Uruguai e Equador não saem do zero em Montevidéu
Em jogo morno, o Uruguai tropeçou em casa ao ficar apenas no 0 a 0 com o Equador, nesta quarta-feira, no estádio Centenário de Montevidéu, pela oitava rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2010.
O resultado coloca a Celeste na segunda posição com 12 pontos, mas ainda pode ser ultrapassada por Colômbia e Chile nesta quarta. O Equador segue em sétimo, com nove. Uruguaios e equatorianos vinham de vitórias, contra Colômbia e Bolívia, respectivamente.
O primeiro tempo de jogo foi morno. O Uruguai teve mais posse de bola, mas não conseguiu entrar na área adversária. As opções foram os cruzamentos e os chutes de fora da área, como o de Nacho González, aos 19 minutos, defendido por Cevallos.
Já o Equador cumpriu bem o seu papel: com sua linha de defesa bem recuada, se segurou atrás. Na frente, no entanto, as chances foram nulas. Guerrón, aberto pela ponta direita, foi a melhor opção, mesmo sempre isolado.
Os equatorianos mudaram de posturam na etapa final e colocaram mais velocidade no jogo. O efeito foi quase imediato. Em três minutos, duas chances para os visitantes, em chute de Méndez e em cruzamento perigoso do Guerrón.
A nova estratégia dos visitantes favoreceu o Uruguai, que teve mais espaço para jogar. Bueno, aos seis, recebeu grande passe de Forlán e chutou em cima do goleiro Cevallos.
O técnico Oscar Tabárez lançou o Uruguai de vez para o ataque ao colocar tirar o apoiador González para a entrada do atacante Suárez. Após o recuo do adversário, acomodado com o empate, os anfitriões partiram para cima, mas não aproveitaram as oportunidades.

Chile sacode a poeira com goleada sobre a Colômbia em Santiago
O Chile mostrou nesta quarta-feira que soube assimilar bem o golpe sofrido diante do Brasil no último domingo. Jogando no mesmo estádio Nacional de Santiago, em jogo pelas eliminatórias sul-americanas, os comandados de Marcelo Bielsa atropelaram a Colômbia: 4 a 0.
Com o resultado, o Chile voltou à zona de classificação para a Copa do Mundo, com 13 pontos, quatro a menos que o líder Paraguai ( confira aqui a tabela de classificação ). A Colômbia permaneceu com dez pontos, fora das cinco primeiras posições.
Jara, Suazo, Fuentes e Matías Fernández fizeram os gols do Chile no jogo. A equipe local pouco foi ameaçada e, principalmente depois que abriu o marcador, mandou no jogo sem dar chances ao rival.
O primeiro gol saiu aos 25 minutos. Após cobrança de escanteio, a bola foi afastada e Sánchez voltou a levantá-la na área. O zagueiro Medel escorou para o meio e outro defensor, Jara, tocou para a rede quase embaixo dos paus.
Com a vantagem, a torcida chilena se inflamou e o time correspondeu em campo. Suazo, que perdeu gols contra o Brasil, não perdoou depois de receber no lado direito da área. O atacante ainda contou com um desvio na zaga para fazer 2 a 0.
No segundo tempo, o panorama não mudou e o Chile conseguiu ampliar. Após bola chutada por Sánchez, Fuentes, em posição irregular, raspou de cabeça e fez o terceiro. Coube a Matías Fernández, em lindo chute de fora da área, fechar o caixão colombiano em Santiago.
O flamenguista Fierro, que tinha chances de ser titular na seleção chilena, acabou por entrar em campo apenas aos 43 minutos do segundo tempo. Ele mal teve tempo de tocar na bola.


BRASIL 0X0 BOLÍVIA
Brasil irrita torcida no Engenhão e não sai do zero com a Bolívia
Público abaixo do esperado, futebol idem. Após bela atuação e goleada sobre o Chile no domingo, o Brasil jogou mal nesta quarta-feira e ficou no 0 a 0 com a lanterna Bolívia, que ainda teve um jogador expulso no início do segundo tempo. A seleção foi muito vaiada no Engenhão e ouviu a torcida carioca cantar “adeus, Dunga” e gritar "olé" para os bolivianos no final da partida.
O resultado deixa o Brasil com 13 pontos, na segunda colocação das eliminatórias para a Copa. O líder é o Paraguai, que tem 17. Argentina e Chile também somam 13, mas perdem para os brasileiros no saldo de gols. A Bolívia tem apenas cinco, em último.
Com capacidade para 45 mil pessoas, o Engenhão recebeu 31.422 torcedores nesta quarta. Um número considerado baixo, já que a CBF esperava esgotar todos os ingressos no primeiro dia de venda. Quem foi ao estádio se irritou com a falta de atitude do time de Dunga, que não conseguiu furar a retranca boliviana e pouco lembrou o futebol apresentado contra o Chile. Por ironia do destino, o próximo jogo da seleção no Brasil provavelmente será de novo no Rio, em 15 de outubro, contra a Colômbia. Mas desta vez no Maracanã. Três dias antes, a equipe enfrenta a Venezuela, em San Cristobal.
Luis Fabiano, principal jogador no 3 a 0 sobre o Chile em Santiago, quase não tocou na bola, mas quase cavou um pênalti aos 42 do segundo tempo. Ronaldinho procurou pouco a bola na partida, assim como Robinho. O lateral-esquerdo Juan, preferido dos flamenguistas, foi quem mais participou do jogo, mas não conseguiu o gol. Diego levou o segundo cartão amarelo e abre lugar para Kaká voltar ao time contra a Venezuela.
Gritos até por Obina
Se contra o Chile havia espaço de sobra para jogar, o Brasil encontrou dificuldades para superar a defesa da Bolívia, que entrou em campo como a mais vazada das eliminatórias: eram 20 gols sofridos em sete partidas.
A primeira reação da torcida no Engenhão foi aos 17, quando Maicon cruzou da direita, Luis Fabiano subiu bem e cabeceou por cima. Um grito de “uh” no estádio, não de vaia, mas de lamento pela bola para fora.
Três minutos depois, a melhor chance do primeiro tempo. Ronald Garcia arriscou de longe, Julio César rebateu e Jaime Moreno, dentro da área, chutou rente ao gol brasileiro. A partir daí, a torcida carioca começou a perder a paciência com a seleção.
Aos 24, Maicon errou um cruzamento e o Engenhão ouviu as primeiras vaias ao time de Dunga. Três minutos depois, a equipe errou muitos passes no meio-campo e o volume das reclamações aumentou. Aos 35, até gritos por Obina saíram das arquibancadas, puxados, claro, por flamenguistas. Outro rubro-negro a chamar a atenção era o lateral-esquerdo Juan. Quando pegava na bola, os fãs do Fla aplaudiam, mas os dos outros clubes cariocas vaiavam.
Robinho cava expulsão de boliviano
Quando o árbitro equatoriano Alfredo Intriago apitou o intervalo, muitas vaias. A torcida chegou a cantar até “Adeus, Dunga”. Os jogadores deixaram o gramado reclamando da retranca boliviana.
No segundo tempo, em oito minutos o Brasil ficou com mais espaços: Ignacio Garcia dividiu com Robinho, o brasileiro foi esperto, caiu com a mão na perna e o juiz deu cartão vermelho para o boliviano.
Mesmo assim, a seleção pouco chegava perto do goleiro Arias. Aos 15, Dunga tirou Lucas e colocou Júlio Baptista. O resultado? Vaias e gritos de “burro”. A torcida resolveu pegar no pé do time e vaiava Josué e Ronaldinho sempre que pegavam na bola.
A entrada de Júlio Baptista deixou o Brasil mais ofensivo. Aos 20, Juan cruzou para Ronaldinho na área, mas a zaga afastou. Quatro minutos depois, a melhor jogada brasileira no jogo: após bela troca de passes entre Luis Fabiano, Robinho e Diego, Júlio Baptista chutou de fora e Arias defendeu.
Aos 30, a chance de Juan: Ronaldinho rolou para o lateral na entrada da área, mas o camisa 6 chutou por cima, para desespero dos flamenguistas no estádio. Logo depois, o camisa 10 deixou o gramado muito vaiado para a entrada de Nilmar.
Pablo Escobar, contratado recentemente pelo Ipatinga, entrou no lugar de Marcelo Moreno e em seu primeiro lance fez falta em Josué quase na linha da grande área. Elano cobrou nas mãos do goleiro boliviano, aos 34.
Aos 46, o último "uh", também por lamento. Após cruzamento em falta, Júlio Baptista subiu bem e cabeceou rente à trave esquerda.
Ficha técnica:
BRASIL 0 x 0 BOLÍVIA
BRASIL
Julio César, Maicon, Lúcio, Luisão, Juan; Josué, Lucas (Júlio Baptista), Diego (Elano); Robinho, Ronaldinho Gaúcho (Nilmar) e Luis Fabiano.
Técnico: Dunga.
BOLÍVIA
Arias, Hoyos, Raldes, Ignacio Garcia, Rivero; Flores, Robles, Ronald Garcia, Vaca (Botero); Marcelo Moreno (Pablo Escobar) e Jaime Moreno (Gutierrez) .
Técnico: Erwin Sánchez .
Cartões amarelos: Josué, Juan, Diego (BRA), Jaime Moreno, Hoyos (BOL).
Cartão Vermelho: Ignacio Garcia
Estádio: João Havelange, no Rio de Janeiro. Data: 10/09/2008.
Público: 31.422 presentes. Renda: R$ 3.047.770,00.
Árbitro: Alfredo Intriago (EQU).
Auxiliares: Félix Badaraco (EQU) e Juan Cedeño (EQU).

Argentina deixa escapar no fim do jogo em Lima a vitória e a vice-liderança
Em mais uma fraca atuação, a exemplo do que ocorrera no sábado, em Buenos Aires, contra o Paraguai, a Argentina acabou castigada no fim e deixou escapar uma vitória que não merecia sobre o Peru, em Lima, em jogo que terminou no início da madrugada desta quinta-feira (no horário de Brasília). O empate de 1 a 1, acabou favorecendo o Brasil, que se manteve na vice-liderança das eliminatórias sul-americanas da Copa do Mundo de 2010.
Agora Brasil e Argentina têm 13 pontos, quatro a menos que o Paraguai, mas os brasileiros levam vantagem no saldo de gols: 7 contra 6. Os peruanos, que haviam conseguido a primeira vitória nas eliminatórias contra a Venezuela, no sábado, permanecem em penúltimo lugar, com apenas sete pontos, o mesmo que os venezuelanos, mas com saldo bem pior: -11 a -4.
A seleção argentina teve durante toda a partida uma postura mais ofensiva, e a peruana, mesmo jogando em casa, pensava primeiro anular os jogadores mais importantes do adversário para depois tentar surpreender num contra-ataque. Riquelme e Messi, cada um no seu estilo, não estiveram muito inspirados na partida, o que prejudicou a atuação argentina.
Depois de um primeiro tempo muito fraco, a segunda etapa só engrenou a partir dos 20 minutos, quando em chute de Chávez Castillo, Carrizo salvou a Argentina com grande defesa. O goleiro argentino voltaria a fazer bela defesa aos 29, em perigosa cabeçada de Vargas.
Gols na parte final da partida
A Argentina respondeu aos 35, após cobrança de falta de Riquelme, que Demichellis cabeceou por cima do travessão, mesmo completamente livre na pequena área. Dois minutos depois, Cambiasso recebeu de Messi, desviou para o gol de pé esquerdo e parecia que daria a vitória para os argentinos.
Mas na garra, os peruanos empataram em lance parecido com o gol argentino. No último lance da partida, aos 48 minutos, Vargas fez grande jogada pela esquerda e cruzou rasteiro para Espinoza desviar por baixo de Carrizo.
Os próximos jogos dos argentinos serão contra o Uruguai, em Buenos Aires, dia
11 de outubro, e o Chile, dia 14, em Santiago. Já os peruanos enfrentarão a
Bolívia no dia 11, em La Paz, e três dias depois o Paraguai, em Assunção.