Gol no fim garante empate ao Náutico e estraga festa do Bota
Estava tudo pronto para o Botafogo dormir na vice-liderança do Campeonato Brasileiro. Um jogador a mais, bom público no Engenhão e placar favorável contra um Náutico defensivo. Porém, um gol de Adriano aos 37 do segundo tempo garantiu uma igualdade amarga por 1 a 1 para os cariocas.
Apesar de manter a invencibilidade de 12 jogos, o Alvinegro lamenta a igualdade que o mantém na quarta posição. Porém, dependendo dos resultados de domingo, a equipe pode terminar a 23ª rodada fora do G-4.
O Náutico, que pareceu inofensivo durante quase todo o jogo, conseguiu um ponto importante, mas insuficiente para retirá-lo da zona de rebaixamento.
Horário Próximos jogos
6/9/2008 (18h20m) Coritiba x Botafogo (Couto Pereira)
6/9/2008 (18h20m) Náutico x Ipatinga (Aflitos)
Botafogo joga; Náutico faz cera
Não demorou para o trio de atacantes do Botafogo pressionar. Aos dois minutos, Gil foi à linha de fundo e cruzou. Antes que Thiaguinho aparecesse na segunda trave a zaga colocou a escanteio.
As bolas rondando o gol do Náutico não cessaram. Aos seis, Triguinho cruzou por baixo, Jorge Henrique dominou, girou e Negretti conseguiu bloqueá-lo.
Aos 12, Lucio Flavio viu Jorge Henrique no meio da área. O atacante, que jogou com a camisa 100, deixou a bola para Túlio, que chutou rasteiro para fora.
Recuado, o Timbu recorreu à cera logo nos minutos iniciais. Cada lateral era cobrado com bastante calma, o que começou a impacientar os torcedores.
Thiaguinho teve chance clara para marcar aos 15, mas não aproveitou o ótimo passe de Jorge Henrique e, de frente para Eduardo, bateu à direita da baliza.
O ritmo da partida caiu, assim como parte da energia do Engenhão. As arquibancadas atrás dos gols ficaram sem iluminação.
Nada que impedisse assistir ao chute de Gil, aos 35, e à defesa de Eduardo, no canto esquerdo. Na seqüêncoa, aos 36, Lucio Flavio chutou de fora da área, Eduardo rebateu mal, a zaga pior ainda e Thiaguinho mandou por cima a chance de abrir o placar.
Aos 39, porém, o gol enfim saiu. Túlio encontrou Lucio Flavio livre dentro da área. O apoiador olhou e rolou para Carlos Alberto, com o gol aberto, apenas empurrar de perna direita. .
O gol empolgou os alvinegros. E Lucio Flavio fez jogada de craque logo depois. O camisa 10 driblou três adversários na ponta direita e finalizou na trave. Foi o bastante para ter o nome gritado em coro no Engenhão.
Apenas aos 45 minutos da etapa inicial, o Náutico teve duas chances de empatar. Primeiro, Kuki recebeu na marca do pênalti, mas tocou forte e a bola desviou em Renato Silva antes de ir a escanteio. Na cobrança, Negretti teve a chance, mas se enrolou e Castillo ficou com a bola.
Vacilo botaguense e gol do Timbu
O segundo tempo começou e a pressão botafoguense continuou. Antes dos três minutos, Gil obrigou Eduardo a se esticar e fazer a defesa, e Carlos Alberto chutou rasteiro, rente à trave esquerda.
O segundo gol parecia questão de tempo. Aos oito, Gil acertou o travessão. A expulsão de Alceu, aos 15 minutos, facilitou ainda mais a tarefa do Botafogo. O jogador alvirrubro deu entrada forte em Thiaguinho.
Aos 21 minutos, o técnico Ney Franco promoveu a estréia de Zárate. A primeira impressão não foi das melhores. O argentino recebeu livre, mas dominou com dificuldade, escorregou e foi desarmado.
Em uma das raras chances do Náutico, Radamés subiu na pequena área e cabeceou para o chão. A bola entraria, se não fosse o pé salvador de Triguinho. Enquanto a torcida pedia "mais um", os visitantes assustavam. Ruy encontrou Felipe livre, na área. Atento, Castillo saiu com o pé direito e tirou.
O imrpovável aconteceu. Após escanteio da direita, Castillo falhou e Adriano empatou a partida para o Náutico, aos 37 minutos do segundo tempo.
Atônitos com o empate, o Botafogo partiu para cima nos minutos finais. Nos acréscimos, Zé Carlos e Zárate se enrolaram na área e perderam a chance. O goleiro Castillo arriscou-se como atacante, mas foi em vão. No fim, vaias dos botafoguenses e vibração (contida) dos alvirrubros.
Confira a classificação do Brasileirão
Ficha técnica:
BOTAFOGO 1 x 1 NÁUTICO
BOTAFOGO
Castillo, Thiaguinho (Zárate), Renato Silva, Andre Luis e Triguinho; Túlio (Alessandro), Diguinho, Lucio Flavio e Carlos Alberto; Jorge Henrique e Gil (Zé Carlos).
Técnico: Ney Franco.
NÁUTICO
Eduardo, Vágner Santos, Negretti e Adriano; Ruy, Ticão (Felipe), Hamilton, Valdeir (Gilmar) e Alceu; Paulo Santos e Kuki (Radamés) .
Técnico: Roberto Fernandes.
Gols: Carlos Alberto, aos 39 minutos do primeiro tempo; Adriano, aos 37 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Carlos Alberto (Botafogo) Alceu, Negretti, Ticão (Náutico).
Cartão vermelho: Alceu.
Estádio: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ). Data: 30/08/2008.
Árbitro: Paulo César Oliveira (Fifa/SP).
Auxiliares: Márcio Luiz Augusto (SP) e Marcelino Tomaz de Brito Neto (SP).
Público: 23.946,00. Renda: R$ 258.425,00

Sem dificuldade, Goiás vence o Figueira
O Goiás se recuperou da derrota para o lanterna Ipatinga na semana passada e venceu o Figueirense por 2 a 0, na noite deste sábado, no estádio Serra Dourada, em Goiânia, pela 23ª rodada do Brasileirão. Iarley e Romerito, com um gol em cada etapa, foram os autores dos gols que põem o time goiano na décima posição, com 30 pontos. Este foi o terceiro revés seguido do time catarinense, que continua com 28 pontos, em 13º lugar, se aproximando perigosamente na zona de rebaixamento. A diferença é de cinco pontos e pode cair para três no decorrer da rodada.
Na próxima quarta-feira, as duas equipes entram em campo de novo. O Goiás continua em casa e recebe o Atlético-PR. O Figueirense volta para Florianópolis, onde enfrenta o Flamengo, no Orlando Scarpelli.
Poucas chances, um gol
A equipe do Goiás teve total domínio do primeiro tempo, apesar da forte marcação das duas equipes no meio-campo. Mas a primeira boa oportunidade foi para o time catarinense, aos 15 minutos. Em contra-ataque, Leandro Carvalho tocou para Rafael Coelho, mas o atacante alvinegro isolou, no que foi a única chance dos visitantes. Aos 20, Wellington Amorim até estava bem posicionado, mas chutou cruzado, longe do gol de Harlei.
Se a equipe do Figueira teve apenas uma oportunidade, os goianos não foram muito além. Aos 24, Gabiru tocou para Romerito bater rasteiro, mas fácil para Wilson defender. Iarley tentou uma cobrança de falta aos 27, mas mandou longe do travessão. Aos 35, após toque de cabeça de Romerito, Thiago Feltri pegou a sobra pela esquerda, mas isolou. Três minutos depois, de novo Iarley apareceu bem na ponta esquerda e cruzou para a área, mas ninguém apareceu para completar. Até que aos 45, o atacante goiano recebeu um passe de Ernando, dominou e tocou para as redes, fazendo 1 a 0 no Serra Dourada.
Com um a menos, mais um gol
O Figueira voltou disposto a se recuperar após o intervalo. Tanto que, aos três minutos, quase empatou o jogo em um cruzamento de Diego para Cleiton Xavier, que de carrinho conseguiu mandar a bola por cima do travessão. A resposta veio em seguida, com Thiago Feltri acertando um bom chute cruzado. Com estilo, Wilson fez boa defesa.
As coisas pareciam que iam ficar complicadas para o Goiás quando Adriano Gabiru, que já tinha recebido cartão amarelo por reclamação no segundo tempo, foi expulso pelo mesmo motivo aos 12 minutos. Com um a mais, o Figueira partiu para o ataque, mas sem conseguir o empate. Ramon e Rafael Coelho, tentando uma bicicleta, desperdiçaram dentro da área. O time goiano aproveitou e, em jogada contra-ataque aos 30 minutos, tocou com facilidade, e Iarley, achou Romerito livre. Ele ainda driblou o goleiro Wilson, com calma, e tocou para o gol vazio, aumentando o placar e decretando a vitória alviverde. Na seqüência, Diego, do Figueirense, foi expulso por fazer falta dura em Vìtor.
Ficha técnica:
GOIÁS 2 x 0 FIGUEIRENSE
GOIÁS
Harlei; Ernando, Henrique e João Paulo (Rafael Marques); Vítor, Fahel, Ramalho, Adriano Gabiru e Thiago Feltri; Romerito (Fábio Bahia) e Iarley (Fredson).
Técnico: Hélio dos Anjos.
FIGUEIRENSE
Wilson, Anderson Luiz, Bruno Aguiar, Asprilla (Edu Sales) e Diego; Gomes, Leandro Carvalho, Magal (Ramon) e Cleiton Xavier; Wellington Amorim e Rafael Coelho (Tadeu).
Técnico: PC Gusmão.
Gols: Iarley, aos 45 minutos do primeiro tempo, e Romerito, aos 30 do segundo.
Cartões amarelos: Adriano Gabiru e Vítor (Goiás); Asprilla, Bruno Aguiar e Cleiton Xavier (Figueirense).
Cartões vermelhos: Adriano Gabiru (Goiás); Diego (Figueirense).
Estádio: Serra Dourada, em Goiânia (GO). Data: 30/08/2008.
Árbitro: Gutemberg de Paula Fonseca (RJ).
Auxiliares: Marco Aurélio dos Santos Pessanha (RJ) e Ricardo Maurício Ferreira de Almeida (RJ)

VITÓRIA 0X0 IPATINGA
Vitória tropeça no Ipatinga
O Vitória entrou em campo neste sábado, no Barradão, em sexto lugar na Série A do Brasileirão, com 36 pontos ganhos. Sonhava, depois dos 90 minutos, entrar para o G-4. O adversário era o lanterna Ipatinga, de quem havia perdido na primeira fase por 2 a 1. A torcida compareceu ao Barradão na esperança de ver até uma goleada e um bom futebol, mas saiu frustrada. O Leão tropeçou no forte bloqueio do Tigre mais uma vez. Com o empate de 0 a 0, o Rubro-Negro baiano até pulou para o quinto lugar, com 37 pontos. Mas pode ser ultrapassado por São Paulo, Flamengo e Coritba, que jogam neste domingo.
Na 24ª rodada, o Vitória vai à Vila Belmiro encarar o Santos, na quarta-feira, e o Ipatinga, que continua na lanterna, mas agora com 21 pontos, enfrenta o Náutico no Estádio dos Aflitos na quinta.
Primeiro tempo apagado
O Vitória entrou em campo prestando homenagens ao presidente do Conselho Deliberativo do clube, Maneco Tanajura, que faleceu no sábado e era muito querido no clube. O time vestia uma camisa com a foto do dirigente e depois jogou com o uniforme reserva, o branco, para realçar a tarja preta de luto.
Depois que a bola começou a rolar, o Vitória não engrenou no primeiro tempo. Marquinhos voltava de inatividade de 20 dias por contusão na virilha. O outro atacante, o argentino Trípodi, fazia sua estréia. Ambos estavam lentos e sem ritmo, e a situação piorou porque o meio-campo simplesmente não conseguia criar. O Ipatinga bloqueou o setor, reduzindo os espaços. Parecia que tinha mais gente verde no campo. E essa gente entrou visivelmente para segurar o empate ou tentar alguma coisa a mais no contragolpe.
Só aos 13 minutos, quando Wallace centrou da direita para Marquinhos cabecear para escanteio - a bola desviou na zaga -, a torcida baiana sentiu algum frisson. Mas o susto num contra-ataque do Ipatinga, com um chute de Luciano Mandi de fora da área que tirou tinta da trave direita de Viafara, foi maior. Bem como quando Marquinhos foi ao chão dando a impressão de que não continuaria mais na partida.
O tempo passava, e o torcedor do Leão continuava intranqüilo e começava a vaiar. Mal no ataque - os laterais pouco apoiavam e os meias tocavam para os lados -, confuso na defesa, o time deixava a equipe mineira gostar do jogo. Ferreira e Adeílson só não abriram o placar para o Tigre porque foram lentos na conclusão, permitindo que a zaga rubro-negra chegasse a tempo para prensar.
Aos 36 minutos, houve a primeira chance real para o Vitória. Carlos Alberto arrancou pela esquerda e chutou. Fernando saiu bem e espalmou. Aos 43, a melhor jogada: Trípodi ajeitou a bola para Williams, que bateu de chapa da marca do pênalti. O goleiro do Tigre voltou a brilhar e, a essa altura, já era o destaque de um primeiro tempo frustrante para o time da casa.
Tentativa em vão
O técnico Vágner Mancini trocou Wallace por Leandro Domingues para o segundo tempo. O meia, em bela jogada individual aos 2 minutos, estragou o lance ao bater torto para fora.
Visivelmente, o time voltou um pouco melhor. Se tecnicamente os talentos ainda decepcionavam - Marquinhos era até vaiado e Ramon estava escondido do jogo -, pelo menos havia a tentativa de fugir da forte marcação buscando as laterais do campo. Aos 6 minutos, Carlos Alberto cobrou bem uma falta e se preparava para comemorar quando Fernando espalmou para escanteio de mão trocada.
Aos 11, outra falta para o Leão. Ramon bateu por baixo, e a bola quicou antes de Fernando tocar, com dificuldade, para escanteio. A essa altura, o time já recuperava o apoio da torcida. O Ipatinga repetia a fórmula do segundo tempo: congestionar o meio-campo, roubar as bolas e tentar um milagre no contra-ataque.
Vágner Mancini mexeu de novo na equipe aos 23 minutos. Saiu Ramon, entrou Ricardinho. O time conseguia, esporadicamente, criar mais uma chance. Aos 30, Fernando brilhou outra vez no gol do Tigre, ao sair muito bem e evitar o gol de Carlos Alberto, que bateu de perna direita mas encontrou o goleiro pela frente. O tempo passava. O time iai ao ataque, no desespero, e não conseguiu sair do frustrante 0 a 0.
Ficha técnica:
VITÓRIA 0 x 0 IPATINGA
VITÓRIA
Viafara, Carlos Alberto, Anderson Martins, Leonardo Silva e Marcelo Cordeiro; Vanderson, Wallace (Leandro Domingues), Ramon (Ricardinho) e Williams; Trípodi (Adriano) e Marquinhos.
Técnico: Vágner Mancini
IPATINGA
Fernando, Márcio Gabriel, Gian, Henrique e Beto (Paulinho Dias); Leandro Salino, Augusto Recife, Xaves e Luciano Mandi (Kempes); Ferreira (Leo Oliveira) e Adeilson.
Técnico: Márcio Bittencourt
Cartões amarelos: Wallace e Leandro Domingues (Vitória), Augusto Recife (Ipatinga).
Estádio: Barradão. Data: 30/08/2008.
Árbitro: Pericles Bassols Pegado Cortez.
Auxiliares: Marcelo Fonseca Duarte (RJ) e Ediney Guerreiro Mascarenhas (RJ)