Sport mostra que não veio a passeio e vence Colo-Colo com boa atuação de Ciro
A espera de 21 anos do Sport para voltar à Libertadores teve fim nesta quarta-feira de uma maneira bastante feliz para o torcedor rubro-negro. Jogando fora de casa, o time venceu o Colo-Colo por 2 a 1, com gols de Ciro e Wilson. Lucas Barrios descontou para a equipe chilena. Com o resultado, o Leão divide a liderança do Grupo 1 com a LDU, que venceu o Palmeiras em seu primeiro jogo (a equipe equatoriana leva vantagem nos critérios de desempate).
O grande destaque da partida ficou por conta do jovem Ciro, que fez um gol e deu passe para outro, antes de ser substituído no início do segundo tempo. O atacante foi sempre uma ameaça para a defesa do Colo-Colo.
A partida também marcou a estreia da camisa dourada, que será usada nas partidas da equipe no torneio sul-americano.
Na próxima rodada, o Sport encara o atual campeão do torneio, a LDU, dentro da Ilha do Retiro. O jogo será no dia 4 de março, às 21h50m (horário de Brasília). No dia anterior, o Colo-Colo enfrenta mais uma equipe brasileira. Desta vez, o time chileno duela contra o Palmeiras, em São Paulo.
Sport começa se impondo
Antes da bola rolar, o temor do torcedor do Sport era que o time sentisse a pressão de estrear na Libertadores fora de casa. A maior preocupação era como se comportaria o jovem Ciro, grande aposta da equipe para o torneio. Mas os primeiros minutos de jogo desfizeram todas essas dúvidas.

O Leão começou partindo para cima do Colo-Colo e, logo no primeiro minuto, Paulo Baier já mandava uma bola na área do time chileno. A zaga afastou. Dois minutos depois, Ciro invadiu a área, mas tropeçou e não conseguiu dar seguimento a jogada.
Aos 6m, o jovem atacante também voltou a aparecer no chão. Mas dessa vez para dar um lindo toque por cobertura e fazer o primeiro gol do Sport na Libertadores 2009. Moacir fez a jogada pela direita, Paulo Baier desviou de cabeça e Ciro se esticou todo para chegar à bola e manda-la para a rede.
Depois de pressão chilena, Ciro volta a aparecer
A resposta do Colo-Colo só veio aos 15m. Lucas Barrios recebeu lançamento na frente e, de cara com Magrão, chutou para fora. A partir daí, o time da casa passava a dominar as ações, com o Rubro-Negro errando muitos passes na saída de bola. Contudo, apesar da aparente superioridade, a equipe chilena não conseguia chegar ao gol do Sport. Sua melhor chance surgiu aos 37m, quando Riquelme aproveitou um cruzamento na área, mas cabeceou para fora.
No fim da primeira etapa, o Sport voltou a se impor. Aos 40m, Dutra cruzou da esquerda, mas Wilson não chegou na bola. Dois minutos depois, Paulo Baier chutou de longe, para defesa fácil do goleiro. Quando o jogo parecia que iria para o intervalo com a vantagem mínima para o Leão, Ciro roubou a bola, fez linda jogada e tocou para Wilson, na cara do gol, fazer o segundo tento rubro-negro.
Colo-Colo começa segunda etapa melhor
Jogando em casa, o Colo-Colo pegou carona no apoio da torcida e partiu para cima do Sport. Aos 5m, quase que a pressão dá certo. Andrade roubou a bola na defesa, mas errou o passe na saída de bola. Salcedo invadiu a área e chutou cruzado. A bola passou em frente à meta do Sport, mas ninguém conseguiu completar. Aos 8m, Carranza ia entrando livre em direção ao gol, mas o bandeirinha assinalou impedimento.

O Leão continuava com dificuldades para armar as jogadas e, apenas aos 17m, conseguiu fazer um lance perigoso. Dutra, pela esquerda, fez bom cruzamento, mas não havia ninguém na área para completar.
O Colo-Colo se aproveitava da fragilidade do Sport e passou a pressionar ainda mais. Aos 25m, Opazo recebeu na frente pela direita, cruzou, e encontrou Lucas Barrios sozinho no meio da área do Leão. O artilheiro não perdoou o cochilo da defesa rubro-negra e mandou para o fundo das redes, diminuindo o marcador.
O gol animou ainda mais o time chileno. Aos 27m, Carranza chutou de fora da área, mas Magrão fez uma linda defesa.
Nelsinho mexe e melhora o time
Nelsinho Batista resolveu mexer na equipe, tirando Paulo Baier e Wilson para as entradas de Fumagalli e Sandro Goiano. As substituições surtiram efeito e o Leão passou a forçar mais as jogadas de ataque.
Aos 40m, o time armou boa jogada no ataque, com a bola passando de pé em pé até chegar a Hamilton. O volante chutou forte, mas mandou para fora. Nos acréscimos, o jogador teve mais uma chance em contra-ataque mas, de novo, mandou para fora. A partir daí, a equipe passou a administrar o resultado até o apito final.
Ficha técnica:
COLO-COLO 1 x 2 SPORT
COLO-COLO
Muñoz , Jara (Opazo), Mena, Riquelme, Salcedo; Sanhueza, Meléndez (Carranza), Millar, Torres (Cortêz); Moya, Lucas Barrios
Técnico: Marcelo Barticciotto
SPORT
Magrão, Igor, César, Durval; Moacir, Hamilton, Andrade, Paulo Baier (Fumagalli), Dutra;Ciro (Weldon) e Wilson (Sandro Goiano)
Técnico: Nelsinho Batista.
Gols: Ciro, aos 6m, e Wilson, aos 42m do primeiro tempo, para o Sport. Lucas Barrios, aos 25m do segundo tempo, para o Colo-Colo
Cartões amarelos: Hamilton, Igor e César (Sport) e Carranza, Jara (Colo-Colo)
Estádio: David Arellano, Santiago (CHI) . Data: 18/02/2009.
Árbitro: Saúl Laverni (Argentina)
Assistentes: Gustavo Esquivel e Ricardo Casas (Argentina)
SÃO PAULO (BRA) 1X1 INDEPENDIENTE MEDELLÍN (COL)
De bicicleta, Borges marca golaço, dá empate ao São Paulo e evita vexame

Com um golaço de Borges, de bicicleta, aos 47 minutos do segundo tempo, o São Paulo empatou por 1 a 1 diante do Independiente Medellín e escapou de um vexame nesta quarta-feira, no Morumbi, na primeira rodada do Grupo 4 da Libertadores. É verdade que o goleiro paraguaio Bobadilla foi o melhor em campo e se transformou em uma muralha quase intransponível, com pelo menos cinco ótimas defesas. Mas o Tricolor ficou devendo futebol e deixou a sua torcida preocupada com o desempenho na principal competição sul-americana. Arias abriu o placar, aos 34 minutos da etapa final.
Apesar de dominar a partida praticamente inteira, o Tricolor deixou a desejar principalmente nas jogadas pelos lados do campo. O time só cresceu com a entrada de Dagoberto e, principalmente, após os 40 minutos do segundo tempo, quando Muricy Ramalho abandonou o esquema tático com três zagueiros.
O São Paulo volta a campo na Libertadores somente no dia 5 de março, em Cáli, contra o América. Já o Independiente Medellín enfrenta o Defensor, em casa, no próximo dia 24 de fevereiro.
Toque de bola x marcação forte
O São Paulo iniciou a partida valorizando a posse de bola, trocando passes e arrriscando chutes de fora da área. O Independiente optou pela marcação forte, principalmente no meio-campo, e ligação direita da defesa para o ataque, onde Jackson Martínez ficou enfiado entre os zagueiros para explorar os contragolpes.
Com muito toque de bola, mas poucas jogadas pelos lados do campo, Borges, em duas oportunidades, e Jean, optaram por chutes de fora da área nos 10 minutos iniciais. Sem conseguir furar o forte bloqueio defensivo colombiano, o São Paulo continuou insistindo de longa distância. Aos 13, Hugo acertou um torpedo, da intermediária, e o goleiro Bobadilla espalmou para escanteio.
Apesar de tentar dar o bote nos contragolpes, o Independiente só assustou aos 19, em cobrança de falta de Corredor, que Bosco defendeu. Enquanto os colombianos permaneceram sempre com, pelo menos, nove jogadores atrás da linha da bola, o São Paulo continuou martelando no ataque, mas só levou perigo em chutes de fora da área. Aos 33, Hugo arriscou chute cruzado e Bobadilla espalmou a bola para escanteio.
As melhores chances de gol do São Paulo aconteceram somente no final do primeiro tempo. Aos 40 minutos, Jorge Wagner cobrou escanteio, André Dias desviou de cabeça, e antes de Hugo marcar Muriel mandou para escanteio. Em seguida, Jorge Wagner cobrou novo escanteio, Ortiz desviou de cabeça e a bola explodiu no travessão. Na única chance de gol do Independiente, aos 46, Benitez cruzou, André Dias rebateu para trás, e Bosco evitou o gol contra.
Tricolor pressiona, mas Independiente surpreende
No segundo tempo, o Independiente Medellín voltou ainda mais retrancado. E só deu São Paulo. Logo aos dois minutos, Jorge Wagner cobrou escanteio e André Dias, de cabeça, mandou a bola por cima do travessão. Aos seis, Hugo tabelou com Borges, encheu o pé e Bobadilla fez grande defesa e espalmou a bola para escanteio.
A pressão são-paulina continuou. Aos sete minutos, Jorge Wagner cruzou, Borges cabeceou e Bobadilla espalmou. Aos 12, Hugo, dentro da área, errou o alvo e perdeu ótima chance para abrir o placar.
O técnico Muricy Ramalho colocou Dagoberto no lugar de Hugo, aos 20 minutos, e o São Paulo ficou ainda mais ofensivo. Aos 24, Dagoberto pegou rebote em cobrança de escanteio e encheu o pé, quase da marca do pênalti, e Bobadilla defendeu outra vez.
Desesperado, o São Paulo se lançou com tudo ao ataque e ficou exposto aos contra-ataques. E foi assim que o Independiente Medellín, na única jogada perigosa no segundo tempo, fez 1 a 0. Aos 34, Jackson Martínez cruzou, a zaga bobeou, Arias encheu o pé, a bola desviou na zaga e entrou.
Aos 39, Jean encheu o pé, fora da área, e Bobadilla defendeu outra vez. Somente aos 42 minutos, Muricy Ramalho sacou um zagueiro (Renato Silva) e escalou um atacante (André Lima) e abandonou o esquema tático com três zagueiros. Porém, aos 47, após cruzamento de Dagoberto, Borges, de bicicleta, fez um golaço e impediu um vexame tricolor.
Ficha técnica:
SÃO PAULO 1 x 1 INDEPENDIENTE
SÃO PAULO
Bosco, André Dias, Renato Silva (André Lima) e Miranda; Zé Luis (Arouca), Jean, Hernanes, Hugo (Dagoberto) e Jorge Wagner; Borges e Washington.
Técnico: M. Ramalho.
INDEPENDIENTE
Bobadilla; Andrés Ortiz, Vanegas e Juan Muriel; Restrepo, Juan Ortiz, Ivan Corredor (Calle), Candia (Rafael Castillo) e Jair Benitez; Jackson Martínez e Diego Cabrera (Arias).
Técnico: S. Escobar.
Gols: Arias, aos 34, e Borges, aos 47 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: André Dias, Borges e Renato Silva (São Paulo) e Andrés Ortiz, Rafael Castillo e Jackson Martínez (Independiente).
Estádio: Morumbi. Data: 18/02/2009.
Árbitro: Sergio Pezzota (ARG).
Auxiliares: Hernan Maidana e Francisco Rocchio (ARG).
Renda: R$ 631.375,00 - Público: 30.375 pagantes
NACIONAL (PAR) 0X3 NACIONAL (URU)
No duelo de Nacionais, melhor para os visitantes uruguaios: 3 a 0

Dessa vez não teve erro de arbitragem. Prejudicado na primeira rodada pelo brasileiro Heber Roberto Lopes, o paraguaio Nacional foi derrotado de forma vexaminosa para o xará uruguaio, por 3 a 0, no Estádio General Pablo Rojas, em Assunção, pelo Grupo 3 da Taça Libertadores.
No próximo dia 12, os paraguaios visitam o Universidad San Martín, em Lima, no Peru, enquanto os uruguaios recebem o River Plate no dia 19.
Sem tomar conhecimento desde o início, o Nacional do Uruguai não teve dificuldades para abrir o placar com Fernandez, aos oito minutos da primeira etapa. Aos 38, Lodeiro ampliou. O caixão foi fechado aos 18 minutos do segundo tempo, com o centroavante Mondaini.
Apesar de não marcar, o artilheiro da competição continua sendo o atacante Nuñez, do Nacional do Paraguai, com quatro gols.