra o Chile, já classificado. Mas parece que os adversários se esqueceram desse último fato. Jogando em casa, os chilenos quase não deram espaço para os equatorianos e conseguiram um resultado magro, 1 a 0, mas o suficiente para enterrar as chances do Equador de ir ao Mundial.



De quebra, o Chile ainda facilitou a vida do Uruguai. Os hermanos se garantiram na Copa com a vitória sobre os adversários em Montevidéu, por 1 a 0. Já a Celeste conseguiu a vaga da repescagem. Com a vitória em Santiago, os chilenos chegaram a 33 pontos e terminam as eliminatórias na segunda colocação, atrás do Brasil (34) e na frente do Paraguai (33) por causa do saldo de gols.

Chile massacra no início

Quem tinha a obrigação de vencer era o Equador, mas foi o Chile quem tomou a iniciativa do jogo e massacrou nos primeiros minutos. Tanto é que o goleiro chileno, Claudio Bravo, só foi tocar na bola pela primeira vez aos 25. Foram algumas as chegadas perigosas dos donos da casa. O atacante Suazo, artilheiro das eliminatórias, deu trabalho ao goleiro Elizaga. Outro que esteve bem foi o “mago” Valdivia, que conseguiu bons passes e controlou o jogo no meio-campo.



No entanto, foi em torno dos 30 minutos que o Equador começou a equilibrar as ações. O atacante Benítez foi fundamental. Em uma das oportunidades, ele apareceu por detrás dos zagueiros e concluiu, mas Bravo estava atento para fazer a defesa. Méndez também chegou com perigo, mas a bola foi chutada para fora. A reação equatoriana assustou os torcedores, mas o juiz pôs fim aos primeiros 45 minutos.

Equador leva gol e dá adeus à Copa

Mas logo aos sete minutos da segunda etapa, o Chile abriu o placar e aumentou o desespero dos equatorianos. O artilheiro Suazo recebeu cruzamento na entrada da pequena área e finalizou bonito, no alto, levando o Monumental de Santiago à loucura.

Depois do gol, o Chile continuou no ataque, a exemplo do que aconteceu no começo do primeiro tempo. Novamente Valdivia e seus companheiros deram trabalho ao goleiro Elizaga. Os donos da casa ainda pediram um pênalti em cima de Suazo, mas nada foi marcado. Com o controle do jogo, o Chile venceu e tirou o Equador da Copa.


PARAGUAI 0X2 COLÔMBIA
Colômbia bate Paraguai em Assunção e dá título simbólico ao Brasil

Não vale troféu, mas a seleção brasileira terminou as eliminatórias sul-americanas nesta quarta-feira no primeiro lugar. O “título” veio com a derrota do Paraguai por 2 a 0 para a Colômbia, em Assunção, pela última rodada.

Os gols colombianos foram de Ramos e Rodallega, no segundo tempo. Assim, o Brasil fica com 34 pontos, seguido por Chile e Paraguai, que somaram 33. A Argentina é a quarta, com 28. Os quatro estão classificados para a Copa do Mundo.

A Colômbia terminou o torneio classificatório em oitavo lugar, com 20. O quinto colocado foi o Uruguai, que fez 24 e vai disputar a repescagem com o quarto da Concacaf.



A melhor chance do Paraguai foi aos 12 do segundo tempo, quando Osvaldo Martinez acertou a trave. Mas o time de Cabañas levou o golpe cinco minutos depois: após cruzamento da esquerda, Ramos dominou no peito e chutou rasteiro para marcar.

A partida ficou movimentada e com boas jogadas dos dois lados. O segundo gol colombiano saiu em contra-ataque. Aos 36, Rodallega foi lançado entre a zaga e tocou na saída do goleiro Justo Villar: 2 a 0.