sexta-feira, 8 de maio de 2009

Taça Libertadores:Jogos de Ida das Oitavas de Final

DEPORTIVO CUENCA (EQU) 2X1 CARACAS (VEN)
Em campo encharcado, Deportivo Cuenca derrota o Caracas e fica em vantagem

Em um gramado completamente alagado, Deportivo Cuenca, do Equador, e Caracas, da Venezuela, começaram a disputa por uma vaga nas quartas-de-final da Taça Libertadores, nesta quinta-feira. No estádio Alejandro Serrano Aguilar, em Cuenca, os donos da casa sofreram para derrotar os venezuelanos por 2 a 1. O Caracas jogou metade do primeiro tempo e toda a etapa final com um jogador a menos.

Na próxima terça-feira, o Caracas joga em casa e precisa de uma vitória simples para se classificar. O Deportivo Cuenca tem o empate a seu favor. O adversário deste confronto vai encarar Grêmio ou San Martín, do Peru. Na ida, vitória brasileira por 3 a 1. A decisão será no Olímpico.

Primeiro tempo

Como o gramado não permitia o toque de bola, o Caracas chegou ao gol em uma jogada de bola parada. Cichero aproveitou a cobrança de falta para a área e marcou de cabeça, logo aos dois minutos. Na comemoração, os jogadores simularam um strike, a jogada perfeita no boliche.

Aos 21, apesar da vantagem no placar, os venezuelos ficaram em desvantagem numérica. Castellin deu uma cotovelada em um adversário e foi expulso. Os equatorianos partiram com tudo para o ataque. Aos 41, o atacante brasileiro Rodrigo Teixeira recebeu cruzemento, usou a mão para marcar e foi punido com cartão amarelo. Os visitantes conseguiram segurar o placar até o fim do primeiro tempo, especialmente pelas boas defesas do goleiro Vega.



No intervalo do jogo, funcionários do estádio tentaram diminuir a quantidade de água no gramado. O esforço valeu a pena.

Segundo tempo

Empurrado pela torcida, o Deportivo Cuenca pressionou desde os primeiros mitunos da etapa final. Aos 13, o habilidoso Matamoros foi derrubado na área, e a arbitragem marcou pênalti. O brasieiro Rodrigo Teixeira bateu bem, no canto esquerdo de Vega, e deixou tudo igual: 1 a 1. Sétimo gol dele na Libertadores, artilheiro da competição ao lado de Núñez, do Nacional (PAR).

Muito pressionado, o Caracas não conseguiu segurar o empate. Aos 24, Matamoros deixou o argentino Villalba na cara do gol com um lindo toque sobre a defesa adversária. O atacante dominou com calma e colocou no canto de Vega: 2 a 1, e a vantagem na briga pela classificação.

O resultado poderia ter sido pior. Aos 46, Vega fez linda defesa em chute de longa distância e evitou o terceiro gol.


ESTUDIANTES (ARG) 3X0 LIBERTAD (PAR)
Em noite de Verón e Boselli, Estudiantes atropela o Libertad e fica perto da vaga

Estádio lotado, bom retrospecto em casa e Verón em uma perfeita noite de garçom. O ambiente não poderia ser melhor para o Estudiantes, que venceu o Libertad-PAR por 3 a 0, com direito a gol relâmpago, nesta quinta-feira, no primeiro jogo das oitavas-de-final da Taça Libertadores. O placar só não foi maior porque o árbitro Carlos Eugênio Simon deixou de dar dois pênaltis para o time da casa. Assim, a equipe argentina mantém os 100% em casa e conquista boa vantagem para o jogo de volta, na próxima semana. Quem garantir a classificação às quartas-de-final enfrenta o vencedor de Boca Juniors e Defensor-URU.

A noite começou bem para os torcedores que lotaram o estádio Ciudad de La Plata. Logo aos 40s, o time da casa abriu o placar. Verón, que completa 34 anos no sábado, cobrou falta na intermediária. Benitez desviou e a bola sobrou livre para Fernández, que não teve problemas para abrir o placar.



Logo depois, o time paraguaio ameaçou uma reação, aos três minutos. Marin cruzou para a área, mas a bola foi direto para o gol, batendo no travessão e assustando o goleiro. Mas ficou nisso. Bem na criação, o Estudiantes teve as melhores oportunidades para marcar. Aos 12, Benítez recebeu livre na direita, mas concluiu para fora.

Aos 27, foi a vez de Fernández perder boa chance de ampliar. O autor do primeiro gol limpou para o meio e chutou, mas mandou para fora. Mas a melhor oportunidade argentina saiu aos 40. Verón fez cruzamento perfeito da esquerda, e Desábato cabeceou na trave. Aos 41, Fernandez deu passe de calcanhar para Verón, que deu um drible da vaca em Sarabia e chutou na saída do goleiro, para fora.

No segundo tempo, o time do Estudiantes continuou na pressão. Mas só foi ampliar aos 18 minutos. Boselli, de pênalti, marcou o segundo. O Libertad, então, foi para cima. Maciel, que acabara de entrar, entrou na área e pegou de primeira, mas parou nas mãos do goleiro argentino.

Mas o dia era mesmo do Estudiantes. Aos 25, Verón fez novo cruzamento perfeito, e Boselli só teve de se agachar para mandar para dentro do gol. No final, Simon deixou de dar dois pênaltis a favor dos argentinos, ambos sobre Boselli. Mas nada que tirasse a festa da torcida do Estudiantes, que fica muito perto das quartas-de-final da Libertadores.

UNIVERSIDAD DE CHILE (CHI) 1X2 CRUZEIRO (BRA)
Cruzeiro se impõe em Santiago, derrota o Universidad de Chile e a vaga fica perto

Muito melhor do que a encomenda. Assim foi a estreia do Cruzeiro nas oitavas-de-final da Taça Libertadores. O time confirmou o favoritismo e derrotou o Universidad do Chile por 2 a 1, nesta quinta, no estádio Nacional, em Santiago. Soares e Marquinhos Paraná marcaram para o time brasileiro. Agora, a Raposa pode empatar ou perder por 1 a 0 que se classifica para as quartas-de-final.

Na próxima quinta-feira, o Cruzeiro recebe os chilenos no Mineirão. Hora de a torcida celeste lotar o estádio para dar aquela força ao time. Antes, a equipe estreia no Brasileirão, neste domingo, contra o Flamengo, às 16h, também em Belo Horizonte.

Soares brilha, mas também sofre

Thiago Ribeiro ou Wellington Paulista ao lado de Kléber? Nenhuma das alternativas. O técnico Adilson Batista lançou Soares no ataque cruzeirense para começar o jogo contra La U. Uma aposta que deu muito certo.

Aos quatro minutos, Wagner dominou com a perna direita fora da área e emendou com a esquerda. A bola subiu demais. Era o primeiro de uma sequência de bons ataques celestes. Só que um minuto depois, Juan Manuel Olivera, em condição de impedimento, recebeu na área e bateu cruzado. A arbitragem assinalou a irregularidade com certo atraso, mas o time chileno assustou.

Aos sete, quase um golaço. Kléber recebeu na entrada da área, tocou de letra para Soares, mas o Miguel Pinto fez grande defesa na conclusão do atacante. No minuto seguinte, a marcação vulnerável dos chilenos foi condenada. Ramires avançou com velocidade pela esquerda, cruzou na medida para Soares, livre de marcação, tocar na saída do goleiro: 1 a 0. Após o gol, ele machucou o polegar da mão direita.

Aos 12, Olivera mais uma vez recebeu livre, bateu cruzado, e o goleirão Fábio tirou com a ponta dos dedos. Defesaça! Dez minutos mais tarde, Fábio apareceu bem novamente. Primeiro, Contreras foi lançado por Olivera, tentou encobrir o camisa 1 celeste, mas ele conseguiu um leve desvio com a mão direita para a linha de fundo. No lance seguinte, cabeçada fulminante de González, e defesa milagrosa do brasileiro.

Aos 25, deu para sentir o cheiro do segundo gol brasileiro. Wagner cobrou falta, a bola desviou na barreira, e quase traiu Miguel Pinto. Sorte do Universidad que ele conseguiu voltar para fazer a defesa. Com facilidade para trocar passes no ataque, o Cruzeiro chegou bem novamente, aos 36. Jonathan tabelou com Wagner e soltou uma bomba de fora da área. Pena que a bola subiu demais.

Soares teve a chance de fazer mais um, aos 40. O atacante recebeu ótimo passe de Kléber, dividiu com o zagueiro, mas conseguiu chutar de bico antes de ser derrubado na área. A bola passou muito perto. Após o lance, o jogador sentiu uma lesão na perna direita e teve de ser substituído por Thiago Ribeiro.

- Bati de bico na bola, mas meu pé ficou preso na grama e eu senti um estalo. A dor foi insuportável, mas parece que não é nada grave. Espero sair daqui recuperado - disse, em entrevista ao SporTV.

Aumenta a vantagem, Raposa!

O time de Adilson Batista voltou para o segundo tempo com seriedade e disposto a aumentar o placar. Aos seis, Marquinhos Paraná recebeu de Thiago Ribeiro, dominou e bateu com estilo para fazer 2 a 0. Bonito gol do homem de confiança do técnico cruzeirense.

Aos dez, La U tentou responder em chute de longa distância. Após troca de passes na entrada da área brasileira, Cuevas bateu forte, e a bola passou perto do gol de Fábio. Com o jogo sob controle, o Cruzeiro passou a administrar a partida, e o técnico Adilson Batista promoveu a reestreia de Athirson com a camisa do clube, aos 23, quatro anos depois da primeira passagem dele pela Toca da Raposa.

Sete minutos mais tarde, os chilenos quase diminuíram. Após boa trama, Emilio Hernández chutou de perna esquerda, e a bola assustou a defesa do Cruzeiro. Aos 34, uma bonita tabela entre Athirson e Kléber dentro da área adversária, e o terceiro gol não saiu por pouco.

Aos 40, os chilenos ganharam fôlego. Villalobos foi lançado dentro da área, girou bonito e acertou o ângulo de Fábio. Um gol que mantém La U na briga pela vaga. A sorte dos brasileiros foi que logo na sequência Olarra foi expulso. Ele deu um chute no rosto de Ramires e recebeu o segundo amarelo. Fim de papo no estádio Nacional, e o Cruzeiro está perto das quartas.


Ficha técnica:
UNIVERSIDAD DE CHILE 1 x 2 CRUZEIRO
UNIVERSIDAD DE CHILE
Miguel Pinto; Osvaldo González, Rafael Olarra e José Rojas; Marcelo Díaz (Pardo), Manuel Iturra, Felipe Seymour, Walter Montillo (Nelson Cuevas) e José Contreras; Emilio Hernández e Juan Manuel Olivera (Villalobos).
Técnico: Sergio Markarián.
CRUZEIRO
Fábio; Jonathan (Jancarlos), Leonardo Silva, Léo Fortunato e Gerson Magrão; Henrique, Marquinhos Paraná, Ramires e Wagner (Athirson); Kléber e Soares (Thiago Ribeiro).
Técnico: Adilson Batista.
Gols: Soares, aos oito minutos do primeiro tempo; Marquinhos Paraná, aos seis, Villalobos, aos 40 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Rafael Olarra, Manuel Iturra (Universidad de Chile); Kléber (Cruzeiro).
Cartões vermelhos: Olarra (Universidad de Chile).
Estádio: Estádio Nacional, Santiago (Chile). Data: 07/05/2009.
Árbitro: Jorge Larrionda (URU).
Auxiliares: Pastorino (URU) e Wálter Rial (URU).