
Na estréia em Pequim, 'verdadeira' Rússia aparece em quadra e desbanca a Sérvia
Quem disse que não dá para esconder o jogo? Foi o que a Rússia fez durante a Liga Mundial ao ficar apenas com a medalha de bronze. Se tivesse jogado da forma como enfrentou a Sérvia na estréia dos Jogos Olímpicos de Pequim, partida que acabou na madrugada deste domingo, quando venceu de virada por 3 sets a 1 (20/25, 25/21, 25/22 e 25/14), a posição no pódio do Rio de Janeiro poderia ter sido a mais alta.
Com a lembrança da Liga Mundial na cabeça, a Sérvia entrou em quadra como favorita por ter sido a vice-campeã. Influenciada pela posição e, principalmente, pela forte atuação do gigante Ivan Miljkovic, a Sérvia largou na frente e fechou o primeiro set: 25 a 20.
A verdadeira Rússia entra em quadra
Foi quando apareceu a verdadeira equipe russa, aquela que sabe a hora certa de sacar forte, possui um ataque potente e melhorou muito a sua defesa. No segundo set, comandada pelo experiente Vladimir Alekno, a Rússia tomou a dianteira e não permitiu que o adversário tentasse uma reação: 25/21.
O período seguinte foi uma repetição do anterior. Com um forte conjunto, marcou 25/22 e jogou a responsabilidade para a Sérvia. Esta sentiu a pressão e no quarto s

ITÁLIA 3X1 JAPÃO
Itália cede um set, mas vence o Japão na sua estréia nas Olimpíadas de Pequim
A seleção italiana não se interessou em disputar como convidada a fase final da Liga Mundial, realizada no Rio de Janeiro no fim de julho, para se preparar para os Jogos Olímpicos de Pequim. Na estréia na China, apesar de ceder um set ao Japão, a Itália venceu por 3 sets a 1, com parciais de 25/19, 25/18, 23/25 e 25/17.
A equipe italiana passa pela desconfiança do cenário do vôlei mundial. Depois de dominar por anos o esporte, teve uma queda brusca e agora quer a recuperação. Um bom início de seria uma razoável campanha nos Jogos Olímpicos. Logo na estréia, uma vitória em cima do Japão.
A Itália teve o domínio do jogo. Somente no terceiro set, se desconcentrou. Foi quando, por pouco diferença no placar, cedeu a vitória ao Japão. Em 1h31m de jogo, os italianos fizeram 25/19, 25/18, 23/25 e 25/17.

EUA suam para vencer a Venezuela
Os Estados Unidos estrearam na madrugada deste domingo no torneio masculino de vôlei dos Jogos Olímpicos de Pequim e tiveram muito trabalho para vencer a Venezuela por 3 sets a 2, com parciais de 25/18, 25/18, 22/25, 21/25 e 15/10, em 2h01m.
A dificuldade imposta pelos venezuelanos surpreendeu pelo fato de que encaravam os atuais campeões da Liga Mundial, em que a Venezuela sequer se classificou para as finais. Os americanos, por sua vez, venceram o Brasil nas semifinais no Maracanãzinho, Rio de Janeiro. Além disso, esta era a primeira partida da seleção masculina de vôlei da Venezuela em um torneio olímpico.
O primeiro set foi equilibrado até o 16º ponto venezuelano. A partir daí os americanos tomaram conta do jogo e venceram com facilidade a equipe comandada pelo técnico brasileiro Ricardo Navajas por 25 a 18. Os Estados Unidos, aliás, foram comandados à beira da quadra pelo auxiliar técnico Ronald Larsen, já que o treinador Hugh McCutcheon estava abalado devido ao falecimento de seu sogro, assassinado neste sábado (horário de Brasília) em Pequim.
Se o equilíbrio marcou o início do primeiro set, no segundo os americanos, que contaram com grandes atuações do levantador Lloy Ball e do oposto Clayton Stanley tomaram as rédeas da partida desde os primeiros pontos e quando foram para o primeiro tempo técnico venciam por confortáveis 8 a 4. O domínio só aumentou e o placar do primeiro set se repetiu.
Venezuelanos reagem e levam jogo para o tie break
A equipe da Venezuela voltou para o terceiro set disposta a mostrar que não disputava sua primeira olimpíada por acaso e endureceu a partida contra os americanos. As duas seleções se alternaram na liderança no placar até que os venezuelanos venceram por 25 a 22. A derrota abateu os americanos, que voltaram irreconhecíveis para o quarto set. Mais confiante, a Venezuela dominou as ações e controlou o jogo, fechando em 25 a 21.
No tie break os americanos recuperaram o domínio dos nervos e voltaram a desenvolver o jogo apresentado nos dois primeiros sets. Dominando o placar desde os primeiros pontos, não tiveram maiores dificuldades para fechar o jogo em 15 a 10.

BRASIL 3X0 EGITO
Brasil vence rival fraco, mas mostra que pode dar a volta por cima em Pequim
A seleção brasileira masculina de vôlei demonstrou que é possível juntar os cacos depois de uma grande decepção. Após o quarto lugar na Liga Mundial do Rio de Janeiro, pior resultado em oito anos da “Era Bernardinho”, e uma briga durante um treino, a equipe mostrou que pode dar a volta por cima. Mesmo enfrentando uma equipe fraca como o Egito, o Brasil entrou com uma postura agressiva em quadra e venceu na estréia dos Jogos Olímpicos de Pequim por 3 sets a 0, com parciais de 25/19, 25/15 e 25/18. Foi o primeiro passo do time para o bicampeonato olímpico.
Desde que Bernardinho assumiu o comando do Brasil, em 2001, a seleção acumula mais de vinte títulos, incluindo, além do ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004, dois Campeonatos Mundiais, duas Copas do Mundo e seis Ligas Mundiais. O técnico espera que, apesar dos acontecimentos dos últimos dias, o ciclo seja encerrado com sucesso, consagrando ainda mais os jogadores. E a vitória na estréia foi essencial para que o desejo do treinador se concretize.

A partida começou com uma hora de atraso em função do jogo anterior entre EUA e Venezuela, que foi para o tie-break. Como já vinha fazendo nos jogos da Liga Mundial, o técnico Bernardinho optou por deixar o meio-de-rede Rodrigão no banco e pôs em quadra o levantador Marcelinho, os ponteiros Giba e Dante, o oposto André Nascimento, os centrais Gustavo e André Heller, além do líbero Serginho.
Os primeiros quatro pontos da partida foram de erros do Egito, o que deram a frente do placar para o Brasil. Um bloqueio de André Nascimento e André Heller deu o quinto ponto. Marcelinho seguiu no saque até o sexto, quando errou o serviço e o Egito rodou pela primeira vez. A partir daí, a vantagem que era de seis caiu. Os egípcios cresceram, usando bem o bloqueio e forçando o saque. Com 13 a 9, chegaram a fazer uma linda jogada: salvaram um ataque no fundo, correram para salvar a bola e contra-atacaram com eficiência. O ginásio foi à loucura. Mas Dante logo acabou com a festa ao cravar da linha de 3 metros e fazer 14 a 9.
O Brasil penou um pouco no meio do set com os saques dos egípcios. Estava difícil acertar o passe, já que com a bola nova o fundamento fica complexo. Mas as demais jogadas sustentaram a seleção na frente do marcador. O bloqueio consistente com Giba e os centrais deram o set point ao Brasil, que desperdiçou ao não conseguir defender, apesar do esforço do líbero Serginho, o ataque rival. Na seqüência, porém, um golpe de vista do jogador garantiu o set: 25 a 19.

No segundo set, os brasileiros deram continuidade ao que fizeram no período anterior. Apesar da dificuldade no passe, os demais fundamentos funcionaram com eficiência. O tão cobrado bloqueio apareceu com Gustavo, jogador que nas finais da Liga Mundial esteve apagado. Na verdade, a principal diferença, não só nele, mas na equipe, foi a postura. Agressivos, os jogadores deixaram de lado a apatia que tomou conta no fatídico fim de semana dos dias 26 a 27 de julho e jogaram o conhecido vôlei do Brasil. Assim, fecharam em 25 a 15.
O terceiro set foi o mais fácil de todos. Depois do nervosismo da estréia no primeiro período, o Brasil foi se acertando ainda mais em quadra e dificultando a vida do Egito. Marcelinho conseguiu distribuir bem as bolas, tirando o ataque do bloqueio. Neste momento da partida, o passe já não era problema. Serginho e Giba estavam certinhos na posição de recepção. Com 11 a 8 no placar, o técnico Bernardinho substituiu André Heller por Rodrigão. Bruninho e Anderson também entraram na inversão de 5-1, saindo André Nascimento e Marcelinho. Com a seleção brasileira rendendo bem em quadra, 20 a 15, Murilo entrou no lugar de Dante. O levantador deu o 23º ponto para o Brasil ao fazer um ace. Um triplo bloqueio da seleção encerrou em 25 a 18.
BULGÁRIA 3X1 CHINA
Liderada por Kaziyski, Bulgária confirma favoritismo e bate a China no masculino
Última das consideradas a favoritas a entrar em quadra, a Bulgária de Matey Kaziyski estreou com vitória no torneio masculino de vôlei destes Jogos Olímpicos. Nem mesmo toda a torcida da dona da casa foi suficiente para os chineses evitarem a derrota por 3 sets a 1, parciais de 25/20, 25/21, 26/28 e 25/19, em 1h41m de partida.
Com o resultado, os búlgaros passaram à liderança do Grupo A, com dois pontos, junto com Itália e Estados Unidos, atuais campeões da Liga Mundial. Após a vitória deste domingo sobre o Egito, o Brasil ocupa a liderança do Grupo B, ao lado da Rússia, com a Sérvia na terceira colocação. A próxima partida da Bulgária será na próxima terça-feira, contra o Japão, logo depois de China x Venezuela.

Polônia vence a Alemanha no vôlei masculino
Em jogo válido pela chave do Brasil nos Jogos Olímpicos de Pequim, a Polônia derrotou a Alemanha neste domingo por 3 sets a 0. A partida marcou a estréia das seleções no torneio de vôlei masculino e teve parciais de 25/17, 33/31 e 25/20.
Os alemães voltam à quadra nesta segunda-feira para enfrentar a Rússia, que venceu a Sérvia na estréia. Na terça, os poloneses encaram o Egito, derrotado pelo Brasil na primeira rodada.
Presente na fase final da última Liga Mundial, disputada no Rio de Janeiro, a Polônia começou bem o jogo. Abriu boa vantagem depois do segundo tempo técnico e fechou o primeiro set em 25 a 17.
A segunda parcial foi marcada por muita emoção e forte equilíbrio. Os alemães fizeram jogo duro, mas os poloneses ganharam por 33 a 31, após 34 minutos.
No terceiro set, a Polônia voltou a demonstrar seu favoritismo e manteve o controle da partida. Chegou a abrir sete pontos de diferença (21 a 14) e não teve dificuldades para selar a vitória com um 25 a 20.