Gol de bicicleta de Adebayor garante empate do Arsenal diante do Villarreal
Com um golaço de bicicleta do atacante togolês Adebayort, o Arsenal arrancou um empate de 1 a 1 com o Villarreal, nesta terça-feira, no primeiro jogo entre as duas equipes pelas quartas-de-final da Liga dos Campeões .
Com o resultado no El Madrigal, os Gunners jogam por um empate de 0 a 0 na partida de volta, que será realizada em Londres na próxima semana, para passarem de fase. O time espanhol, que contou com uma boa atuação do brasuca espanhol Marcos Senna, precisa de uma vitória simples ou um empate com mais de dois gols para seguir no torneio. Novo 1 a 1 leva o confronto para a prorrogação.
Bomba de Marcos Senna
Após um começo parelho, com as duas equipes apenas se estudando, o Villarreal conseguiu abrir o placar com o brasileiro naturalizado espanhol Marcos Senna aos dez minutos. O ex-jogador do Corinthians recebeu na intermediária e soltou uma bomba no ângulo de Almunia.
Assustado com o gol, o Arsenal, que entrou somente com um atacante de ofício (Adebayor) devido as lesões de Van Persie e Eduardo da Silva, só veio ameaçar a meta da equipe espanhola aos 17. Após jogada iniciada por Walcott, Fábregas recebeu na entrada da área e rolou na medida para Nasri chutar no canto obrigando Diego López fazer grande defesa.
Aos 26, o técnico Arsene Wenger teve que colocar o goleiro Fabianski no lugar de Almunia, que deixou o campo sentindo uma lesão muscular.
E o reserva dos Gunners foi logo testado pelo ataque do Villarreal. Após defender parcialmente um chute de Senna, o goleiro polonês fez ótima intervenção em um arremate de Capdevilla que aproveitou o rebote da jogada.
Médicos do Arsenal ganham mais trabalho preocupado
O drama do Arsenal aumentou aos 42 minutos. O experiente zagueiro Gallas teve que deixar o campo depois de se chocar com Ibagaza. O suíço Djourou entrou na vaga do francês fazendo com que o time londrino queimasse sua segunda substituição ainda na primeira etapa.
No final do primeiro tempo, Fábregas até marcou para o Arsenal em uma cobrança de falta. No entanto, como o árbitro ainda não havia autorizado, o gol foi anulado e o meia espanhol ainda foi advertido com cartão amarelo.
Ao contrário da etapa inicial, o Arsenal voltou para o segundo tempo tomando o controle das ações. Walcott, Nasri e Fábregas avançaram mais e encostaram no até então solitário Adebayor. O Villarreal, por sua vez, se acomodou com a vantagem no placar e se limitava a defender.
Golaço de Adebayor
Depois de tanto insistir, os Gunners chegaram ao empate aos 20 minutos. E em grande estilo. Após lançamento preciso de Fábregas, Adebayor ajeitou no peito e, na altura da marca do pênalti, de uma linda bicicleta sem chances para Diego López. Foi o terceiro gol seguido do atacante nos dois últimos jogos. No final de semana, o togolês marcou os dois na vitória de 2 a 0 sobre o Manchester City pelo Campeonato Inglês.
Melhor na partida, o Arsenal quase virou o placar três minutos depois em bela finalização de Nasri. No entanto, a bola, caprichosamente, foi para fora raspando a trave do Submarino Amarelo.
O Villarreal seguiu mal na partida e só melhorou um pouco com as entradas de Pires e Guille Franco. Mas foi o volante Marcos Senna que, por pouco, não anotou o segundo dele na partida após uma bomba de fora da área aos 34.
Revival
A partida desta terça-feira marcou o reencontro de Arsenal e Villarreal que, na temporada 2005/2006 se enfrentaram pelas semifinais da Liga dos Campeões. Na ocasião, o Arsenal levou a melhor na partida de ida (realizada em Londres) e venceu por 1 a 0. No jogo de volta, os Gunners garantiram o 0 a 0 e asseguraram uma vaga na final. Se esse ano, o resultado sem gols se repetir na semana que vem, o Arsenal eliminará mais uma vez a equipe espanhola.
Ficha técnica:
VILLARREAL 1 x 1 ARSENAL
VILLARREAL
Diego López; Eguren, Gonzalo, Godín e Capdevila; Llorente (Pires), Marcos Senna, Ibagaza (Franco) e Cani (Matías Fernandez); Nihat e Rossi.
Técnico: Manuel Pellegrini.
ARSENAL
Almunia (Fabianski); Sagna, Touré, Gallas (Djourou) e Clichy; Song, Denílson, Fábregas, Nasri e Walcott (Eboué); Adebayor .
Técnico: Arsene Wenger.
Gols: Marcos Senna, aos sete minutos do primeiro tempo. Adebayor, aos 20 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Song, Fábregas e Adebayor (Arsenal).
Estádio: El Madrigal, Villarreal (ESP). Data: 07/04/2009.
Árbitro: Tom Henning Ovrebo (NOR).
Auxiliares: Geir Age Holen (NOR) e Dag-Roger Nebben (NOR).
MANCHESTER UNITED (ING) 2X2 PORTO (POR)
Porto joga como grande e sai de Old Trafford com vantagem sobre Manchester
Em atuação digna de orgulho para quaquer de seus torcedores, o Porto conseguiu nesta terça-feira um empate em 2 a 2 com o Manchester United, em Old Trafford, e saiu da Inglaterra com ligeira vantagem no confronto de quartas-de-final da Liga dos Campeões . Cristian Rodríguez abriu o placar para o Porto e Rooney igualou. Depois, Tevez fez o gol da virada a cinco minutos do fim, mas Mariano González voltou a empatar, aos 43.
Com o resultado, o Porto pode empatar por 0 a 0 ou 1 a 1 o jogo de volta, na próxima semana, que ainda assim se classifica para a fase de semifinais da Liga dos Campeões. Aos Diabos, resta vencer fora de casa ou empatar por três ou mais gols (novo 2 a 2 leva a decisão para a prorrogação).
Os portugueses caminham para se tornar de fato uma pedra no sapato do Manchester United. Em 2004, um empate no jogo de volta das oitavas dentro de Old Trafford classificou o Porto, que acabaria campeão da Champions League sob a batuta de José Mourinho. Agora, o time deu um grande passo para repetir a façanha de eliminar os Diabos Vermelhos.
O Porto começou o jogo marcando a saída de bola do Manchester United por pressão. Os Diabos Vermelhos, que jogavam no meio-campo com três volantes (Carrick, Fletcher e Scholes), foram surpreendidos e, além de levarem um gol logo no início, passaram por maus bocados.
Antes de abrir o placar, aos quatro minutos, o Porto já havia obrigado Van der Sar a fazer uma grande defesa em chute de longe de Lisandro. Pouco depois, entretanto, os portugueses não perdoaram. O uruguaio Cristian Rodríguez recebeu na área, aproveitou bobeada do zagueiro Evans e bateu no canto para fazer 1 a 0.
Em vantagem, o Porto continuou melhor na partida. Além de Rodríguez, o brasileiro Hulk e o argentino Lisandro formaram o trio ofensivo portista que, municiado por Lucho González, deu muito trabalho à defesa do Manchester. Muito seguro, outro brasileiro, o volante Fernando, teve boa atuação.
Os Diabos até que assustaram numa cabeçada de Cristiano Ronaldo, mas chegaram ao empate numa falha clamorosa do zagueiro Bruno Alves. Sem perceber que Rooney se deslocava em suas costas, o português recuou a bola em direção ao goleiro Helton. Rooney se antecipou e tocou na saída do brasileiro para fazer 1 a 1.
Apesar de chegar ao empate, o Manchester não conseguiu se impor ao Porto, que seguiu bem na partida. Apesar disso, o primeiro tempo terminou com o placar igual.
O Manchester voltou com outro postura para a segunda etapa e partiu para cima do Porto. O goleiro Helton, com grandes defesas, evitou a virada dos Diabos em alguns lances.
Aos poucos, Alex Ferguson começou a soltar mais seu time. Tirou o inoperante Park para lançar Giggs, depois, o volante Scholes para a entrada de Tevez. O Porto, que jogava no contra-ataque, ameaçou em algumas chegadas. Hulk chegou a reclamar de um pênalti em jogada perto da linha de fundo, mas a arbitragem mandou seguir.
Quando já havia a impressão de que o placar não seria mais alterado, o Manchester conseguiu a virada. Após cobrança de lateral para a área, Rooney fez desvio magistral de calcanhar e a bola ficou limpa para Tevez fuzilar Helton. Eram 40 do segundo tempo.
O gol, no entanto, não foi suficiente para o Manchester. Os argentinos do Porto deram o troco em Carlitos aos 43. Lisandro López fez boa jogada pela direita e cruzou para Mariano González, que entrara na vaga de Cristian Rodríguez. O argentino, livre no segundo pau, matou e tocou na saída de Van der Sar e decretar o empate em 2 a 2.
Ficha técnica:
MANCHESTER UNITED 2 x 2 PORTO
MANCHESTER UNITED
Van der Sar, O'Shea, Vidic, Evans (Gary Neville)e Evra; Fletcher, Carrick e Scholes (Tevez); Cristiano Ronaldo, Rooney e Park (Giggs).
Técnico: Alex Ferguson.
PORTO
Helton, Sapunaru, Rolando, Bruno Alves e Cissokho; Fernando, Lucho González e Raúl Meireles (Tomas Costa); Cristian Rodríguez (Mariano González), Hulk e Lisandro López.
Técnico: Jesualdo Ferreira.
Gols: Cristian Rodríguez, aos 4, e Rooney, aos 15 minutos do primeiro tempo. Tevez, aos 40, e Mariano González, aos 43 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Bruno Alves e Helton (POR).
Estádio: Old Trafford, Manchester (ING). Data: 07/04/2009.
Árbitro: Konrad Plautz (AUT).
Auxiliares: Bernhard Zauner (AUT) e Armin Eder (AUT).
