
Palmeiras tropeça diante de um Figueira corajoso e perde a primeira posição
No duelo das equipes que começaram a rodada com o melhor ataque e a pior defesa do Brasileirão, festa para quem fez da melhor defesa o ataque. Jogando de forma corajosa, o Figueirense empurrou o Palmeiras para o campo de defesa e, se não conseguiu vencer, ao menos manteve o 0 a 0 no Orlando Scarpelli, pela 29ª rodada, e tirou o time de Vanderlei Luxemburgo da liderança da competição.
O resultado ampliou para três partidas a série invicta dos catarinenses, que seguem na 14ª colocação, com 33 pontos. Para o Verdão, pior do que o placar só a vitória do Grêmio sobre o Santos, por 2 a 0, no Olímpico, que empurrou a equipe para a segunda colocação, com 54 pontos, contra 56 dos gaúchos.
Na próxima rodada, o time de Vanderlei Luxemburgo tem pela frente o clássico contra o São Paulo, dia 19, às 16h, no Palestra Itália. Já o Figueira pega o Ipatinga, também em casa, às 18h20m do dia anterior.
Abusado, Figueira mostra força
Contrariando os prognósticos mais óbvios, o "retranqueiro" Mário Sérgio ousou e mandou o Figueira para o ataque diante do líder do Brasileirão. Logo no primeiro minuto, Asprilla mostrou que o time da casa ao menos tentaria ser ofensivo. O zagueiro arrancou na direção da área alviverde e foi derrubado por Sandro Silva. Cleiton Xavier cobrou a falta, ninguém desviou e a bola tirou tinta da trave esquerda de Marcos.
No minuto seguinte, no entanto, o Verdão mostrou que o time de Florianópolis não podia vacilar na defesa. Em falta cobrada rapidamente, Alex Mineiro recebeu de Diego Souza nas costas da zaga e rolou para Kléber fazer o gol. O auxiliar, equivocadamente, marcou impedimento do camisa 9 no início da jogada e salvou o Figueirense.
Diante do ritmo forte imprimido pelos catarinenses, Diego Souza resolveu chamar o jogo para si e tentar decidir em lances individuais. Aos 9, ele deixou Alex para trás, invadiu a área e chutou forte. A bola desviou na zaga e Wilson fez boa defesa. Na seqüência, Gustavo aproveitou cobrança de escanteio e, na pequena área, cabeceou por cima do gol. Oito minutos depois, mais uma vez o meia palmeirense apareceu bem. Ele recebeu bom passe de Alex Mineiro e emendou de bico em cima da zaga.
Aos 20 e aos 25, Diego Souza também se destacou. Primeiro, ele avançou pelo meio em velocidade e chutou forte para fora. Depois, cobrou falta na barreira e "armou" o contra-ataque do Figueira. Marquinho e Cleiton Xavier, que tiveram grande exibição, tabelaram e o primeiro serviu Magal, que, frente a frente com Marcos, encheu o pé e isolou.
E a dupla de meias da equipe de Mário Sérgio não parava de causar problemas para os zagueiros do Palmeiras. Aos 26, Marquinhos rolou com açúcar para Bruno Santos girar rápido e encher o pé. Marcos salvou na ponta dos dedos. Aos 30, Cleiton Xavier tocou para o mesmo Bruno Santos chamar Roque Júnior para o mano a mano, levar a melhor e depois perder mais um duelo com o goleiro pentacampeão do mundo.
No contra-ataque, Kléber descolou belo passa para Élder Granja nas costas da zaga do Figueira. O lateral dominou, olhou para Wilson, escolheu o canto e chutou nas alturas. Assim como Diogo, para o time de Floripa, logo em seguida. O meia recebeu um presente de Cleiton Xavier, pra variar, demorou para concluir e viu Marcos crescer na sua frente para evitar o gol
No último lance de perigo da primeira etapa, aos 39, Alex Mineiro mais uma vez mostrou sua faceta de armador. O atacante deixou Sandro Silva livre na área para olhar e cruzar para Élder Granja. Sozinho na pequena área, o lateral perdeu mais um gol feito.
Na saída para o vestiário, Mário Sérgio não escondeu a satisfação com a coragem de seus comandados.
- Jogamos de igual para igual com o líder do campeonato.
Verdão pressiona no fim, mas não sai do zero
Aprovada no intervalo, a tática foi mantida pelos donos da casa, que fizeram uma verdadeira blitz no primeiro minuto da segunda etapa. Em bate-rebate na área, Cleiton Xavier chutou duas vezes e a bola explodiu na zaga, para depois sobrar para Marquinho emendar e isolar. E assim seguiu o jogo nos 15 minutos seguintes: com o Figueirense pressionando, mas esbarrando na má qualidade das finalizações.
O ataque do Palmeiras só chamou atenção aos 16, quando Kléber aprontou das suas e deixou o braço em disputa aérea no rosto de Asprilla. Enquanto o palmeirense só levou o amarelo, o zagueiro foi a nocaute. Em chutes de longa distância, os paulistas se assanhavam no ataque e por muito pouco não abriram o placar aos 22. Evandro, que substituiu Alex Mineiro, cobrou escanteio na segunda trave e Kléber, sozinho, cabeceou firme para o chão. A bola bateu na trave, no goleiro Wilson e se perdeu pela linha de fundo.
Para não perder o costume, o Figueira deu o troco logo em seguida. Após chutão da zaga, a bola sobrou para Diogo invadir a área pela direita. O meia bateu cruzado e, com Marcos batido na jogada, Tadeu disputou com Gustavo e desperdiçou grande chance.
Nos vinte minutos finais, a partida caiu tanto em velocidade quanto em qualidade técnica. Apesar das alterações promovidas por Mário Sérgio e Vanderlei Luxemburgo, disputas no meio-campo chamaram mais a atenção do que jogadas ofensivas. A exceção foi Evandro, que aos 42 fez fila na área catarinense, driblou o goleiro Wilson e tocou fraquinho para Alex evitar o gol em cima da linha.
No abafa, o Palmeiras ainda assustou com Gustavo, após cobrança de escanteio, aos 44, mas a sorte esteve do lado catarinense, e o zero não saiu do placar.
Tabela Dinâmica: simule os resultados e veja a classificação
Ficha técnica:
FIGUEIRENSE 0 x 0 PALMEIRAS
FIGUEIRENSE
Wilson; Alex, Asprilla, Bruno Perone; Diogo, Magal, Gomes (Rodrigo Fabri), Cleiton Xavier e Marquinho; Tadeu (Ramon) e Bruno Santos (Jackson).
Técnico: Mário Sérgio.
PALMEIRAS
Marcos; Gustavo, Roque Júnior e Martinez; Elder Granja (Denílson), Jumar (Leo Lima), Sandro Silva, Diego Souza e Leandro; Alex Mineiro (Evandro) e Kléber.
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Cartões amarelos: Magal e Alex (Figueirense); Leandro, Élder Granja, Kléber, Leo Lima e Jumar (Palmeiras).
Estádio: Orlando Scarpelli. Data: 08/10/2008.
Árbitro: Leonardo Gaciba da Silva (Fifa/RS).
Auxiliares: Paulo Ricardo Silva Conceição (RS) e Jose Antonio Chaves Franco Filho (RS).
GRÊMIO 2X0 SANTOS
Grêmio bate o Santos no Olímpico e reencontra a liderança do Brasileirão
Durou muito pouco a separação entre o Grêmio e a liderança do Campeonato Brasileiro. Foram apenas duas rodadas afastados um do outro. O reencontro ocorreu na noite desta quarta-feira, com a vitória de 2 a 0 sobre o Santos. O time tricolor voltou a ter uma atuação cambaleante, sem a solidez de outros jogos, mas conseguiu o mais importante e deixou o Palmeiras, que apenas empatou com o Figueirense, para trás. O Peixe ameaçou muito e só não teve resultado melhor porque não era a noite dele.
Com a vitória, o Grêmio chegou a 56 pontos, contra 54 do vice. O Santos, ainda com 33, segue em 13º. Os gaúchos agora terão mais de uma semana de preparação para o jogo contra a Portuguesa, dia 19, no Canindé. O time da Baixada Santista joga um dia antes, no Rio de Janeiro, contra o Botafogo.
Grêmio sai na frente e pára
Bastaram menos de três minutos para o Grêmio largar na frente. O time de Celso Roth entrou em campo mais ligado. E o resultado foi o gol cedinho, quando a torcida ainda se acomodava em um Olímpico gelado. Hélder tramou boa jogada pelo meio e mandou o chute. A bola desviou na zaga e sobrou para o gigante Morales. Cara a cara com o goleiro Douglas, ele fuzilou. E aí foi para a festa, festejando seu primeiro com a camisa tricolor.
O sonífero que o Grêmio pareceu ingerir não fez efeito imediato. Depois do gol, o time da casa continuou melhor por algum tempo e até criou novas chances. Morales, aos 18, disparou seus 1,96m pela ponta direita, entrou na área em diagonal e chutou forte, mas exatamente no meio do gol, onde estava Douglas. O goleiro santista defendeu sem maiores dificuldades.
E aí o Grêmio parou. A reação do Santos teve dois momentos distintos. Primeiro, com o domínio de bola, sustentado em toques rápidos e curtos, protagonizados especialmente pelos gringos Molina e Cuevas. Depois, com chances claras de gol. Fábio Santos, aos 31, forçou Victor a fazer boa defesa. Cinco minutos depois, Molina acertou o travessão gaúcho em cobrança de escanteio venenosa. Mais tarde, Cuevas recebeu pela esquerda e concluiu com força. O goleiro do Grêmio voltou a fazer defesa impressionante.
O Tricolor, em contrapartida, preferiu ignorar que um time precisa de articulação para chegar ao ataque. O jogo dos azuis virou festival de balonismo: balão, balão e mais balão para Morales. William Thiego, um zagueiro, foi o principal armador, já que a bola não passou por Douglas Costa. O fim do primeiro tempo deu ao Grêmio um resultado melhor do que a atuação. Já o Santos, conseqüentemente, merecia melhor sorte.
Nos acréscimos, Soares marca o segundo
No segundo tempo, o Santos voltou mais avançado, mas permitiu que o Grêmio tivesse mais espaços para tocar rapidamente e criar chances. Na primeira, aos nove, Soares invadiu livre a área pela direita e errou o chute para sorte de Douglas. Aos 15, pela esquerda, o novo xodó Douglas Costa disparou um míssil contra a trave santista.
A liberdade para jogar nos contra-ataques quase permitiu que o Grêmio fizesse o segundo, aos 18. E seria um golaço. Douglas Costa pedalou, deixou Roberto Brum no chão e ficou de frente para Douglas. No entanto, não teve domínio da bola e bateu travado com os marcadores antes que Domingos salvasse.
Para dar mais força ao setor de criação, o técnico Márcio Fernandes sacou Bida e colocou Pará. A mudança fez o Peixe crescer e por muito pouco não empatar em dois lances consecutivos. Aos 29, após cruzamento rasteiro da direita, Kléber Pereira acertou a trave. Em seguida, Cuevas recebeu na esquerda e chutou. A bola passou por Victor, mas Thiego salvou quase sobre a linha. No minuto seguinte, aos 31, Soares entrou pela direita e disparou para Douglas espalmar.
Percebendo a falha na marcação, o técnico Celso Roth trocou Jean por Amaral e Willian Magrão por Orteman. As alterações deram certo. A partir dos 40 minutos, o Santos não mais conseguiu criar para seu artilheiro, preso entre os defensores gaúchos. Assim, passou a arriscar chutes de longa distância.
Nos minutos finais, já com o encerramento da partida entre Figueirense e Palmeiras no 0 a 0, os torcedores gremistas começaram a comemorar a volta à liderança. Mas o time ainda passou por um grande susto, aos 44. Carleto chutou de muito longe e Victor fez ótima defesa de mão trocada para delírio da massa tricolor.
O Santos ainda teve tempo de perder um jogador. Fabiano Eller recebeu cartão vermelho ao cometer falta em Reinaldo após levar um chapéu na intermediária. Era o fim da esperança santista. E o Grêmio fez o segundo. Depois da cobrança de falta de Douglas Costa, Douglas não segura e Soares manda para dentro. Festa gremista!
Ficha técnica:
GRÊMIO 2 x 0 SANTOS
GRÊMIO
Victor, William Thiego, Jean (Amaral) e Rever; Felipe Mattioni, Rafael Carioca, Willian Magrão (Orteman), Douglas Costa e Hélder; Soares e Morales (Reinaldo).
Técnico: Celso Roth.
SANTOS
Douglas, Wendel, Domingos, Fabiano Eller e Fabio Santos (Carleto); Roberto Brum, Rodrigo Souto, Bida (Pará) e Molina (Tiago Luís); Cuevas e Kléber Pereira.
Técnico: Márcio Fernandes.
Gols: Morales, aos dois minutos do primeiro tempo; Soares, aos 49 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Jean, Morales (Grêmio); Fabiano Eller, Kléber Pereira, Domingos (Santos).
Cartão vermelho: Fabiano Eller (Santos)
Estádio: Olímpico, em Porto Alegre. Data: 08/10/2008.
Árbitro: Heber Roberto Lopes (Fifa PR).
Auxiliares: Ivan Carlos Bohn (PR) e Carlos Berkanbrock (SC).
SPORT 2X2 VASCO
Vasco cede empate para o Sport e perde chance de sair da zona de rebaixamento
Leandro Amaral brilhou, mas com um gol nos acréscimos, o Sport empatou com o Vasco por 2 a 2 nesta quarta-feira, na Ilha do Retiro (assista aos gols no vídeo ao lado). Com o resultado, o Leão chega a 40 pontos e permanece na 11ª posição. O time cruzmaltino, que perdeu a chance de sair do grupo dos quatro últimos, agora tem 27, fica na 17ª posição e deixa a lanterna com o Fluminense. O Tricolor das Laranjeiras, o Ipatinga e a Portuguesa, que também estão na zona de rebaixamento, ainda jogam na rodada.
Ouça os gols na Rádio Globo
Na próxima rodada, domingo, 10 de outubro, as duas equipes têm clássicos regionais pela frente. O Vasco enfrenta o Flamengo no Maracanã, e o Sport terá pela frente o Náutico na Ilha do Retiro.
Leandro Amaral coloca o Vasco na frente do placar
A partida começou com uma ótima oportunidade logo no primeiro minuto. Leandro Amaral foi derrubado por Igor na entrada da área e o árbitro marcou a falta. Baiano bateu com categoria e acertou o travessão do goleiro Magrão, que só olhou. A partir daí, o Sport passou a tomar conta das ações, mas, apesar da maior posse de bola e volume de jogo, os donos da casa tinham dificuldade de penetrar no ferrolho vascaíno. Aos 17, a primeira boa trama do time rubro-negro. Após o cruzamento da direita, Ciro teve boa chance de finalizar, mas não alcançou a bola. A postura defensiva do Vasco obrigou o Leão a arriscar de longe, como fez Dutra aos 29, mas sem perigo.
A partir dos 30 minutos, o domínio rubro-negro passou a surtir mais efeito e as chances começaram a aparecer. Aos 35, Roger arrancou pela direita, fez o corte e mandou uma bomba de perna esquerda. Rafael se esticou e fez boa defesa. Aos 37, a recompensa do Sport. Kássio chutou cruzado da direita, a bola pegou na cabeça do vascaíno Baiano e enganou o goleiro cruzmaltino: 1 a 0. Em uma bobeira da zaga, os visitantes empataram. Aos 40, Alex Teixeira roubou a bola de Moacir na defesa e tocou para Leandro Amaral. O atacante chutou forte, rasteiro, e fez o gol: 1 a 1.
O espírito guerreiro vascaíno falou mais alto já nos acréscimos do primeiro tempo. Aos 46, Leandro Amaral recebeu passe e, de perna esquerda, mandou um lindo chute no cantinho de Magrão, que se esticou todo mas não chegou na bola. Leandro Amaral 2 x 1 Sport.
Vasco se fecha, mas toma gol no finzinho
Com a vantagem conseguida na primeira etapa, a equipe vascaína voltou do vestiário com uma postura ainda mais defensiva, de olho nos espaços dados pelo Sport. O Leão seguiu com muitas dificuldades de furar o bloqueio cruzmaltino e apostou nas bolas aéreas para tentar chegar ao gol, mas o goleiro Rafael conseguia afastar a maioria das bolas.
Apesar da tentativa de pressão rubro-negra, foi o Vasco que teve a primeira boa chance. Aos 11, Valmir fez boa jogada pela esquerda e cruzou na medida para Mateus, que subiu e desviou, mas a bola foi para fora. Aos 24 aconteceu um lance polêmico. Ciro entrou na área e tentou driblar Odvan, que foi com o braço para tentar impedir o avanço. O jogador do Sport caiu pedindo pênalti, mas árbitro mandou o lance seguir.
Para desespero dos vascaínos, de tanto insistir o Leão chegou ao gol de empate. Aos 46, após troca de passes dentro da área, Ciro girou na frente de Rafael e chutou por baixo do goleiro. 2 a 2 e festa rubro-negra no Recife.
Ficha técnica:
SPORT 2 x 2 VASCO
SPORT
Magrão, Igor, César Lucena (Sandro Goiano) e Durval; Carlinhos Bala (Sidny), Moacir (Fumagalli), Junior Maranhão, Kássio e Dutra; Roger e Ciro.
Técnico: Nelsinho Baptista.
VASCO
Rafael, Jorge Luiz, Fernando (Odvan) e Eduardo Luiz; Baiano, Jonílson, Victor, Mateus e Valmir (Eduardo Santos); Alex Teixeira (Abubakar) e Leandro Amaral.
Técnico: Renato Gaúcho.
Gols: Kássio, aos 37, Leandro Amaral, aos 40 e 46 do primeiro tempo. Ciro, aos 46 da segunda etapa.
Cartões amarelos: Jorge Luiz, Baiano, Eduardo Luiz, Victor (VAS); César Lucena, Dutra, Sidny, Ciro (SPO).
Público: 17.442 pagantes.Renda: R$ 81.375,00.
Estádio: Ilha do Retiro. Data: 09/10/2008.
Árbitro: Wilson Luiz Seneme (SP).
Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho (Fifa /SP) e Marcio Luiz Augusto (SP).