Com um a mais e no Palestra, Palmeiras é parado pelo Sport, que comemora empate
Mesmo com um homem a mais durante todo o segundo tempo, o Palmeiras parou no Sport e não conseguiu mais do que um empate por 1 a 1 na noite desta quarta-feira, no Palestra Itália, pela Libertadores . Agora, o time paulista precisa vencer suas duas próximas partidas (contra LDU e Colo Colo), mas mesmo assim ainda vai depender do saldo de gols. O resultado foi bom mesmo para os visitantes, que empataram em pontos com o líder do Grupo 1 e estão cada vez mais perto da classificação. Magrão foi o grande destaque dos pernambucanos.
Com o resultado, o Palmeiras tem agora quatro pontos, na terceira posição do Grupo 1, empatado com a LDU, que tem saldo de gols inferior. E o Sport fica em segundo lugar, com sete pontos, também como o líder Colo Colo, que ganha no saldo.
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Os próximos compromissos de paulistas e pernambucanos são contra LDU no Palestra (dia 21) e diante do Colo Colo, na Ilha do Retiro (dia 22), respectivamente. Para se classificar, o Alviverde precisa vencer esta partida e também os chilenos, na última rodada. O Leão da Ilha já garante vaga com uma vitória sobre o Colo Colo caso o Verdão vença os equatorianos. E ainda encara o time de Quito no último duelo da primeira fase, com a chance até de terminar líder.
Pênalti, empate e pecado de Wilson
A torcida do Palmeiras encontrou uma maneira especial de atrapalhar a concentração do Sport no Palestra: com apitos. Toda vez que o adversário pegava na bola, o barulho se espalhava pelo estádio. Mas parecia incomodar não só o visitante. Em campo, as duas equipes começaram cometendo erros e tendo dificuldades em dar sequência às jogadas.

Não demorou muito para o primeiro lance importante acontecer: aos 12 minutos, o árbitro Roberto Silveira marcou pênalti a favor do Verdão, alegando que César havia tocado na bola com o braço. No entanto, ela bateu na barriga do jogador. Keirrison, sem tomar conhecimento do equívoco do juiz uruguaio, marcou para o dono da casa, aos 14 minutos.
Após sair na frente, o Palmeiras mostrou ainda mais disposição na marcação e conseguiu inibir quase todas as tentativas de ataque do Sport. Mas também não criou grandes chances. Foi um primeiro tempo de poucas oportunidades. Apesar do bom desempenho defensivo do anfitrião, o visitante conseguiu uma oportunidade e não desperdiçou.
Aos 45, veio o empate: após o chute de Durval em uma bola rifada, Wilson recebeu na pequena área e colocou para dentro. Mas o herói do time pernambucano virou vilão em poucos segundos: ao levantar a camisa para comemorar e mostrar outra com uma mensagem, ele, que já tinha um cartão amarelo, recebeu o segundo e consequentemente o vermelho. Desesperado, o jogador ainda tentou argumentar com o árbitro, mas não teve jeito: foi expulso.
Com pressão palmeirense, Magrão se destaca
Com um a mais em campo, o Palmeiras passou a pressionar ainda mais o Sport. Mas teve um problema logo no início do segundo tempo. Edmílson machucou o cotovelo direito e deixou o campo com suspeita de fratura ou luxação.
Apesar de apertar o adversário, o Verdão ainda tinha dificuldades na conclusão. E quando conseguia acertar o pé, Magrão fazia boas defesas. Aos 21, Ele espalmou uma cobrança de falta forte de Keirrison, e no rebote fez uma defesa quase impossível num chute forte de Danilo. O jogador estava impedido na segunda conclusão, mas mesmo assim o goleiro do time pernambucano não quis saber de brincadeira.
Para tentar aproveitar melhor a vantagem de ter um a mais, Vanderlei Luxemburgo fez duas modificações e colocou o time para frente com Marquinhos e Ortigoza. Fumagalli foi a novidade do Sport, no lugar de Paulo Baier, que teve atuação apagada.
Aos 33, Magrão se destacou mais uma vez ao defender um chute à queima-roupa de Ortigoza, que estava impedido. Com a ajuda do goleiro e a força da defesa, o Sport conseguiu se segurar durante toda a segunda etapa, mesmo com a desvantagem numérica.
Ao dono da casa, restou lamentar a grande chance de dar um passo importante para a classificação. Danilo ainda começou um pequeno tumulto com os jogadores do Sport, mas logo foi contido. Os pernambucanos comemoraram o empate com sabor de vitória diante dos torcedores que estiveram no Palestra.
Ficha técnica:
PALMEIRAS 1 x 1 SPORT
PALMEIRAS
Marcos, Fabinho Capixaba (Ortigoza), Mauricio Ramos, Danilo e Armero; Edmílson (Evandro), Pierre, Cleiton Xavier, Diego Souza, Lenny (Marquinhos) e Keirrison.
Técnico: V. Luxemburgo.
SPORT
Magrão; Igor, César, Durval; Moacir, Daniel Paulista, Andrade (Sandro Goiano), Paulo Baier (Fumagalli) e Dutra; Wilson e Vandinho (Guto).
Técnico: N. Batista.
Gols: Keirrison, de pênalti, aos 14 minutos e Wilson, aos 45 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Cleiton Xavier, Evandro, Danilo (Palmeiras); César, Dutra, Paulo Baier, Magrão, Moacir (Sport).
Cartão vermelho: Wilson (Sport).
Estádio: Palestra Itália, São Paulo. Data: 15/04/2009.
Árbitro: Roberto Silveira (URU).
Auxiliares: Pablo Fandiño e Wálter Rial (URU).
INDEPENDIENTE MEDELLÍN (COL) 2X1 SÃO PAULO (BRA)
Após sufoco no primeiro tempo, São Paulo sofre sua primeira derrota

O São Paulo precisava de um empate para garantir o primeiro lugar do Grupo 4 da Libertadores . Mas acabou derrotado pelo Independiente por 2 a 1, na noite desta quarta-feira, em Medellín. Com um time quase todo formado por reservas, o Tricolor foi dominado no primeiro tempo, mas apresentou melhor futebol no segundo. Ainda assim, foi o primeiro revés do time de Muricy Ramalho no torneio.
Confira os próximos jogos e a tabela de classificação da Libertadores
Com o resultado, o time paulista manteve a liderança, com dez pontos, e o Independiente chegou a sete, permanecendo no segundo lugar. Agora, o São Paulo ainda busca um ponto na última partida, contra o América de Cáli, no Morumbi, na próxima quarta-feira para garantir a liderança.
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Sufoco do anfitrião

O São Paulo quase não respirou na maior parte do primeiro tempo. O dono da casa impôs um ritmo forte e agressivo, partindo para cima. Aos 15, Restrepo mandou uma bola pelo alto para Castillo, que recebeu sozinho na área e fez o primeiro dos colombianos. A zaga tentou fazer linha de impedimento, mas Renato Silva dava condição ao autor do gol.
O time paulista tentou se organizar em campo, mas não conseguia dar sequência aos lances, principalmente por causa da forte marcação do adversário. E não deu muito tempo de se recuperar. Aos 25, Arias passou para Castillo finalizar de dentro da área. A bola ainda desviou em Rodrigo antes de entrar.
O Independiente seguiu após o segundo gol, mas com muitos erros nas finalizações. O São Paulo ainda tentava diminuir. E, se não conseguia chegar à área adversária, usou outra tática para fazer o gol. Aos 39, em um rápido contra-ataque, Dagoberto tocou para André Lima, que bateu de primeira, quase na entrada da área. O goleiro Bobadilla não conseguiu pegar o chute preciso do atacante tricolor: 2 a 1.
Melhora técnica do Tricolor não evita derrota
Muricy Ramalho fez uma mudança na lateral: colocou Wellington no lugar de Wagner Diniz. Mais organizado, o São Paulo voltou melhor para o segundo tempo e passou a criar mais. O Independiente ainda tinha mais a posse de bola, mas já não dominava o time paulista.
André Lima chegou a balançar a rede aos 20 minutos, mas o árbitro marcou impedimento do atacante, que era o que mais arriscava pelo Tricolor. Bosco não precisou fazer qualquer defesa, pois o Independiente parou de atacar. O resultado era importante para o time da casa, que a partir da metade da etapa final, passou a segurar o placar.
Muricy deu a última cartada pelo gol de empate ao colocar em campo o meia Oscar. O jovem, de 18 anos, ficou com a vaga de Eduardo Costa, tornando a equipe ainda mais ofensiva. O garoto fez uma boa jogada aos 46, tocando para Dagoberto, que não concluiu bem. E o Tricolor amargou a derrota fora de casa, a primeira na Libertadores.
Ficha técnica:
INDEPENDIENTE 2 X 1 SÃO PAULO
INDEPENDIENTE
Aldo Bobadilla; Juan Cuadrado (Calle), Samuel Vanegas, Andrés Ortiz e Jair Benítez; Roger Cañas, Javier Restrepo, Felipe Ortiz (Del Valle) e Rafael Castillo; Diego Cabrera (Arboleda) e Luis Carlos Arias.
Técnico: Santiago Escobar.
SÃO PAULO
Bosco; Renato Silva, Rodrigo e Aislan; Wagner Diniz (Wellington), Jean, Eduardo Costa (Oscar), Hugo e Richarlyson; Dagoberto e André Lima.
Técnico: M. Ramalho.
Gols: Cabrera, aos 15 minutos, Castillo, aos 25 minutos e André Lima, aos 39 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Cañas, Ortiz, Restrepo, Castillo, Cuadrado (Independiente); Dagoberto, Hugo, Eduardo Costa (São Paulo).
Estádio: Atanásio Girardot, Medellín (COL). Data: 15/04/2009.
Árbitro: Carlos Vera (ECU).
Auxiliares: Luis Alvarado (ECU) e Carlos Herrera (ECU).
UNIVERSIDAD DE CHILE (CHI) 0X2 GRÊMIO (BRA)
Grêmio faz 2 a 0 no Universidad e garante título do grupo
O caminho para libertar a América é longo, mas o Grêmio sabe atalhar como poucos. O time tricolor foi a Santiago na noite desta quarta-feira, teve atuação irregular, foi ameaçado durante boa parte do tempo e superou todas as adversidades para vencer o Universidad de Chile por 2 a 0, gols de Léo e Maxi López. Com o resultado, os gaúchos asseguraram o título do Grupo 7 da Libertadores com uma rodada de antecedência.
O Grêmio chegou a impressionantes 13 pontos conquistados em 15 disputados. Foram três jogos como visitante e três vitórias. Basta vencer os colombianos do Boyacá Chicó daqui a duas semanas, no Olímpico, para o Tricolor colocar o carimbo em uma das melhores (ou até a melhor) campanhas da primeira fase.
A vitória em Santiago também dá ao clube brasileiro a garantia de jogar em casa o segundo duelo das oitavas-de-final, que será contra uma equipe, ainda indefinida, classificada em segundo lugar em sua chave. Como conseqüência, terá um oponente teoricamente mais fácil.
Mal em campo, bem no placar
Pouco importa que não tenha sido merecido. Se o Grêmio jogou mal no primeiro tempo e conseguiu sair na frente mesmo assim, azar do Universidad de Chile e de sua fanática torcida, que quase lotou o Estádio Nacional. O time gaúcho foi pressionado, pouco criou, não foi vazado por detalhes, mas alcançou aquilo que faltou a La U na etapa inicial. Fez o gol.

E fez com Léo, a figura mais importante dos primeiros 45 minutos, para o bem e para o mal. O defensor exagerou nas faltas, mereceu ser expulso pelo árbitro Carlos Amarilla e cometeu erros que poderiam ter custado caro. Em vez de punido, ganhou o maior dos presentes. Foi aos 31 minutos, em uma rara investida tricolor ao ataque. Souza cobrou falta na área para Jonas desviar de cabeça, de costas. A bola bateu no travessão do goleiro Pinto. No rebote, Léo, também de cabeça, fez o gol.
Os gremistas explodiram em alegria no estádio enquanto o zagueiro, após ser abraçado pelos colegas, atravessou o campo e ergueu os braços ao céu. Dentro da crença dele, o atleta não tinha dúvidas de que havia sido abençoado.
Foi um momento de alívio, uma exceção em um período de constantes perigos para o gol de Victor. O goleirão precisou agir para não ver sua rede balançar. Com oito minutos, Hernández bateu cruzado. O camisa 1 tricolor espalmou.
Bom goleiro também tem sorte. Com 23 minutos, Léo deu um bico na bola, mas ela estourou em Cuevas e voltou contra o gol gaúcho. Victor só teve uma alternativa: torcer. E deu certo. Ele viu a trave balançar com a bolada que ela recebeu.
Depois do gol, o Grêmio melhorou um pouco e passou a apostar nos contra-ataques, especialmente com a velocidade de Jonas. O atacante pediu pênalti aos 34 minutos, mas a arbitragem mandou o jogo seguir.
Novos sustos, novo gol: Maxi López faz 2 a 0
Sabe-se lá o que seria do Grêmio sem Victor. O goleiro voltou a praticar sua especialidade no segundo tempo: milagres. Com quatro minutos, ele deixou um estádio inteiro boquiaberto. González concluiu com força, certeiro. Seria gol se o Tricolor não tivesse um goleiraço. O arqueiro caiu rápido, com todo o reflexo do mundo, para espalmar a escanteio.
Mais seis minutos, mais destaque para Victor. Aos dez, Cuevas mandou o chute de fora da área. A bola mirou o ângulo do goleiro e decidiu que entraria lá. Mas Victor não deixou. O voo virou defesa, e a defesa virou salvação. Era a noite do Grêmio.
Mas faltava um detalhe para a torcida tricolor ficar feliz de vez. Um detalhe nascido na Argentina, de cabelos longos, número 16 às costas. Aos 20 minutos, Souza fez linda jogada pelo meio, deixou dois adversários a ver navios e mandou para Maxi López. O gringo entrou na área em diagonal e desviou do goleiro Pinto. Golaço.
Aí foi só controlar. La U perdeu fôlego, se descoordenou e ainda ficou sem o atacante Olivera, expulso após se enroscar com William Thiego. Herrera perdeu gol feito. Souza ameaçou novamente de longe. O terceiro gol esteve perto, mas não saiu. Pouco importa. O Grêmio seguiu na boa até o final para, sob o olhar da Cordilheira dos Andes, embolsar mais três pontos no estádio onde o Brasil foi bicampeão mundial de futebol em 1962.
Ficha técnica:
UNIVERSIDAD DE CHILE 0 x 2 GRÊMIO
UNIVERSIDAD DE CHILE
Pinto, Diaz, Olarra, González e Rojas; Iturra, Estrada e Contreras; Cuevas (Gomez), Hernandéz (Villalobos) e Olivera.
Técnico: Sergio Markarián.
GRÊMIO
Victor, Léo (Thiego), Réver e Rafael Marques; Makelele, Adílson, Tcheco, Souza e Fábio Santos; Jonas (Herrera) e Maxi López (Orteman).
Técnico: Marcelo Rospide.
Gols: Léo, aos 31 minutos do primeiro tempo; Maxi López, aos 20 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Olivera (Universidad de Chile); Léo, Réver, Makelelê, Tcheco e Adílson (Grêmio).
Cartão vermelho: Olivera (Universidad de Chile).
Estádio: Nacional, em Santiago (Chile). Data: 15/04/2008.
Árbitro: Carlos Amarilla (Paraguai).
Auxiliares: Emigdio Ruiz (Paraguai) e Milcíades Saldívar (Paraguai).