
Cruzeiro vence Tigre e cola no vice-líder
Com mais uma vitória apertada, o Cruzeiro derrotou o Ipatinga por 1 a 0, na noite desta quinta-feira, no Mineirão, garantindo o terceiro lugar na classificação do Brasileirão 2008, e colando no vice-líder Palmeiras. Agora, a diferença da Raposa para o Verdão é de dois pontos, já que os mineiros somam 52 contra 54 dos paulistas. A distância para o líder Grêmio continua sendo de quatro pontos: os gaúchos somam 56.
A situação do Tigre continua preocupante. Com 27 pontos, permanece na 19ª posição, mas corre o risco de voltar à lanterninha da competição se o Fluminense apenas empatar com o Atlético-PR no sábado, na Arena da Baixada.
O próximo compromisso do Cruzeiro é o clássico com o Atlético-MG, o quinto da temporada 2008, no dia 19, domingo. Um dia antes, o Ipatinga visita um adversário direto na luta contra o rebaixamento: o Figueirense, em Florianópolis.
Ramires e o gol 100
O Tigre não se intimidou e, mesmo tendo um meio-campo escalado com quatro volantes (Julio, Xaves, Leandro Salino e Augusto Recife), começou assustando a Raposa. Depois de um começo frio, aos 12, quase o time do Vale do Aço abriu o placar com um gol olímpico de Rodriguinho, mas a bola explodiu na trave direita de Fábio. Aos 21, o goleiro celeste fez boa defesa em um chute de Ferreira.
Mas se o ataque do Ipatinga estava presente, o mesmo não se pôde dizer da defesa. Depois de um cruzamento de Maurinho, o goleiro Fernando espalmou mal para a frente, e Gérson Magrão chutou. Após nova defesa do camisa 1, a bola sobrou livre para Ramires completar de carrinho para marcar o 100º gol da Raposa nesta temporada.
O jogo voltou a esfriar após o gol celeste, com o time visitante ficando mais cauteloso. Só aos 38, Guilherme chutou de longe, mandando a bola com perigo à esquerda do gol.
Erros de passe e marcação
Apesar de estar à frente no placar, o Ipatinga continuou levando perigo à meta celeste. Após o intervalo, aos sete minutos, o goleiro Fábio fez uma defesa milagrosa, salvando a bola no cantinho após uma cabeçada de Rodriguinho. A resposta celeste veio dez minutos depois, com Thiago Ribeiro fazendo jogada pela esquerda e acertando o travessão.
Apesar de estar à frente no placar, o Ipatinga levava mais perigo à meta celeste do que o contrário. Após o intervalo, aos sete minutos, o goleiro Fábio fez uma defesa milagrosa, salvando a bola no cantinho após uma cabeçada de Rodriguinho. A resposta celeste veio dez minutos depois, com Thiago Ribeiro fazendo jogada pela esquerda e acertando o travessão.
O jogo passou a ter uma característica que favorecia mais ao Cruzeiro, com muita marcação no meio-campo e erros de passes. O técnico Márcio Bittencourt tirou o volante Xaves e botou o atacante Kempes, que deu mais velocidade à partida. Aos 34, ele apareceu bem pela esquerda cruzando para Ferreira, que não alcançou a bola.
A esta altura, o Cruzeiro já estava fechado, tentando segurar o resultado e jogando apenas nos contra-ataques. O time do Vale do Aço pressionou até o fim, mas não conseguiu o pontos que arrancou do adversário no turno.
Ficha técnica:
CRUZEIRO 1 x 0 IPATINGA
CRUZEIRO
Fábio; Maurinho (Elicarlos), Leo Fortunato, Thiago Heleno, Fernandinho; Marquinhos Paraná, Henrique, Ramires, Gérson Magrão (Camilo); Thiago Ribeiro e Guilherme (Jajá).
Técnico: Adilson Batista.
IPATINGA
Fernando; Márcio Gabriel (Luciano Mandí), Henrique, Gian e Rodriguinho (Gilsinho); Julio, Xaves (Kempes), Leandro Salino e Augusto Recife; Ferreira e Adeílson.
Técnico: Márcio Bittencourt.
Gol: Ramires, aos 27 minutos do primeiro tempo.
Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte (MG). Data: 09/10/2008.
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS).
Auxiliares: Guilherme Dias Camilo (MG) e Rodrigo Otávio Baeta (MG).
BOTAFOGO 3X1 VITÓRIA
Zárate desencanta, e Botafogo bate o Vitória de virada no Engenhão
Foram poucos os torcedores que compareceram ao Engenhão numa fria noite de quinta-feira. Mas não faltou emoção aos alvinegros que acompanharam a virada do Botafogo, que fez 3 a 1 no Vitória e continua a sonhar com a volta ao G-4 do Campeonato Brasileiro.
Um dos destaques da partida foi o atacante Zárate, que, em sua primeira chance como titular, marcou o primeiro gol do Botafogo e mostrou faro de artilheiro. O Alvinegro, que agora soma 46 pontos e ocupa a sexta posição, teve um jogador a mais desde os 25 minutos do primeiro tempo. O Vitória chega ao oitavo lugar, com 43 pontos, e praticamente deixa briga pela Libertadores.
Pelo início da partida, parecia que o primeiro gol do Botafogo não demoraria a sair. Logo aos três minutos, numa inversão de papéis, Zárate usou o corpo para vencer a marcação pelo lado direito e cruzou. Viáfara não alcançou a bola, mas Wellington Paulista, com o gol vazio, chutou para fora.
Mas antes que o Botafogo se empolgasse, veio a ducha de água fria. Num lance que começou com Lucio Flavio perdendo a bola no ataque e reclamando de falta, o Vitória partiu em velocidade e foi trocando passes até Willians receber a bola frente a frente com Renan. Ele driblou o goleiro e tocou para fazer 1 a 0, aos seis minutos.
O gol desestabilizou o Botafogo de vez. A equipe passou a errar passes simples, perdendo o domínio do meio-campo e, assim, não conseguindo criar jogadas. O Vitória apostava nos contra-ataques, e foi dessa maneira que quase ampliou aos 15 minutos, quando Marquinhos aproveitou uma desatenção da defesa alvinegra e fez um lindo passe para Robert, mas Renan salvou. A torcida da casa, que até então vinha apoiando, passou a pedir raça.
Na frente, Zárate chamava a atenção pela vontade em campo. Mesmo ainda sem ritmo de jogo, o atacante brigava muito por todas as bolas e procurava, ao mesmo tempo, se movimentar e servir de referência na área. Seu primeiro chute a gol foi aos 17 minutos, mas não acertou o alvo.
A sorte alvinegra começou a virar quando o árbitro Wallace Nascimento Valente expulsou o zagueiro Anderson Martins aos 25 minutos, depois que ele revidou com um chute uma falta violenta cometida por Wellington Paulista. O técnico Vágner Mancini precisou substituir o atacante Robert pelo zagueiro Thiago Gomes, diminuindo o poder de fogo do Vitória.
No outro banco, Ney Franco foi ousado, tirando Alessandro, que sentiu a coxa esquerda, e colocou Gil em campo. Assim, Túlio passou a atuar na lateral direita. E foi dele o passe para o gol de empate do Botafogo, aos 36 minutos. Quando a torcida iniciava as vaias, Túlio recebeu a bola pela direita e cruzou com precisão para Zárate, que subiu de cabeça e marcou.
O Botafogo voltou do intervalo tomando a iniciativa do ataque. No entanto, faltava organização e sobrava precipitação dos jogadores na hora de passar ou arriscar ao gol. O Vitória ficava em seu campo de defesa esperando uma brecha para os contra-ataques.
Insatisfeito com a improdutividade da equipe no ataque, Ney Franco decidiu tirar Gil de campo aos 17 minutos. O atacante, que havia entrado aos 34 minutos da primeira etapa, deixou o campo visivelmente contrariado e sequer se dirigiu ao banco de reservas. Foi diretamente para o vestiário.
Mas antes que um clima de tensão pairasse sobre o Engenhão, veio o alívio. Depois de muito pressionar, o Botafogo chegou à virada aos 20 minutos. Wellington Paulista chutou, e o goleiro Viáfara saiu de forma atrapalhada, espalmando para fora da área. A bola sobrou para Lucio Flavio, que viu o goleiro adiantado e tocou com muita categoria para fazer 2 a 1.
Antes que pudesse sofrer algum tipo de perigo, o Botafogo consolidou a vitória marcando o terceiro aos 26 minutos. Andre Luis subiu após uma cobrança de escanteio e fez de cabeça, garantindo os três pontos.
Ficha técnica:
BOTAFOGO 3 x 1 VITÓRIA
BOTAFOGO
Renan, Alessandro (Gil) (Zé Carlos), Renato Silva, Andre Luis e Triguinho (Luciano Almeida); Leandro Guerreiro, Túlio, Diguinho e Lucio Flavio; Wellington Paulista e Zárate.
Técnico: Ney Franco.
VITÓRIA
Viáfara, Marco Aurélio, Leonardo Silva, Anderson Martins e Marcelo Cordeiro; Renan, Vanderson, Willians Santana e Leandro Domingues (Muriqui); Marquinhos (Wallace) e Robert (Thiago Gomes).
Técnico: Vágner Mancini.
Gols: Willians Santana, aos 6, Zárate, aos 36 minutos do primeiro tempo; Lucio Flavio, aos 20, Andre Luis, aos 26 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Wellington Paulista, Triguinho, Gil (Botafogo); Vanderson, Marco Aurélio, Anderson Martins, Viáfara, Marcelo Cordeiro (Vitória). Cartão vermelho:Anderson Martins (Vitória).
Público: 6.049 pagantes. Renda: R$ 52.067,50.
Estádio: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ). Data: 09/10/2008.
Árbitro: Wallace Nascimento Valente (ES).
Auxiliares: Roberto Braatz (Fifa/PR) e Fabiano da Silva Ramires (ES).
SÃO PAULO 1X0 NÁUTICO
Hernanes salva São Paulo de empate com o Náutico no Morumbi
Ele é um dos preferidos do técnico Muricy Ramalho, mas já tomou bronca do treinador neste semestre. Hernanes, volante criado nas categorias de base do São Paulo, livrou a equipe de um empate vexatório contra o Náutico na noite desta quinta-feira, no Morumbi.
O gol salvador no 1 a 0 foi marcado somente nos minutos finais do segundo tempo, mas garantiu o Tricolor na cola dos líderes do Brasileiro. Agora com 52 pontos, o São Paulo segue motivado para o clássico com o Palmeiras, no dia 19, no Palestra Itália.
De quebra, a equipe do Morumbi, agora quarta colocada e no grupo que classifica para a Libertadores 2009, ainda pressiona o Flamengo, que só joga no sábado, contra o Atlético-MG, no Maracanã.
O resultado também deixa o São Paulo com a marca de nove jogos sem perder na competição, além da 11ª vitória em casa.
Ao Náutico, ainda na 15ª posição com 30 pontos, resta juntar as malas e voltar para Recife, onde terá o clássico regional com o Sport, também no dia 19, na Ilha do Retiro.
Jogo de paciência do São Paulo contra ferrolho pernambucano

Como esperado pelos atletas do time do Morumbi, os visitantes pernambucanos vieram fechadinhos, aproveitando somente os parcos contragolpes que conseguiam.
E a cada tentativa de ataque do São Paulo, crescia um muro vermelho à frente. O Náutico ficou tão atrás que não foi raro ver o goleiro Rogério Ceni avançar, e até mesmo atravessar a linha que divide o campo, para colocar o Tricolor mais adiantado.
E a cada vez que o camisa 1, que voltou de lesão após perder duas partidas, fazia isso, a pequena torcida são-paulina ia ao delírio, berrando o nome do arqueiro. E gritaram pelo ídolo quando a equipe teve uma falta próxima à meta de André. Depois, reclamaram da batida errada de Jorge Wagner.
Os poucos que acompanharam o confronto também ficaram inconformados com a chance desperdiçada por Dagoberto, quando esteve na frente de André. Pelo lado do Náutico, a melhor alternativa era a bola na ala direita para a correria de Ruy.
Foi dos pés dele, aliás, que o time de Recife viu sua melhor oportunidade. Depois de avançar em velocidade, Ruy tentou encobrir Rogério Ceni, mas a bola se perdeu sobre a meta tricolor.
- É ter paciência que eles estão muito atrás. Tem de chutar mais de longe - avisa Borges, na saída para o intervalo.
Agonia das testemunhas e Hernanes salvador
Na segunda etapa, o São Paulo seguiu dominando a partida. Rogério Ceni também continuou atuando praticamente como lidero. E a torcida agonizava nas arquibancadas.
Em menos de 20 minutos, Muricy já havia queimado suas últimas duas substituições, ao trocar Jorge Wagner por Richarlyson e Dagoberto por André Lima. A tentativa era apertar mais contra a zaga pernambucana.
No entanto, a entrada de Geraldo no meio-campo do Náutico fez com que o time visitante se assanhasse mais contra a defesa são-paulina.
A saída para o Tricolor diante da muralha pernambucana era apostar nas bolas de fora da área. E foi assim, aos 37 minutos da segunda etapa, que Hernanes acertou as redes de André e garantiu a vitória apertada do Tricolor em casa por 1 a 0 - a bola ainda desviou em um defensor pernambucano antes de entrar.
Ficha técnica:
SÃO PAULO 0x0 NÁUTICO
SÃO PAULO
Rogério Ceni; Zé Luis, André Dias, Miranda; Joilson (Jancarlos), Hernanes, Jean, Hugo e Jorge Wagner (Richarlyson), Dagoberto (André Lima) e Borges.
Técnico: M. Ramalho.
NÁUTICO
André Sangalli; Titi, Adriano e Everaldo; Ruy, Hamilton, Derley, Reinaldo (Geraldo) e Alessandro; William (Clodoaldo) e Felipe (Gilmar).
Técnico: R. Fernandes.
Gols: Hernanes, aos 37 min do segundo tempo.
Cartões amarelos: Reinaldo e William (Náutico). André Dias e Hernanes (São Paulo).
Estádio: Morumbi. Data: 09/10/2008.
Árbitro: Wagner Tardelli.
Auxiliares: Carlos Berkenbrock e Alcides Pazzeto.