sábado, 9 de maio de 2009

1 Rodada:Série A

AVAÍ 2X2 ATLÉTICO - MG
Avaí faz dois gols, mas Atlético-MG reage e alcança o empate na Ressacada



O Atlético-MG pode até não ser um time de técnica apurada, mas saiu de cabeça erguida na estreia do Brasileirão por conta de uma enorme vontade. Neste sábado, contra o Avaí, o time chegou a ficar dois gols atrás, mas reagiu e conseguiu um empate, na Ressacada, em Florianópolis: 2 a 2 (assista ao último gol da partida). Para os catarinenses, o retorno à elite depois de 30 anos fica com um gosto amargo.

Na segunda rodada, o Avaí joga contra o Flamengo, sábado, às 18h30m, no Maracanã. No mesmo horário, o Atlético-MG recebe o Grêmio, no Mineirão.


Gol histórico na Ressacada



Um jogo estudado. Assim começou o primeiro duelo entre Avaí e Atlético-MG na história do Brasileirão. Com o apoio da torcida na Ressacada, os avaianos tomaram a iniciativa e arriscaram chutes de fora da área, mas sem muita eficiência. No esquema 3-5-2, Celso Roth liberou os alas Elder Granja e Júnior para tentar jogar pelos lados. A criação das jogadas ficou por conta de Fabiano, que não conseguiu uma aproximação com Éder Luís e Diego Tardelli.

A primeira chegada aguda foi do Galo, aos 12 minutos. Éder Luís invadiu a área em velocidade, se livrou da marcação com um belo corte, tentou o segundo, mas foi desarmado. O técnico Celso Roth foi à loucura com o preciosismo do atacante.

Apesar dos erros de passe, o Avaí tinha mais volume de jogo e conseguiu se dar bem, aos 25. Odair ameaçou um cruzamento, bateu direto para área, cheio de efeito, e Evando só empurrou, sem chances para o goleiro Juninho (assista ao vídeo acima). Um gol com sabor especial. Foram trinta anos de espera dos catarinenses para retornar à elite. Primeiro gol de uma edição da Campeonato Brasileiro na Ressacada, estádio que não existia em 1979.

Depois do gol, o Avaí recuou e começou a dar chutões para frente. O Atlético melhorou e passou a ameaçar mais o adversário. A melhor chance de gol também saiu dos pés de Éder Luís. O veloz atacante foi lançado, ganhou do marcador, invadiu a área, e bateu cruzado. Diego Tardelli, muito apagado, esperava o passe do outro lado.

No fim do primeiro tempo, Odair, machucado, deu lugar a Ricardinho. O Avaí precisaria se adaptar ao estilo do meia, mas não havia tempo para mais nada. Equilíbrio no jogo, mas vantagem dos donos da casa.

Emoções de sobra



O Atlético tentou manter o ritmo do fim do primeiro tempo na etapa final e até que deu certo. Em bom cruzamento de Júnior, rasteiro, Elder Granja apareceu como elemento surpresa na área, mas a Eduardo Martini evitou que ela chegasse ao ala. No entanto, a arbitragem já assinalava o impedimento.

O Avaí conteve o ímpeto atleticano com um gol. Aos 13, Muriqui foi mais rápido do que os defensores do Galo, entrou na área e encheu o pé para fazer o segundo: 2 a 0 (assista ao vídeo ao lado). Dois minutos depois, quase um golaço. Em bela triangulação do ataque avaiano, Evando cruzou rasteiro, William tentou de letra na pequena área, mas a bola foi pela linha de fundo.

Celso Roth decidiu mudar o esquema, sacou o zagueiro Werley e lançou Thiago Feltri. No ataque, entrou Alessandro. Júnior passou a fazer a função de meia no lugar de Fabiano, que também foi substituído.



Quando o Avaí começou a cozinhar o jogo, o Atlético diminuiu. Márcio Araújo achou Alessandro na área, o atacante tirou a marcação do zagueiro com um belo domínio de peito, e bateu de pé esquerdo. Bola no fundo da rede, aos 25: 2 a 1 (assista ao vídeo ao lado).

Era o combustível que o time de Celso Roth precisava para correr atrás do prejuízo. E o técnico teve participação importantíssima na busca do empate. Sem paciência com a falta de vibração de Elder Granja, ele lançou o volante Carlos Alberto na ala direita. O improviso funcionou muito bem. Aos 32, Diego Tardelli bateu cruzado, a bola desviou na zaga, e sobrou para Carlos Alberto concluir. Era o empate dos mineiros: 2 a 2.

E por muito pouco a virada não saiu, em uma cabeçada despretenciosa de Alessandro, a bola tocou o travessão e foi pela linha de fundo, aos 39. Pouco depois, o ex-tenista Gustavo Kuerten, torcedor fanático do Avaí, deixou o estádio sem o sorriso no rosto por conta do descuido do time do coração.

Ficha técnica:
AVAÍ 2 x 2 ATLÉTICO-MG
AVAÍ
Eduardo Martini, Ferdinando, André Turatto, Emerson e Uendel; Marcus Winícius, Léo Gago, Odair (Ricardinho) e Muriqui; Evando (Luis Ricardo) e William (Lino).
Técnico: Silas.
ATLÉTICO-MG
Juninho, Werley (Thiago Feltri), Welton Felipe e Leandro Almeida; Elder Granja (Carlos Alberto), Renan, Márcio Araújo, Fabiano (Alessandro) e Júnior; Éder Luis e Diego Tardelli.
Técnico: Celso Roth.
Gols: Evando, aos 25 minutos do primeiro tempo; Muriqui, aos 13, Alessandro, aos 25, Carlos Alberto, aos 32 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Ricardinho (Avaí); Éder Luís, Carlos Alberto (Atlético-MG).
Estádio: Ressacada, Florianópolis (SC). Data: 09/05/2009.
Árbitro: Rodrigo Nunes de Sá.
Auxiliares: Hilton Moutinho Rodrigues e Ricardo Mauricio Ferreira de Almeida.

SPORT 1X1 BARUERI
Barueri faz gol esquisito e consegue empate com o Sport na Ilha do Retiro




O Barueri não fez feio em sua estreia na elite nacional. Jogou melhor do que o Sport na Ilha do Retiro e arrancou um empate por 1 a 1, neste domingo, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro. Igor abriu o placar para os donos da casa, no primeiro tempo, e Pedrão empatou a partida num gol bem estranho, após o intervalo.

O artilheiro do último Paulistão ainda teve em seus pés pelo menos três ótimas oportunidades de dar a vitória à equipe paulista, que mostrou personalidade na partida após um início nervoso.

O Sport volta a entrar em campo na terça-feira para enfrentar o Palmeiras, pelo jogo de volta das oitavas da Libertadores. Pelo Brasileiro, pega o Vitória no domingo (dia 17), em Salvador. O Barueri recebe o Fluminense no mesmo dia.


Sport usa bola aérea para abrir o placar

A partida começou muito truncada devido ao excesso de faltas. Para o Sport, não foi um problema, já que assim pôde explorar um de seus pontos fortes - a cobrança para a área, de qualquer lugar que seja. O Barueri recebeu o alerta aos seis minutos, quando Durval, impedido, teve um gol bem anulado após falta batida por Paulo Baier.

Mas não adiantou. As faltas continuaram se sucedendo, e numa delas novamente Paulo Baier levantou a bola na área. Vandinho cabeceou, e a bola sobrou para Igor marcar o primeiro gol do Brasileirão 2009, aos 13 minutos.

A partir daí, os donos da casa tiveram dificuldades para chegar ao campo de ataque. O meio-campo não se aproximava dos jogadores de frente, e os alas Moacir e Dutra não eram acionados. A torcida, que em alguns momentos demonstrou sua insatisfação, só voltou a comemorar quando o sistema de som do estádio anunciou o gol do Coritiba sobre o Palmeiras no Palestra Itália.

A situação se complicou quando Daniel Paulista pediu para sair, sentindo uma distensão muscular na coxa. O Barueri, por sua vez, arrumou-se em campo, preferindo jogar e fazendo o adversário cometer faltas. Fernandinho se movimentava bem pela esquerda, ganhando de Moacir na maioria dos lances, e Pedrão buscava espaços para concluir. Aos 32 minutos, ele chutou de bico para fora.


Barueri parte para cima e empata

Na tentativa de retomar o domínio do meio-campo, Nelsinho Batista fez as duas substituições que lhe restavam no intervalo, trocando Guto e Paulo Baier por Fumagalli e Luciano Henrique. Mas o Barueri percebeu que podia ir para cima do Leão e foi o que fez desde o começo do segundo tempo. Aos três minutos veio o empate, e num gol bem esquisito.

Pedrão recebeu lançamento, tomou a frente de César e chutou forte, quase sem ângulo. O goleiro Magrão espalmou, a bola bateu no travessão e subiu, ganhando efeito ao quicar no campo e entrando no gol, diante do zagueiro rubro-negro Durval.

O Barueri ainda pressionou por um tempo e perdeu uma boa oportunidade de virar o jogo, novamente com Pedrão. Ele recebeu passe na medida de Fernandinho e, de frente para o gol, pegou mal demais na bola, aos 18 minutos. Depois disso, o Sport passou a usar as pontas, sobretudo a esquerda com Dutra, e melhorou na partida.

Mas as melhores chances foram do visitante, que esteve próximo do segundo gol com - mais uma vez - Pedrão, após uma cobrança de escanteio; com Márcio Careca, num perigoso contra-ataque; e com Ewerton, em bela jogada individual que terminou com conclusão feia.



Ficha técnica:
SPORT 1 x 1 BARUERI
SPORT
Magrão, Igor, César e Durval; Moacir, Hamílton, Daniel Paulista (Sandro Goiano), Paulo Baier (Fumagalli) e Dutra; Vandinho e Guto (Luciano Henrique).
Técnico: Nelsinho Batista.
BARUERI
Renê, Marcos Pimentel (Eder), Leandro Castán, Daniel Marques e Márcio Careca; Ralf, Ewerton, Thiago Humberto e Leanderson (Márcio Hahn); Pedrão (Flavinho) e Fernandinho.
Técnico: Estevam Soares.
Gols: Igor, aos 13 minutos do primeiro tempo; Pedrão, aos três minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Dutra, Guto, Igor, Vandinho, César (Sport); Leanderson, leandro Castán (Barueri).
Estádio: Ilha do Retiro. Data: 09/04/2009.
Árbitro: Francisco de Assis Almeida Filho (CE).
Auxiliares: Arnaldo Rodrigues de Souza e Manuel Márcio Bezerra Torres (CE).

PALMEIRAS 2X1 CORITIBA
Verdão passa susto, coloca titulares em campo e vira em cima do Coxa



De virada, e graças a seus titulares, o Palmeiras venceu o Coritiba, por 2 a 1, neste sábado à noite, no Palestra Itália, pela primeira rodada do Brasileirão. No primeiro tempo, o técnico Vanderlei Luxemburgo mandou a campo um time misto e o Coxa levou a melhor. No segundo, com seus melhores jogadores, o Verdão foi para cima e só sossegou quando conseguiu a virada. Keirrison, que não marcava havia quatro partidas, garantiu a vitória. Assista ao lance no vídeo.


Coxa sai na frente

Como o jogo entre Palmeiras e Sport, pelas oitavas de final da Taça Libertadores passou de quarta para terça-feira, o técnico Vanderlei Luxemburgo resolveu poupar seus titulares do jogo contra o Coxa. Danilo, Pierre, Diego Souza, Cleiton Xavier e Keirrison começaram o jogo no banco. Já o goleiro Marcos não foi sequer relacionado para a partida.

O mistão do Verdão começou quente, criando jogadas principalmente pelo lado direito, com Willians, que se posicionava às costas de Carlinhos Paraíba e conseguia chegar à linha de fundo com facilidade. Faltava, porém, capricho aos atacantes do Verdão. Aos 30, Ortigoza perdeu uma grande chance. O paraguaio entrou livre na área, pela direita, e chutou firme de pé direito, mas em cima do goleiro, que espalmou.

O Coritiba, apesar da pressão adversária, não ficou acuado. Com Marcelinho Paraíba aberto pela direita e Marcos Aurélio atuando como um ponta esquerda, o Coxa tinha espaço e saía em contra-ataques muito rápidos. Assim, o time paranaense, aos poucos, foi entrando na área palmeirense, até que, aos 33, conseguiu o gol. Carlinhos Paraíba cruzou na área na direção de Márcio Gabriel, que acabou derrubado por Jefferson. O lateral-esquerdo do Verdão tentou cortar, se atrapalhou, e acabou atingindo o adversário. Pênalti que Marcelinho Paraíba bateu bem, de pé esquerdo, no canto direito do goleiro Bruno.

Imediatamente após sofrer o gol, o Palmeiras tentou armar uma blitz para conseguir o empate, mas, novamente, voltou a perder chances claras. Aos 44, Jefferson desceu pela esquerda e cruzou para Marquinhos. Sozinho, o atacante cabeceou para o chão, mas mandou para fora.



Com titulares, Verdão reage e vira

Como o primeiro tempo do Palmeiras não foi lá essas coisas, Luxemburgo resolveu não arriscar e mandou três titulares a campo na etapa final. Entraram Diego Souza, Cleiton Xavier e Keirrison. Como era de de esperar, com esse trio o Verdão foi outro.

O time passou a ter controle da posse de bola no meio e correção nos passes, com Cleiton Xavier, e agressividade no ataque, com Diego e K9. Desde os primeiros minutos, o Palmeiras apertou, pressionou, mas o gol demorava a sair. Em quatro minutos, o goleiro Vanderlei já havia feito duas boas defesas. Na primeira, ele ganhou de Keirrison na dividida. Na segunda, mandou para escanteio uma cobrança de falta de Diego. A bola entraria no ângulo.

A pressão do Palmeiras era tamanha que o Coxa sucumbiu aos 24. Cleiton Xavier acertou excelente lançamento para Jefferson, que desceu pela esquerda e cruzou para Willians só empurrar para o gol. O atacante palmeirense ficou tão empolgado com o gol que tirou a camisa para comemorar e ela acabou caindo no fosso. Willian acabou levando o amarelo pelo lance insólito.

Quando era melhor e caminhava para virar a partida, o Palmeiras acabou perdendo um jogador. William se machucou e não pode ser substituído, pois Luxa já havia feito três trocas. Mesmo caindo de produção, o Verdão ainda seguia em cima e conseguiu a virada aos 43, com Keirrison. O artilheiro recebeu livre pela esquerda e tocou na saída do goleiro Vanderlei, quebrando um jejum que já durava quatro jogos.

Ficha técnica:
PALMEIRAS 2 x 1 CORITIBA
PALMEIRAS
Bruno, Wendel, Mauricio Ramos, Marcão e Jefferson, Jumar (Cleiton Xavier), Mozart (Diego Souza), Souza e Marquinhos (Keirrison); Ortigoza e Willians.
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
CORITIBA
Vanderlei, Pereira, Felipe e Rodrigo Mancha; Marcio Gabriel, Leandro Donizete, Pedro Ken, Marcelinho Paraíba e Carlinhos Paraíba; Marcos Aurélio (Dirceu), Ariel (Marlos).
Técnico: Renê Simões.
Gols: Marcelinho Paraíba, aos 33 do primeiro tempo; Willians, aos 24, Keirrison, aos 43 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Pereira, Marcelinho Paraíba, Pedro Ken, Márcio Gabriel (Coritiba), Jumar, Willians, Jefferson, Wendel (Palmeiras).
Estádio: Palestra Itália, em São Paulo. Data: 09/05/2009.
Árbitro: Arílson Bispo da Anunciação (BA).
Auxiliares: Alessandro Alvaro Rocha de Matos (Fifa-BA) e Adson Márcio Lopes Leal (BA).
Público e renda: 19.105 pagantes/R$ 391.941,24