quarta-feira, 22 de julho de 2009

13 Rodada:Série A

SANTO ANDRÉ 0X2 CRUZEIRO
Cruzeiro espanta ressaca e 'fantasma paulista', vence Santo André e respira



O Cruzeiro, enfim, voltou a vencer. Depois de seis jogos de jejum, incluindo a derrota na final da Taça Libertadores para o Estudiantes-ARG, a Raposa obteve o primeiro triunfo como visitante ao bater o Santo André por 2 a 0, nesta quarta-feira à noite, no estádio Bruno José Daniel, deixando a zona do rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Kléber e Diego Renan, ambos no segundo tempo, fizeram os gols da partida.

Com o resultado, o Cruzeiro sobe para 12 pontos, na 13ª colocação. De quebra, a equipe dirigida por Adilson Batista quebra a série ruim contra os paulistas. Até agora, havia perdido para São Paulo, Palmeiras, Barueri e Corinthians. Já o Santo André perde a chance de encostar na zona de classificação para a Libertadores e cai para o nono lugar, com 17 ponntos.

Na próxima rodada, o Santo André vai até Porto Alegre enfrentar o Grêmio, às 18h30m, no estádio Olímpico. O Cruzeiro encara o Fluminense, domingo, às 18h30m, no Maracanã, no Rio de Janeiro.

Cruzeiro domina a etapa inicial



Jogando fora de casa com dois volantes improvisados como zagueiros indicava o Cruzeiro como um alvo fácil para uma possível pressão do Santo André nos primeiros minutos. Mas não foi o que aconteceu. A Raposa ignorou o fato de ser visitante no estádio Bruno José Daniel e foi logo para cima em busca do primeiro triunfo longe do Mineirão. Logo aos cinco minutos, Wellington Paulista cabeceou para fora na pequena área após cobrança de escanteio.

Sem Marcelinho Carioca, o Ramalhão sofreu para criar, principalmente pela má exibição de Rodrigo Fabri e Elvis, anulados pelos três volantes adversários. Assim, coube ao lateral-direito Cicinho a função de levar perigo. Aos sete, ele arrancou da intermediária, invadiu a área e cruzou rasteiro. Nunes apareceu na marca do pênalti, mas pegou mal e Fábio fez defesa fácil.

O lance, entretanto, não interrompeu o domínio celeste. Com a marcação adiantada, o Cruzeiro atrapalhou a saída de bola do Ramalhão e continuou pressionando. Aos 17, mais uma oportunidade. Gérson Magrão tabelou pela esquerda com Wellington Paulista, que desviou de cabeça para o meio da área. Kléber não alcançou na frente de Neneca. Dez minutos mais tarde, o atacante bateu por cima na cara do goleiro, em posição legal, mas o árbitro já marcava impedimento.

O Santo André melhorou nos minutos e só não abriu o placar graças a Fábio. Élvis passou entre Elicarlos e Fabinho na entrada da área e bateu colocado. O goleiro mineiro conseguiu desviar com a perna esquerda e evitou.

Raposa decide com Kléber e Diego Renan



No segundo tempo, o Cruzeiro continuou melhor e não demorou a levar perigo. Aos quatro minutos, o garoto Bernardo cobrou falta da intermediária e carimbou a trave esquerda da metade. Cinco minutos depois, Elicarlos assustou Neneca com um forte chute de fora da área.

Logo em seguida, o técnico Adilson Batista optou por dar mais velocidade ao ataque mineiro com a entrada de Thiago Ribeiro no lugar de Wellington Paulista. A troca deu resultado. Aos 14, o atacante deu ótimo passe na área para Kléber chutar rasteiro, no canto esquerdo de Neneca: 1 a 0.

Sem o Santo André responder, a Raposa seguiu dominando e não demorou a fazer o segundo, aos 23. Diego Renan, que acabara de entrar no lugar de Bernardo, fez boa jogada pela esquerda, passou por um marcador e bateu colocado, ampliando a vantagem.

A desvantagem ainda maior fez o Ramalhão arriscar. Aos 23, após cruzamento para a área, o centroavante Nunes cabeceou bonito e Fábio segurou. Pouco depois, o técnico Sérgio Guedes arriscou tudo com as entradas dos atacantes Bruno César e Pablo Escobar.

O Cruzeiro, contudo, passou a administrar o jogo. Mesmo assim, aos 36, teve outra oportunidade para fazer o terceiro, quando Fabrício finalizou e Neneca pegou no canto direito. O Santo André respondeu em seguida, aos 39, com Escobar batendo com perigo de fora da área, mas à esquerda de Fábio.


Ficha técnica:
SANTO ANDRÉ 0 x 2 CRUZEIRO
SANTO ANDRÉ
Neneca, Cicinho, Vinícius, Cesinha e Arthur (Bruno César); Fernando, Ricardo Conceição, Élvis e Rodrigo Fabri (Pablo Escobar); Antônio Flávio (Ricardo Goulart) e Nunes.
Técnico: Sérgio Guedes
CRUZEIRO
Fábio, Jonathan (Vinícius), Henrique Fabinho e Gérson Magrão; Fabrício, Marquinhos Paraná, Elicarlos e Bernardo (Diego Renan); Kléber e Wellington Paulista (Thiago Ribeiro).
Técnico: Adilson Batista.
Gols: Kléber, aos 14, e Diego Renan, aos 23 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Cesinha, Élvis (Santo André); Fabrício (Cruzeiro)
Estádio: Bruno José Daniel. Data: 22/07/2009.
Árbitro: Carlos Eugenio Simon (Fifa-RS).
Auxiliares: José Amilton Pontarolo (PR) e Paulo Ricardo Silva Conceição (RS). Público: 1.709 pagantes. Renda: R$ 32.670.


FLAMENGO 1X1 BARUERI
Flamengo só empata com o Barueri no Maracanã ao som de 'Adeus, Cuca'



O Flamengo sonhava com nove pontos em três jogos seguidos no Rio de Janeiro, mas terá que se contentar com apenas dois. Nesta quarta-feira, a equipe empatou por 1 a 1 com o Barueri, no Maracanã, e permanece, momentaneamente, na décima posição do Campeonato Brasileiro (17 pontos). O clima de cobrança segue forte em cima do técnico Cuca, que foi hostilizado pela torcida no fim do jogo. O time paulista mantém sua boa campanha. Com o ponto somado, está com 22 e fica em quarto, pelo menos antes do fim da rodada.

Val Baiano deixou sua marca mais uma vez e se isolou na artilharia do campeonato com nove gols. Na próxima rodada, domingo, o Rubro-Negro enfrenta o Santos na Vila Belmiro. O Barueri, em casa, enfrenta o São Paulo.

Bruno tem boa participação

O Barueri começou a partida mais bem posicionado, mas foi o Flamengo, que tinha muitas dificuldades para sair do campo de defesa, que criou a primeira boa chance, em uma bola parada. Aos oito, após cruzamento da esquerda, Ronaldo Angelim subiu e por pouco não desviou a bola para o gol. Aos 13, foi a vez de a equipe paulista assustar. Ralf arriscou de longe, e a bola passou rente ao travessão de Bruno. A partir daí, o Rubro-Negro cresceu no jogo e passou a povoar mais a área adversária. Aos 16, Marlon ajeitou para Fierro, que pegou de primeira da entrada da área, mas não acertou o alvo.

O principal lance da primeira etapa aconteceu aos 18 minutos. Após cruzamento da esquerda de Jorbison, Kleberson mandou de cabeça para o gol e a bola foi no travessão. No rebote, Emerson tentou mas não conseguiu empurrar para a rede. Um minuto depois, uma amostra da evolução do entrosamento do ataque rubro-negro: Emerson tabelou com Adriano e ia ficar de cara com o goleiro para fazer o gol, mas a zaga conseguiu a recuperação em cima da hora e afastou o perigo.

Com as subidas mais constantes do Fla, o Barueri ganhou mais espaço para os contra-ataques. Aos 25, o artilheiro Val Baiano chegou perto de abrir o placar. Ele dominou dentro da área e chutou forte, mas em cima do goleiro Bruno, que fez a defesa. O goleiro do Fla passou a ser cada vez mais exigido. Aos 37, Franciscatti recebeu na direita e mandou uma bomba para o gol. O camisa 1 voou para outra boa intervenção.

O último lance de grande emoção no primeiro tempo aconteceu aos 45 minutos, quando Thiago Humberto finalizou muito bem e Bruno, novamente, estava lá para impedir o gol do Barueri.

Val Baiano marca novamente

A segunda etapa começou da forma que o Barueri esperava. Logo aos seis minutos, Márcio Careca cruzou da esquerda, e a bola bateu na mão de Marlon. O árbitro marcou o pênalti, que foi bem batido por Val Baiano: 1 a 0. Foi o nono gol do artilheiro do campeonato. Atrás no placar, o técnico Cuca lançou mais dois garotos para tentar a reação: Camacho entrou no lugar de Jorbison, e Bruno Paulo na vaga do vaiado Fierro. A equipe ficou mais ofensiva, mas continuava esbarrando na grande quantidade de passes errados.



O Fla iniciou uma pressão e conseguiu o empate aos 24 minutos. Airton cruzou da direita para Emerson, que girou e foi travado na hora do chute. Após a cobrança de escanteio, Adriano subiu mais do que todo mundo e desviou a bola, que ainda bateu em Willians e ficou com o Sheik. O atacante chutou de canhota e venceu o goleiro Renê: 1 a 1. O gol acordou a torcida e o time, que passou a jogar com mais velocidade e objetividade.

Aos 29, Bruno Paulo fez boa jogada pela esquerda e cruzou rasteiro. A zaga cortou quando a bola ia na direção do Imperador. Um minuto depois, um susto para os rubro-negros após o chute de Flavinho. A bola passou rente à trave direita.

Ainda mais exposto, o Fla passou outro sufoco. Aos 34, Márcio Careca tabelou com Flavinho e chutou na saída de Bruno, mas a bola saiu mansamente à esquerda do goleiro. A última grande chance da equipe carioca, que se lançou de vez ao ataque, aconteceu aos 43 minutos: Willians arrancou sozinho e chutou de fora da área. A bola explodiu na trave, e Bruno Paulo não conseguiu chegar em tempo de marcar. Fim de jogo e bronca dos rubro-negros, que gritaram: "Adeus, Cuca" e "Time sem vergonha".


Ficha técnica:
FLAMENGO 1 x 1 BARUERI
FLAMENGO
Bruno, Marlon (Erick Flores), Airton e Ronaldo Angelim; Léo Moura, Willians, Kleberson, Fierro (Bruno Paulo) e Jorbison (Camacho); Emerson e Adriano.
Técnico: Cuca.
BARUERI
Renê, Leandro Castan, Daniel Marques e André Luiz; Franciscatti, Thiago Humberto (João V, Ralf, Éverton (Márcio Rã) e Márcio Careca; Otacílio Neto (Flavinho) e Val Baiano.
Técnico: Estevam Soares.
Gols: Val Baiano, aos oito minutos, e Emerson, aos 24 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Ralf (BAR); Marlon, Emerson (FLA).
Renda: R$ 589.196,00. Público: 27.952 pagantes.
Estádio: Maracanã. Data: 22/07/2009.
Árbitro: Claudio Luciano Mercante.
Auxiliares: Luciano José Cruz e Jossemar José Moutinho.


AVAÍ 1X0 GRÊMIO
Avaí surpreende, e Grêmio segue sem vencer fora de casa no Brasileiro



O Avaí venceu o Grêmio por 1 a 0, na Ressacada, pela 13ª rodada do Brasileirão e frustrou os planos do time gaúcho de conquistar a primeira vitória fora de casa na competição. Pior que isso, o time tricolor se tornou a equipe com a pior campanha como visitante no campeonato, com cinco derrotas e um empate. Ferdinando garantiu a vitória dos donos da casa.

O Tricolor gaúcho, que atuou sem o zagueiro Thiego, barrado por conta da expulsão infantil na partida contra o Coritiba, ganhou três desfalques para a próxima rodada - Fábio Santos, Maxi López e Rever, que receberam o terceiro amarelo.

Com o resultado, os catarinenses chegam a 16 pontos, e ocupam, provisoriamente, 12ª colocação. Os gremistas, com 18, estão em oitavo.

As equipes voltam a campo no próximo sábado. O Grêmio recebe o Santo André, no Olímpico, às 18h30m, mesmo horário em que o Avaí encara o Atlético-PR, na Arena da Baixada.

Catarinenses têm mais chances

Os visitantes deram sinais de que dominariam a etapa inicial. Já no primeiro minuto, os gaúchos avançaram pela direita, e Maxi López cruzou para a área, buscando Herrera. O goleiro Eduardo Martini se antecipou e evitou a finalização do argentino.

Aos 15, após cobrança de escanteio de Tcheco, Mário Fernandes desviou de cabeça e Maxi López fez o giro antes de chutar no peito do camisa 1 avaiano. Pouco depois, aos 17, Souza cobrou falta de longa distância e, no desvio da barreira, quase surpreendeu o goleiro, mas a bola saiu por cima do travessão.

Daí em diante, os donos da casa tomaram as rédeas da partida e deram trabalho para a defesa gaúcha. Aos 18, Marquinhos lançou para William, dentro da área, e Victor precisou se antecipar para salvar o Tricolor com os pés. Aos 29, o goleiro gremista voltou a aparecer bem, em cobrança de falta de Marquinhos, espalmada para escanteio.

O ataque catarinense chegou a balançar as redes, aos 30, quando William recebeu livre na área e tocou de primeira para o gol. Mas a arbitragem assinalou, corretamente, o impedimento.

O time do técnico Silas poderia até ter saído na frente, mas faltou tranquilidade aos seus homens de frente. Aos 35, Marquinhos desperdiçou a chance de fazer boa tabela com Muriqui, e preferiu arriscar de longe pela linha de fundo. Na sequência, Maxi López devolveu o favor e, após receber passe de Túlio na frente da área avaiana, bateu mal, para fora.

Os avaianos insistiram no erro e não conseguiram nem mesmo aproveitar a confusão de Adílson, que errou a saída de bola e chutou em cima do árbitro. Marquinhos pegou a sobra e achou Luís Ricardo livre pela direita, na entrada da área, mas o avaiano se precipitou e mandou mais um chute pela linha de fundo.

Muriqui ainda teve boa chance, aos 46, após cruzamento cortado por Rever, mas a falta de pontaria voltou a imperar e a bola passou longe da meta gaúcha.

Ao fim da primeira etapa, os comandados do técnico Paulo Autuori reclamaram muito dos cartões amarelos distribuídos pelo árbitro carioca Felipe Gomes da Silva, estreante em partidas da Série A. Além de Souza e Túlio, advertidos na primeira etapa, Fábio Santos e Maxi López, que estavam pendurados, receberam o terceiro amarelo.

Ferdinando marca e é expulso

A etapa final começou exatamente como a primeira. Herrera recebeu bola cruzada dentro da área, mas a finalização saiu prensada e foi pela linha de fundo.



Incomodados pelos cartões amarelos, os gremistas ainda viram Rever cometer falta dura em William, na entrada da área, e se tornar mais um desfalque para a próxima rodada. Na cobrança, Ferdinando mandou uma bomba no canto direito de Victor e abriu o placar.

Mais um a receber o amarelo, após reclamar de falta não assinalada, Herrera acabou substituído por Jonas. Em sua primeira participação na partida, o atacante sofreu falta violenta de Ferdinando, que foi expulso de campo, aos 16.
Aos 21, Adílson deu um susto na torcida avaiana. Com um chute certeiro da intermediária, obrigou Eduardo Martini a mostrar reflexo e pular no canto direito para mandar para escanteio.

Com um jogador a mais em campo, os visitantes pressionavam, sem levar perigo real ao gol dos anfitriões.

Aos 31, Roberto invadia a área gremista, quando foi puxado por Léo. Falta e mais um cartão amarelo para o time do técnico Paulo Autuori – o sétimo dos gaúchos na partida. Na cobrança de falta, o especialista Marquinhos carimbou a barreira tricolor.

Após cinco minutos de acréscimo, os avaianos comemoraram a terceira vitória consecutiva. Para os gremistas, que vinham da emblemática vitória sobre o arquirrival Inter, sobrou o clima de ressaca.


Ficha técnica:
AVAÍ 1 x 0 GRÊMIO
AVAÍ
Eduardo Martini, Rafael, Augusto e Emerson; Luís Ricardo, Ferdinando, Fernando Bob, Marquinhos (Caio) e Eltinho; Muriqui (Marcus Winícios) e William (Roberto).
Técnico: Silas.
GRÊMIO
Victor, Mário Fernandes (Joílson), Léo, Rever e Fábio Santos; Túlio, Adílson, Tcheco (Maylson) e Souza, Herrera (Jonas) e Maxi López.
Técnico: Paulo Autuori.
Gols: Ferdinando, aos quatro minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Fernando Bob, Marquinhos (Avaí); Fábio Santos, Souza, Túlio, Maxi López, Rever, Herrera, Léo (Grêmio).
Cartão vermelho: Ferdinando (Avaí).
Estádio: Ressacada. Data: 22/07/2009.
Árbitro: Felipe Gomes da Silva.
Auxiliares: Wagner de Almeida Santos e Marco Aurelio dos Santos Pessanha.


SANTOS 1X0 ATLÉTICO - PR
Neymar tira coelho da cartola e dá ao Peixe vitória sobre o Furacão



Graças a um lampejo do garoto Neymar, o jogo entre Santos e Atlético-PR teve alguma emoção. O atacante santista, de 17 anos, entrou no intervalo e, com um golaço, garantiu ao Peixe a vitória por 1 a 0, na reestreia do técnico Vanderlei Luxemburgo no comando do Alvinegro Praiano. O lance salvou um jogo que na maior parte do tempo foi muito ruim. Com o resultado, o Peixe, que não vencia há três jogos, vai a 17 pontos e sobe momentaneamente para o nono lugar. Já o Furacão, com 12, pode terminar a rodada na zona de rebaixamento. Por enquanto, está em 16º lugar.

O Santos volta a campo no próximo domingo, quando enfrenta o Flamengo, pas 16h, na Vila Belmiro. Já o Atlético, no sábado, às 18h30m, na Arena da Baixada, recebe o Avaí.

Jogo duro

Os jogadores de Santos e Atlético-PR castigaram a bola e a torcida que compareceu a Vila Belmiro com um primeiro tempo sofrível. Duro de assistir. Erros primários de passe, chutões para cima, correria e nenhuma coordenação. Uma autêntica pelada. As duas equipes, que iniciaram a rodada lutando para tentar se afastar da zona de rebaixamento. Com isso, os treinadores priorizaram a marcação.

Com duas retrancas em campo, faltou criatividade. O Peixe ainda tentou ter a iniciativa da partida, mas apresentou carência de raciocínio no meio-de-campo. Coube ao volante Rodrigo Souto tentar armar jogadas, já que o meia Róbson insistia demais em carregar a bola em vez de tentar achar companheiros mais bem colocados. Paulo Henrique Ganso, que vinha sendo responsável pela armação santista, começou o jogo no banco. Pelas laterais, o time da Vila achou alguns espaços, sobretudo pela esquerda, ora com Madson, ora com Léo, mas os cruzamentos não tinham endereço certo.

Já o Furacão insistia mais em bolas alçadas na área, mas sem conseguir levar muito perigo ao goleiro Felipe. Marcinho tentava coordenar jogadas, mas errou passes. Rafael Moura ficou batendo cabeça com os zagueiros do Peixe.

A única jogada lúcida em todo o primeiro tempo aconteceu aos 36 minutos. Luizinho, que começou o jogo muito mal, acertou passe para Rodrigo Souto, que rolou de calcanhar para Germano completar de primeira. O chute do volante acabou subindo demais e passando por cima do gol defendido por Vinícius. Foi apenas um breve lampejo.

Neymar quebra a monotonia

Para tentar acabar com a pasmaceira apresentada por seu time no primeiro tempo, Luxemburgo tirou o volante Roberto Brum e o meia Róbson para as entradas dos garotos Paulo Henrique Ganso e Neymar.

Logo de cara, parecia que as alterações só dariam trabalho para o quarto árbitro, que teve de levantar a placa para assinalar as mudanças. Isso porque o Furacão adiantou sua marcação e encurralou o Santos, que apresentava dificuldades para sair jogando. No entanto, aos poucos o time da casa dominando a posse de bola e ocupando o campo adversário.

Mas o jogo seguia enrolado. Até que Neymar fez jogada de gente grande, de craque. Aos 27, ele tabelou com Roni, deixou Rhodolfo falando sozinho e chutou no canto esquerdo. Um belo gol. Segundos antes do gol, Madson sentiu uma fisgada na coxa direita e como Luxa já havia feito três alterações, o baixinho ficou em campo apenas fazendo número.

No fim, o Furacão tentou abafar, mas não conseguiu chegar ao empate.


Ficha técnica:
SANTOS 1 x 0 ATLÉTICO-PR
SANTOS
Felipe, Luizinho (Pará), Domingos, Fabão e Léo; Roberto Brum (Paulo Henrique Ganso), Rodrigo Souto, Germano, Róbson (Neymar) e Madson; Roni.
Técnico: V. Luxemburgo.
ATLÉTICO-PR
Vinícius, Nei (Manoel), Rhodolfo, Rafael Santos e Márcio Azevedo; Rafael Miranda, Valencia, Paulo Baier e Marcinho; Wallyson (Patrick) e Rafael Moura.
Técnico: Waldemar Lemos.
Gols: Neymar, aos 27 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Nei, Márcio Azevedo, Rhodolfo, Rafael Miranda, Valencia, Manoel (Atlético-PR), Roni, Neymar (Santos).
Estádio: Vila Belmiro, em Santos. Data: 22/07/2009.
Árbitro: Wagner Tardelli Azevedo (SC).
Auxiliares: Carlos Berkenbrock (Fifa/SC) e Marco Antônio Martins (SC).
Renda e público: R$ 109.325,00/7.375 pagantes


INTERNACIONAL 2X2 SÃO PAULO
Inter abre vantagem, mas São Paulo arranca empate na raça no Beira-Rio



Em noite muito ruim do trio de arbitragem, Internacional e São Paulo fizeram um grande jogo e empataram por 2 a 2, em partida realizada na noite desta quarta-feira, no Beira-Rio, em Porto Alegre.

O trio comandado pelo carioca Rodrigo Nunes de Sá errou na marcação dos dois gols do time gaúcho, já que Alecsandro, em ambos, estava impedido. Para compensar, foi marcado um pênalti inexistente de Guiñazu em Richarlyson, que Washigton desperdiçou.

O resultado foi pior para a equipe gaúcha que, se tivesse vencido, assumiria provisoriamente a liderança do Campeonato Brasileiro. Como não o fez, segue na terceira colocação, com 23 pontos. Já o Tricolor Paulista, que completou o seu 11º jogo sem saber o que é vencer longe do Morumbi, chegou aos 15 pontos e ocupa a 13ª posição na tabela de classificação.

CONFIRA A CLASSIFICAÇÃO DO CAMPEONATO BRASILEIRO

As duas equipes voltarão a campo no próximo fim de semana em jogos fora de casa. O Inter, no sábado, pega o Botafogo, no Rio. No domingo, o São Paulo encara o Barueri.

Inter melhor no primeiro tempo

Apesar do frio, as duas equipes começaram a todo vapor. Nos primeiros dez minutos, muita marcação e pouca inspiração. O Inter, com três volantes, apostava na troca rápida de passes e na movimentação constante de Nilmar, com Alecsandro mais preso na área. No Tricolor Paulista, que entrou com a mesma escalação que derrotou o Santos, o técnico Ricardo Gomes apostava claramente nos contra-ataques.

Aos 18 minutos, o Internacional chegou pela primeira vez com perigo. Guiñazu fez bela jogada pelo meio e, de fora da área, disparou uma bomba no canto direito de Bosco, que voou e espalmou para escanteio. Esse lance fez o time da casa crescer na partida. Seis minutos depois, Índio recebeu de Andrezinho dentro da área e só não marcou o gol porque Bosco se antecipou e afastou o perigo. No lance, o goleiro são-paulino teve o rosto atingido pelo joelho do companheiro André Dias e o jogo ficou parado por cinco minutos.

Melhor em campo, o time da casa abriu o marcador, aos 29. Kléber cobrou falta pela esquerda e Alecsandro, impedido, cabeceou no canto direito de Bosco que, após esse lance, pediu substituição. Denis assumiu o posto. Aos 32, o Internacional chegou com perigo novamente e Magrão quase marcou em jogada individual.



Quatro minutos mais tarde, o Inter fez o segundo. E foi uma cópia perfeita do primeiro gol. Cruzamento na área da esquerda, a zaga são-paulina marcou bobeira e Alecsandro, novamente adiantado, cabeceou no canto direito de Denis, que só olhou. Festa da torcida colorada no Beira-Rio. (Reveja o segundo gol)

O São Paulo não esboçava a menor reação. Hernanes e Marlos não apareciam no jogo. No ataque, Washington e Dagoberto pouco se entendiam. Na defesa, aos 39, Renato Silva falhou feio, Guiñazu roubou a bola e rolou para Alecsandro, que bateu fraco. Denis defendeu.

O jogo já caminhava para o intervalo quando, aos 47, a arbitragem resolveu aparecer novamente. Guiñazu desarmou Richarlyson na bola dentro da área e o juiz marcou pênalti. Na cobrança, Washington bateu, e Lauro espalmou. Na volta, o camisa 9 chutou de esquerda, e Sandro, em cima da linha, evitou o gol. Rodrigo Nunes de Sá já havia impugnado o lance, alegando invasão de Miranda na área.

São Paulo equilibra o jogo



Na etapa complementar, o Tricolor voltou com Jorge Wagner na vaga de Marlos. E o time teve uma atitude diferente. Marcando forte e buscando o ataque, a equipe deu sinal de vida, aos três, quando Hernanes tabelou com Washington, recebeu na frente, invadiu a área e, na saída de Lauro, tocou no canto direito do goleiro colorado. (Reveja o lance)

O gol fez o jogo ganhar em emoção. Isso porque o Tricolor, empolgado, seguiu buscando o ataque. E, nos contra-ataques, o Inter tinha espaços e levava muito perigo. Aos 20, o time da casa teve a chance de liquidar o duelo. Após tabela entre Nilmar e Alecsandro, o atacante tocou para Magrão que, livre na área, bateu fraco.



Aos 25, o São Paulo encontrou o empate. Jean recebeu de Richarlyson pela direita e, ao tentar cruzar, colocou no ângulo direito de Lauro. Foi o primeiro gol do camisa 15 no Campeonato Brasileiro. (Reveja o lance)

Preocupado com o crescimento do adversário, o técnico Tite resolveu mexer na equipe, com a entrada do argentino D'Alessandro na vaga de Sandro. Depois, colocou Giuliano no lugar de Andrezinho. A torcida não perdoou e vaiou o treinador, já que a esperança era de que o atacante Taison ganhasse uma chance. A mudança fez bem ao time, que voltou a ganhar terreno.

Aos 43, Tite resolveu fazer a vontade da torcida e colocou Taison na vaga do zagueiro Índio. E coube ao atacante gaúcho a última chance da partida. Ele recebeu pela direita e bateu cruzado, à direita do gol de Denis, com muito perigo.


Ficha técnica:
INTERNACIONAL 2 x 2 SÃO PAULO
INTERNACIONAL
Lauro; Bolívar, Índio (Taison), Sorondo e Kléber; Sandro (D'Alessandro), Guiñazu, Magrão e Andrezinho (Giuliano); Nilmar e Alecsandro.
Técnico: Tite.
SÃO PAULO
Bosco (Denis); Renato Silva, André Dias e Miranda; Jean, Hernanes, Richarlyson, Marlos (Jorge Wagner) e Junior Cesar; Dagoberto (Borges) e Washington.
Técnico: Ricardo Gomes.
Gols: Alecsandro, aos 29 e aos 37 minutos do 1º tempo. Hernanes, aos três, e Jean, aos 24 minutos do 2º tempo.
Cartões amarelos: Índio, Guiñazu, Sorondo e Sandro (Internacional). Richarlyson e Junior Cesar (São Paulo).
Estádio: Beira-Rio. Data: 22/07/2009.
Árbitro: Rodrigo Nunes de Sá (RJ).
Auxiliares: Hílton Moutinho Rodrigues (RJ) e Cláudio José de Oliveira Soares (RJ).


NÁUTICO 2X2 BOTAFOGO
Em partida com arbitragem confusa, Botafogo e Náutico empatam nos Aflitos

Pênalti inexistente, gol em impedimento, outro mal anulado e cotovelada desleal foram apenas alguns dos ingredientes do empate em 2 a 2 entre Botafogo e Náutico, na noite desta quarta-feira, nos Aflitos em Recife, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. Três lances foram contra o time carioca, que com o resultado permaneceu na zona de rebaixamento da competição, com 12 pontos. E apenas um para os pernambucanos.

Os erros causaram grande revolta nos alvinegros, que ainda tiveram o volante Fahel expulso corretamente na etapa final da partida. Gilmar marcou os gols dos pernambucanos, que aproveitaram o desequilíbrio dos rivais em parte do segundo tempo para virar o marcador. Juninho e Reinaldo balançaram a rede para os cariocas.

Com o resultado, o time alvinegro passou a ocupa a 17ª colocação na tabela de classificação, com 12 pontos. Os pernambucanos permaneceram na lanterna, com apenas dez. Na próxima rodada, o Botafogo vai encarar o Internacional, no sábado, no Engenhão. No domingo, o Náutico pega o arquirrival Sport, na Ilha do Retiro. As duas partidas são válidas pela 14ª rodada da Série A.

Juninho marca um golaço e coloca o Botafogo em vantagem



Logo aos dois minutos, o Botafogo teve a sua primeira chance no jogo. André Lima disputou o lance com Vágner Silva e ganhou na cabeçada. O lance sobrou para Túlio Souza, que chutou de primeira. A bola passou rente ao travessão de Eduardo. Aos sete, Lucio Flavio cruzou da direita no pé do meia Renato. O jogador finalizou de primeira e acertou a rede pelo lado de fora.

Aos 14, o Náutico assustou os cariocas pela primeira vez. Galiardo passou por Batista e cruzou com força. Carlinhos Bala tentou cabecear, mas Wellington se antecipou e fez o corte. Na sequência, a zaga do Botafogo afastou o perigo. Sete minutos depois, o Alvinegro abriu o marcador. Lucio Flavio cobrou escanteio na entrada da área para Juninho. O zagueiro ajeitou o corpo e acertou uma bomba para marcar. No lance, o atacante André Lima, em impedimento, atrapalhou o goleiro Eduardo.

Aos 23, o volante Johnny deu uma cotovelada desleal em Lucio Flavio na frente do árbitro José Henrique de Carvalho, que nada fez. O jogador alvinegro, que ainda levou uma dura ao juiz, deixou o campo com o rosto sangrando (veja o lance no vídeo acima). Os cariocas seguiram melhor na partida, mesmo atuando fora de casa. Aos 30, Carlinhos Bala arriscou de fora da área e Castillo defendeu no meio do gol.

Quatro minutos depois, Juninho assustou o Náutico mais uma vez. O zagueiro bateu falta da intermediária e o goleiro Eduardo fez uma bela defesa, espalmando para o meio da área. Impedido, Fahel pegou a sobra e tocou para Túlio Souzar marcar. O gol foi anulado corretamente pelo árbitro. Aos 37, Anderson Santana quase empatou para os pernambucanos. O lateral-esquerdo chutou e a bola passou à direita de Castillo.

Após gol mal anulado do Bota, Náutico iguala o jogo



O Náutico foi o primeiro a assustar na etapa final. Aos seis, Carlinhos Bala cobrou falta da entrada da área e a bola passou por cima do gol de Castillo. Três minutos depois foi a vez de Lucio Flavio. O meia bateu falta da intermediária na cabeça de André Lima. O atacante desviou e a bola sobrou para Fahel, que tocou para a rede para ampliar o marcador. O árbitro atendeu o aceno equivocado do bandeirinha e anulou o lance, revoltando os alvinegros.

Aos dez, os pernambucanos quase empataram. Johnny cabeceou e Castillo se esticou todo para salvar os alvinegros. Um minuto depois, o árbitro marcou uma falta inexistente de Renato em Anderson Santana dentro da área e assinalou o pênalti. Na cobrança, Gilmar empatou a partida. O gol acordou o Náutico, que partiu para o ataque para tentar a virada.

E os donos da casa atingiram o seu objetivo aos 22. Aílton cruzou da esquerda para a direita e a bola sobrou para Carlinhos Bala. O jogador levantou a cabeça e aproveitou a bobeada de Juninho para tocar na cabeça de Gilmar. O atacante só teve o trabalho de cabecear para virar o marcador: 2 a 1 Náutico.

Aos 28, os pernambucanos perderam uma ótima chance de ampliar o placar. Ailton fez uma linda jogada e passou por dois adversários. O meia invadiu a área e tocou na saída de Castillo. Wellington salvou o time alvinegro. Três minutos depois, o Botafogo empatou. Juninho cobrou falta da intermediária e o goleiro Eduardo não conseguiu segurar. No rebote, Reinaldo igualou o marcador.

Logo após o gol de empate, Fahel, que já havia recebido um cartão amarelo por reclamação no lance do pênalti, fez uma falta na entrada da área em Ailton. O árbitro não pensou duas vezes e expulsou o volante alvinegro. Recuado para segurar o resultado, o Botafogo não assustou mais os rivais, que não conseguiram vencer dentro dos seus domínios.


Ficha técnica:
NÁUTICO 2 X 2 BOTAFOGO
NÁUTICO
Eduardo, Galiardo, Vágner Silva, Gladstone e Anderson Santana; Nilson, Johnny (Acosta), Derley e Ailton (Márcio Barros); Carlinhos Bala e Gilmar.
Técnico: Geninho.
BOTAFOGO
Castillo, Wellington, Juninho e Leandro Guerreiro; Túlio Souza (Jônatas), Fahel, Renato (Léo Silva), Lucio Flavio e Batista; Victor Simões e André Lima (Reinaldo).
Técnico: Ney Franco.
Gols: Juninho, aos 21 minutos do primeiro tempo; Gilmar, aos 13 minutos, Gilmar, aos 22 minutos, Reinaldo, aos 31 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Nilson, Gladstone, Carlinhos Bala, Derley e Vágner Silva (Náutico); Túlio Souza, Renato, Fahel, Juninho, Léo Silva (Botafogo).
Cartão vermelho: Fahel (Botafogo)
Estádio: Aflitos. Data: 22/07/2009.
Árbitro: José Henrique de Carvalho (SP).
Auxiliares: Ednilson Corona (SP) e Jose Antonio Chaves Franco Filho (RS).


GOIÁS 2X1 PALMEIRAS
Goiás vence Palmeiras de virada e impõe primeira derrota a Jorginho

O Palmeiras teve a chance de dormir na liderança isolada do Campeonato Brasileiro provisoriamente, mas vacilou nos minutos finais e acabou levando uma virada do Goiás, na noite desta quarta-feira, no Serra Dourada. O 2 a 1 para os goianos representou a primeira derrota do time sob o comando do interino Jorginho - antes disso, ele tinha vencido quatro jogos e empatado um.

A derrota também significou o fim da série de dez partidas sem derrotas no Campeonato Brasileiro. Somando os jogos da Libertadores com o Nacional, o time ficou 12 jogos sem perder -foi derrotado na segunda rodada do Nacional para o Inter, no Beira-Rio, em 17 de maio.

Agora, o time do Palestra Itália segue com 25 pontos, ainda em igualdade com o Atlético-MG, que joga nesta quinta contra o Fluminense. E torce para que os mineiros tropecem para que a disputa pela ponta se arraste para a próxima rodada, quando no domingo tem o clássico com o Corinthians, que será observado atentamente por Muricy Ramalho, seu novo comandante.

Já o Goiás fica com 20 pontos, na sétima posição e enfrenta o Atlético-MG, no Mineirão, também no domingo.

Jogo equilibrado na primeira etapa



Sem Maurício Ramos e Pierre, titulares absolutos que estavam suspensos, Jorginho apostou em Marcão e Sandro Silva para suprir as ausências. Na frente, Willians ganhou nova oportunidade ao lado de Obina, e o ataque palmeirense ganhou em velocidade. E a primeira boa jogada dos paulistas veio dos pés do novo xodó alviverde. Aos 9 minutos, Obina fez bela jogada pela esquerda, se livrou do marcador e bateu cruzado. Vitor cortou e evitou o gol dos visitantes.

Depois, foi a vez de o Goiás dar a resposta, aos 17 minutos. Felipe Menezes foi lançado por Amaral, obrigando Marcos a sair do gol e afastar o perigo. Após três minutos, os goianos levaram um susto com uma boa jogada tramada pelos palmeirenses. Harlei tirou o perigo da área na primeira tentativa e depois só torceu enquanto a bola de Wendel saísse à direita do gol.

O jogo foi bastante equilibrado, com as defesas prevalecendo em ambos os lados. Quando não era Marcos e cia que afastava o perigo pelo lado palmeirense, Harlei e seus companheiros repetiam a cena do lado do time da casa.

Nos 20 minutos finais da primeira etapa, o Goiás teve as melhores oportunidades de abrir o placar no Serra Dourada. Sempre aproveitando a velocidade de Vitor, que saiu quase no fim do primeiro tempo por conta de uma lesão muscular, os goianos assustaram com o rápido contragolpe, aos 28 minutos. Ele tabelou com Júlio César, que tocou para Felipe Menezes. O meia, improvisado no ataque, teve seu chute travado por Sandro Silva.

- É um jogo difícil e equilibrado. Quem errar menos vai sair vitorioso – analisou o meia Diego Souza na saída para o intervalo.

Palmeiras abre placar, mas leva virada



Na segunda etapa o Palmeiras voltou apressado em abrir o marcador. E conseguiu sair em vantagem aos 7 minutos. E em grande estilo. Diego Souza dominou a bola na intermediária, cortou Gomes e emendou um lindo chute de esquerda, fazendo 1 a 0 para os visitantes. Foi o terceiro gol do camisa 7 no Brasileiro, o 13º na temporada.

Com o ataque garantindo a vitória provisória, foi a vez da defesa, até então uma das melhores do Brasileiro, mostrar serviço. Léo Lima, estreando no time goiano, recebeu na área, se livrou de Marcos, mas não passou por Danilo, que salvou o gol de empate quase que em cima da linha.

Depois do gol, o Goiás passou a arriscar mais contra a meta palmeirense. E numa dessas investidas a equipe de Hélio dos Anjos conseguiu complicar as coisas para os paulistas. Júlio César invadiu a área e foi derrubado por Wendel. O juiz assinalou pênalti, que foi cobrado por Léo Lima. Marcos ainda se esticou e caiu para o lado certo, mas não conseguiu impedir que a bola morresse no fundo da sua rede. O 1 a 1 animou os torcedores no Serra Dourada e assanhou o time goiano.

Vendo o Palmeiras se contentar com os contragolpes, o Goiás partiu para cima dos paulistas. E em um dessas tentativas, Bruno Meneghel, que entrou no segundo tempo, conseguiu o gol da virada. Depois de boa jogada individual, ele se livrou de dois marcadores e arriscou. A bola ainda desviou em Marcão, enganando Marcos. No duelo de alviverdes, a festa no fim foi da torcida da casa.


Ficha técnica:
GOIÁS 2 x 1 PALMEIRAS
GOIÁS
Harlei; Ernando, Valmir Lucas, Leandro Euzébio; Vitor (Gomes), Amaral, Ramalho (Bruno Meneghel), Léo Lima, Julio Cesar; Iarley e Felipe Menezes.
Técnico: Hélio dos Anjos.
PALMEIRAS
Marcos, Wendel, Danilo, Marcão, Armero; Sandro Silva (Jumar), Edmílson, Cleiton Xavier, Diego Souza, Willians (Daniel Love) e Obina.
Técnico: Jorginho.
Gols: Diego Souza, aos 7 minutos do segundo tempo. Léo Lima, aos 30 minutos, e Bruno Meneghel, aos 44 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Jumar, Edmílson e Wendel (P). Léo Lima (G).
Estádio: Serra Dourada, em Goiânia. Data: 22/07/2009.
Árbitro: Evandro Rogério Roman (Fifa/PR).
Auxiliares: Roberto Braatz (Fifa/PR) e Enio Ferreira de Carvalho (DF).