domingo, 14 de junho de 2009

6 Rodada:Série A

CORITIBA 5X0 FLAMENGO
Coritiba mete cinco gols no Flamengo, que entra em crise, mas mantém Cuca



Festa coxa branca e tragédia rubro-negra no Couto Pereira. Diante de um Flamengo apático e abalado pelas crises internas que detonam o ambiente no clube, o Coritiba não teve pena e aplicou um sonoro 5 a 0 pela sexta rodada do Brasileirão, neste domingo. Em tarde infeliz do Bruno, que falhou em três gols, o time de René Simões conquistou a primeira vitória na competição e divertiu os torcedores, que passaram toda a segunda etapa aos gritos de “Olé” e “Frangueiro”. Welinton, contra, Marcos Aurélio, Bruno Batata, duas vezes, e Leozinho marcaram os gols do jogo.

Ariel e Felipe, pelo Coritiba, e Aírton, do Fla, que voltou a protagonizar um lance violento, ainda foram expulsos na goleada, que mantém o Flamengo na 11ª posição na tabela, com sete pontos. Apesar da crise que mantém Cuca sob risco de deixar o clube, a assessoria do clube disse que o técnico será mantido no cargo. Já o Coxa deixa a penúltima posição e sobe para 17º, com quatro pontos.

Na próxima rodada o Flamengo reedita as quartas-de-final da Copa do Brasil deste ano e recebe o Internacional, domingo, às 18h30m (de Brasília), no Maracanã. No sábado, o Coritiba vai até o Recife para encarar o Náutico, no mesmo horário, no estádio dos Aflitos.

Falhas individuais do Fla dão vantagem ao Coxa



Bastou a bola rolar para se ter certeza de que o clima frio de Curitiba ficaria longe do gramado. Flamengo e Coxa iniciaram a partida a mil por hora. Com apenas um minuto, os paranaenses cometeram quatro faltas, e aos cinco, Pedro Ken e Juan já tinham recebido cartão amarelo. Até então, de bom futebol, apenas uma arrancada de Renatinho, aos quatro, que resultou em chute para a defesa de Bruno.

Aos sete, porém, o goleiro rubro-negro não teve o que fazer. Após bom lançamento de Ariel, Rodrigo Heffner deixou Juan na saudade com um chapéu, invadiu a área, levantou a cabeça, e cruzou. A bola passou por toda a pequena área até encontrar o pé de Welinton, que, apavorado, escorou contra o próprio gol.

Mesmo jogando fora de casa, o Flamengo tomava a iniciativa do jogo e acabava se expondo aos contra-ataques. A vantagem, no entanto, fez com que o Coxa se retraísse. Com o rival bem postado na defesa, o time carioca assustou apenas em bolas paradas. Aos 13, Juan cobrou falta pela direita e Josiel escorou de primeira. Vanderlei mostrou reflexo e fez uma defesa sensacional.



Sete minutos depois a jogada se repetiu e o lateral-esquerdo cobrou um tiro livre com perigo. Dessa vez, Vanderlei foi mal bola, mas Welinton e Ronaldo Angelim também não conseguiram alcançá-la. A essa altura as estatísticas apontavam 60% de posse de bola para o Flamengo. Mas faltava criatividade.

Trocando passes e sem conseguir invadir a área paranaense, o Rubro-Negro via o tempo passar e não concluía, até que, aos 33, Juan arriscou de longe sem perigo. Estático no ataque, Adriano não oferecia perigo. Everton Silva até tentou achar o Imperador em cruzamento aos 36, mas Vanderlei fez o corte.

Se o Coritiba ia pouco ao ataque, ao menos mostrava qualidade, além de contar com falhas individuais dos cariocas. E foi isso que aconteceu novamente aos 41. Ariel recebeu cruzamento na área, disputou com Aírton, caiu, brigou pela bola e serviu Marcos Aurélio. O camisa 20 emendou de direita e a bola passou entre as pernas de Bruno: 2 a 0 no placar e gritos de “frangueiro” nas arquibancadas.

O duelo entre o argentino e o defensor do Fla se repetiu dois minutos depois, e não acabou nada bem. Atingido por Toró, o atacante do Coxa caiu no chão, recebeu uma entrada desleal de Aírton. Revaltado, Ariel tomou satisfações com o zagueiro. O árbitro Wilson Luiz Seneme acabou expulsando os dois, embora o jogador do time paranaense não tenha sido violento.

Festa coxa branca ao gritos de "olé" e "frangueiro"

Na saída para o intervalo, Cuca deixou o gramado prometendo mudar a equipe. Não o fez, e viu René Simões ser feliz ao trocar Marcos Aurélio por Bruno Batata. Logo no primeiro toque na bola, o atacante coxa branca tabelou com Rodrigo Heffner, recebeu na frente de Bruno e ampliou para o Coritiba com apenas 22 segundos da segunda etapa.

Atordoado, o Flamengo observava o adversário jogar e por pouco não sofreu mais um aos dois minutos. Renatinho avançou pela direita e cruzou para Bruno Batata escorar. O goleiro rubro-negro fez a defesa. Os cariocas assustaram apenas aos 13, em bom chute de Ibson que passou por cima do gol.

Já o Coxa não vacilava no ataque. Aos 16, a vitória se transformou em goleada. Renatinho ganhou de Ibson na corrida e chutou em cima de Bruno. O goleiro falhou novamente, dando rebote, e Bruno Batata escorou para fazer o quarto gol paranaense. Foi a senha para os torcedores que lotaram o Couto Pereira gritarem “olé”.

Com a vitória garantida, o Coritiba tirou o pé do acelerador. Aos 20, Toró arriscou de muito longe para defesa de Vanderlei. Diante da inoperância do Fla, o rival ainda ampliou dez minutos depois. Rodrigo Heffner sofreu falta no bico da área e a torcida pediu: “Mais um”. Pedido feito e atendido. O próprio lateral-direito cobrou a infração com força, Bruno falhou pela terceira vez e Leozinho, no primeiro toque na bola, fechou o placar: 5 a 0 no Couto Pereira com direito a festa sob o grito quase que uníssono de frangueiro.

Ainda teve tempo para o zagueiro Felipe receber o cartão vermelho, e Adriano forçar boa defesa de Vanderlei em cobrança de falta. Nada, porém, que atrapalhasse a festa paranaense.

Ficha técnica:
CORITIBA 5 x 0 FLAMENGO
CORITIBA
Vanderlei, Felipe, Rodrigo Mancha e Cleiton; Rodrigo Heffner, Leandro Diniz, Renatinho, Pedro Ken (Jaílton) e Guarú (Leozinho); Marcos Aurélio e Ariel.
Técnico: René Simões.
FLAMENGO
Bruno, Welinton, Aírton e Ronaldo Angelim; Everton Silva, Toró, Ibson, Everton e Juan (Fierro); Josiel (Aleílson) e Adriano.
Técnico: Cuca.
Gols: Welinton contra, aos sete, e Marcos Aurélio, aos 41 minutos do primeiro tempo. Bruno Batata, aos 22 segundos, e aos 13, e Leozinho, aos 30 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Pedro Ken, Rodrigo Heffner e Leandro Donizete(Coritiba); Juan e Everton Silva (Flamengo).
Cartões vermelhos: Ariel e Felipe (Coritiba) e Aírton (Flamengo).
Estádio: Couto Pereira, em Curitiba (PR). Data: 14/06/2009.
Árbitro: Wilson Luiz Seneme (SP).
Auxiliares: Vicente Romano Neto (ES) e Anderson Jorge de Moraes Coelho (SP).


ATLÉTICO - MG 3X0 NÁUTICO
Atlético-MG atropela o Náutico e assume a liderança do Campeonato Brasileiro



Foi uma tarde de domingo perfeita no Mineirão, principalmente para a torcida atleticana que compareceu em bom número nas arquibancadas. Com um homem a menos desde os dez minutos do primeiro tempo, o Atlético-MG bateu o Náutico por 3 a 0, e assumiu a liderança do Campeonato Brasileiro com 14 pontos - o Internacional enfrentou o Vitória, no Beira-Rio, e empatou sem gols. A equipe alvirrubra, que foi comandada pela primeira vez pelo técnico Márcio Bitencourt, caiu para a sétima posição, com oito pontos.

Na próxima rodada, o Galo encara o Santos, domingo, na Vila Belmiro. Enquanto o Timbu recebe o Coritiba, sábado, nos Aflitos. Ambos os jogos às 18h30m (horário de Brasília).

Desde 2003, quando foi inaugurada a era dos pontos corridos, o Atlético-MG não fazia um início de campanha tão bom quanto este. E naquela época, o técnico também era Celso Roth.

Não foi um bom começo de trabalho para Márcio Bittencourt no Timbu. Além de não poder dirigir a equipe do gramado, por contra de uma suspensão quando ainda dirigia o Santa Cruz, o técnico viu seu time perder dois jogadores expulsos e ser derrotado.

Confira a classificação do Campeonato Brasileiro

Mesmo com um jogador expulso, Atlético sai na frente

Com menos de um minuto de jogo, o Atlético mostrou porque canta de galo no Mineirão. Márcio Araújo arriscou de fora da área, assustando o goleiro Eduardo. Porém, um lance despretensioso, aos dez, prejudicou a equipe mineira. Em uma disputa de bola, no meio-campo, o lateral Thiago Feltri entrou de carrinho em Aílton e foi expulso. Assim, Diego Tardelli foi recuado para a meia-cancha, deixando apenas Éder Luís na frente.

Um minuto depois, Diego Tardelli ficou no mano a mano com Gladstone, invadiu a área e rolou para quem vinha de trás. Márcio Araújo chegou atrasado. Aos 13, não teve jeito. Após o cruzamento na área, Diego Tardelli deu um toque magistral de calcanhar. O experiente Júnior, em posição legal, apareceu no segundo pau e completou para o fundo da rede, abrindo o placar para o Galo – os jogadores do Náutico pressionaram a auxiliar Ticiana de Lucena Falcão Martins pedind, em vão.

Mesmo com um jogador a mais, o Náutico não conseguia achar os espaços e pouco ameaçava. Aos 17, Renan arriscou da intermediária, levantando mais uma vez a torcida atleticana. Aos 23, Tardelli roubou de Gladstone, penetrou na área, tirou de Vágner Silva, mas foi travado na hora de finalizar. A insegurança da retaguarda alvirrubra era evidente.

A partir dos 25, o Náutico passou a atacar com mais vontade. Porém, o Galo respondia à altura. Anderson Santana desceu pela esquerda e cruzou no segundo pau. Carlinhos Bala desviou de cabeça, mas Sidny finalizou sobre o gol de Aranha. Antes de encerrar a primeira etapa, Carlos Alberto chutou cruzado, e Eduardo segurou.

Náutico perde dois jogadores e Galo aproveita
Quando as equipes voltaram do intervalo com as mesmas formações que iniciaram, um detalhe chamou a atenção. Os jogadores do Atlético fizeram uma breve reunião, todos abraçados, mostrando que o time está unido. Com quatro minutos, Carlinhos Bala recebeu na área e chutou cruzado. Aranha segurou. Na seqüência, o baixinho do Timbu cobrou falta para a área. Gladstone cabeceou firme, e Aranha defendeu com os pés.

Se no primeiro tempo o árbitro expulsou Thiago Feltri aos dez minutos, na etapa complementar tirou outro jogador, mas desta vez aos cinco. Depois do lance perigoso na área do Atlético, o zagueiro Vágner Silva disputou de carrinho e foi para o chuveiro mais cedo, deixando o Náutico também com dez homens em campo – em mais de 80 jogos pelo Alvirrubro, esta foi a primeira vez que o beque levou um cartão vermelho.

Aos oito, Júnior arriscou da ponta esquerda, e Eduardo espalmou. Em seguida, Diego Tardelli recebeu na entrada da área e girou finalizando. A bola saiu com perigo, por cima da meta. A torcida do Galo voltou a pular e cantar na arquibancada do Mineirão. Aos 12, Tardelli desceu pela esquerda e cruzou, do limite da linha de fundo. Éder Luís fechou no segundo pau, mas a cabeça de Asprilla salvou o Timbu. Era um bombardeio mineiro. Júnior recebeu na entrada da área e fuzilou, Eduardo espalmou mais uma vez.

Acuado, mas precisando atacar, o técnico Márcio Bittencourt tirou o meia Aílton e pôs o centroavante Kuki. Se a equipe pernambucana passava sufoco, a situação piorou ainda mais, aos 15. Derley deu um carrinho violento em Renan e também levou cartão vermelho. O segundo gol do Atlético-MG era questão de tempo. Aos 18, Júnior cobrou falta para a área. A zaga alvirrubra ficou olhando, e Diego Tardelli, de peixinho, escorou para o fundo da rede.

O Atlético-MG passou a jogar fácil, como um coletivo de luxo. Márcio Araújo, Éder Luís, Júnior e Diego Tardelli abusaram de perder gols. Aos 38, o Galo chegou ao terceiro. Márcio Araújo tabelou com Kléber, que substituiu Éder Luís, recebeu na área e bateu rasteiro, no canto de Eduardo. Abatido, o Náutico procurou evitar uma goleada. Tchô ainda acertou a trave, quase marcando o quarto gol atleticano.

Ficha técnica:
ATLÉTICO-MG 3 x 0 NÁUTICO
ATLÉTICO-MG
Aranha; Carlos Alberto, Welton Felipe, Werley e Thiago Feltri; Jonílson (Tchô), Renan, Márcio Araújo e Júnior; Diego Tardelli (Alessandro) e Éder Luís (Kléber).
Técnico: Celso Roth.
NÁUTICO
Eduardo; Gladstone, Vágner Silva e Asprilla; Sidny (Dinda), Johnny, Derley, Carlinhos Bala, Aílton (Kuki) e Anderson Santana; Gilmar.
Técnico: Márcio Bittencourt.
Gols: Júnior, aos 13 minutos do primeiro tempo; Diego Tardelli, aos 18 minutos do segundo tempo, e Márcio Araújo, aos 38.
Cartões amarelos: Júnior, Diego Tardelli, Welton Felipe e Werley (Atlético-MG); Asprilla, Aílton, Eduardo, Gilmar e Gladstone (Náutico).
Cartão vermelho: Thiago Feltri (Atlético-MG); Vágner Silva e Derley (Náutico).
Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte (MG). Data: 14/06/2009.
Árbitro: Francisco Carlos Nascimento (AL).
Auxiliares: Ticiana de Lucena Falcão Martins (AL) e Pedro Jorge Santos de Araujo (AL).
Renda e Público: R$ 576.138,00 / 40.820 (pagantes)


GOIÁS 0X0 CORINTHIANS
Goiás pressiona, mas Felipe e trave garantem empate ao Timão



Em uma tarde inspirada do goleiro Felipe, o Corinthians se salvou de uma derrota para o Goiás, neste domingo à tarde, no Serra Dourada, em Goiânia, pela sexta rodada do Brasileirão. O Timão teve um primeiro tempo muito ruim, foi amplamente dominado, mas o Esmeraldino não conseguiu se aproveitar do seu maior volume de jogo. Parou na trave. Já no segundo tempo, o Timão melhorou, mas o time da casa seguia mais perigoso. Dessa vez, porém, esbarrou no camisa 1 alvinegro. Resultado: 0 a 0. Assista aos melhores lances no vídeo.

Por enquanto, o Corinthians está em oitavo lugar no Brasilelirão, com oito pontos. Já o Goiás, com sete, é o 13º.


O Timão terá de melhorar muito se quiser jogar de igual para igual com o Internacional, na próxima quarta-feira, às 21h50m (horário de Brasília), no Pacaembu, primeira partida da decisão da Copa do Brasil. Já o Goiás enfrenta o Grêmio, no próximo sábado, às 18h30m, em Porto Alegre, pelo Brasileirão.

Sofrível, Timão vê Goiás dominar

Sem seus dois laterais titulares (Alessandro foi poupado e André Santos está na África do Sul com a seleção brasileira), o Corinthians teve muitos problemas para sair jogando. Pela direita, Mano Menezes escalou Diogo. Na esquerda, o zagueiro Diego atuou improvisado. Nenhum deles conseguia ser uma opção de saída. Wellington Saci tinha a missão de tentar puxar o Timão pelo lado esquerdo, errou todos os passes. Saci foi tão mal que tomou pelo menos cinco sonoras broncas de Mano.

Apenas o volante Cristian demonstrou alguma qualidade no passe, mas sem muito resultado, pois Ronaldo e Dentinho, bem marcados, não conseguiam dominar a bola. O internauta certamente vai perguntar: mas e o Douglas? Pois é. O camisa 10 corintiano voltou a sumir. Ele mal pegou na bola e quando a teve sob seu domínio, errou muitos passes.

O Goiás, por sua vez, era um time rápido e com dois laterais velozes, exatamente o que faltou ao Timão. Vítor, pela direita, e Júlio César, pela esquerda, abriam a defesa corintiana. Pelo meio, os Felipe, Iarley e o meia Felipe Menezes entravam com facilidade. A blitz esmeraldina só não deu em gol porque o goleiro corintiano Felipe deu sorte.

Aos 34, após cobrança de escanteio, Ernando subiu mais alto que a defesa do Timão e cabeceou firme. A bola bateu no travessão, na trave e pingou sobre a linha. Elias acabou afastando. Em seguida, aos 36, Iarley recebeu de Felipe, dentro da pequena área, girou e chutou rasteiro. Dessa vez a bola se chocou contra a trave.

O fim do primeiro tempo acabou sendo um alívio para os corintianos.


Timão volta melhor, mas Esmeraldino é mais perigoso


O Corinthians voltou melhor para o segundo tempo. Com Boquita no lugar de Wellington Saci, o time passou a atuar mais agrupado e, consequentemente, diminuiu os erros de passe. Aos 4 minutos, o Timão poderia ter aberto o placar se a arbitragem não tivesse marcado um impedimento inexistente de Boquita.

Mas apesar da melhora corintiana, o Goiás seguia mais rápido e perigoso. Não fosse por Felipe, que fez grandes defesas, o Timão poderia ter saído de campo derrotado. Aos 25 minutos, Júlio César mandou uma bomba em jogada de falta ensaiada. Felipe espalmou. O arqueiro fez outra ótima intervenção aos 30 minutos, quando Vítor chutou forte da intermediária. Isso sem falar nas saídas de gol arrojadas na maioria dos cruzamentos.

Ronaldo, que passou o jogo todo apagado, sem pegar na bola, saiu aos 27 minutos. Otacílio Neto entrou em seu lugar, sem muito destaque.

Apesar das chances criadas sobretudo pelo Goiás, o jogo terminou zerado.

Ficha técnica:
GOIÁS 0 x 0 CORINTHIANS
GOIÁS
Harlei, Ernando, Rafael Tolói e Leandro Eusébio; Vitor, Amaral, Fabio Bahia (Everton), Felipe Menezes (Rafinha), Júlio César; Iarley e Felipe.
Técnico: Hélio dos Anjos.
CORINTHIANS
Felipe, Diogo, Renato, Jean e Diego; Cristian, Elias, Wellington Saci (Boquita) e Douglas; Dentinho (Marcelo Oliveira) e Ronaldo (Otacílio Neto).
Técnico: Mano Menezes.
Cartões amarelos: Rafael Tolói, Ernando, Leandro Eusério, Felipe (Goiás), Douglas, Dentinho, Cristian, Boquita, Jean (Corinthians).
Estádio: Serra Dourada, em Goiânia. Data: 14/06/2008.
Árbitro: Wagner Tardelli Azevedo (SC).
Auxiliares: Alcides Zawaski Pazetto (SC) e Marco Antônio Martins (SC).


FLUMINENSE 0X0 GRÊMIO
Flu e Grêmio empatam por 0 a 0 no Maracanã em jogo emocionante

Embalados por vitórias na última rodada, Fluminense e Grêmio se enfrentaram neste domingo, no Maracanã, sonhando com três pontos para subir bem na tabela da Série A do Brasileirão. Mas o duelo tricolor, válido pela sexta rodada, acabou empatado, num 0 a 0 em que não faltou emoção do início ao fim.

Se no primeiro tempo o Grêmio foi melhor e perdeu três chances de gol nos primeiros dez minutos, coube ao Fluminense dominar a segunda etapa. E no fim da partida, as duas equipes tiveram oportunidade de marcar o gol da vitória, mas esbarraram nas más conclusões.

Com o resultado, o Fluminense foi a nove pontos ganhos e está na sexta posição. O Grêmio, com oito, é o sétimo colocado. Na sétima rodada, no próximo sábado, o time carioca vai a Florianópolis encarar o Avaí. O gaúcho, no mesmo dia, receberá no Olímpico o Goiás.

Três chances para o Grêmio

Depois de um período de treinos de quatro dias em Teresópolis, na Granja Comary - Parreira queria unir mais a equipe, mas, na última sexta-feira, Fred e Luiz Alberto discutiram e trocaram ofensas -, o Fluminense entrou em campo querendo logo se impor. E contava com o apoio da torcida, que não estendeu as faixas das organizadas em protesto à decisão da diretoria de não distribuir os ingressos.

Só que o time começou a abusar dos passes errados no meio-campo, além do mau posicionamento da zaga. O Grêmio, embalado pela vitória sobre o Náutico, entrou em campo de esquema novo - trocou o 3-5-2 pelo 4-4-2. E nos primeiros 10 minutos, com forte marcação e rápidos contra-ataques, desperdiçou três oportunidades claras de abrir o placar.

A primeira foi logo aos quatro minutos. Maxi López caiu pela direita, tirou Edcarlos da jogada e centrou rasteiro, na medida, para Tcheco explodir o travessão. No minuto seguinte, a defesa do Tricolor carioca fez a linha burra de impedimento. Souza lançou Alex Mineiro pela esquerda, que, livre, tocou para fora, torto.

O Fluminense, ainda tonto com a pressão do Tricolor gaúcho, tentava se organizar quando passou pelo terceiro sufoco aos oito minutos. Fábio Santos desceu pela esquerda e tocou na frente para Alex Mineiro. O atacante trombou com Edcarlos, tirando o zagueiro da jogada, e perdeu mais uma vez a oportunidade, batendo para fora.

Entra Diguinho

A torcida do Fluminense começou a vaiar, especialmente, Edcarlos, que estava mal, e a gritar o nome de Cássio, sacado para a volta de Luiz Alberto à zaga. Outro que não contava com a paciência da torcida era o sumido Thiago Neves, que aos 12 minutos centrou da esquerda para Fred cabecear em cima de Marcelo Grohe. Era, pelo menos, a primeira jogada objetiva da equipe, que tentava tocar a bola para furar o forte bloqueio do Grêmio, mas esbarrava nos constantes erros de passes - principalmente de Wellington Monteiro, Marquinho e Carlos Eduardo.

Não era o caso do Grêmio. Bem fechado e saindo na hora certa para o ataque, tinha no bom toque de bola de Tcheco, Souza, Maxi López e Alex Mineiro a maior virtude do meio-campo para a frente. Atrás, os volantes Adílson e Túlio eram os bons cães de guarda de Léo e Rafael Marques. Thiego, deslocado para a lateral direita - Ruy cumpriu suspensão -, limitava-se a defender.

O Flu até melhorava na briga pela bola no meio-campo, e Conca começava a aparecer, quando Carlos Eduardo sofreu entorse do tornozelo. Parreira lançou Diguinho, que, recuperado da tuberculose e do incidente em que sofreu agressão de torcedor nas Laranjeiras, reapareceu após inatividade desde fevereiro.

Jogo mais disputado

A partida ficou mais truncada. Aos 38 minutos, a torcida reclamou de pênalti de Rafael Marques em Conca pela direita, mas a falta, não marcada pelo árbitro, foi fora da área. Dois minutos depois, o lateral Diego fez sua única boa jogada de ataque ao centrar na medida para Thiago Neves cabecear com perigo para fora. E foi aí o momento de maior vibração dos torcedores do Flu - além dos gols marcados pelo Coritiba contra o Flamengo, bastante comemorados no Maracanã após o anúncio do locutor.

O primeiro tempo terminou como começou. O Grêmio forçou pela esquerda, com Fábio Santos, que centrou para a área. A bola passou entre as pernas de Luiz Alberto e também por Alex Mineiro, mas João Paulo tocou para escanteio aos 44.

- Não adianta o Grêmio pressionar e perder as oportunidades - resumiu Souza.

- Depois que acertamos a marcação atrás, o time melhorou - disse o zagueiro do Flu Luiz Alberto.

Flu melhora

Os dois jogadores tinham razão. E se no intervalo a torcida do Flu matava a saudade do zagueiro Thiago Silva, presente ao Maracanã, no início do segundo tempo, aos 40 segundos, Maxi López mostrou que o Grêmio queria vir com tudo novamente ao limpar Edcarlos e bater no canto direito de Ricardo Berna - o goleiro fez boa defesa.

Mais organizado, o Fluminense deu o troco aos sete minutos, quando Thiago Neves, pela esquerda, matou no peito e cruzou com força para a área. Rodrigo Grohe saiu bem e fez boa defesa.

O lance parece ter acordado mais o time. Além de a entrada de Diguinho ter melhorado a combatividade e o toque de bola, Conca aparecia mais no jogo. Aos 16 minutos, os dois treinadores mexeram: Parreira pôs Leandro Amaral no lugar de Marquinho, e Paulo Autuori trocou Alex Mineiro por Douglas Costa.

Emoção

As duas equipes buscavam o ataque, mas esbarravam nos fortes blioqueios defensivos - a essa altura, a zaga tricolor já estava compacta, e Diguinho ganhou até coro da torcida ao roubar bola de carrinho na lateral direita.

Perdendo terreno, Paulo Autuori trocou novamente o ataque, ao lançar Herrera no lugar do já cansado Maxi López. Mas, aos 38 minutos, o treinador perdeu um jogador: Douglas Costa, que já tinha cartão amarelo, fez falta em João Paulo e foi expulso. O Grêmio ficou tenso. Herrera entrou forte em Luiz Alberto e ganhou cartão amarelo. Parreira botou Maicon no lugar de Diogo. Aos 42, Thiago Neves perdeu gol feito ao bater fraco, após centro da esquerda.

O jogo ficou dramático. Aos 46, Souza, o melhor do Grêmio, mandou para fora o que poderia ser o gol da vitória. No minuto seguinte, Leandro Amaral recebeu de Thiago Neves e também mandou para fora a chance dos três pontos. O resultado acabou justo pela superioridade das equipes em cada etapa, mas o torcedor merecia ao menos ter visto gols.


Ficha técnica:
FLUMINENSE 0 x 0 GRÊMIO
FLUMINENSE
Ricardo Berna, Diogo (Maicon), Edcarlos, Cássio e João Paulo; Wellington Monteiro, Marquinho (Leandro Amaral), Carlos Eduardo (Diguinho) e Conca; Thiago Neves e Fred.
Técnico: Carlos Alberto Parreira.
GRÊMIO
Marcelo Grohe, Thiego, Léo, Rafael Marques e Fábio Santos; Adílson, Túlio, Tcheco e Souza; Alex Mineiro (Douglas Costa) e Maxi López (Herrera).
Técnico: Paulo Autuori.
Cartões amarelos: Maxi López, Tcheco, Túlio e Douglas Costa (Grêmio); Diguinho (Flu). Cartão vermelho: Douglas Costa (Grêmio)
Estádio: Maracanã. Data: 14/06/2009.
Árbitro: José Henrique de Carvalho.
Auxiliares: Ednílson Corona (SP) e Emerson Augusto de Carvalho (SP).
Público: 17.672 presentes. Renda: R$ 239.747,50


PALMEIRAS 3X1 CRUZEIRO
Eletrizante, Palmeiras vira para cima do Cruzeiro e já é terceiro no Brasileirão



Se o objetivo era ganhar mais moral para os jogos decisivos da Libertadores, no meio de semana, o Palmeiras se deu muito melhor do que o Cruzeiro. Não só pela vitória por 3 a 1, neste domingo, no Palestra Itália, em partida válida pela sexta rodada do Brasileirão, mas principalmente pela postura em campo. Eletrizante, o Verdão chegou a levar um susto da apática Raposa, que marcou com Bernardo, mas contou com gol polêmico de Marcão e o retorno do poder de decisão de Keirrison, autor de dois.

Com o resultado, a equipe paulista saltou para a terceira colocação na tabela de classificação, com 11 pontos, três a menos que o líder Atlético-MG e o segundo colocado, o Internacional. O time mineiro, por sua vez, continua com sete pontos conquistados, em décimo. A Raposa soma três jogos sem vencer (havia perdido antes para o São Paulo e empatado com o Inter).

Agora, os dois fazem o segundo jogo das quartas de final da Taça Libertadores. O Palmeiras enfrenta o uruguaio Nacional, quarta-feira, fora de casa. No primeiro jogo, no Palestra, empate por 1 a 1. O Cruzeiro atua na quinta-feira, contra o São Paulo, no estádio do Morumbi. No encontro em Belo Horizonte, vitória celeste por 2 a 1. Os mineiros vão se concentrar em Atibaia, no interior paulista.

Pelo Campeonato Brasileiro, o Palmeiras volta a campo no próximo sábado, às 16h10m (de Brasília), quando enfrenta o Atlético-PR, na Arena da Baixada, em Curitiba. O Cruzeiro, por sua vez, atua no dia seguinte, às 18h30m, contra o Barueri, no Mineirão, em Belo Horizonte. Antes disso, porém, Verdão e Raposa têm compromissos na Libertadores.

Emoção, lesão, polêmica e golaço



Não faltou emoção no primeiro tempo de Palmeiras x Cruzeiro. Desde o primeiro minuto, o torcedor que compareceu ao estádio Palestra Itália se agitou nas arquibancadas. Após cobrança de escanteio de Cleiton Xavier da esquerda, o zagueiro Marcão apareceu bem para cabecear por cima do gol de Fábio.

No lance seguinte, aos dois, Léo Fortunato perdeu a bola no meio, Maurício Ramos se aproveitou e lançou Keirrison. Após novo vacilo da zaga celeste, o atacante palmeirense saiu na cara do gol, mas chutou mal, em cima de Fábio. A pressão alviverde continuou aos seis. Diego Souza lançou para Wendel cruzar com perigo.

A postura inicial do Palmeiras deixou o Cruzeiro atordoado, sem conseguir se achar em campo. Mesmo assim, aos sete minutos, o goleiro Marcos levou um susto. Elicarlos levantou a bola na área, e Bernardo cabeceou, tirando tinta da trave direita do defensor palmeirense. Em seguida, porém, os donos da casa iniciaram nova pressão.

Aos 12 minutos, o lateral Wendel se livrou com estilo de dois marcadores e chutou forte de perna esquerda, sem deixar a bola cair. Fábio, bem posicionado, fez linda defesa e espalmou para escanteio. Na sequência, o zagueiro Maurício Ramos desviou de cabeça e obrigou o goleiro do Cruzeiro, mais uma vez, a fazer bela intervenção.

Embora o Verdão dominasse totalmente a partida, o primeiro gol da noite no Palestra Itália foi do Cruzeiro. Aos 24 minutos, Bernardo, em sua primeira vez como titular neste Brasileirão, bateu falta colocada. A bola desviou no palmeirense Cleiton Xavier e enganou o goleiro Marcos, que já havia se deslocado para defender do outro lado.

Aos 27 minutos, uma nota triste: o zagueiro Gustavo sofreu torção no joelho direito em dividida e deixou o gramado chorando para a entrada de Leonardo Silva. Pouco depois, o técnico Adilson Batista optou por fazer nova mudança. Sacou o lateral-esquerdo Sorín e escalou o lateral-direito Jonathan.

Sem dar tempo de o técnico da Raposa arrumar a sua equipe em campo, o Palmeiras empatou, e em lance polêmico. Após cruzamento de Cleiton Xavier da direita, Marcão cabeceou no travessão, e a bola bateu na linha do gol. O auxiliar Altemir Hausmann entendeu que foi gol e correu para o meio-campo.

- Eu fiquei com a impressão de que a bola não entrou, mas o bandeirinha correu. Não tinha o que fazer – falou o goleiro do Cruzeiro, Fábio. Na sequência do lance, o atacante Keirrison ainda completou para o fundo do gol.

Keirrison, aliás, foi o responsável pelo gol da virada do Palmeiras. E em grande estilo. Após passe de Willians, o zagueiro Léo Fortunato tentou afastar, mas o camisa 9 do Verdão aproveitou a falha e acertou lindo voleio no canto esquerdo de Fábio: 2 a 1.

K9 matador



Os donos da casa até tentaram, mas não conseguiram repetir o começo eletrizante da etapa inicial no segundo tempo. No primeiro minuto, Diego Souza deu passe para Willians, porém o árbitro marcou impedimento. Rapidamente, o Cruzeiro foi ao ataque e respondeu com cruzamento de Jancarlos. Mas Maurício Ramos afastou o perigo.

Aos seis minutos, Diego Souza apareceu bem na esquerda da grande área, mas optou por tentar driblar a marcação. Sem conseguir, administrou a posse de bola e procurou espaço para o cruzamento. Depois que conseguiu, Keirrison não alcançou a bola. Fábio, então, apenas observou a bola sair pela linha de fundo.

Melhor em campo, assim como no primeiro tempo, o Palmeiras chegou ao terceiro gol aos 13 minutos. Cleiton Xavier deu belo lançamento do campo de defesa. Keirrison, achando que estava impedido, parou e deixou a bola para Wendel, que vinha de trás. Embora o auxiliar Roberto Braatz tenha levantado a bandeira, o árbitro mandou seguir. O lateral-direito, então, avançou em velocidade, entrou na área e rolou para o meio da área, onde estava Keirrison. Sozinho, o camisa 9 tocou para o fundo do gol: 3 a 1.

Com desvantagem de dois gols no placar, o Cruzeiro tentou se arriscar um pouco mais em busca do segundo gol, mas não obteve sucesso. Sem criatividade na armação e sem conseguir explorar as laterais do campo, a equipe mineira parou na marcação alviverde. O Verdão, por sua vez, não deixou de levar perigo ao goleiro Fábio.

Aos 19 minutos, por exemplo, Cleiton Xavier deu bom passe para Keirrison na grande área e obrigou Fábio a sair do gol para evitar a conclusão. Mais tarde, aos 25, Deyvid Sacconi tentou jogada individual e levou a pior diante da zaga celeste. Mas na sobra, Cleiton Xavier arriscou um chute que passou por cima do travessão.

Sem sofrer nenhum tipo de pressão da Raposa, o Palmeiras começou a administrar a posse de bola e esperar o tempo passar. Aos 40 minutos, o técnico Vanderlei Luxemburgo tirou Keirrison e colocou Ortigoza. O camisa 9, autor de dois gols, foi bastante aplaudido pelos torcedores, que vinham pegando no seu pé recentemente.

Ficha técnica:
PALMEIRAS 3 x 1 CRUZEIRO
PALMEIRAS
Marcos, Maurício Ramos, Danilo e Marcão; Wendel, Pierre, Cleiton Xavier, Diego Souza e Armero; Willians (Deyvid Sacconi) e Keirrison (Ortigoza).
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
CRUZEIRO
Fábio, Jancarlos, Léo Fortunato, Gustavo (Leonardo Silva) e Sorín (Jonathan); Henrique, Elicarlos, Marquinhos Paraná e Bernardo; Wellington Paulista e Wanderley (Dudu).
Técnico: Adilson Batista.
Gols: Bernardo, aos 24, Marcão, aos 33, e Keirrison, aos 38 minutos do primeiro tempo; Keirrison, aos 13 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Marcão (P); Wanderley, Leonardo Silva, Henrique (C).
Público: 11.214 pagantes. Renda: R$ 356.776, 24
Estádio: Palestra Itália, em São Paulo (SP). Data: 14/06/2009.
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS).
Auxiliares: Altemir Hausmann (RS) e Roberto Braatz (PR).


INTERNACIONAL 0X0 VITÓRIA
Inter empata com o Vitória e perde a liderança do Brasileiro



O Internacional não é mais líder do Campeonato Brasileiro, apesar de continuar invicto. Com um time formado basicamente por reservas, o Colorado ficou no 0 a 0 com o Vitória na noite deste domingo, no Beira-Rio, e caiu para o segundo lugar. O Rubro-Negro segue no G-4, agora na quarta posição. Com o resultado, o time gaúcho soma agora 14 pontos, mesma pontuação do líder Atlético-MG. O Galo, porém, leva vantagem no saldo de gols (nove contra cinco). O Vitória soma dez pontos.

Os titulares do Inter voltam a atuar nesta quarta-feira. O time faz a primeira partida da final da Copa do Brasil contra o Corinthians, no Pacaembu, às 21h50m. Pelo Brasileiro, o Colorado enfrenta o Flamengo no domingo, 18h30m, no Maracanã. O Vitória também terá um carioca pela frente na próxima rodada. A equipe rubro-negra recebe o Botafogo no Barradão, no sábado, às 18h30m.

Equilíbrio e poucas chances

Como era de se esperar em um confronto direto pelas primeiras posições do Campeonato Brasileiro, o jogo começou muito equilibrado. O Inter tinha mais posse de bola, mas o Vitória não se intimidou no Beira-Rio e também buscou o ataque.

O equilíbrio, no entanto, não se transformou em chances de gol. O primeiro lance de perigo do primeiro tempo aconteceu apenas aos 32 minutos. Vanderson pegou a bola rebatida por Danny Morais e soltou a bomba, acertando a trave de Michel Alves.

O Inter demorou mais ainda para chegar bem, e o goleiro Viáfara fez sua primeira defesa apenas aos 39 minutos, depois que Talles Cunha fez boa jogada individual e chutou cruzado da entrada da área. No último lance da etapa, o Colorado teve sua melhor chance, mas Rosinei errou o chute na pequena área, depois de receber passe de Giuliano.

Início do Vitória, fim do Inter e nada de gols

Parecia até que o jogo era em Salvador. Empurrado principalmente pelas descidas de Apodi pela direita, o Vitória voltou com tudo para o segundo tempo, dando trabalho para Michel Alves. Aos seis minutos, o lateral cruzou, Roger ajeitou de calcanhar e Leandro Domingues soltou a bomba para grande defesa do goleiro colorado.

Vendo a situação complicada de seu time, Tite desistiu rapidamente de poupar seus principais atletas. Taison e Andrezinho substituíram Talles Cunha e Rosinei. A mudança deu certo, e foi o Colorado quem passou a pressionar.

Saiu do pé de Andrezinho o lance de maior perigo para os donos da casa na segunda etapa, ainda que sem querer. O meia cobrou falta, Bolívar não conseguiu desviar e Viáfara espalmou a bola no susto. Mas o Vitória, que ainda teve o volante Uelliton expulso aos 45 minutos, conseguiu segurar o ímpeto gaúcho e garantir o empate sem gols.

Ficha técnica:
INTERNACIONAL 0 x 0 VITÓRIA
INTERNACIONAL
Michel Alves,Bolívar, Danny Morais, Sorondo e Marcelo Cordeiro; Glaydson, Maycon, Rosinei (Andrezinho) e Giuliano; Talles Cunha (Taison) e Alecsandro (Leandrão).
Técnico: Tite.
VITÓRIA
Viáfara, Wallace, Victor Ramos e Anderson Martins; Apodi, Vanderson, Uelliton, Leandro Domingues e Robson (Magal); Adriano (Carlos Alberto) e Roger (Edson).
Técnico: Paulo César Carpegiani.
Cartões amarelos: Rosinei, Danny Morais e Giuliano Internacional); Adriano, Vanderson, Robson, Uelliton, Victor Ramos e Anderson Martins (Vitória).
Cartão vermelho: Uelliton
Estádio: Beira-Rio. Data: 14/06/2009.
Árbitro: Célio Amorim (SC).
Auxiliares: Carlos Berkenbrock (SC) e Luis Alberto Kallenberger (SC).


BARUERI 3X1 AVAÍ
Barueri vence e deixa o Avaí na lanterna



Barueri e Avaí entraram em campo, neste domingo na Arena Barueri, como os dois únicos times sem vitórias no Campeonato Brasileiro. Após 90 minutos de futebol, só os catarinenses continuam com a sina. O placar de 3 a 1, de virada, tirou o Barueri da zona de rebaixamento – é o 15º colocado – e deixou o Avaí com a lanterna. Assista ao lado!

Na próxima rodada, o Avaí receberá o Fluminense, sábado, em Florianópolis, enquanto o Barueri vai até Belo Horizonte enfrentar o Cruzeiro no domingo.

A rede balançou logo aos sete minutos de jogo. Marquinhos cobrou falta, mas a bola saiu sem direção. Só que Xandão e Renê trataram de ajudar o meio-campista do Avaí. O zagueiro, na tentativa de desviar, colocou novamente na rota do gol. E o goleiro também colaborou, ao não conseguir parar um lance que já que parecia fácil de ser evitado.

O time do Sul continuava melhor. Aos 31, Muriqui teve chance de ampliar, mas foi atrapalhado pelo árbitro Willian Marcelo Souza Nery. Após jogada de Michel e Luís Ricardo, pela direita, a bola foi rolada para o meio da área. Quando Muriqui se preparava para completar, o juiz passou na sua frente. Aí, quando tentou retomar o lance, perdeu o domínio.

O Barueri tinha dificuldade para sair jogando. Com os alas Éder e Márcio Careca apoiando pouco, a equipe da casa se via limitada a arriscar subidas pelo meio-de-campo. Aos 36 minutos, o Avaí teve um jogador expulso. Émerson derrubou Fernandinho na entrada da área e recebeu cartão vermelho. Depois de muita discussão, Ewerton bateu forte, mas a bola foi em cima de Eduardo Martini.

Com um a mais em campo, o Barueri tentou compensar a superioridade que era do Avaí. Apesar de ter mais posse de bola, o time paulista pouco criava. Isolado no ataque, Pedrão precisou sair da área para buscar jogo. Aos 46, o camisa 9 arriscou de longe, mas sem muito sucesso.

Barueri faz três gols no segundo tempo

Na volta do intervalo, com duas substituições, o Barueri continuou pressionando. Marcos Pimentel e João Vitor, que entraram nas vagas de Éder e Xandão, melhoraram o futebol do time de Estevam Soares. Silas, com um a menos, trocou Michel por Ânderson. Aos 9, Marcos Pimentel quase empatou, mas Eduardo Martini se esticou todo para defender.

Aos 17, porém, o goleiro do Avaí não segurou. João Vítor achou Ewerton livre dentro da área. Ele só teve o trabalho de dominar, girar e mirar para igualar o marcador.

O gol serviu para animar o Barueri. Após mais pressão, a virada veio aos 38. Fernandinho avançou pela ponta esquerda e cruzou. A zaga do Avaí se atrapalhou e Pedrão completou para a rede. No minuto seguinte, Marcos Pimentel recebeu de Ewerton, invadiu a área e tocou sem chance para Eduardo Martini: 3 a 1. Vitória de bom tamanho..

FICHA TÉCNICA
BARUERI 3 x 1 AVAÍ
BARUERI
Renê, Xandão (João Vítor), Leandro Castan e André Luiz; Éder (Marcos Pimentel), Ralf, Ewerton, Thiago Humberto e Márcio Careca (Franciscatti); Fernandinho e Pedrão
Técnico: Estevam Soares
AVAÍ
Eduardo Martini, Michel (Ânderson), Émerson, André Turatto e Uendel; Marcus Winícius, Léo Gago, Muriqui e Marquinhos; Luís Ricardo e Lima (William)
Técnico: Silas
Gols: Marquinhos, aos 7 minutos do primeiro tempo; Ewerton, aos 17, Pedrão, aos 38, e Marcos Pimentel aos 39 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Fernandinho, Márcio Careca e João Vítor (B); Muriqui e Léo Gago (A).
Cartão vermelho: Émerson (A)
Público: 1.288 pagantes. Renda: R$ 11.780,00
Estádio: Arena Barueri, em Barueri (SP). Data: 14/6/2009.
Árbitro: Willian Marcelo S. Nery.
Auxiliares: Dibert P. Moisés e Hilton M. Rodrigues