quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Rodada de Quinta

CRUZEIRO 1X0 IPATINGA
Cruzeiro vence Tigre e cola no vice-líder


Com mais uma vitória apertada, o Cruzeiro derrotou o Ipatinga por 1 a 0, na noite desta quinta-feira, no Mineirão, garantindo o terceiro lugar na classificação do Brasileirão 2008, e colando no vice-líder Palmeiras. Agora, a diferença da Raposa para o Verdão é de dois pontos, já que os mineiros somam 52 contra 54 dos paulistas. A distância para o líder Grêmio continua sendo de quatro pontos: os gaúchos somam 56.



A situação do Tigre continua preocupante. Com 27 pontos, permanece na 19ª posição, mas corre o risco de voltar à lanterninha da competição se o Fluminense apenas empatar com o Atlético-PR no sábado, na Arena da Baixada.



O próximo compromisso do Cruzeiro é o clássico com o Atlético-MG, o quinto da temporada 2008, no dia 19, domingo. Um dia antes, o Ipatinga visita um adversário direto na luta contra o rebaixamento: o Figueirense, em Florianópolis.



Ramires e o gol 100






O Tigre não se intimidou e, mesmo tendo um meio-campo escalado com quatro volantes (Julio, Xaves, Leandro Salino e Augusto Recife), começou assustando a Raposa. Depois de um começo frio, aos 12, quase o time do Vale do Aço abriu o placar com um gol olímpico de Rodriguinho, mas a bola explodiu na trave direita de Fábio. Aos 21, o goleiro celeste fez boa defesa em um chute de Ferreira.

Mas se o ataque do Ipatinga estava presente, o mesmo não se pôde dizer da defesa. Depois de um cruzamento de Maurinho, o goleiro Fernando espalmou mal para a frente, e Gérson Magrão chutou. Após nova defesa do camisa 1, a bola sobrou livre para Ramires completar de carrinho para marcar o 100º gol da Raposa nesta temporada.

O jogo voltou a esfriar após o gol celeste, com o time visitante ficando mais cauteloso. Só aos 38, Guilherme chutou de longe, mandando a bola com perigo à esquerda do gol.





Erros de passe e marcação






Apesar de estar à frente no placar, o Ipatinga continuou levando perigo à meta celeste. Após o intervalo, aos sete minutos, o goleiro Fábio fez uma defesa milagrosa, salvando a bola no cantinho após uma cabeçada de Rodriguinho. A resposta celeste veio dez minutos depois, com Thiago Ribeiro fazendo jogada pela esquerda e acertando o travessão.



Apesar de estar à frente no placar, o Ipatinga levava mais perigo à meta celeste do que o contrário. Após o intervalo, aos sete minutos, o goleiro Fábio fez uma defesa milagrosa, salvando a bola no cantinho após uma cabeçada de Rodriguinho. A resposta celeste veio dez minutos depois, com Thiago Ribeiro fazendo jogada pela esquerda e acertando o travessão.

O jogo passou a ter uma característica que favorecia mais ao Cruzeiro, com muita marcação no meio-campo e erros de passes. O técnico Márcio Bittencourt tirou o volante Xaves e botou o atacante Kempes, que deu mais velocidade à partida. Aos 34, ele apareceu bem pela esquerda cruzando para Ferreira, que não alcançou a bola.

A esta altura, o Cruzeiro já estava fechado, tentando segurar o resultado e jogando apenas nos contra-ataques. O time do Vale do Aço pressionou até o fim, mas não conseguiu o pontos que arrancou do adversário no turno.





Ficha técnica:
CRUZEIRO 1 x 0 IPATINGA
CRUZEIRO
Fábio; Maurinho (Elicarlos), Leo Fortunato, Thiago Heleno, Fernandinho; Marquinhos Paraná, Henrique, Ramires, Gérson Magrão (Camilo); Thiago Ribeiro e Guilherme (Jajá).
Técnico: Adilson Batista.
IPATINGA
Fernando; Márcio Gabriel (Luciano Mandí), Henrique, Gian e Rodriguinho (Gilsinho); Julio, Xaves (Kempes), Leandro Salino e Augusto Recife; Ferreira e Adeílson.
Técnico: Márcio Bittencourt.
Gol: Ramires, aos 27 minutos do primeiro tempo.
Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte (MG). Data: 09/10/2008.
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS).
Auxiliares: Guilherme Dias Camilo (MG) e Rodrigo Otávio Baeta (MG).




BOTAFOGO 3X1 VITÓRIA
Zárate desencanta, e Botafogo bate o Vitória de virada no Engenhão





Foram poucos os torcedores que compareceram ao Engenhão numa fria noite de quinta-feira. Mas não faltou emoção aos alvinegros que acompanharam a virada do Botafogo, que fez 3 a 1 no Vitória e continua a sonhar com a volta ao G-4 do Campeonato Brasileiro.



Um dos destaques da partida foi o atacante Zárate, que, em sua primeira chance como titular, marcou o primeiro gol do Botafogo e mostrou faro de artilheiro. O Alvinegro, que agora soma 46 pontos e ocupa a sexta posição, teve um jogador a mais desde os 25 minutos do primeiro tempo. O Vitória chega ao oitavo lugar, com 43 pontos, e praticamente deixa briga pela Libertadores.



Pelo início da partida, parecia que o primeiro gol do Botafogo não demoraria a sair. Logo aos três minutos, numa inversão de papéis, Zárate usou o corpo para vencer a marcação pelo lado direito e cruzou. Viáfara não alcançou a bola, mas Wellington Paulista, com o gol vazio, chutou para fora.

Mas antes que o Botafogo se empolgasse, veio a ducha de água fria. Num lance que começou com Lucio Flavio perdendo a bola no ataque e reclamando de falta, o Vitória partiu em velocidade e foi trocando passes até Willians receber a bola frente a frente com Renan. Ele driblou o goleiro e tocou para fazer 1 a 0, aos seis minutos.






O gol desestabilizou o Botafogo de vez. A equipe passou a errar passes simples, perdendo o domínio do meio-campo e, assim, não conseguindo criar jogadas. O Vitória apostava nos contra-ataques, e foi dessa maneira que quase ampliou aos 15 minutos, quando Marquinhos aproveitou uma desatenção da defesa alvinegra e fez um lindo passe para Robert, mas Renan salvou. A torcida da casa, que até então vinha apoiando, passou a pedir raça.

Na frente, Zárate chamava a atenção pela vontade em campo. Mesmo ainda sem ritmo de jogo, o atacante brigava muito por todas as bolas e procurava, ao mesmo tempo, se movimentar e servir de referência na área. Seu primeiro chute a gol foi aos 17 minutos, mas não acertou o alvo.

A sorte alvinegra começou a virar quando o árbitro Wallace Nascimento Valente expulsou o zagueiro Anderson Martins aos 25 minutos, depois que ele revidou com um chute uma falta violenta cometida por Wellington Paulista. O técnico Vágner Mancini precisou substituir o atacante Robert pelo zagueiro Thiago Gomes, diminuindo o poder de fogo do Vitória.

No outro banco, Ney Franco foi ousado, tirando Alessandro, que sentiu a coxa esquerda, e colocou Gil em campo. Assim, Túlio passou a atuar na lateral direita. E foi dele o passe para o gol de empate do Botafogo, aos 36 minutos. Quando a torcida iniciava as vaias, Túlio recebeu a bola pela direita e cruzou com precisão para Zárate, que subiu de cabeça e marcou.



O Botafogo voltou do intervalo tomando a iniciativa do ataque. No entanto, faltava organização e sobrava precipitação dos jogadores na hora de passar ou arriscar ao gol. O Vitória ficava em seu campo de defesa esperando uma brecha para os contra-ataques.

Insatisfeito com a improdutividade da equipe no ataque, Ney Franco decidiu tirar Gil de campo aos 17 minutos. O atacante, que havia entrado aos 34 minutos da primeira etapa, deixou o campo visivelmente contrariado e sequer se dirigiu ao banco de reservas. Foi diretamente para o vestiário.



Mas antes que um clima de tensão pairasse sobre o Engenhão, veio o alívio. Depois de muito pressionar, o Botafogo chegou à virada aos 20 minutos. Wellington Paulista chutou, e o goleiro Viáfara saiu de forma atrapalhada, espalmando para fora da área. A bola sobrou para Lucio Flavio, que viu o goleiro adiantado e tocou com muita categoria para fazer 2 a 1.



Antes que pudesse sofrer algum tipo de perigo, o Botafogo consolidou a vitória marcando o terceiro aos 26 minutos. Andre Luis subiu após uma cobrança de escanteio e fez de cabeça, garantindo os três pontos.





Ficha técnica:
BOTAFOGO 3 x 1 VITÓRIA
BOTAFOGO
Renan, Alessandro (Gil) (Zé Carlos), Renato Silva, Andre Luis e Triguinho (Luciano Almeida); Leandro Guerreiro, Túlio, Diguinho e Lucio Flavio; Wellington Paulista e Zárate.
Técnico: Ney Franco.
VITÓRIA
Viáfara, Marco Aurélio, Leonardo Silva, Anderson Martins e Marcelo Cordeiro; Renan, Vanderson, Willians Santana e Leandro Domingues (Muriqui); Marquinhos (Wallace) e Robert (Thiago Gomes).
Técnico: Vágner Mancini.
Gols: Willians Santana, aos 6, Zárate, aos 36 minutos do primeiro tempo; Lucio Flavio, aos 20, Andre Luis, aos 26 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Wellington Paulista, Triguinho, Gil (Botafogo); Vanderson, Marco Aurélio, Anderson Martins, Viáfara, Marcelo Cordeiro (Vitória). Cartão vermelho:Anderson Martins (Vitória).
Público: 6.049 pagantes. Renda: R$ 52.067,50.
Estádio: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ). Data: 09/10/2008.
Árbitro: Wallace Nascimento Valente (ES).
Auxiliares: Roberto Braatz (Fifa/PR) e Fabiano da Silva Ramires (ES).




SÃO PAULO 1X0 NÁUTICO
Hernanes salva São Paulo de empate com o Náutico no Morumbi


Ele é um dos preferidos do técnico Muricy Ramalho, mas já tomou bronca do treinador neste semestre. Hernanes, volante criado nas categorias de base do São Paulo, livrou a equipe de um empate vexatório contra o Náutico na noite desta quinta-feira, no Morumbi.



O gol salvador no 1 a 0 foi marcado somente nos minutos finais do segundo tempo, mas garantiu o Tricolor na cola dos líderes do Brasileiro. Agora com 52 pontos, o São Paulo segue motivado para o clássico com o Palmeiras, no dia 19, no Palestra Itália.



De quebra, a equipe do Morumbi, agora quarta colocada e no grupo que classifica para a Libertadores 2009, ainda pressiona o Flamengo, que só joga no sábado, contra o Atlético-MG, no Maracanã.



O resultado também deixa o São Paulo com a marca de nove jogos sem perder na competição, além da 11ª vitória em casa.



Ao Náutico, ainda na 15ª posição com 30 pontos, resta juntar as malas e voltar para Recife, onde terá o clássico regional com o Sport, também no dia 19, na Ilha do Retiro.



Jogo de paciência do São Paulo contra ferrolho pernambucano



Logo nos primeiros minutos de jogo, Muricy viu-se obrigado a promover a primeira substituição na equipe. Com Joilson deixando o gramado por ter recebido uma pancada de Derley, o técnico precisou mexer e apostou em Jancarlos na lateral destra, na partida contra o Náutico, que testou a paciência do time paulista e os nervos do torcedor são-paulino.

Como esperado pelos atletas do time do Morumbi, os visitantes pernambucanos vieram fechadinhos, aproveitando somente os parcos contragolpes que conseguiam.

E a cada tentativa de ataque do São Paulo, crescia um muro vermelho à frente. O Náutico ficou tão atrás que não foi raro ver o goleiro Rogério Ceni avançar, e até mesmo atravessar a linha que divide o campo, para colocar o Tricolor mais adiantado.

E a cada vez que o camisa 1, que voltou de lesão após perder duas partidas, fazia isso, a pequena torcida são-paulina ia ao delírio, berrando o nome do arqueiro. E gritaram pelo ídolo quando a equipe teve uma falta próxima à meta de André. Depois, reclamaram da batida errada de Jorge Wagner.

Os poucos que acompanharam o confronto também ficaram inconformados com a chance desperdiçada por Dagoberto, quando esteve na frente de André. Pelo lado do Náutico, a melhor alternativa era a bola na ala direita para a correria de Ruy.

Foi dos pés dele, aliás, que o time de Recife viu sua melhor oportunidade. Depois de avançar em velocidade, Ruy tentou encobrir Rogério Ceni, mas a bola se perdeu sobre a meta tricolor.



- É ter paciência que eles estão muito atrás. Tem de chutar mais de longe - avisa Borges, na saída para o intervalo.



Agonia das testemunhas e Hernanes salvador
Na segunda etapa, o São Paulo seguiu dominando a partida. Rogério Ceni também continuou atuando praticamente como lidero. E a torcida agonizava nas arquibancadas.

Em menos de 20 minutos, Muricy já havia queimado suas últimas duas substituições, ao trocar Jorge Wagner por Richarlyson e Dagoberto por André Lima. A tentativa era apertar mais contra a zaga pernambucana.

No entanto, a entrada de Geraldo no meio-campo do Náutico fez com que o time visitante se assanhasse mais contra a defesa são-paulina.



A saída para o Tricolor diante da muralha pernambucana era apostar nas bolas de fora da área. E foi assim, aos 37 minutos da segunda etapa, que Hernanes acertou as redes de André e garantiu a vitória apertada do Tricolor em casa por 1 a 0 - a bola ainda desviou em um defensor pernambucano antes de entrar.





Ficha técnica:
SÃO PAULO 0x0 NÁUTICO
SÃO PAULO
Rogério Ceni; Zé Luis, André Dias, Miranda; Joilson (Jancarlos), Hernanes, Jean, Hugo e Jorge Wagner (Richarlyson), Dagoberto (André Lima) e Borges.
Técnico: M. Ramalho.
NÁUTICO
André Sangalli; Titi, Adriano e Everaldo; Ruy, Hamilton, Derley, Reinaldo (Geraldo) e Alessandro; William (Clodoaldo) e Felipe (Gilmar).
Técnico: R. Fernandes.
Gols: Hernanes, aos 37 min do segundo tempo.
Cartões amarelos: Reinaldo e William (Náutico). André Dias e Hernanes (São Paulo).
Estádio: Morumbi. Data: 09/10/2008.
Árbitro: Wagner Tardelli.
Auxiliares: Carlos Berkenbrock e Alcides Pazzeto.