Com um jogador a mais, Galo decepciona e fica no zero com o Ramalhão
O Atlético-MG decepcionou os quase 27 mil torcedores que compareceram neste sábado à noite ao Mineirão para assistir ao confronto contra o Santo André. Mesmo com um jogador a mais desde os sete minutos do segundo tempo (Marcelinho Carioca foi expulso), o Galo não conseguiu superar a retranca do Ramalhão e ficou só no empate em 0 a 0.
O time mineiro, que alcançaria provisoriamente a liderança se vencesse, fica em segundo lugar, com oito pontos. Já a equipe paulista soma agora cinco pontos e começará o domingo na oitava colocação.
Na próxima rodada, o Santo André recebe o Santos no Bruno José Daniel, às 21h de quinta-feira, e o Galo faz o duelo dos Atléticos no Paraná, às 16h de domingo.
TABELA DINÂMICA: Simule resultados e a classificação do Brasileiro
Primeiro tempo morno
Jogando em casa, embalado pela invencibilidade e pela perspectiva de dormir neste sábado na liderança do Brasileirão, o Atlético-MG tomou a iniciativa e tentou encurralar o Santo André desde o início. Com Éder Luís aberto pela direita, explorando as descidas do lateral-esquerdo Gustavo Nery, do Ramalhão, o Galo buscou o gol desde o início.
No entanto, o time visitante, marcando bem e posicionado corretamente em campo, começou a partida sem dar chances ao adversário, e, ainda por cima, criando boas jogadas em contra-ataques. Só que faltava pontaria de um lado e de outro.
O Atlético teve chances aos 11, em chute de Carlos Alberto, e aos 16, com Eder Luís. O primeiro chutou para fora. O segundo errou a bola após cruzamento de Thiago Feltri. Minutos antes, aos oito, o Santo André havia perdido uma oportunidade com Nunes, que não conseguiu alcançar o bom cruzamento de Pablo Escobar
Como a pontaria não foi o ponto forte dos dois times, os goleiros praticamente não apareceram. A não ser para cortar cruzamentos incorretos. A correria do início da partida foi dando lugar a certa morosidade. Os dois times passaram a tocar mais a bola - com o Galo dominando a posse pela maior parte do tempo, mas sem ameaçar efetivamente o gol de Neneca.
Segundo tempo quente
O segundo tempo, apesar da falta de gols, foi bem mais quente. Logo aos sete minutos, Marcelinho Carioca exagerou em um carrinho sobre Thiago Feltri e levou o cartão vermelho. Imediatamente após a expulsão do meia do Santo André, o Atlético partiu com tudo para cima do Ramalhão.
A blitz mineira, no entanto, não deu resultado. Sérgio Guedes, técnico do time do ABC, tirou o atacante Antônio Flávio e colocou em campo o volante Dionísio. Com isso, bloqueou a entrada da área de sua equipe. O Galo batia no muro azul, que com o passar do tempo ia se tornando intransponível.
Mas o problema dos mineiros não era apenas esse. Como eles saíam em bloco para o ataque, abriam espaços para perigosos contra-ataques do Santo André. Tanto que, apesar do amplo domínio do time alvinegro, foi a equipe azul que perdeu a melhor chance da segunda etapa. Aos 33, Júnior Dutra desceu pela esquerda e cruzou rasteiro. Nunes, livre, chutou para o gol, mas o goleiro Aranha, que estreava pelo Galo, salvou, dividindo com o atacante rival e afastando o perigo.
O Atlético continuou em cima e passou a cruzar bolas na área adversária. Mas nem pelo alto teve jeito. O gol defendido por Neneca estava trancado.
Ficha técnica:
ATLÉTICO-MG 0 x 0 SANTO ANDRÉ
ATLÉTICO-MG
Aranha, Carlos Alberto (Evandro), Welton Felipe, Leandro Almeida e Thiago Feltri; Renan, Jonílson (Elder Granja), Márcio Araújo e Júnior; Éder Luís (Alessandro) e Diego Tardelli.
Técnico: Celso Roth.
SANTO ANDRÉ
Neneca, Cicinho (Ricardo Goulart), Marcel, Vinícius e Gustavo Nery; Fernando, Ricardo Conceição, Marcelinho Carioca, Pablo Escobar (Júnior Dutra); Antônio Flávio (Dionísio) e Nunes.
Técnico: Sérgio Guedes.
Cartões amarelos: Jonílson, Tardelli, Júnior, Welton Felipe, Renan (Atlético-MG), Nunes, Vinícius, Marcel, Ricardo Conceição (Santo André).
Cartão vermelho: Marcelinho Carioca (Santo André).
Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte. Data: 30/05/2009.
Árbitro: Claudio Luciano Mercante Junior (PE).
Auxiliares: José Pedro Wanderlei da Silva (PE) e Erich Bandeira (PE).
Público: 26.663 pagantes
CORITIBA 1X3 GOIÁS
Goiás toma conta do Couto Pereira e não deixa o Coritiba sair da última posição
Como se estivesse em casa, o Goiás derrotou o Coritiba neste sábado, por 3 a 1, em Curitiba, pela quarta rodada do Brasileirão, e subiu na tabela (assista ao vídeo ao lado). O time de Hélio dos Anjos surpreendeu o Coxa no Couto Pereira e chegou a cinco pontos. Se o duelo contra o Esmeraldino era considerado um bom teste para pegar o Inter, na semana que vem, o cenário não é bom. O time do Alto da Glória continua na lanterna do Nacional com apenas um ponto em quatro partidas.
O Coxa volta a jogar pelo Brasileirão no próximo sábado, contra o Corinthians, em São Paulo. Antes, porém, faz o segundo jogo da semifinal da Copa do Brasil com o Internacional, nesta quarta. Como perdeu a partida de ida por 3 a 1, no Beira-Rio, terá de vencer por 2 a 0 para ficar com a vaga. O Esmeraldino vai ter uma semana para se preparar para pegar o Barueri, no domingo, em Goiânia.
Confira a classificação do Campeonato Brasileiro
Goiás se sente em casa

Em desvantagem, não restava outra opção ao time do Alto da Glória a não ser atacar. Muito dependente de Marcelinho Paraíba, a equipe de René Simões até que tentou pressionar, mas apresentou total desorganização ofensiva. Bem montado por Hélio dos Anjos, o Goiás tratou de aproveitar.
Aos 24, Felipe fez bela jogada pela ponta esquerda, tentou achar Iarley na área, mas a bola passou pelo atacante. Cinco minutos depois, Marcelinho Paraíba cobrou escanteio e por muito pouco não surpreendeu o goleiro Harlei, que tirou a bola com um tapa. No contra-ataque, Iarley apareceu mais uma vez com perigo. Após cruzamento de Júlio César, ele recebeu na área e, mesmo sob marcação de Pereira, dominou bonito e marcou o segundo.
A situação ficaria pior para o Coxa, aos 38. Em cobrança de falta ensaiada, Iarley rolou para Felipe, e o atacante fez o segundo dele no jogo. Quarto gol no Brasileirão, e a artilharia do campeonato. Ainda havia tempo para tentar o quarto. Aos 41, Felipe Menezes recebeu pela esquera, tentou encobrir Vanderlei com um toque de categoria, só que a bola saiu pela linha de fundo. Fim de primeiro tempo, e muitas vais no Couto Pereira.
Goiás cadencia, e Coxa se esforça

Se o goleirão do Goiás não conseguiu defender, Vanderlei evitou o quarto do Esmeraldino. Após cobrança de lateral no campo de ataque, a defesa paranaense parou, Iarley ficou livre na área para chutar, mas parou no goleiro. Marcelinho Paraíba decidiu chamar a responsabilidade para si. Aos 11, ele avançou até a entrada da área, bateu forte com o pé esquerdo e assustou Harlei.
Apesar da desvantagem no placar, o Coxa ficou com um jogador a mais em campo. Aos 22, Rafael Tolói fez falta dura em Ariel, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso. O jogador do Coritiba também foi punido por reclamação.
Sete minutos depois, Renatinho soltou uma bomba de muito longe e acertou a trave. Não era dia do time da casa.
O jogo também foi marcado por um festival de cartões. Foram treze amarelos e um vermelho. Vermelha também é a cor da luz que está acesa no Alto da Glória. Em quatro jogos, apenas um pontinho foi conquistado. É a segunda derrota no Couto Pereira. A primeira foi para o Santo André, por 4 a 2, na segunda rodada. Do outro lado, comemoração pela primeira vitória no Brasileiro.
Ficha técnica:
CORITIBA 1 x 3 GOIÁS
CORITIBA
Vanderlei; Cleiton (Leandro Donizette), Pereira, Felipe, e Márcio Gabriel; Jaílton, Pedro Ken (Ariel), Carlinhos Paraíba e Vicente (Renatinho); Marcelinho Paraíba e Bruno Batata.
Técnico: René Simões.
GOIÁS
Harlei; Fábio Bahia, Ernando, Rafael Tolói, Leandro Euzébio, Amaral (Everton), Ramalho, Felipe Menezes (João Paulo) e Júlio César; Felipe e Iarley (Zé Carlos).
Técnico: Hélio dos Anjos.
Gols: Felipe, aos seis, Iarley, aos 30, Felipe, aos 38 do primeiro tempo; Marcelinho Paraíba, aos cinco do segundo tempo.
Cartões amarelos: Carlinhos Paraíba, Márcio Gabriel, Ariel, Leandro Donizete, Pereira, Jaílton (Coritiba); Amaral, Rafael Tolói, Felipe Menezes, Iarley, Fábio Bahia, Ramalho e Harlei (Goiás).
Cartões vermelhos: Rafael Tolói.
Estádio: Couto Pereira, Curitiba. Data: 30/05/2009.
Árbitro: Pablo dos Santos Alves.
Auxiliares: Dibert Pedrosa Moisés e Hilton Moutinho Rodrigues.
Público pagante: 8.642 Público total: 10.513 Renda: R$ 106.180,00
BOTAFOGO 2X2 SPORT
Sport abre vantagem no Engenhão, mas Botafogo reage e empata na etapa final
As falhas no setor defensivo custaram mais um resultado ruim ao Botafogo, que ainda não venceu no Brasileirão. Na noite deste sábado, no Engenhão, na abertura da quarta rodada, o Alvinegro empatou em 2 a 2 com o Sport (assista aos gols no vídeo ao lado) - o time pernambucano chegou ao Rio de Janeiro ainda vivendo o clima conturbado dos últimos dias, após as saídas do técnico Nelsinho Baptista e do meia Paulo Baier. O time carioca, por sua vez, novamente foge dos planos de Ney Franco: o técnico esperava a conquista de sete pontos nas três primeiras rodadas, mas foram apenas dois. Depois, com três partidas seguidas em casa - incluindo o clássico contra o Fluminense - a intenção era ter 100% de aproveitamento.
Ouça os gols do confronto com a narração de Edson Mauro, da Rádio Globo
Fora do clima decisivo da rodada do meio de semana, com os confrontos pela Copa do Brasil e Taça Libertadores, as duas equipes voltam a campo no próximo domingo. O Botafogo, que soma três pontos e torce por tropeços de Barueri, São Paulo e Atlético-PR para não voltar à zona de rebaixamento, enfrenta o Tricolor carioca no Maracanã, às 18h30m. O Sport, com apenas dois e a possibilidade de terminar a rodada na vice-lanterna, recebe o Flamengo na Ilha do Retiro, às 16h. Os pernambucanos também seguem sem vitória na competição.
Em 20 minutos, dois ataques e dois gols do Leão
Apesar dos problemas internos, o Sport não fez feio no início da partida. O Botafogo errava muitos passes, e os visitantes aproveitaram para jogar em cima das falhas do adversário. Aos seis minutos, Weldon arrancou pela esquerda, Castillo hesitou na saída do gol, e a bola parou nos pés de Wilson, que, sem ser acompanhado por Teco, empurrou para as redes: 1 a 0 para o Rubro-Negro.
O Alvinegro chegou a ameaçar com Victor Simões, que parou na defesa de Magrão, e Lucio Flavio, cobrando falta, sofrida por ele mesmo, em cima da barreira. Em desvantagem no placar, o time carioca se lançou desordenadamente ao ataque, expondo a defesa às investidas do Leão. Em um contra-ataque pela direita, Moacir driblou Juninho e cruzou para Weldon. Castillo saiu mal e não alcançou, facilitando a vida do atacante. Livre de marcação, ele só teve o trabalho de completar: Sport 2 a 0 com 20 minutos de jogo.
A torcida botafoguense perdeu a paciência e passou a hostilizar jogadores e o treinador Ney Franco. Inoperante, o time tinha nos lances de bola parada a sua única esperança de diminuir a vantagem, e foi num deles que Juninho mandou uma bomba na trave esquerda de Magrão. O goleiro ainda apareceu bem ao defender um chute de Victor Simões, que ainda desperdiçou ótima chance no fim do primeiro tempo: Teco desceu pela esquerda e cruzou rasteiro para o meio da área. O camisa 9 chegou atrasado e não conseguiu alcançar a bola.
Postura muda na etapa final, e Alvinegro chega ao empate
Diante da pressão da própria torcida, que já havia organizado, durante a semana, uma manifestação em frente a General Severiano, o Botafogo voltou com outra postura para o segundo tempo. Com Tony e Léo Silva nos lugares de Túlio Souza e Teco, respectivamente, a equipe ganhou mais força no meio-campo e presença no ataque.
Apesar dos erros de passe e do nervosismo - a torcida passara a direcionar as vaias a alguns jogadores específicos, como Castillo e Alessandro - o time pressionava o Sport, que ficou acuado. O resultado veio aos 15 minutos. Eduardo arrancou pela esquerda e mandou para a área. Tony apareceu na segunda trave para marcar o seu primeiro gol com a camisa alvinegra.
Foi o suficiente para a torcida começar a jogar junto com o time, acreditando na virada. Com a expulsão de Hamilton aos 28, por falta mais dura em Alessandro, os donos da casa passaram a ter o domínio completo da partida - na cobrança, Leandro Guerreiro cabeceou para Magrão fazer defesa espetacular (assista ao lance no vídeo acima).
O camisa 1 rubro-negro vinha sendo o grande destaque, mas não conseguiu evitar o empate. Aos 39 minutos, Lucio Flavio - que reassumiu a função de dono dos lances de bola parada, à exceção das faltas de média e longa distância, cobradas por Juninho - bateu escanteio com perfeição, e Fahel subiu para cabecear sem defesa.
O Botafogo seguiu pressionando nos minutos finais, mas foi o Sport que quase fez o terceiro. Castillo se redimiu ao fazer grandes defesas em chutes de Luciano Henrique e Juliano. Após o apito final de Jailson Macedo Freitas, a torcida alvinegra não perdoou a sétima partida sem vitória do Alvinegro - a última foi contra o Americano (2 a 1), dia 16 de abril, pela Copa do Brasil, mas no confronto em que a equipe acabou eliminada na decisão por pênaltis - e os jogadores deixaram o campo sob muitas vaias.
BOTAFOGO 2 x 2 SPORT
BOTAFOGO
Castillo, Leandro Guerreiro, Juninho e Teco (Tony); Alessandro (Thiaguinho), Fahel, Túlio Souza (Léo Silva), Lucio Flavio e Eduardo; Laio e Victor Simões
Técnico: Ney Franco
SPORT
Magrão, Moacir (Juliano), César Lucena, Igor e Durval; Moacir, Hamilton, Sandro Goiano (Eliseu), Luciano Henrique e Dutra; Weldon (Dudé) e Wilson
Técnico: Levi Gomes
Gols: Wilson, aos seis, e Weldon, aos 20 minutos do primeiro tempo. Tony, aos 15, e Fahel, aos 39 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Teco, Lucio Flavio, Juninho, Fahel e Thiaguinho (Botafogo); Hamilton, Magrão e Juliano (Sport)
Cartão vermelho: Hamilton (Sport)
Estádio: Engenhão Data: 30/05/2009
Renda: R$ 100.785, 50 Público: 8.555 pagantes
Árbitro: Jailson Macedo Freitas (BA)
Auxiliares: Luiz Carlos Silva Teixeira (BA) e Adson marcio Lopes Leal (BA)