Espanha vence a África do Sul e quebra recorde mundial de vitórias seguidas
Mesmo sem ser brilhante, a Espanha quebrou mais um recorde neste sábado, ao vencer a África do Sul por 2 a 0, no Free State Stadium, em Bloemfontein, pela Copa das Confederações. A Fúria supera Brasil, França e Austrália (todos com 14) ao chegar ao seu 15º triunfo consecutivo. E, de quebra, se iguala ao mesmo Brasil com a marca de 35 partidas sem perder.

Os gols da vitória foram de Villa e Llorente. Com o resultado, a Espanha termina a primeira fase na primeira colocação do Grupo A, com nove pontos ganhos. A África do Sul, com três pontos, ficou com a segunda colocação e provavelmente enfrentará a seleção brasileira nas semifinais. O terceiro colocado foi o Iraque (dois pontos), que ficou no 0 a 0 com a Nova Zelândia, lanterna da chave (um ponto).
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Joel Santana sabia que um empate e até mesmo uma derrota por poucos gols para a Espanha seria um resultado interessante, pois dificilmente o Iraque conseguiria vencer a Nova Zelândia por um placar capaz de lhe tomar a segunda vaga do grupo. Por isso, a primeira atitude foi sacar Fanteini, que vinha sendo o companheiro de Parker no ataque, para colocar mais um jogador de marcação (Mhlongo).
A decisão dificultou as ações ofensivas da Espanha, que teve menos espaço para trabalhar as jogadas, mas também reduziu o já combalido poder de fogo da equipe da casa.
Por isso, os primeiros 45 minutos foram disputados com o freio de mão puxado. Poucas oportunidades claras de gol. A Espanha até decepcionou um pouco, mesmo levando em consideração que o técnico Vicente del Bosque continuou fazendo rodízio e poupou Xabi Alonso, David Silva e Sergio Ramos.
A conversa de Vicente del Bosque no intervalo deve ter sido dura, porque a Espanha voltou para o segundo tempo mais ligada na partida. E, quando utiliza o seu talento de maneira objetiva, a Fúria se torna perigosa. Logo aos seis minutos, David Villa lançou Fernando Torres na área. O atacante foi derrubado pelo zagueiro Mokoena. Na cobrança, a estrela do goleiro Khune brilhou duas vezes. Ele salvou o chute de Fabregas e, no rebote, encaixou com firmeza a batida de Puyol.

A situação da África do Sul era delicada, mas para a sua sorte, a Nova Zelândia estava conseguindo segurar o Iraque no outro jogo do grupo. O empate por 0 a 0 em Joanesburgo era suficiente para que a equipe de Joel Santana continuasse com a segunda vaga.
Talvez por isso, a África do Sul não saiu para o jogo. Pelo contrário, seu segundo tempo era pior do que o primeiro em termos ofensivos. A postura defensiva fez o time de Joel Santana pagar o preço. Aos 27, depois de uma jogada confusa, o atacante Llorente, que havia entrado no lugar de Fernando Torres, aumentou a vantagem e o drama local.
Minutos finais dramáticos
O torcedor sul-africano acompanhava o jogo da sua seleção sem esquecer do empate entre Iraque e Nova Zelândia. Era necessário torcer e secar os asiáticos. Além, claro, de não sofrer mais gols da Espanha. Os minutos finais foram dramáticos. Tanto em Joanesburgo quanto em Bloemfontein.
Joel Santana sofria no banco de reservas, na esperança da manutenção dos placares. O jogo da África do Sul terminou primeiro, e os jogadores se reuniram no centro do gramado para acompanhar os instantes finais de Iraque e Nova Zelândia. Quando a notícia de que o 0 a 0 havia se confirmado, a festa tomou conta do Free State, em Bloemfontein. E Joel Santana respirou aliviado.
Ficha técnica:
ÁFRICA DO SUL 2 x 0 ESPANHA
ÁFRICA DO SUL
Khune; Gaxa, Mokoena, Booth e Masilela; Sibaya (Mashego), Mholongo e Dikgacoi, Pienaar e Modise; Parker (Tshabalala).
Técnico: Joel Santana.
ESPANHA
Reina; Puyol, Piqué, Albiol e Arbeloa; Busquets, Fabregas, Xavi e Riera (Cazorla); Villa (Pablo Hernandéz) e Fernando Torres (Llorente).
Técnico: Vicente del Bosque.
Gols: David Villa, aos 7, Llorente, aos 27 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Sibaya, Modise e Dikgacoi (África do Sul); Piqué e Albiol (Espanha).
Estádio: Free State, Bloemfontein. Data: 20/06/2009.
Árbitro: Pablo Pozo (CHI)
Auxiliares: Patrício Basualto (CHI) e Francisco Mondria (CHI).
IRAQUE 0X0 NOVA ZELÂNDIA
Iraque empata por 0 a 0 com a Nova Zelândia e está eliminado
Iraque e Nova Zelândia fizeram uma partida de baixo nível técnico na tarde deste sábado, em Johanesburgo, na África do Sul, e apenas empataram por 0 a 0. O resultado eliminou os iraquianos da Copa das Confederações e classificou a África do Sul, que perdeu por 2 a 0 para a Espanha, que também se garantiu nas semifinais.
Precisando vencer para sonhar com a vaga, o Iraque começou a partida melhor e a dupla formada por Younis e Emad deu trabalho para a defesa da Nova Zelândia. Mas aos poucos, a seleção da Oceania equilibrou as ações e teve as melhores chances do primeiro tempo. Em uma delas, aos 33 minutos, Killen cabeceou com perigo e o goleiro Mohammed Kassid fez boa defesa, salvando o Iraque de sofrer o primeiro gol.
No segundo tempo, o técnico Bora Milutinovic tentou de tudo para melhorar o time do Iraque e fez todas as substituições que podia, mas não adiantou. Os iraquianos esbarraram na falta de pontaria de seus atacantes e o 0 a 0 permaneceu no placar.
A melhor oportunidade do Iraque aconteceu no final da partida. Aos 46 minutos, Salih chutou forte de fora da área e o goleiro Moss fez excelente defesa espalmando a bola para fora da área. No minuto seguinte, Alaa finalizou depois de cobrança de escanteio e o zagueiro Lochhead tirou a bola em cima da linha.
No final da partida, os jogadores da Nova Zelândia comemoraram o empate como se fosse a conquista de um título. As duas seleções encerraram as suas participações na competição sem fazer gols.
Ficha técnica:
IRAQUE 0 x 0 NOVA ZELÂNDIA
IRAQUE
Kassid; Mohammed Ali, Ali Hussein, Salam e Basem; Nashat, Hawar (Fareed), Mahdi (Salih) e Karrar; Younis e Imad (Alaa).
Técnico: Bora Milutinovic.
NOVA ZELÂNDIA
Moss; Scott (Mulligan), Sigmund (Boyens), Vicelich e Lochhead; Elliott, Brockie (Christie), Brown e Bertos; Smeltz e Killen.
Técnico: Ricki Herbert.
Cartões amarelos: Brockie e Brown (Nova Zelândia)
Estádio: Ellis Park, em Johanesburgo. Data: 20/06/2009.
Árbitro: Howard Webb (Fifa-ING).
Auxiliares: Michael Mullarkey (Fifa-ING) e Peter Kirkup (Fifa-ING).