quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Campeonato Paulista

BARUERI 0X4 BOTAFOGO
Botafogo-SP goleia o Barueri e assume a liderança provisória do Paulista



Com uma goleada de 4 a 0, o Botafogo-SP passou pelo Barueri, na noite desta quarta-feira, em Presidente Prudente, e assumiu a liderança provisória do Campeonato Paulista, com 13 pontos – dois a mais que o Corinthians, que perdeu para a Ponte Preta, nesta quarta, e três a mais que o Santos, que joga com o Santo André na quinta, pela sexta rodada do Estadual. Dono de uma das melhores defesas da competição, o time de Ribeirão Preto não deu chances para os rivais, que só venceram uma vez na competição e seguem com seis pontos.

Freire, de cabeça, abriu o placar para o time de Ribeirão, com apenas nove minutos de bola rolando. Em cobrança de falta, aos 41 da primeira etapa, Andrezinho ampliou. Malaquias e Willian, na etapa final, completaram a goleada.


SÃO PAULO 3X0 SÃO CAETANO
Em sua melhor atuação na temporada, São Paulo bate o Azulão e entra no G-4



Na véspera da partida contra o São Caetano, o técnico do São Paulo, Ricardo Gomes, avisou que o time que entraria em campo seria aquele que estrearia na Taça Libertadores, assim todos poderiam esperar que a equipe mostraria em campo que está em franca evolução. Pelo apresentado em campo nos 90 minutos da vitória por 3 a 0 sobre o Azulão, na noite desta quarta-feira, na Arena Baruei, o torcedor tem motivos para sorrir, ficar feliz e se encher de esperança (assista aos gols no vídeo ao lado).

Na sua melhor apresentação neste começo de temporada, o Tricolor do Morumbi venceu com autoridade e entrou no G-4 do Campeonato Paulista, ocupando a vice-colocação, com 11 pontos, dois a menos que o surpreendente líder Botafogo-SP - o time pode até ser superado, mas as chances de perder três posições são bem remotas.

Para isso, a rodada de quinta-feira precisaria terminar com a seguinte combinação de resultados: vitória de Santos ou Santo André (as duas equipes se enfrentam no ABC Paulista), uma vitória por três gols de diferença do Palmeiras sobre a Portuguesa; e uma goleada do Mogi Mirim diante do Mirassol por nada menos que nove gols de vantagem.

Confira a classificação e os próximos jogos do Campeonato Paulista

As duas equipes voltarão a campo no próximo domingo, pela sétima rodada do Estadual. O São Paulo faz o clássico contra o Santos, às 17h (de Brasília), na Arena Barueri. Já o São Caetano - que completou três jogos sem vencer e, com oito pontos, caiu para a nona posição e ainda pode despencar mais quatro na tabela - buscará a reabilitação diante do Mirassol, às 19h30m (de Brasília), no estádio José Maria de Campos Maia.

Um começo arrasador do Tricolor

O início de partida do São Paulo empolgou. Com apenas seis minutos, a equipe já havia criado três oportunidades. Aos dois, a primeira: Marcelinho Paraíba desceu pela esquerda e cruzou para Washington, que dominou e bateu à direita do gol de Luiz. No lance seguinte, Jean recebeu passe de Hernanes e, já na área, bateu rasteiro, também à direita da meta adversária. Para completar, aos seis, novamente Washington recebeu passe açucarado de Marcelinho Paraíba e mandou por cima do gol.

O São Caetano, que até então só assistia ao jogo, assustou aos sete, em lance de Wanderley, que Rogério Ceni defendeu com o peito. Mas ficou nisso. Até os 20 de bola rolando, os comandados de Ricardo Gomes mantiveram o domínio da partida. A grande novidade no posicionamento da equipe da capital foi a total liberdade dada pelo treinador a Marcelinho Paraíba e Dagoberto, que alternavam os lados do gramado. Pelo meio, Hernanes também se aproximava, facilitando bastante a vida de Washington, que passou a ser municiado constantemente.

Se do meio para frente, as coisas funcionavam bem, defensivamente ficou claro que o time vai levar um tempo para assimilar a saída de André Dias, que, como o próprio técnico havia lembrado antes do confronto, era o único que sabia fazer a sobra. A partir da metade do primeiro, o Azulão passou a ter mais espaço para tocar a bola, chegando à área adversária. Everton Ribeiro, aos 18, entrou livre na área, mas, em vez de chutar, preferiu cruzar, e a zaga tricolor afastou o perigo.



Aos 24, quando o time do ABC já havia equilibrado a partida, o São Paulo abriu o marcador. Pela terceira vez na partida, Washington recebeu passe açucarado na área, desta vez de Dagoberto, após bela jogada pela esquerda. Desta vez, o Coração Valente foi mais feliz na conclusão e, de pé direito, mandou no ângulo de Luiz: 1 a 0. Em desvantagem, o São Caetano foi para frente. Aos 33, Wanderley assustou Rogério Ceni em chute de fora da área.

Ao mesmo tempo em que passou a rondar com perigo a área adversária, o Azulão passou a deixar espaços para o Tricolor jogar da maneira que mais gosta, ou seja, no contra-ataque. E foi assim que saiu o segundo gol, aos 36. Marcelinho Paraíba avançou livre e, na entrada da área, foi travado por Jairo. Na sobra, Dagoberto avançou e tocou na direita para Washington, que recebeu e cruzou na medida para o mesmo Dagoberto fuzilar no ângulo: 2 a 0. Um belo gol.

Vitória encaminada, era a hora de experimentar

Satisfeito com o desempenho da equipe, Ricardo Gomes aproveitou para fazer experiências. Ele sacou o zagueiro Renato Silva e colocou o estreante Cléber Santana. Com isso, Richarlyson foi recuado para a zaga. Depois, tirou Marcelinho Paraíbapara a entrada de Léo Lima. As mudanças, no entanto, fizeram o time diminuir seu ritmo.

Sem Marcelinho Paraíba, que ao lado de Dagoberto confundia a marcação adversária, o Tricolor tornou-se previsível, valorizando a posse de bola e esperando o momento certo para atacar. Como o São Caetano também continuava sem levar perigo, o jogo perdeu muito em qualidade.

A primeira jogada de perigo surgiu apenas aos 27 minutos, quando Washington, de cabeça, exigiu bela defesa de Luiz após cruzamento de Jean pelo lado direito. O adversário respondeu em lance de Wanderley no minuto seguinte, mas Rogério Ceni apareceu bem. Aos 32, após cruzamento da esquerda, Xandão foi afastar de cabeça e quase marcou gol contra.

Sem ser ameaçado, o Tricolor diminuiu ainda mais o ritmo, e o São Caetano seguia batalhando pelo primeiro gol. Aos 39, Wanderley chutou pela esquerda, Rogério Ceni falhou, e a bola bateu no travessão. Quatro minutos depois, um replay do lance anterior: Wanderley voltou a arriscar, o goleiro são-paulino defendeu parcialmente, e a bola acertou a trave. Já nos acréscimos, Hernanes, que até então estava em noite apagada, avançou pelo meio-campo e, em belo chute de fora da área, acertou o canto esquerdo de Luiz, colocando números finais no marcador.


Ficha Técnica:
SÃO PAULO 3 x 0 SÃO CAETANO
SÃO PAULO
Rogério Ceni, Renato Silva (Cléber Santana), Xandão e Miranda; Jean, Hernanes, Richarlyson, Marcelinho Paraíba (Léo Lima) e Jorge Wagner; Dagoberto e Washington (Henrique).
Técnico: Ricardo Gomes.
SÃO CAETANO
Luiz, Artur, Marcelo Batatais, Anderson Marques e Bruno Recife; Romario (Eduardo), Jairo, Luciano Mandi e Everton Ribeiro; Vanderley e Hugo.
Técnico: Antônio Carlos.
Gols: Washington, aos 24, e Dagoberto, aos 36 minutos do primeiro tempo; Hernanes, aos 46 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Renato Silva, Cléber Santana e Jorge Wagner (São Paulo); Artur e Éverton Ribeiro (São Caetano).
Estádio: Arena Barueri. Data: 03/02/2010.
Árbitro: Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral.
Auxiliares: Hílton Francisco de Mello e Daniel Luís Marques.
Renda: R$ 112.063,75. Público: 4.875 pagantes.


PONTE PRETA 2X1 CORINTHIANS
Desafeto de Mano, Finazzi dá vitória à Ponte Preta e tira Timão da liderança



No dia da estreia do novo modelo do terceiro uniforme, o Corinthians foi castigado por um velho conhecido: Finazzi. Com passagem apagada pelo Timão em 2008, o atacante deixou o clube rompido com Mano Menezes, por não concordar com o estilo de trabalho do técnico. E nesta quarta-feira ele teve a sua “vingança”. Foi dele o gol da vitória por 2 a 1 , de virada, da Ponte Preta, em Campinas, pela sexta rodada do Paulistão.

Assim, com os triunfos do Botafogo sobre o Barueri e do São Paulo em cima do São Caetano, o Corinthians caiu da primeira para a terceira colocação na tabela - o clube de Ribeirão Preto ocupa agora a liderança. Já a Macaca chegou aos mesmos 11 pontos do time da capital e passou a figurar no G-4. Essa configuração, porém, pode mudar com o complemento da rodada nesta quinta-feira. O Santos, com 10 pontos, pega fora de casa o Santo André, e o Palmeiras, com 8, recebe a Portuguesa.

O tropeço em Campinas acabou também com uma invencibilidade de 28 jogos do Timão no Paulista. Campeão invicto na temporada passada, a equipe do Parque São Jorge não perdia na competição desde o dia 6 de abril de 2008, quando caiu diante do Noroeste, em Bauru, na última rodada da fase de classificação daquele ano.

Pelo Paulistão, o Corinthians volta a campo no sábado, às 17h (de Brasília), contra o Sertãozinho, no estádio do Pacaembu. Já a Ponte Preta joga no domingo, às 19h30m (também de Brasília). A Macaca recebe a Portuguesa, no Moisés Lucarelli, em Campinas.

Na bota, na boca e na trave



Falta, falta e mais falta. Embora o árbitro Rodrigo Braghetto não tenha mostrado nenhum cartão amarelo, a primeira parte do duelo entre Ponte Preta e Corinthians foi bastante faltosa – foram 26 infrações no total, 13 do time de Campinas e 13 da equipe da capital. Até por isso, os lances de perigo foram escassos.

O Timão até que tentou pressionar aos dois minutos, com cabeçada de Danilo, após falta alçada na área por Edu. Mas a bola foi por cima. Com o jogo truncado, somente aos 13 minutos o torcedor pôde ver outro lance de perigo. E da Macaca. Edilson bateu falta, Danilo desviou contra e acertou a trave. No rebote, Fabiano Gadelha não concluiu bem.

As seguidas faltas de ambos os lados provocaram uma discussão entre Mano Menezes, do Corinthians, e o goleiro Eduardo Martini, da Ponte Preta, aos 26 minutos. Após Danilo levar a pior em dividida com Guilherme, o camisa 1 da Macaca foi falar com o árbitro. O treinador corintiano, então, esbravejou dizendo para ele voltar ao seu lugar, o gol.

Passado o nervosismo, o Corinthians começou a tocar um pouco mais a bola. E chegou com perigo aos 35 minutos. Edu tocou para Escudero na esquerda. O argentino dominou, olhou para a área e cruzou. Boquita, mostrando oportunismo, se antecipou aos marcadores e cabeceou no travessão, dando um susto em Eduardo Martini (assista no vídeo acima).

Apesar de as duas equipes tentarem chegar ao ataque, a boa marcação dos dois lados impedia a criação de mais jogadas de perigo. Assim, o zero prevaleceu no placar.

Finazzi decisivo



O Corinthians voltou para a etapa final com a mesma formação que encerrou o primeiro tempo. Já o técnico Sérgio Guedes fez uma alteração na Ponte Preta. Sacou Deda e mandou a campo Danilo Portugal. Sangue novo, ele procurou se movimentar bastante em campo e até arriscou um chute de longa distância aos sete minutos.

Com Dentinho e Iarley se movimentando mais em frente à zaga da Macaca, o Timão tentava levar perigo, mas a dificuldade em achar espaço para finalizar continuou. A Ponte, por outro lado, apostava em algumas jogadas pelas laterais. Mas os cruzamentos ou paravam na defesa corintiana ou então nas mãos do goleiro Felipe.

Aos 17, enfim, o placar foi aberto. Jucilei recebeu a bola de Escudero, se livrou de Fabiano Gadelha e chutou forte de perna direita, de fora da área. O goleiro Eduardo Martini tentou espalmar, mas falhou e viu a rede balançar (veja o vídeo acima). Após o gol, Mano Menezes orientou o volante a ficar na proteção da zaga. Antes, ele tinha dado bronca no atleta por ir muito à frente.

O Corinthians, porém, não comemorou por muito tempo a vantagem no marcador. Aos 25 minutos, o árbitro Rodrigo Braghetto assinalou pênalti de Escudero em cima de Finazzi, ex-Timão. Na cobrança, aos 26, Fabiano Gadelha bateu forte, no canto alto direito de Felipe. Esse foi o terceiro gol do atacante na temporada.

Com o empate, a Ponte cresceu em campo e chegou à virada quatro minutos depois. Vicente fez bom cruzamento da esquerda e Finazzi completou de primeira: 2 a 1. Nos acréscimos, o Corinthians chegou a pressionar com chutes de fora da área de Dentinho e Tcheco, mas a Macaca se segurou.


Ficha técnica:
PONTE PRETA 2 x 1 CORINTHIANS
PONTE PRETA
Eduardo Martini, Edílson, Jean, Léo Oliveira e Vicente; Deda (Danilo Portugal), Guilherme, Manteiga e Tinga (Finazzi); Fabiano Gadelha e Leandrinho (Galiardo).
Técnico: Sérgio Guedes.
CORINTHIANS
Felipe, Alessandro, Chicão, William e Escudero (Tcheco); Jucilei, Edu, Boquita e Danilo (Morais); Dentinho e Iarley (Edno).
Técnico: Mano Menezes.
Gols: Jucilei, aos 17, Fabiano Gadelha, aos 26, e Finazzi, aos 30 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Edílson (P); Escudero (C).
Estádio: Moisés Lucarelli, em Campinas (SP). Data: 03/02/2010.
Árbitro: Rodrigo Braghetto.
Auxiliares: Rafael Ferreira da Silva e Leonardo Ferreira Alves.

Confira os resultados desta quarta-feira pelo Paulista:

Primeira fase - sexta rodada
Quarta, 03/02
Monte Azul 2 x 2 Ituano
Sertãozinho 1 x 1 Rio Claro
Oeste 2 x 2 Paulista