Ronaldo perde pênalti, mas marca no segundo tempo e Timão bate a Raposa
Ronaldo reencontrou o Cruzeiro depois de 15 anos, mas não quis saber de gratidão com o clube que o revelou para o futebol. O Fenômeno até perdeu um pênalti muito mal batido no primeiro tempo, mas deu um passe milimétrico para Jorge Henrique fazer o dele e anotou o outro na vitória do Corinthians por 2 a 1 sobre a Raposa, neste domingo, no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro. Foi o primeiro gol do camisa 9 fora do estado de São Paulo na competição.
O resultado mantém o Timão grudado no grupo dos quatro melhores. Agora, a equipe dirigida por Mano Menezes aparece na quinta colocação, com 20 pontos, cinco a menos que o líder Atlético-MG. Já a Raposa, ainda de ressaca pela derrota na final da Libertadores, está em situação complicada, em 16°, com dez, colada na zona do rebaixamento.
Na próxima quarta-feira, o Cruzeiro vai ao ABC paulista enfrentar o Santo André, às 19h40m, no estádio Bruno José Daniel. O Corinthians encara o Vitória, quinta-feira, às 21h, no Pacaembu. No domingo, o Alvinegro faz o clássico contra o Palmeiras, às 16h, em Presidente Prudente.
Jorge Henrique marca, Ronaldo perde pênalti e Cruzeiro reclama
Cruzeiro e Corinthians fizeram um início de primeiro tempo de pouca produção. A Raposa foi a campo com três volantes e apenas o garoto Dudu, de 17 anos, na armação. Do outro lado, Mano Menezes também adotou certa cautela ao escalar os marcadores Cristian, Elias e Jucilei e somente Morais na distribuição das jogadas para Jorge Henrique e Ronaldo, vaiado toda vez que tocava na bola.
Com o meio-campo congestionado e se movimentando pouco, a Raposa só conseguiu assustar Felipe, aos 18, com Dudu recebendo passe na área, mas chutando torto à esquerda. Ao Timão coube se arriscar nos contra-ataques, sempre com Jorge Henrique aberto pelos lados e o Fenômeno infiltrado na área.
Quando os mineiros começaram a tocar melhor a bola, Ronaldo foi impiedoso com seu primeiro clube como profissional. Aos 22, o camisa 9 acertou um lindo lançamento pelo alto para Jorge Henrique na área. O atacante recebeu nas costas da defesa, driblou o goleiro Fábio e tocou para o gol vazio.
O gol abalou o Cruzeiro e deu a chance de os paulistas ampliarem. Aos 29, Morais recebeu passe na entrada da área e tocou para Ronaldo chutar. A bola passou por Fábio, mas o zagueiro Leonardo Silva salvou sobre a linha com um dos braços: pênalti e expulsão. Na batida, o Fenômeno fez a famosa paradinha, chutou mal e o goleiro defendeu, levando o Mineirão ao delírio.
Mesmo com um jogador a menos, o Cruzeiro cresceu após a entrada do volante Elicarlos no lugar de Dudu. Aos 34, em corte errado da defesa, a bola sobrou na marca do pênalti para Marquinhos Paraná. O jogador tentou pegar de primeira, mas furou feio e perdeu grande chance. Três minutos mais tarde, Gérson Magrão recebeu de Kléber na área e, de frente para Felipe, chutou por cima.
Nos minutos finais, aos 44, os mineiros empataram, com Jonathan, mas o árbitro Elmo Alves Resende Cunha já havia parado o lance marcando falta de Wellington Paulista sobre Chicão. O Corinthians respondeu em seguida. Depois de uma bobeira na marcação, Morais desviou, a bola tocou na trave e saiu pela linha de fundo.
Ronaldo marca o primeiro gol fora de São Paulo
Na volta do intervalo, quando era esperada uma pressão do Cruzeiro, o Corinthians quase fez o segundo logo no primeiro minuto. Diogo disparou pela direita, invadiu a área e chutou cruzado. A bola passou por todo mundo, Jorge Henrique ainda tentou desviar, mas não alcançou. Aos dez, Ronaldo entrou livre, bateu cruzado e Fábio espalmou. No rebote, Elias tentou acertar o ângulo esquerdo e mandou por cima.
Com a entrada de Thiago Ribeiro no lugar de Wellington Paulista, o Cruzeiro ganhou mais velocidade. No entanto, abriu muitos espaços na defesa. Aos 13, Jorge Henrique ganhou da defesa mineira e chutou colocado para Fábio fazer ótima defesa. Aos 19, o Cruzeiro respondeu com Thiago Ribeiro, que cruzou da direita, mas Kléber, livre, não conseguiu dominar.
No minuto seguinte, a Raposa voltou a levar perigo em chute de Marquinhos Paraná, que Felipe espalmou. No contra-ataque, Elias saiu de frente para Fábio, mas chutou grotescamente por cima. Aos 28, o goleiro corintiano deu rebote em batida de Kléber, Thiago Ribeiro, sem marcação, desviou de cabeça e jogou a bola nas mãos do camisa 1.
Com o contra-ataque à disposição, o Corinthians chegou ao segundo gol, aos 32 minutos. Jucilei fez boa jogada na entrada da área e rolou para Ronaldo chutar no canto direito de Fábio: 2 a 0. O Cruzeiro respondeu, aos 39. Chicão cometeu pênalti sobre Kléber. O atacante bateu e descontou. Nos minutos finais, a torcida celeste empurrou o time ao ataque e o empate não saiu por milagre. Após cruzamento da esquerda, Thiago Ribeiro cabeceou, Felipe operou um milagre, garantindo a vitória paulista.
Ficha técnica:
CRUZEIRO 1 x 2 CORINTHIANS
CRUZEIRO
Fábio, Jonathan, Henrique, Leonardo Silva e Gérson Magrão (Athirson); Fabrício, Marquinhos Paraná, Fabinho e Dudu (Elicarlos); Kléber e Wellington Paulista (Thiago Ribeiro).
Técnico: Adilson Batista
CORINTHIANS
Felipe, Diogo, Chicão, Diego e André Santos; Cristian, Jucilei, Elias (Marcinho) e Morais (Jadson); Jorge Henrique (Marcelinho) e Ronaldo.
Técnico: Mano Menezes.
Gols: Jorge Henrique, aos 22 minutos do primeiro tempo. Ronaldo, aos 32, e Kléber, aos 39 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Henrique, Fabrício, Kléber (Cruzeiro); Morais, Elias, Diego (Corinthians).
Cartão vermelho: Leonardo Silva (Cruzeiro)
Estádio: Mineirão. Data: 19/07/2009.
Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha (GO).
Auxiliares: Fabricio Vilarinho da Silva (GO) e Cristhian Passos Sorence (GO)
GRÊMIO 2X1 INTERNACIONAL
Grêmio vence Gre-Nal dos 100 anos de virada e encerra jejum
Revanche, reviravolta, vingança. Fim de jejum, encerramento de seca, volta por cima. Seja qual for o termo, o Gre-Nal 377 está eternizado na história do futebol gaúcho com o azul, o preto e o branco do Grêmio. O clássico que marcou os 100 anos de existência de uma das maiores rivalidades do Brasil teve vitória tricolor por 2 a 1, de virada. O Inter não perdia para seu maior adversário há sete Gre-Nais, desde 2007.
Foi um jogaço, como mereciam os dois gigantes de Porto Alegre em uma partida que celebrizou o passado deles. O Inter saiu na frente com Nilmar. Souza empatou. No segundo tempo, Maxi López virou.
Com a vitória, o Grêmio entrou de vez na luta pelas primeiras colocações. O time de Paulo Autuori pulou para a sexta posição, com 18 pontos. O Inter, estacionado nos 23, caiu para terceiro. Os eternos rivais do Rio Grande do Sul voltam a campo na próxima quarta-feira. O Grêmio visita o Avaí às 19h30m. O Inter recebe o São Paulo às 21h50m.
Falha e redenção para Souza no primeiro tempo: 1 a 1

Outra regra básica do futebol: não se faz falta na beirada da área, sob hipótese alguma, quando do outro lado está um cobrador como Souza. Mas Guiñazu fez. Aos 35 minutos, o meia gremista bateu com qualidade, no canto direito de Lauro, que voou em vão na bola. Golaço. E 1 a 1 no Olímpico.
Com erros e acertos, falhas e virtudes, Grêmio e Inter fizeram um primeiro tempo do jeito que um dos maiores clássicos do planeta merece. O Tricolor foi a campo com Mário Fernandes como lateral-direito. O Colorado optou por um 4-4-2 um pouco mais avançado, com Andrezinho ora ajudando na marcação, ora fazendo o que mais sabe: articular.
MEMÓRIA E.C.: qual o seu Gre-Nal inesquecível? Comente no blog
Os primeiros minutos foram de controle de bola do Inter e chances do Grêmio. Enquanto o Colorado passeava por volta da área azul, o Tricolor arriscava chutes na direção do gol vermelho. Fábio Santos e Souza, duas vezes cada, não chegaram a apavorar o goleiro Lauro, mas deixaram a zaga adversária alerta.
A primeira chance do Inter foi aos 14 minutos. Andrezinho bateu escanteio e Sorondo, um gigante na etapa inicial, acertou cabeceio certeiro. Victor, nenhuma novidade, fez defesaça. O lance fez com o que o Colorado se tornasse mais efetivo. Nilmar, aos 15, foi abafado pela zaga em chute que poderia render gol. D’Alessandro, aos 20, mandou cruzado, mas para fora.
E aí saiu o gol vermelho. E depois o gol azul. Entre a festa de um lado e a euforia de outro, o jogo ficou estudado. O Inter percebeu que Tcheco e Souza tentavam girar pelo meio para se livrar da marcação. O Grêmio notou que a força de Sorondo e a inteligência de Sandro eram um problema. Se Herrera esteve discreto de um lado, Taison pouco apareceu do outro. Não poderia ser mais equilibrado.
Virada tricolor faz o Olímpico explodir de alegria

Réver, com dois minutos, quase colocou o Grêmio na frente. Foi em escanteio batido por Tcheco. O zagueirão subiu muito alto, livre, mirou a bola e mandou o cabeceio. O Olímpico chegou a criar aquele rugido de gol. Mas a bola, teimosa, preferiu sair. Por pouco, muito pouco...
Aos poucos, o Inter conseguiu deixar a partida parelha novamente. Com D’Alessandro e Andrezinho, fez o possível para acionar Nilmar, mas sem muito sucesso. O argentino, com 13 minutos, mandou chute na rede, mas por fora.
Quando o Tricolor parecia perder um pouco do ímpeto de antes, a emoção no Olímpico foi maximizada por um argentino cabeludo, número 16 às costas, daqueles que comem grama por uma bola se for preciso. Em cruzamento da direita, após bate-rebate na área, o lance teve desfecho nos pés de Maxi López. Ele mandou para o fundo do gol de Lauro. O Olímpico explodiu, como se comemorasse 100 anos de rivalidade em um único gol. O Grêmio estava na frente.
E quase aumentou a vantagem. Como o Inter se atirou de qualquer jeito para o ataque, o terceiro gol ficou iminente. Aos 32 minutos, Maxi acionou Herrera, que bateu cruzado, rasteiro, na trave de Lauro.
O Inter não conseguiu reagir. O Grêmio teve estabilidade para suportar a ambição do rival. Marcando forte e até atacando, o Tricolor ficou com a vitória para festejar os 100 anos do Gre-Nal com o fim de um jejum que vinha maltratando sua torcida há dois anos.
FICHA TÉCNICA:
GRÊMIO 2 x 1 INTERNACIONAL
GRÊMIO
Victor, Mário Fernandes (Makelele), Rafael Marques, Réver e Fábio Santos; Túlio, Adílson, Tcheco e Souza; Herrera (Jonas) e Maxi López.
Técnico: Paulo Autuori.
INTERNACIONAL
Lauro, Bolívar (Danilo Silva), Índio, Sorondo e Kleber; Sandro, Guiñazu, Andrezinho (Giuliano) e D'Alessandro; Taison (Alecsandro) e Nilmar.
Técnico: Tite.
Gols: Nilmar aos 24 e Souza aos 35 minutos do primeiro tempo, Maxi López aos 24 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Tcheco (Grêmio), Guiñazu e Taison(Internacional).
Estádio: Olímpico, em Porto Alegre. Data: 19/07/2009.
Árbitro: Leonardo Gaciba da Silva (Fifa/RS).
Auxiliares: Altemir Hausmann (Fifa/RS) e José Franco Filho (RS).
ATLÉTICO - PR 0X0 CORITIBA
Coxa e Furacão não saem do zero na Arena da Baixada
O empate em 0 a 0 no clássico paranaense entre Atlético-PR e Coritiba, neste domingo, na Arena da Baixada, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro, foi o retrato do péssimo futebol apresentado pelas duas equipes durante os 90 minutos. Enquanto a etapa inicial foi morna, com raríssimas chances de gol. O segundo tempo foi dominado pelo Coxa, que quase marcou com o Marcelinho Paraíba (assista ao lance no vídeo ao lado). E o confronto ficou só nisso aí.
Com o resultado, o Furacão chegou aos 12 pontos e ocupa a 14ª colocação. O Coxa está em 11º, com 14. Na próxima rodada, o Atlético-PR vai encarar o Santos, na quarta-feira, na Vila Belmiro. O Coritiba pega o Sport, na quinta-feira, no Couto Pereira.
Raras chances de gol no clássico paranaense
Aos quatro, Rafael Moura cruzou da esquerda para Marcinho. O meia não conseguiu cabecear com força e o goleiro Vanderlei fez a defesa. Dois minutos depois, Pedro Ken recebeu excelente passe já dentro da área. No momento da finalização, a bola subiu muito e passou por cima do gol do Furacão.
Aos 11, Rafael Moura ganhou na corrida de Démerson, que tocou contra o próprio gol. A bola encobriu Vanderlei e passou rente à trave direita. Cinco minutos depois, o Furacão foi novamente ao ataque. Wallyson invadiu a área e cruzou para Rafael Moura. No meio do caminho Démerson afastou com o peito.
Após um início promissor, o jogo ficou truncado. As duas equipes trocavam muitos passes, mas não conseguiam assustar os goleiros. Apenas aos 31, um novo lance de perigo. Ariel recebeu um cruzamento da esquerda e cabeceou por cima do gol de Vinícius.
No último minuto da etapa inicial, Marcinho cruzou da direita para Rafael Moura. O goleiro Vanderlei deu um tapinha na bola, evitando que o atacante tocasse para abrir o marcador na Arena da Baixada. E foi só.
Coxa tem as melhores chances, mas Furacão mantém o empate
A etapa final começou bem mais empolgante. Logo com um minuto de jogo, Wallyson chutou de fora da área e Vanderlei bateu a roupa. A bola sobrou para Paulo Baier que tentou o chute, mas foi abafado pelo goleiro do Coxa. A resposa aconteceu quatreo minutos depois. Marcelinho Paraíba aproveitou uma sobra na entrada da área e chutou forte. A bola passou à esquerda de Vinícius.
Aos 11, Pedro Ken avançou pelo lado direito e chutou do bico da grande área. O goleiro Vinícius fez uma ótima defesa, evitando o gol do Coxa. No minuto seguinte, Jaílton arriscou e o camisa 1 do Furacão voltou a salvar a sua equipe. Aos 16, o lance mais bonito da partida. Marcelinho Paraíba deu um lençol em Chico e chutou de primeira. A bola passou tirando tinta da meta do Coritiba.
Aos 20, Marcelinho Paraíba assustou mais uma vez. O jogador arriscou de fora da área e Vinícius espalmou para escanteio. Três minutos depois, o mesmo Marcelinho perdeu a chance mais clara de abrir o marcador. O atacante invadiu a área, driblou o goleiro e chutou em cima do zagueiro Rhodolfo, que evitou o pior.
A partir dos 25, o jogo voltou a ser morno, como na etapa inicial. As equipes erravam muitos passes e não conseguiam assustar os goleiros. Como mandante, o Furacão viu os seus torcedores reclamarem por conta da péssima atuação da equipe da Arena da Baixada.
Ficha técnica:
ATLÉTICO-PR 0 x 0 CORITIBA
ATLÉTICO-PR
Vinícius, Nei, Rhodolfo, Rafael Santos e Márcio Azevedo; Valencia, Chico (Rafael Miranda), Paulo Baier e Marcinho; Wallyson e Rafael Moura.
Técnico: Waldemar Lemos.
CORITIBA
Vanderlei, Rodrigo Heffner (Márcio Gabriel), Démerson, Dirceu e Douglas Silva; Jaílton, Leandro Donizete Pedro Ken e Carlinhos Paraíba; Marcelinho Paraíba e Ariel (Bruno Batata).
Técnico: Renê Simões.
Cartões amarelos: Wallyson (Atlético-PR); Carlinhos Paraíba, Leandro Donizete, Vanderlei (Coritiba).
Estádio: Arena da Baixada. Data: 19/07/2009.
Árbitro: Wilson Luiz Seneme (Fifa-SP).
Auxiliares: Alessandro Alvaro Rocha de Matos (BA) e Roberto Braatz (PR).
SÃO PAULO 2X1 SANTOS
Washington ressurge, faz dois gols e dá a vitória ao Tricolor no clássico paulista
No clássico paulista válido pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro, o São Paulo venceu o Santos por 2 a 1, no Morumbi, e diminuiu um pouco a pressão que vinha atravessando. Com dois gols de Washington – Roni descontou para o Peixe –, o Tricolor se afastou da zona de rebaixamento. Agora, os dois times estão com 14 pontos na tabela de classificação. Assista aos três gols no vídeo ao lado.
Na próxima quarta-feira, o São Paulo irá a Porto Alegre enfrentar o Internacional, enquanto o Santos receberá o Atlético Paranaense na quarta estreia de Vanderlei Luxemburgo no comando da equipe da Vila Belmiro.
VEJA COMO FICOU A CLASSIFICAÇÃO DO CAMPEONATO BRASILEIRO
Os dois técnicos tiveram de fazer alterações de última hora nos seus times. No Santos, o ainda interino Serginho Chulapa perdeu Kléber Pereira, que reclamou de forte dor no joelho direito, e optou por Roni. No São Paulo, as mudanças foram bem maiores. O técnico Ricardo Gomes trocou Denis por Bosco no gol, retomou o esquema 3-5-2, deu nova chance para Hernanes e Richarlyson no meio-campo e formou a dupla de ataque com Washington e Dagoberto.
O jogo começou com um público decepcionante. Pouco mais de 10 mil pessoas pagaram para passar frio e assistir ao clássico entre os dois paulistas piores colocados no Brasileirão.
Quem procurou o gol primeiro foi o São Paulo. Aos 5 minutos, Dagoberto fez jogada pela ponta-esquerda e rolou para Marlos finalizar pelo alto. Aos 9, Washington perdeu chance incrível. Lançado por Hernanes, o atacante ajeitou com a perna direita e, praticamente em cima da linha da pequena área, completou de canhota. Mas a bola foi em cima do goleiro Douglas.
O Peixe revidou aos 10. Após longo passe de Paulo Henrique, Madson invadiu a área, chutou cruzado, só que errou o alvo. O São Paulo dominava mais a posse de bola, mas tinha dificuldade de criar boas oportunidades. Aos 15, Dagoberto quase fez de peixinho ao aproveitar bola levantada por Jean. Douglas pegou.
RÁDIO GLOBO: ouça aqui os gols do clássico na voz de Oscar Ulisses
Na meia hora seguinte, o jogo ficou truncado e com poucas chances. Aos 44, porém, a rede balançou. Washington, que passou oito jogos sem fazer um gol, desencantou. Dagoberto percebeu a entrada do camisa 9 na área e deu um leve toque. O Coração Valente desviou de cabeça, comemorou batendo no peito e saiu para o abraço. Mas a torcida são-paulina mal teve tempo para comemorar. Aos 46, Germano roubou a bola e cruzou rasteiro para Roni, que apareceu entre André Dias e Bosco para empatar com a pontinha do pé.
NO SEGUNDO TEMPO, WASHINGTON DE NOVO...

No banco santista, o interino Chulapa, que já recebia auxilio de Nei Pandolfo e Antônio Mello – ambos da comissão técnica de Vanderlei Luxemburgo, que será apresentado nesta segunda-feira –, fez uma mexida dupla para reforçar o ataque: colocou Neymar e o estreante Felipe Azevedo nas vagas de Pará e Paulo Henrique.
O Peixe ficou mais ofensivo, mas pouco ameaçava. Enquanto isso, o São Paulo parecia mais perto de fazer outro. Aos 28, Washington quase marcou o seu terceiro.
Aí foi a vez de Ricardo Gomes trocar: Marlos e Dagoberto por Arouca e Oscar. Curiosamente, foi quando o Santos criou a sua melhor oportunidade da etapa final. Aos 38, Tiago Luís, que tinha acabado de entrar no lugar de Roni, cruzou e Felipe Azevedo mergulhou para cabecear e exigir grande defesa de Bosco. Madson, em chute de fora da área aos 44, teve a última chance de empatar, mas parou no goleiro são-paulino.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 2 x 1 SANTOS
SÃO PAULO
Bosco; André Dias, Miranda e Renato Silva; Jean, Richarlyson, Hernanes (Eduardo Costa), Marlos (Arouca) e Junior Cesar; Dagoberto (Oscar) e Washington
Técnico: Ricardo Gomes
SANTOS
Douglas; Luizinho, Astorga, Domingos e Léo; Roberto Brum, Pará (Felipe Azevedo), Germano e Paulo Henrique (Neymar); Roni (Tiago Luís) e Madson
Técnico: Serginho Chulapa
Gols: Washington, aos 44, Roni, aos 46 minutos do primeiro tempo; Washigton, aos 5 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Junior Cesar, Dagoberto e Renato Silva (São Paulo); Germano e Astorga (Santos).
Público: 10.913 pagantes. Renda: R$ 247.895,00
Estádio: Morumbi, São Paulo (SP). Data: 19/7/2009.
Árbitro: José Henrique de Carvalho (SP).
Auxiliares: Ednilson Corona (SP/Fifa) e Everson L. Soares (SP)
VITÓRIA 0X0 ATLÉTICO - MG
Vitória perde chances, e o Atlético-MG volta à liderança com empate sem gols
Não foi por falta de oportunidades, mas o duelo entre Vitória e Atlético-MG, neste domingo, no Barradão, pela 12ª rodada, terminou sem gols. O atacante rubro-negro Roger, um dos artilheiros do Brasileirão, perdeu três chances claras e teve uma tarde infeliz. Com o resultado, o Galo chega a 25 pontos e recupera a liderança do campeonato. O Leão tem 21, em quarto.
Na 13ª rodada, os dois times jogam na próxima quinta-feira. O Vitória visita o Corinthians, em São Paulo, enquanto o Atlético recebe o Fluminense, em Belo Horizonte.
O caminho é pelas pontas
O duelo entre baianos e mineiros começou chatinho, chatinho. Talvez por respeito demais ou excesso de cautela, niguém arriscou muito para não perder terreno. Mas como a vitória era importante para os dois lados, não dava para esperar muito tempo. Era hora de agir. Então, que o primeiro passo fosse dos donos da casa. Aos nove minutos, Leandro Domingues ganhou a dividida com Jonílson no meio-campo e lançou Apodi na área. O toquinho, de bico, na saída do goleiro Aranha, saiu torto.
O lance indicou a tendência da etapa inicial. Pelas laterais, as duas equipes chegavam com facilidade e perigo, mesmo que fosse para arriscar um chute de longa distância, como fizeram o meia Evandro e o volante Jonílson para o Galo, aos 11 e aos 14. Nas duas tentativas, Viáfara se assustou.
Os atacantes também viveram momentos de ponta, especialmente o atleticano Eder Luis. Do lado rubro-negro, Roger avançou pela esquerda, cruzou certinho para o centro da área, mas Apodi não chegou, aos 15. Aos 26, Eder, em posição irregular, invadiu a área pela esquerda, limpou marcação, bateu forte, mas lá estava o goleiro colombiano para defender mais uma. Sorte da arbitragem que a bola não entrou.
De volta à grande área, Roger, artilheiro do campeonato ao lado de Felipe, do Goiás, com oito gols, recebeu cruzamento e guardou, aos 43. A arbitragem anulou corretamente, já que o atacante estava adiantado (assista ao vídeo acima). O placar sem gols já não correspondia ao bom futebol apresentado pelos
Roger: o artilheiro em tarde infeliz
Na volta do intervalo, ninguém quis saber de estudar o adversário. Assim como no primeiro tempo, o Leão tomou a iniciativa. A primeira mudança foi na postura tática. Paulo César Carpegiani adiantou a marcação do Rubro-Negro para apertar a saída de bola do Galo. A equipe de Celso Roth teve dificuldades para chegar ao ataque e quase foi surpreendida.
Aos cinco, Leandro Domingues fez jogada de craque. Ele dominou no meio, chapelou Jonílson e rolou para Roger como quem diz: faz! O goleador, sem qualquer marcação, bateu rasteiro, e Aranha caiu para fazer uma defesa de cinema. O nível da partida ficou fraco, mas o Vitória continuava perigoso.
Aos 16, Roger teve nova chance, mas outra vez parou em Aranha. O duelo estava travado e com ampla vantagem para o goleirão alvinegro. Se por baixo não dava certo, que tal tentar pelo alto? Dez minutos mais tarde, foi o que fez o goleador. A cabeçada saiu com estilo, mas Aranha continuava bem colocado. Quando finalmente parecia que o arqueiro seria batido e o atacante levaria vantagem, eis que a trave do Barradão entrou em cena. Aos 30, o chute com o pé esquerdo tirou a bola do camisa 36, mas não do poste (assista ao vídeo acima).
A pressão rubro-negra não cessou. Aos 36, Bida cobrou falta de longe, Aranha deu rebote, e a bola sobrou limpa para Apodi. De tão fácil, o lance ficou difícil. O lateral-direito bateu de primeira, com a esquerda, e isolou. O placar sem gols tira os 100% de aproveitamento dos leoninos em casa e devolve a liderança do Nacional aos mineiros.
Ficha técnica:
VITÓRIA 0 x 0 ATLÉTICO-MG
VITÓRIA
Viáfara, Carlos Alberto, Reniê (Robson) e Uellinton; Apodi (Elkeson), Magal, Gil, Leandro Domingues e Leandro; Willian (Bida) e Roger.
Técnico: Paulo C. Carpegiani.
ATLÉTICO-MG
Aranha, Carlos Alberto(Serginho), Werley, Welton Felipe e Thiago Feltri; Jonílson, Renan (Alex Bruno), Márcio Araújo e Evandro; Alessandro (Kléber) e Eder Luis.
Técnico: Celso Roth.
Cartões amarelos: Apodi e Viáfara (Vitória); Werley e Aranha (Atlético-MG).
Estádio: Barradão, Salvador. Data: 19/07/2009.
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS).
Auxiliares: Marrubson Melo Freitas (DF) e Enio Ferreira de Carvalho.
BARUERI 4X0 NÁUTICO
Inspirado, Val Baiano faz quatro gols, e Barueri atropela o Náutico
Quem foi a Arena Barueri assistiu a um verdadeiro show de Val Baiano para alegria da torcida da casa. O time paulista venceu o Náutico por 4 a 0 com gols apenas do atacante, que vem substituindo Pedrão à altura, e já está empatado na artilharia do Campeonato Brasileiro com Felipe, do Goiás, e Roger, do Vitória. Todos já balançaram a rede oito vezes na competição.
Com o resultado, o Barueri encostou de vez no G-4 do Brasileirão e está com os mesmos 21 pontos do Vitória, só perdendo a quarta colocação no número de vitórias: seis dos baianos contra cinco. Já a equipe pernambucana não conseguiu deixar a lanterna com a derrota e se mantém na 20ª colocação com nove pontos.
Na 13ª rodada, nesta quarta-feira, o Barueri vai ao Rio de Janeiro encarar o Flamengo, às 19h30m, enquanto o Náutico recebe o Botafogo, nos Aflitos, às 21h50m.
Val Baiano manda nos primeiros 45 minutos

Aos 11 minutos, Val Baiano tocou para Thiago Humberto arriscar um chute que passou à esquerda da meta de Eduardo. Mas perigo mesmo para os pernambucanos aconteceu dois minutos depois em boa jogada de João Vítor pela direita e cruzamento para Val Baiano na área. O atacante só não fez porque a zaga estava atenta.
Val Baiano, no entanto, não perde duas jogadas seguidas e, aos 17 minutos, Fernandinho entrou na área, acertou a trave, e a bola sobrou para o camisa 9 do Barueri, que, livre, ia fazer o gol, mas Asprilla meteu a mão na bola em cima da linha para tentar evitar o inevitável. O zagueiro alvirrubro acabou expulso e o pênalti marcado. E, desta vez, Val Baiano fez a cobrança perfeita, tanto que Eduardo nem se mexeu.
Com um jogador a menos e atrás no placar, o Náutico sentiu o baque. Aos 28, Márcio Hahn arriscou de fora da área e deu um susto no goleiro Eduardo, mas a bola saiu. O meia voltou a incomodar logo depois na ajeitada de Val Baiano, que ele acabou chutando fraquinho. Aos 33, foi a vez de Fernandinho driblar um marcador e finalizar para defesa segura do camisa 1 adversário.
O Náutico finalmente levou perigo aos 38 em cruzamento de Johnny, que Gilmar se esticou para desviar e ver a bola se perder pela linha de fundo. Mas nem deu para a torcida alvirrubra se animar, porque, no ataque seguinte, Franciscatti fez ótima jogada pela direita, cruzou para a cabeçada perfeita de Val Baiano: Barueri 2 a 0 . Pouco antes, João Vítor deixou o campo machucado e o técnico Estevam Soares decidiu promover a estreia de Otacílio Neto.
Fernandinho inferniza a zaga alvirrubra na etapa final
Tranquilo na partida, o Barueri iniciou o segundo tempo tocando a bola e dominando o meio-de-campo sem dar muitos espaços ao adversário. Com o Náutico atrás no placar, Juliano, que entrou no lugar de Dinda, tentou mostrar a que veio e arriscou um chute. Renê tomou um susto, espalmou para o meio da área, mas voltou a segurar.
Dois lances esquisitos aconteceram em sequência na Arena Barueri. Aos 15, Gilmar chutou rasteiro e o goleiro do Barueri se enrolou para defender, mas ficou com a bola. Logo depois, Fernandinho fez grande jogada do outro lado, passou até por Eduardo e cruzou para Val Baiano, que resolveu inventar. O atacante, sem goleiro, quis fazer um gol de bicicleta, errou feio e facilitou o trabalho da defesa rival.
O Barueri voltou a aparecer bem aos 21 minutos com Fernandinho, que driblou o zagueiro e bateu firme. A bola passou raspando. A estrela de Fernandinho voltou a brilhar aos 24, quando ele recebeu pela direita, encobriu o goleiro, e Thiago Humberto foi empurrado por Eduardo Erê. Pênalti que o próprio Val Baiano cobrou para aumentar a vantagem. E ele não tardou a aumentar o placar para 4 a 0, aos 32, completando cruzamento de Otacílio Neto, que desviou na zaga antes de entrar. A partir de então, foi só tocar a bola e esperar o apito final com mais uma vitória merecida da grande surpresa do campeonato.
FICHA TÉCNICA:
BARUERI 4 x 0 NÁUTICO
BARUERI
Renê, Franciscatti, André Luiz, Diego Barros e Bruno Ribeiro; João Vítor (Otacílio Neto), Xandão (Daniel Marques), Thiago Humberto e Márcio Hahn; Fernandinho (Emiliano) e Val Baiano.
Técnico: Estevam Soares.
NÁUTICO
Eduardo, Sidny (Eduardo Erê), Vágner Silva, Asprilla e Gladstone; Johnny, Galiardo, Derley e Dinda (Juliano); Carlinhos Bala e Gilmar.
Técnico: Geninho.
Gols: Val Baiano aos 17 e 39 minutos do primeiro tempo e aos 25 e 32 minutos do segundo tempo.
Cartão vermelho: Asprilla (Náutico). Cartões amarelos: Xandão e Diego Barros (Barueri), Gladstone e Eduardo Erê (Náutico).
Estádio: Arena Barueri. Data: 19/07/2009.
Árbitro: Heber Roberto Lopes (Fifa/PR).
Auxiliares: Gilson Bento Coutinho (PR) e Helberth Andrade (MG)
SPORT 1X3 AVAÍ
Avaí vira, derrota o Sport na Ilha do Retiro e deixa a zona de rebaixamento
Em um duelo entre dois clubes que brigam para fugir das últimas posições do Campeonato Brasileiro, o Avaí levou a melhor sobre o Sport. Mesmo jogando fora de casa, na Ilha do Retiro, o time catarinense venceu por 3 a 1 de virada, na noite deste domingo (veja os gols no vídeo). Igor abriu o placar para o Rubro-Negro, enquanto Dudé (contra), Roberto e Luis Ricardo fizeram os gols dos visitantes. A equipe do Recife ainda teve dois jogadores expulsos: Dudé e César, ambos no segundo tempo.
Com o resultado, o Avaí foi aos 13 pontos e deixou a zona de rebaixamento, subindo para 14º lugar. Por sua vez, o Sport se manteve com 11 está na 16ª colocação. O Botafogo também tem 11 pontos, mas é superado pelo Rubro-Negro no saldo de gols (- 4 a -3) e ocupa a 17ª posição.
O próximo jogo da equipe de Santa Catarina é nesta quarta-feira, contra o Grêmio, às 19h30m (de Brasília), na Ressacada. Na quinta, às 21h, o time pernambucano encara o Coritiba, no Couto Pereira.
Equilíbrio e poucas chances no primeiro tempo
Logo em sua primeira chance, aos 12 minutos, o Sport abriu o placar na Ilha do Retiro. Fumagalli cobrou escanteio pelo lado direito, Igor subiu mais que a zaga adversária e tocou de cabeça. A bola ainda tocou na trave e caiu dentro do gol de Eduardo Martini.
O Avaí não se intimidou e igualou o marcador logo no minuto seguinte, também após uma cobrança de escanteio. Ricardinho bateu e Dudé desviou de cabeça contra a própria meta, surpreendendo o goleiro Magrão.
Depois dos gols, os dois times diminuíram o ritmo e a equipe da casa só voltou a levar perigo aos 28. Fumagalli cobrou falta perigosa e Eduardo Martini saltou para fazer a defesa. Os catarinenses responderam na mesma moeda aos 31. Ferdinando cobrou falta com força e a bola passou por cima.
Bem montada, a defesa visitante não dava espaços para os pernambucanos, que abusavam dos passes errados. A última chance do Rubro-Negro foi aos 45, quando Fumagalli pegou rebote da zaga e bateu para fora.
Modificações surtem efeito e Avaí vira o jogo

Aos oito, Magrão salvou o rubro-negro ao defender chute forte de Caio. No entanto, aos 15, não teve jeito. Caio deu ótimo passe para Roberto, que tocou na saída do goleiro adversário para virar o placar. Detalhe é que o autor do gol havia entrado em campo dois minutos antes, enquanto seu companheiro foi lançado pelo técnico Silas no intervalo.
Roberto também foi fundamental no terceiro gol do Avaí, aos 23. O jogador passou por Sandro Goiano, foi à linha de fundo e cruzou com precisão para Luis Ricardo completar: 3 a 1. Aos 25, Dudé fez falta em Caio e recebeu o cartão vermelho. Revoltados com o placar adverso, os torcedores rubro-negros ironizaram a expulsão e aplaudiram a saída do jogador. Em seguida, iniciaram os gritos de "olé" a cada toque dos catarinenses na bola e passaram a chamar o técnico Emerson Leão de "burro".
Completamente descontrolado na partida, o Sport ainda teve outro jogador expulso: César, aos 34 minutos, após falta em Roberto. Com vantagem de dois gols no marcador e dois atletas mais em campo, o Avaí apenas administrou a vantagem. Emerson ainda fez mais um aos 45, mas estava impedido.
SPORT 1 x 3 AVAÍ
SPORT
Magrão; Igor, César e Durval; Elder Granja (Moacir), Dudé, Sandro Goiano, Fumagalli (Everton Heleno) e Dutra; Fabiano e Weldon (Luciano Henrique).
Técnico: Emerson Leão
AVAÍ
Eduardo Martini; Rafael, Emerson e Augusto; Ferdinando, Luis Ricardo, Leo Gago, William (Roberto) e Eltinho; Ricardinho (Caio) e Muriqui (Marcus Vinicius).
Técnico: Silas.
Gols: Igor, aos 12, Dudé (contra) aos 13 minutos do primeiro tempo; Roberto, aos 15 e Luis Ricardo, aos 23 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: William (Avaí) Dudé, César (Sport)
Cartão vermelho: Dudé, César (Sport)
Público: 16.218 Renda: R$ 80.360
Estádio: Ilha do Retiro, no Recife (PE). Data: 19/07/2009.
Árbitro: Arilson Bispo da Anunciação (BA).
Auxiliares: Adson Marcio Lopes Leal (BA) e Hilton Moutinho Rodrigues (RJ).
FLAMENGO 2X2 BOTAFOGO
Emerson marca no fim e mantém o tabu do Flamengo em cima do Botafogo
Um jogo emocionante, cheio de reclamações. Como vem acontecendo nos últimos anos com Flamengo e Botafogo. No fim, mais um 2 a 2, neste domingo, no Maracanã, pela 12º rodada do Campeonato Brasileiro. O sexto empate com esse placar desde 2007.
O Botafogo saiu na frente com Alessandro, que estava impedido. Adriano empatou ainda no primeiro tempo. Renato fez o segundo gol alvinegro de cabeça. E Emerson, aos 43 minutos do segundo tempo, empatou em um lance que gerou muitas reclamações dos jogadores do Botafogo.
Com o resultado, o Botafogo permanece na zona de rebaixamento com 11 pontos, em 17º lugar na classificação. Já o Flamengo passa a somar 16 pontos e segue na décima posição. Na próxima rodada, o Rubro-negro enfrenta o surpreendente Barueri, quinto colocado do Brasileiro, na quarta-feira, às 19h30m, no Maracanã. Já o Botafogo viaja até Recife para encarar o Náutico, no estádio dos Aflitos, às 21h50m.
O empate manteve a escrita alvinegra nos duelos contra o Flamengo. Nos últimos anos, o Rubro-negro transformou-se em um carrasco e tanto para o Botafogo. No Campeonato Carioca, são três finais e três vices consecutivos do Alvinegro (2007/08/09). E desde o início do Campeonato Brasileiro por pontos corridos, em 2003, o Botafogo não supera o rival. São cinco vitórias rubro-negras e seis empates.
Impedido, Alessandro faz o primeiro gol

O primeiro lance de perigo da partida só ocorreu aos 18. Renato fez boa jogada pela direita e cruzou. Victor Simões cabeceou, e Bruno fez uma defesa difícil, sem direito a rebote. O Botafogo passou a dominar. Após uma cobrança de escanteio, Renato cabeceou para fora com muito perigo. Aos 23, Alessandro encontrou Victor Simões na área, que soltou a bomba. A bola bateu no travessão de Bruno e foi para fora.
Aos 32 minutos, Juninho cobrou falta com muita força da intermediária. A bola foi no canto direito, e Bruno espalmou para escanteio. Dois minutos depois, não teve jeito. Juninho novamente soltou a bomba em cobrança de falta. Bruno desta vez espalmou para frente, e Alessandro, impedido, chegou para chutar forte para o gol. Botafogo 1 a 0. Irritado com a liberdade dada ao lateral alvinegro, Bruno se levantou e deu um chutão na bola para o meio-campo.
Mas o Botafogo, melhor em campo, permitiu o empate do Flamengo em um lance de bola parada. Castillo saiu como um louco do gol sem necessidade e fez falta em Emerson na linha de fundo. Na cobrança, Adriano nem se movimentou muito na área. Mas Leandro Guerreiro bobeou na marcação. E o atacante cabeceou livre. Bola no canto esquerdo de Castillo, que ainda tocou, mas não conseguiu evitar o gol: 1 a 1. Foi o sétimo de Adriano no Campeonato Brasileiro. O primeiro vestindo a camisa 10 do Flamengo.
E Adriano quase fez o segundo no fim do primeiro tempo. Após cruzamento para a área, o Imperador dominou, deu um lençol em Alessandro e soltou a bomba. A bola passou por cima do travessão.
Emerson mantém o tabu rubro-negro
As equipes voltaram sem mudanças para o segundo tempo. O Flamengo teve a primeira chance com uma cabeçada de Adriano para fora. O Botafogo deu a resposta com Renato. Mas o chute foi travado por Ronaldo Angelim.
Aos 17 minutos, falta a favor do Botafogo perto da área rubro-negra. Juninho novamente pegou a bola. O chute, forte, saiu no meio do gol. Mas mais uma vez deu trabalho para o goleiro Bruno.
Se Juninho era o temor dos rubro-negros, Adriano tirava o sono da zaga alvinegra. O atacante aproveitou a sobra na área e chutou cruzado. A bola passou muito perto do gol de Castillo, que ficou torcendo para ela ir para fora.
A bola parada era a principal arma do Botafogo. E o Flamengo insistia fazer faltas perto da área. Aos 25, Fabrício derrubou André Santos. Aí Juninho resolveu passar direto e deixar para Lucio Flavio. O meia bateu no canto esquerdo de Bruno, que se esticou todo para espalmar. Mas na cobrança de escanteio, o goleiro rubro-negro não pôde fazer nada. Lucio Flavio cobrou na cabeça de Renato, que tocou no canto direito para fazer o segundo gol. Botafogo 2 a 1.
Cuca resolveu arriscar e abriu mão do esquema de três zagueiros. Tirou Wellinton e colocou o jovem meia Guilherme Camacho, revelado nas divisões de base do clube. Mas foi o Botafogo que quase ampliou. Cruzamento de Alessandro para a área, André Lima cabeceou, e Bruno defendeu no canto direito.
Nos últimos minutos, o Flamengo tentou pressionar, mas sem qualquer organização. Restavam os cruzamentos para área para Adriano brigar sem sucesso com os zagueiros alvinegros. Mas aí parece que a mística voltou a ajudar o Rubro-negro nos duelos contra o Botafogo. Emerson recebeu passe na esquerda, se enrolou todo com Alessandro na área, trombou com Lucio Flavio, levantou e chutou da entrada da área. A bola foi no ângulo esquerdo de Castillo. Um lindo gol.
Explosão de alegria dos rubro-negros, revolta dos alvinegros. Os jogadores do Botafogo cercaram o árbitro Pericles Bassols pedindo a marcação de uma falta de Emerson em Lucio Flavio no lance. Não adiantava. Na confusão, Alessandro foi expulso. E a partida terminou empatada por 2 a 2.
Ficha técnica:
FLAMENGO 2 x 2 BOTAFOGO
FLAMENGO
Bruno; Wellinton (Guilherme Camacho), Fabrício e Ronaldo Angelim; Leonardo Moura, Airton (Maxi), Kleberson, Zé Roberto (Fierro) e Everton; Emerson e Adriano.
Técnico: Cuca.
BOTAFOGO
Castillo; Emerson (Renato) (Reinaldo), Juninho e Eduardo; Alessandro, Leandro Guerreiro, Thiaguinho (Wellington), Lucio Flavio e Batista; Victor Simões e André Lima.
Técnico: Ney Franco.
Gols: Alessandro aos 34; Adriano aos 40 minutos do primeiro tempo; Renato aos 26 e Emerson, aos 43 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Kleberson, Everton, Wellinton, Fabrício (Flamengo); Castillo, Thiaguinho, Victor Simões (Botafogo)
Cartão vermelho: Alessandro (Botafogo)
Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ).Data: 19/07/2009.
Árbitro: Pericles Bassols Pegado Cortez
Auxiliares: Lílian Fernandes (RJ) e Dibert Pedrosa Moises (RJ).
Público: 29.508 pagantes.Renda: R$ 499.403,00.