Vitória empata com o Bahia e conquista o tricampeonato baiano no Barradão

O Bahia não conquista o Baianão desde 2001, mas continua sendo o maior vencedor do Estado, com 43 títulos. O empate ou resultados iguais favoreciam ao Vitória pela melhor campanha na primeira fase.
Assim que o árbitro encerrou o jogo, uma confusão generalizada começou. Os jogadores do Bahia, inconformados, trocaram sopapos com os jogadores do Vitória. A Polícia Militar rapidamente contornou a situação. O zagueiro Wallace, do Vitória, chegou a ser agredido pelo goleiro Marcelo, do Bahia.
Confira a classificação final do Campeonato Baiano
Tricolor surpreende na casa do rival

Quando o árbitro Leandro Pedro Vuaden autorizou o início de partida, os nervos afloraram. Aos seis minutos, Ávine tentou atrasar para o goleiro Marcelo, mas escorou fraquinho. Apodi, que vinha na corrida, antecipou, tirou o arqueiro tricolor da jogada e bateu na trave, perdendo uma chance incrível de abrir o placar para o Vitória.
Quatro minutos mais tarde, o Bahia respondeu com eficiência. Vanderson escorregou - o gramado encharcado traiu o volante rubro-negro - , e Paulo Roberto ficou com a bola. O jovem meio-campo deixou para Reinaldo Alagoano, na área, que bateu forte, sem chance para Viafara, marcando para o Esquadrão de Aço.
Desde então, o Bahia recuou, e o Vitória passou a comandar as ações ofensivas, a maioria delas nas faltas cobradas por Ramon, e os cruzamentos de Apodi. Entretanto, nos descontos da primeira etapa, após uma rápida troca de passes do ataque tricolor, Rogério deixou para Ávine. O lateral recebeu na área e escorou na saída do goleiro, ampliando para o Bahia.
Neto Baiano e Ramon garantem o tri para o Leão da Barra

O Esquadrão de Aço levava o jogo em banho-maria, gastando o tempo. Welington entrou no vaga de Carlos Alberto, apagado no Rubro-Negro. Aos 19, Apodi desceu pela direita e cruzou para a área. Neto Baiano dividiu no alto com Nen, a bola sobrou na frente, e o artilheiro do Campeonato Baiano fuzilou a meta de Marcelo, diminuindo para o Leão da Barra.
Na sequência, Cadu - que entrou no lugar de Reinaldo Alagoano - , foi expulso em seu primeiro lance, prejudicando ainda mais o Bahia. O jogador saiu chorando para o vestiário. Sob o temporal, o Vitória passou a ser o administrador da partida.
Precisando de mais um gol, Alexandre Gallo tirou Marconi e colocou Beto, para dar mais velocidade e poder ofensivo ao Tricolor. Mais tarde, Élton foi sacado, e Ananias reforçou a meia-cancha do Bahia.
Aos 35, o zagueiro Evaldo e o meio-campo Ramon discutiram asperamente. Nos últimos minutos, Bida recebeu na área, em um rápido contra-ataque, e foi derrubado por Marcelo. Ramon cobrou o pênalti, empatou a partida e decretou o tricampeonato baiano para o Vitória.
Ficha técnica:
VITÓRIA 2 x 2 BAHIA
VITÓRIA
Viafara; Apodi, Wallace, Victor Ramos e Luciano Almeida (Adriano); Vanderson, Carlos Alberto (Welington), Bida, Jackson e Ramon; Neto Baiano.
Técnico: Paulo César Carpegiani.
BAHIA
Marcelo; Marconi (Beto), Evaldo, Nen e Ávine; Rogério, Leandro, Élton (Ananias) e Léo Medeiros; Paulo Roberto e Reinaldo Alagoano (Cadu).
Técnico: Alexandre Gallo.
Gols: Reinaldo Alagoano, aos 10 minutos do primeiro tempo, e Ávine, aos 46; Neto Baiano, aos 19 minutos do segundo tempo, e Ramon, aos 44.
Cartões amarelos: Ramon, Wallace, Neto Baiano e Victor Ramos (Vitória); Paulo Roberto, Nen, Marcone, Leandro, Élton e Marcelo (Bahia).
Cartão vermelho: Cadu (Bahia).
Estádio: Manoel Barradas (Barradão). Data: 03/05/2009.
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden.
Auxiliares: Alessandro Álvaro Rocha de Matos e Raimundo Carneiro de Oliveira.
Renda e Público: R$ 712.820,00 / 26.942 (pagantes)