domingo, 5 de abril de 2009

Campeonato Paulista

PALMEIRAS 2X1 BOTAFOGO - SP
Em dois minutos, Palmeiras vira placar e confirma primeira posição no Paulista





Com um time mesclando titulares e reservas, o Palmeiras venceu de virada o Botafogo-SP e confirmou a primeira posição na fase de classificação do Campeonato Paulista, fechando com 44 pontos. O resultado na tarde deste domingo, no Palestra Itália, construído com gols de Ortigoza e Diego Souza, faz com que a equipe enfrente o Santos na semifinal da competição, que venceu a Ponte Preta por 3 a 2 nos últimos minutos do confronto e ficou com a quarta e última vaga.



O Palmeiras joga por dois empates com o Santos para chegar a sua segunda final consecutiva do Paulista e buscar o bicampeonato do torneio. A outra semifinal será entre São Paulo e Corinthians. Os jogos acontecem no próximo fim de semana.



Agora, o Alviverde volta todas as suas atenções para o confronto com o Sport, nesta quarta-feira, pela Taça Libertadores. Ainda sem pontuar no torneio continental depois de duas derrotas em dois jogos, o time de Vanderlei Luxemburgo encara o confronto como decisivo para as suas pretensões no campeonato, pois é o lanterna do Grupo A.



Bruno falha, e Botafogo-SP sai na frente





Com uma cara um pouco diferente, o Palmeiras enfrentou o Botafogo-SP mesclando jogadores titulares e reservas. Sem poder contar com Pierre e Maurício Ramos, o time de Vanderlei Luxemburgo teve o retorno do experiente Edmílson, que atuou como volante na partida. Danilo e Marcão ficaram responsáveis pela zaga alviverde.



E foi justamente o pentacampeão que levou o primeiro susto ao Botafogo-SP, aos 26 minutos. Após cobrança de falta, ele raspou a cabeça na bola para a defesa de Everton. Três minutos depois foi a vez de Keirrison chutar para nova defesa do arqueiro botafoguense.



Sem ver grandes jogadas do ataque alviverde, restou ao torcedor que esteve presente ao Palestra Itália vibrar com os gols do Mirassol, que vencia o Corinthians na primeira etapa do confronto. Ou reclamar do gol sofrido em falha do goleiro palmeirense Bruno, que substituia Marcos, poupado para o jogo em Recife.



Em cobrança de falta da intermediária, Betão arriscou e encobriu o arqueiro palmeirense, que estava no meio da pequena área. Um golaço aos 43 minutos para abrir o marcador em 1 a 0 para o Botafogo-SP e que, aliado ao resultado do São Paulo com o São Caetano, custava a primeira posição no Paulistão.



- Eu estava posicionado na linha da pequena área e ele bateu para o gol. Mérito dele - lamentou Bruno.



Ortigoza 'Coalhada' e Diego Souza mudam a partida



Da famosa turma do amendoim veio o recado. Enquanto alguns pressionavam Keirrison pela volta da fase de matador - ele completou quatro jogos sem marcar-, outros preferiam o "Vai, Coalhada!" para o atacante paraguaio Ortigoza, que substituíu Lenny. E ele foi para as redes.



Aos 13 minutos, o camisa 30 recebeu passe de Cleiton Xavier e, depois de se desequilibrar e cair no chão, ainda conseguiu chutar e fazer 1 a 1 no Palestra Itália. Foi o terceiro gol do paraguaio com a camisa alviverde em quatro partidas.



Dois minutos depois, a torcida palmeirense respirava mais aliviada ao ver Diego Souza soltar o grito perto das arquibancadas. Depois de bela jogada na grande área, o camisa 7 bateu no canto de Everton e correu para a galera na celebração do 2 a 1.



Ortigoza ainda teve chance de ampliar o placar aos 20 minutos, depois que Keirrison invadiu a área e soltou uma bomba. Everton espalmou e, no rebote, o paraguaio cabeceou para fora.



Com o placar a seu favor, o Palmeiras passou a administrar o resultado sem ser importunado pelo rival de Ribeirão Preto.



Com raros lampejos, o atacante Keirrison quase marcou, depois de boa jogada pelo lado direito, mas seu chute cruzado saiu caprichosamente pela linha de fundo.





Ficha técnica:
PALMEIRAS 2 x 1 BOTAFOGO-SP
PALMEIRAS
Bruno; Fabinho Capixaba, Danilo, Marcão e Jefferson (Armero); Edmílson, Jumar (Evandro), Cleiton Xavier, Diego Souza; Lenny (Ortigoza) e Keirrison.
Técnico: V. Luxemburgo.
BOTAFOGO-SP
Everton; Paulo Santos (Rafinha), Júlio César, Everton Luiz e Rafael Bruno; Betão, Augusto Recife, Jonilson e Rudnei (Adriano); Fabinho e André Neles (Branquinho).
Técnico: R. Fonseca.
Gols: Betão, aos 43 minutos do primeiro tempo. Ortigoza, aos 13 minutos, e Diego Souza, aos 15 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Júlio César e Adriano (B). Jumar e Evandro (P)
Estádio: Palestra Itália. Data: 05/04/2009.
Renda: R$ 332.807,97. Público: 12.658 pagantes.
Árbitro: Philippe Lombard.
Auxiliares: Luiz Quirino da Costa e Mario Nogueira da Cruz.


MIRASSOL 2X2 CORINTHIANS
Timão empata com o Mirassol, fica em terceiro e pega o São Paulo na semifinal




O Corinthians não alcançou o objetivo de terminar a primeira fase do Campeonato Paulista na segunda colocação e levar para as semifinais a vantagem do empate e o mando da partida decisiva. Porém, a equipe do técnico Mano Menezes encerrou a fase de classificação como a única invicta. E precisou suar para isso. Neste domingo, após estar perdendo por 2 a 0 para o Mirassol, fora de casa, o Timão buscou o 2 a 2, com gols de Chicão e Dentinho.



Com 39 pontos em 19 rodadas, a equipe do Parque São Jorge ficou com a terceira colocação do Estadual. O adversário nas semifinais será o São Paulo, que empatou com o São Caetano em Presidente Prudente e ficou com a vice-liderança (com isso, se o Alvinegro tivesse vencido seria o segundo). O outro confronto da próxima fase será entre Palmeiras e Santos.

As datas e os locais das partidas serão definidos em reunião entre os representantes dos clubes na Federação Paulista de Futebol (FPF), nesta segunda-feira, mas é praticamente certo que o Corinthians mande o primeiro duelo no estádio do Pacaembu, e o São Paulo receba o adversário no Morumbi, uma semana depois.

Classificado para o Torneio do Interior, o Mirassol encerrou a primeira fase do Estadual com 28 pontos. O adversário da equipe do técnico Pintado será o Barueri, e o outro confronto da disputa será entre Santo André e Ponte Preta.

Mirassol e Corinthians terão a semana livre para se prepararem, respectivamente, para o Torneio do Interior e para as semifinais do Paulistão, que começam no próximo fim de semana. Pensando nesse período sem jogos, a comissão técnica do Timão vai se concentrar em Itu, no interior paulista, a partir de terça-feira.



Eficiência x falta de entrosamento

Mesmo sem Ronaldo, o técnico Mano Menezes não abriu mão do esquema com três atacantes. Escalou Jorge Henrique, Dentinho e Otacílio Neto e logo de cara teve uma boa chance de inaugurar o placar. No primeiro minuto de jogo, Wellington Saci avançou pela esquerda e tocou para Dentinho chutar. O goleiro Mauro defendeu.

O Mirassol, porém, foi mais eficiente. Surpreendeu o Corinthians em sua primeira chance. Aos 4 minutos, o meia Éder cobrou escanteio na esquerda, tabelou com o atacante Luís Ricardo e, de dentro da grande área, chutou forte, sem chance para o goleiro Felipe. A zaga alvinegra não teve reação à rápida jogada do adversário.


Sem se intimidar, o Timão tentou dar o troco aos 9 minutos. O lateral-esquerdo André Santos recebeu bom passe de Dentinho e cruzou para Otacílio Neto chutar em cima de Mauro. Após a cobrança do escanteio, o goleiro do Mirassol salvou cabeçada do seu próprio zagueiro e, no rebote, Wellington Saci mandou por cima do travessão.

Apesar das boas chances de empate que teve, o Corinthians sentiu a falta de entrosamento (estava com sete desfalques). Melhor para a equipe do interior, que por pouco não aumentou sua vantagem aos 21 minutos: Luís Ricardo recebeu cruzamento e tocou para Roger bater de primeira. Felipe salvou.

O susto fez o Timão voltar a acordar na partida. Aos 26 minutos, Otacílio Neto recebeu de costas para o gol, girou e chutou por cima. Três minutos depois, Fabinho cruzou, Dentinho dominou no peito e concluiu em cima de Alex Silva. Mais uma vez, porém, o Mirassol foi mais eficiente que o adversário da capital.

Aos 37 minutos, Leandro Fonseca recebeu lançamento, avançou pela esquerda e cruzou para Roger mandar para o fundo das redes: 2 a 0. Pouco tempo depois, aos 44, o Corinthians conseguiu, enfim, uma reação. Jorge Henrique invadiu a área e foi derrubado por Mauro. Pênalti! O zagueiro Chicão cobrou, com paradinha, e diminuiu.


Expulsão e reação





Insatisfeito, o técnico Mano Menezes resolveu acabar com o sistema com três atacantes no Corinthians. Voltou para a etapa final com o meia Lulinha no lugar de Otacílio Neto. No Mirassol, o treinador Pintado também fez uma alteração. Sacou o meia Roger, autor do segundo gol, e colocou o avante Rodriguinho.

O principal reforço do Timão na etapa complementar, no entanto, não saiu do banco de reservas. Na verdade saiu de campo. Aos 3 minutos, Jorge Henrique foi derrubado por Acleisson, próximo da grande área, mas o árbitro teve a impressão de que foi Dão, também no lance, o autor da falta. Como já tinha amarelo, foi expulso.

Na tentativa de explicar para o árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza que tinha sido o verdadeiro autor da falta, Acleisson acabou advertido com o cartão amarelo.

Com um jogador a mais em campo, o Corinthians passou a ter mais volume de jogo, mas ainda faltava pontaria, como aos 20 minutos. Dentinho se livrou de um marcador dentro da área e chutou por cima do gol, sem assustar o goleiro Mauro.



O jovem atacante do Timão, no entanto, se redimiu em grande estilo pouco depois. Aos 23, após cobrança de falta cruzada, Dentinho apareceu entre os zagueiros e cabeceou. Mauro ainda tocou na bola, mas não evitou o empate alvinegro. A partir daí, a pressão foi toda corintiana em busca da virada.



Aos 35 minutos, o zagueiro Chicão, autor do primeiro gol alvinegro, teve excelente chance em cobrança de falta próximo da meia-lua. Mas o goleiro Mauro espalmou e a bola ainda tocou no travessão. O lance foi o último mais agudo do Timão, que depois apenas administrou a posse de bola.


Ficha técnica:
MIRASSOL 2x2 CORINTHIANS
MIRASSOL
Mauro; Dão, Bruno Aguiar, Alex Silva e Anderson Paim; Acleisson, Junior Maranhão, Roger (Rodriguinho) e Éder (Luciano Sorriso); Luis Ricardo e Leandro Fonseca (Márcio Santos).
Técnico: Pintado.
CORINTHIANS
Felipe; Fabinho, Chicão, Diego e André Santos; Cristian, Boquita e Wellington Saci (Diogo); Jorge Henrique (Marcelinho), Dentinho e Otacílio Neto (Lulinha).
Técnico: Mano Menezes.
Gols: Éder, aos 4 minutos, Roger, aos 37, e Chicão, aos 44 do primeiro tempo; Dentinho, aos 23 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Dão, Anderson Paim, Mauro, Luís Ricardo, Acleisson, Alex Silva (M); Chicão, Jorge Henrique (C).
Cartão vermelho: Dão (M).
Estádio: José Maria de Campos Maia. Data: 05/04/2009.
Árbitro: Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza.
Auxiliares: Aline Lopes Lambert e Luis Alexandre Nilsen.



SÃO CAETANO 2X2 SÃO PAULO
São Paulo empata, mas enfrentará o Corinthians com vantagem na semifinal





O São Paulo não passou de um empate com o São Caetano – 2 a 2 – na cidade de Presidente Prudente (assista aos melhores momentos no vídeo ao lado) e terminou a fase de classificação em segundo lugar. Na semifinal, o adversário do Tricolor será o Corinthians. Do outro lado, Palmeiras e Santos decidirão quem é o outro finalista do estadual de 2009.


Com diversos desfalques, o técnico Muricy Ramalho mandou a campo um time com apenas três titulares – Rogério Ceni, Miranda e Arouca. Na última rodada, cinco dos principais jogadores – André Dias, Rodrigo, Jean, Hernanes e Jorge Wagner – forçaram o terceiro cartão amarelo para entrarem “zerados” na semifinal. Além disso, Borges e Junior César estão machucados e foram vetados; Washington, pendurado com dois cartões, foi poupado.



CONFIRA COMO FICOU A TABELA DE CLASSIFICAÇÃO DO PAULISTÃO


Mas, contra um São Caetano que pouco queria ainda no Campeonato Paulista - ainda tinha chance de ir para o troféu “Campeão do Interior” -, o São Paulo não teve muita dificuldade. A primeira boa chance foi aos 15 minutos, quando Dagoberto errou a cabeçada e Hugo não aproveitou a bola que caiu no seu pé.





O gol, porém, sairia no minuto seguinte. Aos 16, Dagoberto chutou errado, mas encontrou André Lima - impedido - na área. O camisa 19 dominou, girou e voltou a balançar a rede depois de muito tempo. Seu último gol tinha sido em 20 de agosto, contra o Atlético Paranaense. Na comemoração, se emocionou e levou as mãos ao rosto.

O Tricolor teve outras chances de ampliar, mas recebeu o troco aos 38. Luan foi lançado pela esquerda, ganhou de Renato Silva na corrida e acertou um bonito chute cruzado, sem chance para Rogério Ceni.

Logo na sequência, o mesmo Renato Silva tratou de colocar o São Paulo em vantagem novamente. O zagueiro tricolor, livre de marcação, aproveitou cruzamento de Richarlyson e cabeceou para o chão, tirando qualquer possibilidade do goleiro Luiz chegar até a bola.

Na saída para o intervalo, alguns jogadores ainda nem sabiam que eram líderes do Campeonato Paulista. Com a derrota parcial do Palmeiras – o Botafogo vencia por 1 a 0 no Palestra Itália – o placar de 2 a 1 em Prudente levava o São Paulo ao primeiro lugar e a vantagem na semifinal.



Na etapa final, virada do Palmeiras e empate do Azulão


Na etapa final, o Tricolor quase ampliou – aos 13, Dagoberto, o rei dos gols perdidos, perdeu mais um de cabeça na linha da pequena área. Mesmo sem sofrer pressão, o São Paulo viu a liderança escapar pelas mãos em menos de dois minutos. Na capital, aos 13 e aos 15 minutos, o Palmeiras virou o placar e retomou a ponta do campeonato.



Nos acréscimos, numa bobeira da zaga, o zagueiro Marcelo Batatais cabeceou de costas e conseguiu encobrir Rogério Ceni. Mas como o Corinthians também empatou com o Mirassol - o mesmo placar de 2 a 2 - a segunda colocação estava garantida. Se o Timão (39 pontos) vencesse, o Tricolor (40) teria caído para a terceira colocação.

Os são-paulinos voltam a campo na quinta-feira, quando receberão o Defensor pela Libertadores da América. A semifinal com o Corinthians deve ser marcada para os próximos dois domingos, com o primeiro jogo no Pacaembu e o segundo para o Morumbi.



O Azulão se despede do Paulista com 22 pontos e na 11a. colocação.



FICHA TÉCNICA:
SÃO CAETANO 2 x 2 SÃO PAULO
SÃO CAETANO
Luiz; Patric (Cascata), Marcelo Batatais, Everaldo e Vando (Aloísio); Tobi, Ademir Sopa, Gérson e Marcinho; Vandinho (Betinho) e Luan
Técnico: Sérgio Soares
SÃO PAULO
Rogério Ceni; Joilson, Miranda, Renato Silva e Richarlyson; Eduardo Costa, Arouca, Zé Luís e Hugo; André Lima e Dagoberto (Aislan)
Técnico: Muricy Ramalho
Gols: André Lima, aos 16; Luan, aos 38 e Renato Silva aos 40 minutos do primeiro tempo. Marcelo Batatais, aos 49 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Everaldo (SC) e André Lima e Zé Luís (SP).
Estádio: Eduardo José Farah, em Presidente Prudente. Data: 5/4/2009.
Árbitro: Flávio Rodrigues Guerra.
Auxiliares: Celso Barbosa de Oliveira e Claudson Lincoln Beggiato



PONTE PRETA 2X3 SANTOS
Com três gols sobre a Ponte Preta, Kléber Pereira leva o Santos às semifinais





Graças a Kléber Pereira, o Santos garantiu sua classificação à semifinal do Campeonato Paulista. O artilheiro tirou o Peixe do sufoco ao marcar os três gols da vitória sobre a Ponte Preta, por 3 a 2, neste domingo, no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas. O Alvinegro Praiano termina a primeira fase do Paulistão com 37 pontos, em quarto lugar, superando a Portuguesa no saldo de gols. A Lusa venceu o Santo André, por 2 a 1, no Canindé, e também somou 37 pontos, mas com dez gols de saldo. O Peixe terminou com 11.



Agora, o Alvinegro Praiano disputa uma vaga na final do estadual com o Palmeiras. O Verdão tem a vantagem de jogar por dois resultados iguais.


Peixe sai na frente





Não poderia ser diferente. Precisando vencer, o Santos buscou o gol desde o apito inicial. Posicionou seus jogadores mais adiantados e pressionou as saídas de bola da Ponte Preta desde o início. No entanto, deixava espaços. O volante Roberto Brum ficou sozinho para proteger a zaga, pois Rodrigo Souto também se lançou à frente, para ajudar na armação de jogadas. Com isso, a equipe de Campinas chegou a ameaçar.



Embora pressionasse, o Santos não conseguia acertar arremates e ainda errava alguns passes simples no meio-de-campo. Para piorar as coisas para o Peixe, a Portuguesa fazia sua parte no Canindé, fazendo 2 a 0 no primeiro tempo.



Sabendo do placar do concorrente, pois os alto-falantes do Moisés Lucarelli informavam em alto e bom som, o Santos se lançou de vez ao ataque. Aos 28, chegou a abrir o placar, mas o lance acabou anulado porque Kléber Pereira estava impedido. No lance, o goleiro Aranha fez excelentes defesas em chutes do próprio artilheiro e de Paulo Henrique. Na sobra do segundo arremate, Kléber cabeceou para as redes, mas estava adiantado.



A Macaca não estava morta e arriscou alguns bons contra-ataques. Aos 35, Tinga acertou um belo chute da intermediária. A bola quase encobriu Fábio Costa, que deu dois passos para trás e conseguiu mandar para escanteio.



Mesmo levando sustos nas investidas da Ponte, o Santos seguia em cima e chegou ao seu gol aos 39. Paulo Henrique fez bom passe para Pará, que cruzou rasteiro. Kléber Pereira apareceu livre no meio da área e chutou firme, abrindo o placar. O resultado ainda não era suficiente para o Alvinegro Praiano se classificar. Precisava aumentar sua vantagem, ou torcer por gols do Santo André sobre a Lusa.


Ponte Preta vira, mas Kléber brilha




O Santos voltou atrasado e desligado para o segundo tempo. Esperando o jogo da Lusa recomeçar, o Peixe só voltou para campo quando o árbitro foi chamar. Com apenas sete segundos de jogo, Luizinho errou passe na intermediária e entregou a bola para David, que havia entrado no intervalo. O garoto da Ponte invadiu a área e tocou na saída de Fábio Costa. Em pane, o Santos levou o segundo gol logo em seguida. Aos 4, em jogada aérea, Gum subiu livre e virou a partida.



Apesar da virada, o Santos conseguiu se controlar. O técnico Vagner Mancini abriu o time, tirando volante Roberto Brum e colocando o atacante Roni em campo. Além disso, Neymar e Paulo Henrique deram lugar a Robson e Molina, respectivamente.



O Peixe alugou o meio-de-campo e passou a pressionar a Ponte por todos os lados. Mas o empate só veio aos 37, quando Kléber Pereira recebeu de Robson e empurrou para as redes. A pressão santista tornou-se insuportável para Ponte que acabou sucumbindo aos 43, quando o zagueiro Jean colocou a mão na bola na área, em disputa com Rodrigo Souto. Pênalti que o artilheiro bateu bem, acertando o canto esquerdo. Nos acréscimos, Fabiano Eller e Deda discutiram e acabaram expulsos.



Estava sacramentada a classificação alvinegra.



Ficha técnica:
PONTE PRETA 2 x 3 SANTOS
PONTE PRETA
Aranha; Edilson, Gum (Marinho), Jean e Alessandro; Deda, Tinga, Willian, André (Gercimar); Márcio Mexerica (David) e Danilo Neco.
Técnico: Marco Aurélio.
SANTOS
Fábio Costa, Luizinho, Domingos, Fabiano Eller e Pará; Roberto Brum (Roni), Rodrigo Souto e Paulo Henrique (Molina); Neymar (Robson), Kléber Pereira e Madson
Técnico: Vagner Mancini.
Gols: Kléber Pereira, 39 minutos do primeiro tempo; David, sete segundos, Gum, aos 4, Kléber Pereira, aos 37 e 43 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Luizinho, Domingos, Pará, Rodrigo Souto, Kléber Pereira (Santos), Willian, David, Gum, Tinga (Ponte Preta).
Cartões vermelhos: Deda (Ponte), Fabiano Eller (Santos).
Estádio: Moisés Lucarelli, em Campinas. Data: 5/4/2009.
Árbitro: Rodrigo Braghetto.
Auxiliares: Marcio Luiz Augusto e Marcos Joel Alves.


PORTUGUESA 2X1 SANTO ANDRÉ
Portuguesa e Santo André morrem abraçados no estádio do Canindé




Um jogo emocionante. Muitas chances de gols, bolas na trave, belas defesas. A Portuguesa dominou o primeiro tempo. O Santo André, a segunda etapa. Mais competente nas finalizações, a Lusa venceu por 2 a 1, mas não levou a vaga na fase semifinal do Campeonato Paulista .



Isso porque o Santos venceu a Ponte Preta por 3 a 2, em Campinas, e levou a melhor. O Peixe e a Lusa terminaram a fase de classificação com 37 pontos, mas a equipe da Baixada levou por ter melhor saldo de gols. Já o Ramalhão, que também sonhava com a vaga, acabou a fase de classificação com três pontos a menos, na sexta colocação.



Começo arrasador



Com a obrigação de vencer por um placar dilatado para não depender do que acontecia no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, na partida entre Ponte Preta e Santos, a Portuguesa começou a partida contra o Santo André como um verdadeiro rolo compressor e encurralou o seu adversário.

Sem poder contar com Marco Antônio e Athirson, suspensos, o técnico Paulo Bonamigo optou pelas entradas de Preto, no meio-campo, e Wilton Goiano, na lateral-direita. Com isso, César Prates foi deslocado para a lateral-esquerda.

Com menos de um minuto, a Lusa já teve uma chance de ouro para marcar. O zagueiro Marcel, do Santo André, foi tentar driblar Christian na área e perdeu a bola, que sobrou para Wilton Goiano, que chutou em cima do goleiro Neneca. O Ramalhão respondeu aos 5min, em lance de Antônio Flávio, que invadiu a área pela esquerda e, de pé direito, bateu no canto direito de Fábio, que fez boa defesa.



A Lusa jogava com muita velocidade e espírito de decisão. O trio Fellype Gabriel, Edno e Christian se movimentava demais, o que confundia a marcação do Santo André. Na articulação, Preto era o responsável pelos lançamentos e também dava trabalho.

Muito melhor em campo, a Portuguesa abriu o marcador aos 22min. A jogada começou numa falha de Marcelinho Carioca no meio-campo. O veterano do Santo André foi desarmado sem falta por Ygor, que fez belo lançamento na esquerda para Edno. O atacante cruzou para Christian, que dominou e, na saída de Neneca, bateu com categoria, no canto esquerdo do goleiro rival. Festa no Canindé.

Com 1 a 0 no placar, o panorama da partida não se modificou. A Portuguesa seguiu em cima. Aos 25min, o segundo gol só não saiu porque Neneca fez um milagre em chute cara a cara de Fellype Gabriel. Mas, quatro minutos depois, não teve jeito. Preto fez brilhante lançamento para Edno, que invadiu a área e tocou na saída de Neneca. Foi o 11º gol do camisa 11 no Campeonato Paulista.

O Santo André seguiu atordoado. Teve uma boa chance com Marcelinho Carioca, em cobrança de falta, que foi bem defendida por Fábio. A Portuguesa, é bem verdade, diminuiu um pouco o seu ritmo, mas não chegou a correr riscos até o intervalo. Aos 35min, os jogadores no gramado foram avisados pelo banco de reservas da Lusa que o Santos havia aberto o marcador em Campinas contra a Ponte.



Etapa complementar


Irritado com o desempenho de sua equipe, o técnico do Santo André, Sérgio Guedes, tirou o Onsy e colocou Ricardo Goulart. A mudança fez muito bem para o time do ABC, que ao invés de ficar cruzando bolas na área, como no primeiro tempo, passou a jogar pelo chão, com velocidade. Aos 5min, o Canindé explodiu de alegria com o anúncio do primeiro gol da Ponte contra o Santos



Para dar mais emoção, aos 7 Antônio Flávio, após chute cruzado de Marcelinho Carioca, diminuiu o marcador. Logo depois, as duas torcidas vibraram porque foi informado que a Macaca havia marcado o segundo gol em Campinas. Com isso, quem terminasse com a vitória no Canindé seria o semifinalista.



Sabendo disso, o técnico Sérgio Guedes partiu para o tudo ou nada. Ele tirou o inoperante Marcelinho Carioca e colocou mais um atacante, Morais. O Santo André então encurralou a Lusa, que sentiu o primeiro gol do adversário. Aos 15min, Élvis cobrou falta da esquerda e Marcel, de cabeça, acertou a trave esquerda de Fábio. Dois minutos depois, Pablo Escobar, dentro da área, só não marcou porque Bruno Rodrigo desviou a trajetória da bola com o pé direito.



A torcida da Portuguesa ficou calada, apreensiva no Canindé. Preocupado, o técnico Paulo Bonamigo mudou o time, tirando Christian e colocando o meia Heverton. Mas a pressão do Santo André continuava muito forte. Aos 19min, Pablo Escobar, em cobrança de falta, acertou a trave direita de Fábio. Nove minutos depois, o Santo André ganhou ainda mais força ofensiva, com a entrada do atacante Clodoldo no lugar do lateral-esquerdo Élvis.



Com o esquema com quatro atacantes, o Santo André seguiu na busca de mais dois gols. Mas passou a deixar espaços para a Portuguesa, que passou a encaixar o seu contra-ataque. Fellype Gabriel, aos 31min, teve uma grande chance, mas bateu à direita do gol de Neneca.



Nos últimos 15 minutos, a Lusa soube controlar a posse de bola e o Santo André parou de rondar a área do goleiro Fábio. Como tudo tem de ser sofrido, quanto a partida marcava 42min, os jogadores da Portuguesa ficaram sabendo que o Santos havia empatado em Campinas. Com isso, se o Peixe marcasse mais um gol, a Lusa perderia a vaga.



Emoção já nos descontos



E o pior aconteceu. Kléber Pereira fez o terceiro gol do Santos, o que obrigava a Portuguesa a marcar mais um gol. Héverton teve a chance nos pés, mas não marcou. Ele ficou cara a cara com Neneca, mas bateu para fora. No fim, a torcida do Santo André, estranhamente, comemorou como se tivesse garantido a classificação. Para a torcida da Lusa, só restava torcer por novo gol da Ponte em Campinas. O que não aconteceu.



Ficha técnica:
PORTUGUESA 2 x 1 SANTO ANDRÉ
PORTUGUESA
Fábio, Bruno Rodrigo, Ediglê e Erick; Wilton Goiano, Ygor (Rai), Preto, Fellype Gabriel e César Prates; Edno e Christian (Héverton).
Técnico: Paulo Bonamigo.
SANTO ANDRÉ
Neneca; Cicinho, Cesinha, Marcel e Élvis (Clodoaldo); Fernando, Ricardo Conceição, Marcelinho Carioca (Morais) e Pablo Escobar; Antônio Flávio e Osny (Ricardo Goulart) .
Técnico: Sérgio Guedes.
Gols: Christian, aos 22min e Edno, aos 29min do primeiro tempo. Antônio Flávio, aos 7min do segundo tempo
Cartões amarelos: Bruno Rodrigo, Ediglê, Preto e Wilton Goiano (Portuguesa). Cesinha, Osny e Neneca (Santo André)
Estádio: Canindé. Data: 05/04/2009.
Árbitro: Marcelo Rogério.
Auxiliares: Reinaldo Rodrigues dos Santos e Alexandre Basilio Vasconcellos.
Renda e Público: R$ 88.993,00 / 7.054 pagantes


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