Sob forte chuva, Coritiba domina, mas fica no empate com o Sport
Debaixo da forte chuva que castigou a capital paranaense na noite desta quinta-feira, o Coritiba foi superior o tempo todo mas ficou no empate por 1 a 1 com o Sport, no Couto Pereira, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time do técnico René Simões saiu atrás, em um vacilo da zaga alviverde, que permitiu que o baixinho Dutra marcasse de cabeça para os visitantes. Marcelinho Paraíba, de pênalti, igualou o placar. Os dois gols foram marcados na primeira etapa.
Se o resultado foi frustrante para os alviverdes, que ainda perderam Carlinhos Paraíba para a próxima partida - o meia recebeu o terceiro cartão amarelo - para os rubro-negros ele trouxe alívio, já que a equipe deixou a zona de rebaixamento.
Com 15 pontos, o Coritba ocupa a 13ª colocação do Brasileirão. O Leão soma 12 e é o 16º.
No domingo, o Sport volta a campo, na Ilha do Retiro, no clássico pernambucano contra o Náutico, às 16h (de Brasília). O Coxa enfrenta o Vitória, às 18h30m, no Barradão.
Um gol para cada time

Mas aos 18, após avanço do Sport pela direita, Élder Granja fez o cruzamento para a área e encontrou Dutra, completamente livre, nas costas da defesa alviverde. O lateral de 1,69m mergulhou para desviar de cabeça no canto esquerdo de Vanderlei. A bola ainda tocou a trave antes de balançar as redes.
O gol não tirou o Coxa do jogo. Aos 31, Bruno Batata recebeu na área, mas quando se preparava para o arremate, foi derrubado por Juliano e o árbitro assinalou o pênalti. Na cobrança, Marcelinho Paraíba bateu alto no meio do gol e empatou, aos 33.
O time do técnico René Simões ainda teve boas oportunidades de virar o jogo na etapa inicial, em chutes de Marcelinho Paraíba, aos 38, e Jaílton, aos 43, mas o goleiro Magrão, apesar da forte chuva, estava lá para salvar o Leão.
Coxa arrisca muito, mas não marca mais
Os donos da casa estiveram perto da virada logo no início do segundo tempo. Marcelinho Paraíba driblou dois defensores antes de arriscar o chute e tirou tinta da trave de Magrão. O atacante alviverde chamou o jogo para si, mas por vezes pecou pela individualidade excessiva. Aos nove, após avançar pela ala direita, preferiu bater a gol a cruzar para a área e desperdiçou boa chance para o Coxa.
Com a insistência nos chutes de longe, a torcida paranaense quase soltou o grito de gol aos 14, no tiro de Carlinhos Paraíba que quase acertou o ângulo dos recifenses.
A chuva, que havia dado uma trégua no intervalo, voltou com força máxima, no meio do segundo tempo, e pareceu ser a deixa para os alviverdes apostarem todas as suas fichas nos chutes de longe. Mas faltou pontaria, e no contra-ataque Vandinho quase pegou a defesa do Coxa desprevenida. Vanderlei se antecipou e salvou, aos 24.
O Leão voltou a assustar aos 32, no chute cruzado de Fabiano, que atravessou a pequena área de Vanderlei e foi pela linha de fundo sem que nenhum atacante rubro-negro conseguisse desviar para as redes.
Aos 39, em cobrança de falta forte de Marcelinho Paraíba, Magrão fez mais uma boa defesa, em cima da linha, e Sandro Goiano mandou para escanteio. Após dois minutos de acréscimos, o árbitro pôs fim ao bombardeio alviverde e com o apito final decretou o empate no Couto Pereira.
Ficha técnica:
CORITIBA 1 x 1 SPORT
CORITIBA
Vanderlei, Rodrigo Heffner, Demerson, Dirceu e Douglas Silva (Rodrigo Crasso); Leandro Donizete (Marco Aurélio), Jaílton, Pedro Ken e Carlinhos Paraíba; Marcelinho Paraíba e Bruno Batata (Hugo).
Técnico: René Simões.
SPORT
Magrão, Igor, Juliano e Durval; Élder Granja, Hamilton, Fabiano, Sandro Goiano (Andrade) e Dutra; Guto e Vandinho.
Técnico: Leão.
Gols: Dutra, aos 18, Marcelinho Paraíba aos 33 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Douglas Silva, Carlinhos Paraíba (Coritiba); Guto, Élder Granja, Hamilton (Sport).
Estádio: Couto Pereira. Data: 23/07/2009.
Árbitro: Cléber Wellington Abade.
Auxiliares: Márcio Luiz Augusto e Nilson de Souza Monção.
ATLÉTICO - MG 2X1 FLUMINENSE
Mais líder do que nunca, Atlético-MG bate o Fluminense e confirma a boa fase
Ninguém na frente e agora com vantagem. Nesta quinta-feira, o Atlético-MG demonstrou força no Mineirão e derrotou o Fluminense por 2 a 1. os gols da partida só saíram na etapa final, com Serginho e Diego Tardelli, que marcaram em um intervalo de seis minutos. O atacante Kieza, que substituiu Fred na etapa final, diminuiu em um gol chorado aos 34.
O resultado, conquistado principalmente pela grande atuação do goleiro Aranha, deixa os atleticanos com 28 pontos, três a mais que o vice-líder Palmeiras. O Tricolor carioca, na reestreia do técnico Renato Gaúcho no banco de reservas, continua com dez, em 19º, na preocupante zona de rebaixamento.
Na próxima rodada, o Galo vai receber o Goiás, domingo, no Mineirão. No mesmo dia, o Flu encara o Cruzeiro, no Maracanã.
Velozes e afobados

Diego Tardelli e Fred, artilheiros que são, assumiram a responsabilidade de conduzir as equipes. O atacante tricolor assustou primeiro. Aos 11, recebeu na esquerda, encarou a marcação do gigante Welton Felipe e bateu cruzado pela linha de fundo.
A pressão na saída de bola tricolor quase deu resultado para o time de Celso Roth. Serginho roubou, cruzou para Tardelli na área, e Fernando Henrique cortou. No rebote, Eder Luís bateu forte, mas a bola subiu demais, aos 17. Eder teve uma chance mais perto do gol, aos 32. Ele recebeu lançamento, bateu de primeira, só que Fernando Henrique, novamente titular do Flu, defendeu com o pé. Fred também não dominou quando recebeu passe na entrada da área e bateu direto para o gol. Aranha defendeu em dois tempos, aos 34. Seria apenas a primeira de uma série defesas do arqueiro na partida.
A boa marcação tricolor fazia o Atlético-MG rodar a bola e, em alguns momentos, não ter como jogar. Aos 44, mais uma vez com o pé, Fernando Henrique afastou o perigo após leve desvio de cabeça de Eder Luis. Insatisfeito com o time, Celso Roth queria invadir o campo. Quem invadiu foi um torcedor atleticano, que correu na direção de Tardelli e foi retirado por seguranças imediatamente. A cena encerrou um primeiro tempo de muita movimentação.
Ataque do Galo funciona, e Aranha garante
O primeiro lance do primeiro tempo poderia ter mudado o resultado do jogo se Aranha não fosse o goleiro do Atlético. Antes de dois minutos, Fred recebeu cruzamento na área, desviou de cabeça, no cantinho, mas Aranha buscou bonito no chão. Era uma noite de inspiração dos goleiros. Aos seis, Júnior cobrou falta direto para o gol, mas Fernando Henrique estava atento para afastar o perigo. Aos nove, o Fluminense perdeu seu principal destaque até então. Fred cobrou falta de longe e sentiu uma lesão na virilha direita. Como não teve condições de continuar em campo, foi substituído por Kieza.
O Galo voltou a crescer e a pressionar, mas a abertura do placar veio num lance de sorte. Aos 14, Thiago Feltri arriscou de fora da área, a bola desviou na zaga e sobrou limpa para Serginho quase na pequena área. Meio sem jeito, o volante cabeceou, a bola quicou no gramado, pegou um efeito incrível e entrou. Gol chorado...
Em desvantagem, o Tricolou deu início ao bombardeio. Aranha deve ter ficado com as luvas quentes de tanto ser testado. Em três chutes seguidos, parou Conca, Tartá e Kieza. Fernando Henrique não teve o mesmo desafio e sofreu mais. Aos 20, Feltri cruzou na área, Luiz Alberto não conseguiu cortar, e Tardelli, matador que é, só escorou. Explosão alvinegra em um Mineirão com quase 50 mil torcedores. O camisa 9 chega a oito gols no Brasileirão e é vice-artilheiro.
A sorte de Aranha falhou por um minuto. Aos 34, ele espalmou chute rasteiro de longe, Tartá, que voltava de impedimento, aproveitou o rebote e cruzou para a pequena área. O atacante Kieza dividiu com o volante Renan, e a bola foi parar nas redes: 2 a 1. O gol deu esperanças aos tricolores e por pouco o empate não sai. Aos 45, Maicon acertou bela cabeçada, e Aranha, o nome do duelo, foi buscar. Festa do líder absoluto, e sinal de que Renato Gaúcho terá bastante trabalho pela frente.
Ficha técnica:
ATLÉTICO-MG 2 x 1 FLUMINENSE
ATLÉTICO-MG
Aranha; Márcio Araújo, Welton Felipe, Alex Bruno e Thiago Feltri (Wellington Saci); Jonílson, Renan, Serginho e Júnior (Evandro); Eder Luis e Diego Tardelli.
Técnico: Celso Roth.
FLUMINENSE
Fernando Henrique; Edcarlos (Cássio), Maicon, Luiz Alberto; Ruy, Diguinho, Conca, Wellington Monteiro e João Paulo; Tartá (Marquinho) e Fred (Kieza).
Técnico: Renato Gaúcho.
Gols: Serginho, aos 14, Diego Tardelli, aos 20, e Kieza, aos 34 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Diego Tardelli, Welton Felipe e Evandro (Atlético-MG); Conca, Wellington Monteiro, João Paulo e Ruy (Fluminense).
Estádio: Mineirão, Belo Horizonte. Data: 23/07/2009.
Árbitro: Wilson Luiz Seneme.
Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho (SP) e Altemir Hausmann (RS).
CORITNHIANS 2X1 VITÓRIA
Timão segura pressão, vence o Vitória em casa e salta para o G-4 do Brasileiro
Campeão paulista e da Copa do Brasil no primeiro semestre, o Corinthians caminha forte em busca da Tríplice Coroa. Na noite desta quinta-feira, no estádio do Pacaembu, a equipe alvinegra venceu por 2 a 1 uma partida complicada contra o Vitória e subiu, pela primeira vez na competição, para o G-4. Dentinho e Jean fizeram os gols dos donos da casa, e Apodi diminuiu para os visitantes.
O triunfo levou a equipe alvinegra a 23 pontos e a colocou na quarta colocação, a cinco pontos do líder Atlético-MG. Antigo quarto colocado, o time baiano trocou de posição com os paulistas e caiu para a sexta posição, com 21, deixando de figurar no grupo daqueles que asseguram vaga na Libertadores. Aliás, se o Nacional terminasse hoje, quem estaria na competição seria o Barueri, quinto. Isso porque o Timão já tem lugar garantido.
Embora tenha aberto uma vantagem de 2 a 0 em 30 minutos, o Corinthians levou um sufoco do Vitória na capital paulista. A equipe de Salvador diminuiu aos 42 da etapa inicial e dominou praticamente todo o tempo complementar. Não fosse uma noite inspirada do goleiro Felipe, que está na mira do português Benfica, e o Timão não teria conseguido segurar o resultado positivo.
O próximo desafio do Corinthians no Campeonato Brasileiro é contra o arquirrival Palmeiras, vice-líder com 25 pontos. A partida está marcada para domingo, às 16h (de Brasília), no estádio Eduardo José Farah, em Presidente Prudente, interior de São Paulo. No mesmo dia, só que às 18h30m, o Vitória recebe o Coritiba, no Barradão, em Salvador.
Assistências fazem a diferença
O Vitória mostrou logo de cara que iria propor um jogo ofensivo ao Corinthians. E assim foi. No primeiro minuto, o time baiano partiu para cima e teve chance em cobrança de falta. Uelliton bateu forte de longe e mandou por cima do gol de Felipe. Inicialmente, a equipe do Barradão foi que tomou conta da partida.
Mas não demorou muito para o Timão se encontrar. Depois de alguns seguidos erros de passe, os paulistas recorreram ao “garçom” Ronaldo. Aos oito minutos, o Fenômeno deu toque de letra para Morais. Na sequência do lance, a bola ficou com Elias. O volante chutou com força e obrigou o goleiro Viafara a fazer boa intervenção.
Dois minutos depois, foi a vez de Dentinho dar trabalho ao Vitória. O jogador arriscou de longe, e o goleiro espalmou. Os dois próximos lances do Corinthians foram atrapalhados. Por conta do gramado molhado, Ronaldo escorregou duas vezes na hora de finalizar. Primeiro aos 13, na área, e depois aos 15, em cobrança de falta.
Quem imaginou que o time rubro-negro estava totalmente dominado, se enganou. Aos 16 minutos, em excelente contra-ataque, Roger foi acionado na entrada da grande área e chutou rasteiro. Felipe, bem colocado, se esticou para defender. Só que o Timão foi mais eficiente quando teve outra oportunidade. Graças ao “armador” Ronaldo.
Aos 20 minutos, após receber passe de Elias, o craque deixou Dentinho na cara do gol. O atacante dominou com categoria e bateu forte para abrir o marcador: 1 a 0. Na comemoração, o jogador tirou a camisa alvinegra para mostrar uma camiseta com a frase “100% Lulinha”. Amigo do atleta, o meia foi emprestado ao português Estoril.
O gol deixou o Corinthians ainda mais à vontade em campo, mas o Vitória não esmoreceu. Aos 28 minutos, após cruzamento da direita, Leandro Domingues chutou de primeira e obrigou Felipe a fazer outra boa defesa. Passado o susto, o Timão ampliou aos 30. Douglas deu lindo passe para o zagueiro Jean tocar para o fundo do gol.
De tanto insistir no contra-ataque, a equipe baiana conseguiu diminuir aos 42 minutos. Leandro enfiou a bola para Apodi, que, com calma, tocou na saída do goleiro alvinegro.
Pressão baiana
Empolgado com o gol marcado nos minutos finais da etapa inicial, o Vitória voltou para o segundo tempo atacando. E no primeiro lance reclamou de um pênalti de Jean em cima de Apodi, que invadiu a área pela direita e caiu na hora do cruzamento. Com toque de bola rápido, o time baiano chegou a deixar o Corinthians perdido.
Porém, os comandados do técnico Mano Menezes adiantaram a marcação e conseguiram dar o combate no meio-campo. Aos 6 minutos, Chicão teve chance em cobrança de falta. O zagueiro chutou colocado e Viafara se atrapalhou na defesa. Por pouco a bola não sobra para o ataque alvinegro concluir a gol.
Mas o Vitória não se intimidou e partiu novamente para o ataque em busca do empate. Aos 11 minutos, o zagueiro Victor Ramos apareceu bem na área e chutou cruzado. A bola passou à direita do gol de Felipe, rente à trave. O lance confirmou o melhor momento dos baianos, que pressionaram com bolas alçadas na área. Sem sucesso.
Entre um contra-ataque e outro do Vitória, o Corinthians tentava com lançamentos em profundidade para Dentinho e Jorge Henrique. Em um deles, aos 26, Jorge foi derrubado por Anderson Martins. Falta perigosa. Na cobrança, o zagueiro Chicão mandou por cima do gol de Viafara, que não se assustou.
Aos 30 minutos, confusão na área do Timão. O árbitro considerou recuo de Diogo para Felipe e marcou falta em dois lances na grande área. Depois de muita reclamação e um cartão amarelo para o goleiro do Alvinegro, ele mesmo defendeu o chute de Leandro Domingues e vibrou como se tivesse defendido um pênalti.
Três minutos depois, o camisa 1 do Corinthians apareceu novamente como salvador. Leandro cruzou com perfeição da esquerda, e o atacante Roger apareceu para tocar na pequena área. Foi então que surgiu Felipe para fazer a intervenção. O Corinthians ainda teve uma chance de ouro aos 41. Depois de chutão de Elias para frente, a bola caiu nos pés do Fenômeno, que dominou e chutou para boa defesa de Viafara.
Mas o sufoco corintiano terminaria minutos depois. E com final feliz para a Fiel.
Ficha técnica:
CORINTHIANS 2 x 1 VITÓRIA
CORINTHIANS
Felipe; Diogo, Chicão, Jean e Diego; Jucilei, Elias e Douglas (Moradei); Morais (Jorge Henrique), Dentinho (Marcinho) e Ronaldo.
Técnico: Mano Menezes.
VITÓRIA
Viafara; Anderson Martins, Victor Ramos e Wallace; Apodi (Ramon), Uelliton, Magal (Itacaré), Leandro Domingues e Leandro; Willian (Bida) e Roger.
Técnico: P.C. Carpegiani
Gols: Dentinho, aos 20, Jean, aos 30, e Apodi, aos 42 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Dentinho, Elias, Felipe (C); Magal, Wallace, Anderson Martins. Victor Ramos (V).
Público: 23.600 pagantes. Renda: R$ 790.364,50
Estádio: Pacaembu, em São Paulo (SP). Data: 23/07/2009.
Árbitro: Nielson Nogueira Dias (PE).
Auxiliares: Dibert Pedrosa Moisés (Fifa/RJ) e Ubirajara Ferraz Jota (PE).