Barcelona joga com inteligência, administra vantagem e elimina o Bayern
Sem se esforçar muito, o Barcelona fez valer a vantagem construída na primeira partida contra o Bayern de Munique e, nesta terça-feira, eliminou o clube alemão das quartas-de-final da Liga dos Campeões . Atuando na Allianz-Arena, o clube catalão empatou em 1 a 1 e se garantiu nas semifinais pelo placar agregado dos dois jogos (5 a 1).

Agora, o Barcelona encara o Chelsea que, em um confronto de arrepiar, despachou o Liverpool no estádio de Stamford Bridge.
Barça com força quase total
Mesmo com a enorme vantagem (goleou os bávaros por 4 a 0 no Camp Nou), o técnico do Barça, Pep Guardiola, não poupou nenhum titular, deixando apenas Henry no banco de reserva pois o francês ainda se recupera de uma febre.

Ao contrário do jogo de ida, o Bayern começou se arriscando mais no ataque. Logo aos cinco minutos, Luca Toni apareceu sozinho na área, mas, de maneira atabalhoada, conseguiu furar e perder uma chance certa de gol.
No entanto, aos poucos, o Barcelona foi tomando o controle da partida (em média, no primeiro tempo, teve 55% de posse de bola contra 45% do rival) e perdeu boas chances com Xavi e Eto´o. Os bávaros só voltaram a ameaçar aos 43 em um chute de Luca Toni após ótimo passe de Van Bommel. A bola passou rente ao travessão de Valdés.
Ribéry abre o placar no começo do segundo tempo
No segundo tempo, o Bayern seguiu sem medo e, logo aos dois minutos, inaugurou o marcador. Após passe preciso do brasileiro Zé Roberto, Ribéry aproveitou uma bobeada da defesa do Barça – que tentou fase um linha de impedimento -, recebeu pelo lado esquerdo e, na saída do goleiro, colocou no fundo da redes.

Aos sete, por pouco Messi não empatou de carrinho, mas Lúcio, com a cabeça, salvou a meta alemã.
Golaço de Keita iguala tudo
Mas aos 27 não teve jeito, o Barça resolveu tirar o pé do freio e acabou empatando em um jogada primorosa. Após tabelinha entre Eto´o e Iniesta, o meia Xavi recebeu na altura da marca do pênalti e rolou na medida para Keita – substituto de Henry – acertar uma bomba indefensável para o goleiro Butt.
Com o placar agregado de 5 a 1, o Barcelona voltou a cozinhar o jogo e, dessa vez, não levou nenhum susto e comemorou a classificação às semifinais da Champions. A torcida do Bayern, por sua vez, não digeriu muito bem a eliminação e pediu a cabeça do técnico Klinsmann. Por outro lado, se mostraram bons anfitriões e, além de aplaudirem a equipe do Barça, pediram autógrafos e camisas aos jogadores adversários, principalmentem, a Lionel Messi.
Ficha técnica:
BAYERN DE MUNIQUE 1 x 1 BARCELONA
BAYERN DE MUNIQUE
Butt; Lell, Lúcio, Demichelis e Lahm; Otto, Zé Roberto (Borowski), Sosa (Altintop), Van Bommel e Ribéry; Toni.
Técnico: Klinsmann.
BARCELONA
Valdés; Daniel Alves, Piqué, Puyol e Abidal; Touré, Xavi, Keita e Iniesta (Hleb); Messi e Eto'o.
Técnico: Pep Guardiola.
Gols: Ribéry, aos dois minutos, e Keita, aos 27 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Lúcio, Demichelis, Lell e Borowski (Bayern de Munique). Daniel Alves, Puyol (Barcelona)
Estádio: Allianz-Arena. Data: 14/04/2008.
Árbitro: Roberto Rosetti (ITA).
Auxiliares: Stefano Ayroldi e Paolo Calcagno
CHELSEA (ING) 4X4 LIVERPOOL (ING)
Chelsea elimina Liverpool num dos jogos mais emocionantes da história da Liga

Chelsea e Liverpool protagonizaram nesta terça-feira, em Stamford Bridge, um dos jogos mais emocionantes da história da Liga dos Campeões . A equipe vermelha, que jogou fora de casa, por duas vezes esteve perto de conseguir o milagre da classificação para a fase semifinal (precisava de ao menos três gols na casa do rival). No fim, o empate por 4 a 4, após sucessivas reviravoltas, acabou por favorecer os Azuis de Londres, que haviam vencido o jogo de ida por 3 a 1.
O Chelsea vai encarar na semifinal o Barcelona, que nesta terça empatou por 1 a 1 com o Bayern, em Munique, e garantiu sua classificação. O empate em Stamford Bridge teve participação de destaques dos brasileiros em campo (Fábio Aurélio e Lucas marcaram pelo Liverpool, e Alex fez um golaço de falta pelo Chelsea).
A partida foi cheia de viradas e emoções. O Liverpool abriu 2 a 0 na primeira etapa (Fábio Aurélio e Xabi Alonso) e ficou a um gol da classificação; depois, o Chelsea virou na segunda etapa para 3 a 2 e deu a pinta de ter resolvido a parada (gols de Drogba, Alex e Lampard); mas o Liverpool fez dois gols em três minutos (Lucas e Kuyt) e voltou a ficar a apenas um do milagre; aos 44, entretanto, Lampard empatou o jogo pela última vez e definiu a parada.
Esta foi a quarta vez em cinco anos que Chelsea e Liverpool se enfrentaram em fase de mata-mata da Liga. Em todas houve muito equilíbrio. O placar agora é duas classificações para cada equipe.
Mesmo sem Gerrard, Liverpool começa melhor
O Liverpool começou melhor a partida, tentando marcar a saída de bola do Chelsea. Sonolento, o time da casa pouco conseguiu ameaçar no início. Lampard, em cobrança de falta que passou rente ao poste direito de Reina, foi quem mais levou perigo.

Os Reds, por sua vez, nem pareciam que tinham a ausência de seu maior craque e capitão, Gerrard. Machucado, o jogador nem no banco de reservas ficou. Lucas entrou para compor o meio com Mascherano e Xabi Alonso. Outro brasileiro, Fábio Aurélio, foi titular na lateral esquerda e foi o grande responsável pela vantagem obtida pelo Liverpool na primeira etapa. Cobrador das faltas da equipe, o brasileiro infernizou a defesa do Chelsea.
Aos 16, Fábio cobrou uma falta da meia direita em centro para a área e a defesa cortou. Três minutos depois, o brasileiro abriu o placar. Praticamente do mesmo lugar, Fábio cobrou outra falta. Esperto, ele bateu no canto esquerdo de Cech, que havia saído para o outro lado, a fim de cortar o cruzamento. A bola entrou rente à trave.
O gol perturbou ainda mais o Chelsea, que ficou perdido em campo. O segundo gol do Liverpool saiu aos 28. Em nova falta batida por Fábio Aurélio para a área, Ivanovic agarrou Xabi Alonso na área e a arbitragem marcou pênalti. O próprio Alonso bateu bem e fez 2 a 0.
Insatisfeito com o rendimento de sua equipe, o técnico Guus Hiddink sacou o meia-atacante Kalou e lançou o centroavante Anelka ainda aos 35 da primeira etapa. O time não melhorou de imediato e foi o Liverpool quem esteve perto de marcar no fim do primeiro tempo: Kuyt obrigou Cech a fazer grande defesa após cabeçada. Na sequência do lance, houve bate-rebate na área e por pouco a bola não foi parar no fundo da rede.
Depois do intervalo, Chelsea ressurge

O intervalo fez muito bem ao Chelsea, que voltou com outra postura para a segunda etapa. Uma falha do goleiro Reina, entretanto, foi crucial para a reação dos Blues. Anelka foi ao fundo pela direita e cruzou rasteiro. Drogba, ainda antes do gol, fez leve desvio. Reina tentou defender e pôs a bola para dentro, entre seu corpo e a trave esquerda.
O gol fez o Liverpool implodir. Seis minutos mais tarde, aos 12, Alex soltou uma bomba em falta da intermediária e fez um golaço. Com o placar empatado, o Chelsea ficou dono da partida. O Liverpool partiu ao ataque em busca dos dois gols de que precisava, e deixou espaços atrás. Aos 31, veio o que parecia ser a pá-de-cal: Drogba foi ao fundo e cruzou para Lampard empurrar para a rede e fazer 3 a 2.
Liverpool acaricia o milagre
O Liverpool tinha então 14 minutos para fazer três gols. Aos 36, o ex-gremista Lucas voltou a empatar a partida, em chute de fora da área que desviou em Essien e enganou Cech.
O que parecia impossível se tornou mais provável aos 38, quando Kuyt, de cabeça, virou para o Liverpool. A apreensão tomou conta dos torcedores das duas equipes em Stamford Bridge.
Mas coube ao craque Lampard serenar novamente os ânimos para o Chelsea. Aos 44, o camisa 8 recebeu na área após longa troca de passes. A bola foi no canto direito de Reina e ainda bateu nas duas traves antes de entrar. A torcida dos Blues, enfim, pôde respirar aliviada com a classificação assegurada.
Ficha técnica:
CHELSEA 4 x 4 LIVERPOOL
CHELSEA
Cech, Ivanovic, Alex, Ricardo Carvalho e Ashley Cole; Essien, Ballack e Lampard; Kalou (Anelka), Drogba (Di Santo) e Malouda.
Técnico: Guus Hiddink.
LIVERPOOL
Reina, Arbeloa (Babel), Carragher, Skrtel e Fábio Aurélio; Mascherano (Riera), Lucas e Xabi Alonso; Kuyt, Fernando Torres (N'gog) e Benayoun.
Técnico: Rafa Benítez.
Gols: Fábio Aurélio, aos 19, e Xabi Alonso, aos 28 do primeiro tempo. Drogba, aos 6, Alex, aos 12, Lampard, aos 31, Lucas, aos 36, Kuyt, aos 38, e Lampard, aos 44 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Ivanovic, Ricardo Carvalho (CHE), Benayoun e Arbeloa (LIV). Estádio: Stamford Bridge, Londres (ING). Data: 14/04/2009.
Árbitro: Luis Medina Cantalejo (ESP).
Auxiliares: Jesús Calvo (ESP) e Roberto Díaz (ESP).