quinta-feira, 8 de outubro de 2009

28 Rodada:Série A

BARUERI 0X0 SANTO ANDRÉ
Barueri e Santo André fazem jogo movimentado, mas sem gols na Arena



Quem foi à Arena Barueri nesta quarta-feira não viu gols no jogo entre Barueri e Santo André, pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro, mas acompanhou uma partida bastante movimentada entre as duas equipes, com direito a grandes defesas dos goleiros, principalmente Neneca, e uma bola na trave para cada lado.

O empate deixou o Santo André (16º, 29 pontos) em situação de risco, podendo voltar à zona de rebaixamento caso o Botafogo (28) vença o Atlético-MG na quinta ou se o Náutico (26) aplicar uma goleada com diferença de seis gols no Inter fora de casa. Já o Barueri, 12º, chegou aos 37, oito atrás do G-4.

Na próxima rodada, o Ramalhão vai receber o Fluminense, enquanto o Barueri encara o Coritiba fora de casa.

O jogo

O Barueri mostrou que ia pressionar desde o início com um ataque logo aos 50 segundos. Márcio Careca avançou pela esquerda e mandou direto para o gol em vez de cruzar, quase surpreendendo Neneca. A bola encobriu o goleiro e saiu por pouco, à esquerda.

Aos cinco minutos, foi a vez de Ralf. O volante recebeu fora da área, pela meia esquerda, e bateu para o gol. A bola desviou no meio do caminho e balançou a rede, mas, pelo lado de fora. Neneca ficou paradinho.

Apesar da pressão do Barueri, o ataque do Santo André foi o responsável pelo lance polêmico do primeiro tempo. Com sete de jogo, Ávine recebeu dentro da área, tentou o drible em Éder, e o ala do Barueri usou o braço no corpo do adversário para ganhar a jogada. O árbitro Cléber Abade entendeu que não houve força suficiente para assinalar o pênalti. Os jogadores do Ramalhão também pouco reclamaram.



Passado o susto, o Barueri voltou à pressão. Aos 13, Otacílio Neto bateu falta da intermediária e mandou à direita do gol. Sete minutos depois, outra falta para o atacante do Barueri no mesmo local. Desta vez ele acertou o gol, mas Neneca espalmou para o lado.

A melhor chance dos donos da casa veio aos 23. João Vítor arriscou de fora da área, a bola desviou em Otacílio Neto e de mansinho tocou na trave direita, com Neneca de novo vencido no lance.

Para finalizar os 25 minutos iniciais eletrizantes, Ramazotti e Otacílio Neto, ambos de cabeça, perderam boas oportunidades para as suas equipes em dois ataques seguidos. Renê defendeu a finalização do atacante do Santo André, enquanto Otacílio Neto mandou à esquerda. Depois, o ritmo caiu, e os times foram para o intervalo com 0 a 0 no placar.

0 a 0 insistente

O Barueri tentou fazer no segundo tempo o mesmo que fez no primeiro: pressionar no início. E teve uma boa chance. Aos três minutos, Otacílio Neto bateu falta no canto esquerdo. Neneca espalmou. Depois, o zagueiro Cesinha acertou o braço no rosto de Fernandinho. Os jogadores do Barueri queriam a expulsão do adversário, que só recebeu o amarelo.

Desta vez, no entanto, o Santo André conseguiu equilibrar o jogo mais cedo. E passou a ameaçar também. Com 11 minutos, Ávina cruzou rasteiro, Renê não conseguiu cortar, e a bola encontrou Marcelinho Carioca na segunda trave. O meia bateu sem goleiro, mas Ralf se meteu na frente da jogada e salvou quase em cima da linha.

Aos 18, Marcelinho Carioca recebeu na área e deu passe para Ramazotti pegar de primeira e acertar a trave direita de Renê.

Val Baiano entrou no jogo para substituir Otacílio Neto. Na segunda vez que tocou na bola, aos 29 minutos, quase marcou. Recebeu na área e chutou rasteiro. Neneca caiu para fazer mais uma defesa. O goleiro do Ramalhão voltou a trabalhar seis minutos depois, desta vez em chute no cantinho de Thiago Humberto. Com a mão direita ele colocou para escanteio.

Ao contrário dos goleiros, o responsável por mexer no placar não teve que trabalhar: o resultado final ficou mesmo no 0 a 0.


Ficha técnica:
BARUERI 0 x 0 SANTO ANDRÉ
BARUERI
Renê, Daniel Marques, André Luiz e Leandro Castan; Eder (Flavinho), Ralf, João Vítor (Bruno Ribeiro), Thiago Humberto e Márcio Careca; Fernandinho e Otacílio Neto (Val Baiano).
Técnico: Diego Cerri.
SANTO ANDRÉ
Neneca, Cesinha, Marcel e Gustavo Nery; Cicinho (Rômulo), Fernando, Ricardo Conceição, Rodrigo Fabri (Leandrinho) e Ávine; Marcelinho Carioca e Ramazotti (Osny).
Técnico: Sérgio Soares.
Cartões amarelos: Ralf (Barueri); Marcel, Cesinha, Ricardo Conceição, Rodrigo Fabri (Santo André).
Estádio: Arena Barueri. Data: 07/09/2009.
Árbitro: Cléber Welington Abade (SP).
Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho (SP) e Carlos Augusto Nogueira Júnior (SP).


SPORT 0X1 SANTOS
Na Ilha do Retiro, Peixe quebra jejum de vitórias e agrava a crise do Sport



Após quatro jogos em branco, o Santos finalmente conseguiu uma vitória. Fez 1 a 0 no Sport, nesta quarta-feira à noite, na Ilha do Retiro, e agravou ainda mais a crise do Leão, que segue na penúltima posição, correndo sério risco de rebaixamento. O Peixe, com os três pontos, vai a 39. Não é o suficiente para se animar com a possibilidade de vaga no G-4, mas pelo menos afasta qualquer temor de aproximação da linha vermelha. O meia Felipe Azevedo marcou o único gol da partida, o seu primeiro com a camisa santista. Assista ao lance no vídeo.

O Alvinegro havia vencido pela última vez no dia 13 de setembro: 1 a 0 no Santo André, na Vila Belmiro.

CONFIRA A CLASSIFICAÇÃO COMPLETA DO BRASILEIRÃO


O Santos volta a jogar na próxima segunda-feira, contra o Vitória, às 16h (horário de Brasília), no Pacaembu. No mesmo dia e horário, o Sport enfrenta o Goiás, em Goiânia.

Leão aperta, mas Peixe é quem marca

As duas equipes entraram pressionadas em campo, mas a situação do Sport é pior. Longe do G-4, o Santos já entrou em campo sem vislumbrá-lo, mas ainda longe da zona de rebaixamento. O Leão começou o jogo na penúltima posição. Por isso, se mandou para o ataque desde o início, aproveitando-se de falhas da desfalcada defesa santista.

A linha defensiva alvinegra foi formada por Luizinho, Astorga, Eli Sabiá e Triguinho. Desses, apenas Sabiá é titular. Desentrosados e mal posicionados, os defensores santistas, aos 6 minutos, viram Luciano Henrique receber pela direita, livrar-se de Rodrigo Souto e mandar uma bomba de esquerda. Felipe espalmou. Na sobra, Paulinho, sozinho na linha da pequena área, perdeu uma chance incrível. Pegou torto demais na bola. Um chute para se envergonhar.

O Santos tinha mais posse de bola, chegava bem ao ataque e até arrematava mais a gol que o adversário, mas sem conseguir ameaçar efetivamente o gol defendido por Magrão. O Sport não chegava tanto, mas quando se aproximava da área levava perigo. Foi o que aconteceu aos 30 minutos. Fininho apareceu livre na área e chutou com força, à queima-roupa. Felipe fez grande defesa e salvou o Peixe.

Como o Santos tinha mais a bola aos seus pés, bastou apertar um pouco e acertar a finalização para chegar ao gol. Aos 37, Neymar lançou Felipe Azevedo, que ganhou da marcação e, com um leve toque de esquerda, tirou a bola do alcance de Magrão.

Jogo fica feio, e Peixe garante três pontos

O Santos voltou para o segundo tempo apostando nos contra-ataques. Como o Sport partiu para cima desde o início, tentando apertar por todos os lados, o Peixe tinha campo para responder. No entanto, a equipe de Vanderlei Luxemburgo era extremamente deficiente no que se referia a passes - até o início da partida, havia errado 1.003, tendo sido a primeira equipe a quebrar a barreira dos mil neste Brasileirão.

Com isso, mesmo tendo espaço, o time não conseguiu armar nenhum contra-golpe. Erros de passe de causar constrangimentos até em jogador de base. Resultado: o Sport ia ganhando mais confiança para intensificar a sua blitz, sem, no entanto, conseguir ameaçar Felipe. A defesa santista, como podia, limpava a área nos cruzamentos do Leão.

Aos poucos, o jogo foi diminuindo de ritmo. O Peixe, sem competência para matar o jogo, e o Sport jogando para fora, aos 48 minutos, num chute de Wilson, dentro da área, sua única chance no segundo tempo.


Ficha técnica:
SPORT 0 x 1 SANTOS
SPORT
Magrão, Moacir, Igor, César e Dutra; Andrade, Hamilton, Fininho (Adriano Pimenta) e Luciano Henrique; Vandinho e Paulinho (Wilson).
Técnico: Péricles Chamusca.
SANTOS
Felipe, Luizinho (Rodrigo Mancha), Astorga, Eli Sabiá e Triguinho, Rodrigo Souto, Pará, Germano e Felipe Azevedo (Gil); Neymar (Róbson) e Kléber Pereira. .
Técnico: V. Luxemburgo.
Gols: Felipe Azevedo, aos 37 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Eli Sabiá (Santos).
Estádio: Ilha do Retiro, em Recife. Data: 07/10/2009.
Árbitro: Wagner Tardelli Azevedo (SC).
Auxiliares: Carlos Berkenbrock (Fifa/SC) e Marco Antônio Martins (SC) .


SÃO PAULO 2X2 CORITIBA
São Paulo empata em casa com o Coxa e se complica na caça ao Palmeiras

Depois de conquistar uma vitória épica sobre o Náutico, no Recife, na rodada anterior, o São Paulo vacilou no Morumbi e deu chance ao Palmeiras de abrir sete pontos de vantagem na liderança do Brasileirão. Na noite desta quarta-feira, a equipe empatou por 2 a 2 com o Coritiba. Com 49 pontos, o Tricolor agora tem que secar o time de Muricy Ramalho, que tem 53 e recebe o Avaí no Palestra.

O time de Ricardo Gomes, porém, pode até mesmo perder a vice-liderança do Brasileirão para o Atlético-MG. O Galo tem 47 pontos e enfrenta o Botafogo nesta quinta-feira, no Engenhão.

Para o Coxa, o resultado não pode ser considerado de todo ruim. A equipe chegou aos 34 pontos em 16º lugar. Mesmo que o Botafogo vença, os paranaenses terão cinco de vantagem sobre o Santo andré, que será o primeiro time a fazer parte da zona de rebaixamento, em 18º com 29 pontos.

O São Paulo volta a campo pelo Campeonato Brasileiro no próximo sábado, às 16h10m, quando encara o Flamengo, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. No mesmo dia, só que às 18h30m, o Coritiba recebe o Barueri, no Couto Pereira.

Virada paranaense



Agito do começo ao fim. Assim foi o primeiro tempo do duelo entre São Paulo e Coritiba. O time visitante chegou primeiro com perigo, logo aos 4 minutos. Depois de bobeada da zaga tricolor, a bola sobrou para Marcelinho Paraíba chutar rasteiro. Rogério Ceni, porém, caiu tranquilo para fazer a defesa.

Um minuto depois, o Coxa voltou a levar perigo ao gol são-paulino. O argentino Ariel arriscou de fora da área e mandou por cima do travessão. Apesar do ímpeto ofensivo do rival, o Tricolor logo tomou conta da partida. Aos 7, Hernanes rolou para Jean, que achou Adrián Gonzalez livre na direita. Mas ele cruzou mal.

Aos 8, pelo lado esquerdo, a jogada foi melhor. Jorge Wagner cruzou rasteiro, e Borges chegou de carrinho para finalizar. Mas o goleiro Edson Bastos levou a melhor. Dois minutos depois, Dagoberto arriscou de fora da área e mandou por cima. O atacante teve nova chance aos 16, após toque de Adrián Gonzalez, mas sem sucesso.



Soberano em campo, o São Paulo continuou a pressão. Aos 17 minutos, após vacilo da zaga do Coxa, Jorge Wagner avançou no contra-ataque e bateu cruzado para fora. Um pouco depois, aos 19, Dagoberto deu belo passe de calcanhar para Hugo. Mas o meia chutou o chão antes de pegar na bola, facilitando para Edson Bastos.

O gol do Tricolor parecia apenas questão de tempo. E assim foi. Aos 23 minutos, Leandro Donizete perdeu a bola para Hernanes na intermediária. O camisa 10 do São Paulo entrou na área, ajeitou para a perna esquerda e bateu forte. Edson Bastos falhou, e a bola entrou no fundo do gol: 1 a 0.

Com o placar aberto, os anfitriões preferiram recuar em vez de manter a força ofensiva. E se deram mal por isso. Aos 37, Carlinhos Paraíba bateu de fora da área, Rogério Ceni defendeu, mas, no rebote, Renatinho chutou forte para empatar. Já aos 41, uma jogada rara: Marcelinho Paraíba bateu escanteio fechado e marcou um gol olímpico: 2 a 1. A zaga tricolor, assim como Rogério Ceni, ficou parada, sem tentar interceptar.

Pressão tricolor



O São Paulo voltou para o segundo tempo com uma alteração forçada. André Dias sentiu o joelho no último lance da etapa inicial e deu lugar ao atacante Oscar. Assim, o técnico Ricardo Gomes deixou de ter três zagueiros para ter três atacantes. E logo no primeiro minuto, Oscar mostrou que estava com vontade.

O garoto aproveitou sobra na entrada da grande área e chutou forte para fora no primeiro minuto. Aos 2, por muito pouco o Tricolor não chegou ao empate. Dagoberto fez belo cruzamento da direita para Hugo cabecear. Edson Bastos fez grande defesa. Os anfitriões voltaram a assustar com Ceni, de falta, aos 12, mas a bola foi por cima.

Apesar do melhor momento tricolor em campo, a equipe do técnico Ricardo Gomes tinha dificuldade para concluir a gol. Melhor para o Coritiba, que se aproveitou do desespero do adversário para se arriscar no campo de ataque. Foi assim aos 18 minutos, quando Marcelinho Paraíba bateu rasteiro, à direita de Rogério Ceni.

Mas o São Paulo não desistiu. Aos poucos, o time tricolor foi se organizando, tocando melhor a bola... até chegar ao gol de empate aos 21 minutos. Após passe de Jean em profundidade, Oscar dominou, cortou um zagueiro e chutou. Edson Bastos defendeu, mas no rebote Washington, oportunista, bateu para o fundo do gol.

Formado nas categorias de base do Tricolor, Oscar mudou bastante o estilo de jogo do São Paulo. O garoto, de 18 anos, deu mais mobilidade aos donos da casa. Aos 32, aliás, ele arrancou no contra-ataque e deu belo passe para Washington, mas o camisa 9 da equipe do Morumbi chutou mal, longe do gol de Edson Bastos.

Apesar de todo o esforço do São Paulo, o gol da vitória não saiu. Já o do Coxa esbarrou na trave, em grande tabelinha que Marcos Aurélio concluiu, aos 46 minutos.


Ficha técnica:
SÃO PAULO 2 x 2 CORITIBA
SÃO PAULO
Rogério Ceni, Zé Luís, André Dias (Oscar) e Rodrigo; Adrián Gonzalez, Jean, Hernanes, Hugo (Marlos) e Jorge Wagner; Dagoberto e Borges (Washington).
Técnico: Ricardo Gomes.
CORITIBA
Edson Bastos, Pedro Ken (Thiago Gentil), Pereira, Jéci e Luciano Amaral (Marcos Aurélio); Leandro Donizete, Jaílton, Carlinhos Paraíba e Renatinho; Marcelinho Paraíba e Ariel (Bruno Batata).
Técnico: Ney Franco.
Gols: Hernanes, aos 23, Renatinho, aos 37, e Marcelinho Paraíba, aos 41 minutos do primeiro tempo; Washington, aos 21 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Dagoberto, Adrián Gonzalez (SP); Jéci, Pereira, Thiago Gentil (C).
Público: 16.606 pagantes. Renda: R$ 394.910,00
Estádio: Morumbi, em São Paulo (SP). Data: 07/10/2009.
Árbitro: Carlos Eugênio Simon (RS).
Auxiliares: José Javel Silveira (RS) e Hilton Moutinho Rodrigues (RJ).


ATLÉTICO - PR 0X0 GRÊMIO
Em casa, Atlético-PR amarra o Grêmio e partida termina sem gols

Em partida de pouca criatividade, o Atlético-PR apertou a marcação e segurou o empate por 0 a 0 com o Grêmio, na Arena da Baixada, pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro. O duelo confirmou o retrospecto recente dos dois times na competição - o Furacão, forte em casa, chega ao seu sexto jogo invicto diante da torcida rubro-negra, enquanto os gaúchos reforçam a dificuldade de triunfar longe do Olímpico.

Com o resultado, os atleticanos chegaram a 35 pontos e seguem na 14ª colocação. Os gremistas, com 41, mantêm a sétima posição.

No sábado, o Grêmio volta a atuar fora de casa, contra o Corinthians, às 16h10m. No mesmo dia, o Atlético-PR terá outra equipe gaúcha pela frente - o Inter, às 18h30m, no Beira-Rio.

Marcação forte e falta de criatividade

Na primeira etapa, o Tricolor teve ampla vantagem na posse de bola, mas era o Furacão quem ditava o ritmo de jogo. Sem dar espaços em seu campo de defesa, o time do técnico Antônio Lopes obrigava os visitantes, que deixavam a desejar em termos de criatividade, a trocarem passes de lado.



Em um primeiro lampejo tricolor, aos 13, Maxi López recebeu no ataque, fez o giro e bateu com força para a defesa de Galatto, mas o árbitro Sálvio Spinola já havia assinalado uma falta duvidosa do argentino.

Na sequência, aos 15, o rubro-negro Marcinho foi derrubado na intermediária, e o experiente Paulo Baier foi para a cobrança direta. Em chute forte, o meia do Furacão forçou o jovem Marcelo Grohe, substituto do convocado Victor, a mostrar serviço e espalmar para escanteio.

Deste ponto em diante, os goleiros não levaram maiores sustos. Apenas aos 40, após troca de passes na entrada da área atleticana, a bola sobrou na esquerda para Fábio Rochemback, que bateu forte. Galatto fez a defesa.

Gaúchos desperdiçam boas chances

A segunda etapa começou com os visitantes empenhados em transformar o domínio do jogo em gols. Aos quatro, Jonas recebeu na área e, mesmo marcado, chutou cruzado para a defesa de Galatto. Logo depois, aos cinco, Tcheco aproveitou a bola cruzada na área e, com um toque sutil, tentou abrir o placar. Mas o chute saiu muito fraco, e Rafael Miranda salvou o Furacão quase em cima da linha. A pressão tricolor não havia acabado. Os donos da casa ainda se assustaram com a cabeçada de Rever, à direita do gol de Galatto, aos seis.



O Atlético-PR teve ótima oportunidade aos 25, quando Alex Mineiro se antecipou à zaga, após cruzamento da esquerda, e chutou forte, mas Grohe fez boa defesa. Na sobra, Wallyson isolou.

Na tentativa de dar nova vida ao ataque, o técnico Paulo Autuori trocou Jonas por Perea, mas a alteração não surtiu efeito, e o colombiano não levou perigo à meta paranaense.

Aos 35, Paulo Baier quase surpreendeu os gaúchos, em cobrança de escanteio fechada, mas o goleiro gremista voltou a aparecer bem para evitar o gol olímpico. Aos 42, Alex Mineiro ainda arriscou mais uma vez, de fora da área, mas Marcelo Grohe pegou, com tranquilidade.

Com o placar em branco, o Grêmio inicia a sequência de confrontos longe de casa com um passo mais curto que o esperado na direção do G-4. O Atlético-PR segue na briga para se livrar de vez do risco de rebaixamento.


Ficha técnica:
ATLÉTICO - PR 0 x 0 GRÊMIO
ATLÉTICO - PR
Galatto, Fransérgio, Ronaldo (Everton) e Chico; Wesley, Rafael Miranda, Valencia, Paulo Baier e Márcio Azevedo (Alex Sandro); Marcinho (Alex Mineiro) e Wallyson.
Técnico: Antônio Lopes.
GRÊMIO
Marcelo Grohe, Mário Fernandes, Léo, Rever e Lúcio; Túlio, Fábio Rochemback, Tcheco e Souza; Jonas (Perea) e Maxi López.
Técnico: Paulo Autuori.
Cartões amarelos: Ronaldo (Atlético-PR); Tcheco, Lúcio, Fábio Rochemback, Mário Fernandes, Souza (Grêmio).
Estádio: Arena da Baixada. Data: 07/09/2009.
Árbitro: Sálvio Spinola Fagundes Filho.
Auxiliares: Ednilson Corona (SP) e Vicente Romano Neto (ES).


VITÓRIA 3X3 FLAMENGO
Fla empata com o Vitória e leva a melhor no duelo pela vaga na Libertadores: 3 a 3

O Flamengo, que não levava gols havia seis jogos, sofreu logo três de uma vez. A invencibilidade, no entanto, continua. Em jogo eletrizante, o time de Andrade, que não perde desde a vitória por 3 a 0 sobre o Santo André, no dia 29 de agosto, empatou por 3 a 3 com o Vitória, no Barradão, nesta quarta-feira, e manteve vivo o sonho de chegar à Libertadores. Os baianos têm motivos de sobra para lamentar, já que tinham os três pontos nas mãos até os 45 do segundo tempo, quando Zé Roberto salvou os cariocas.

O Flamengo segue em 6º lugar no Brasileirão e torce para Atlético-MG e Goiás perderem nesta quinta-feira para, respectivamente, Botafogo e Cruzeiro, ambos fora de casa. O time está com 42 pontos, cinco a menos do que o Galo, o quarto colocado. O Goiás é o quinto, com 45. O Vitória continuou em 8º lugar, com 40. Não fosse o gol de Zé Roberto, as posições estariam invertidas.

Na próxima rodada, o Flamengo recebe o São Paulo, sábado, no Maracanã. O Vitória enfrenta o Santos, segunda-feira, na Vila Belmiro.

Começo de tirar o fôlego

Aos seis minutos, Zé Roberto arrancou pela esquerda, mostrando a velocidade dos velhos tempos, e tentou dar um leve toque por cobertura, mas Gleguer teve reflexo e fez excelente defesa. Logo depois, Léo Moura enfileirou pelo meio e rolou para Pet, que chutou de fora da área. O Vitória parecia assustado.

O gol não demorou a sair. Mais uma vez Zé Roberto arrancou pela esquerda, sentindo-se em casa no campo de seu ex-clube. Tinha a opção de rolar para Petkovic, mas preferiu esticar a bola até Denis Marques. O criticado atacante chutou mal e contou com a sorte: a finalização desviou no zagueiro e enganou Gleguer, aos 12 minutos.

O gol acordou o Vitória. Logo quatro minutos depois, Ramon cobrou escanteio, Roger subiu mais do que Aírton e testou para marcar seu 13º gol na competição. Bruno ainda tocou na bola, mas não deu para salvar: 1 a 1.

Aos 19, foi a vez de Petkovic cobrar falta rasteira e Gleguer falhar: 2 a 1. Mas Bruno ficaria atônito três minutos depois. Ramon bateu falta com perfeição e jogou no canto, com o goleiro rubro-negro estático: 2 a 2. Ramon, aliás, foi um dos destaques da partida, com bons passes no meio de campo.

Depois dos quatro gols em sete minutos, o jogo esfriou. A emoção só voltou aos 35, quando Petkovic deixou Denis Marques livre e o atacante finalizou de canela, para fora.

Aos 38, Everton deixou o campo com um sangramento no rosto depois de ter sido atingido involuntariamente por Vanderson. E foi justamente pelo setor esquerdo da defesa do Flamengo, na primeira jogada sem o lateral, que surgiu o gol de virada do Vitória. Gláucio arrancou, e Álvaro não conseguiu marcá-lo. Ramon recebeu o passe e tocou com categoria: 3 a 2

Gleguer se redime em duelo com Pet

Ainda no primeiro tempo, aos 45, Pet sofreu falta no lado esquerdo da área. Ele mesmo cobrou e Gleguer se redimiu da falha no segundo gol.

No segundo tempo, o Vitória voltou melhor. Vagner Mancini neutralizou as arrancadas de Zé Roberto, que passou a receber menos bolas. Roger, em chute de fora da área bem defendido por Bruno, mostrou que o Flamengo teria dificuldades.

O Flamengo só voltou a ameaçar em nova cobrança de falta de Petkovic. O chute de longe, com uma curva impressionante, foi espalmado por Gleguer aos 18 minutos.

Zé Roberto brilha no fim

Como o Flamengo ameaçava apenas nas bolas paradas, Andrade trocou Willians por Juan para tentar a reação. Não adiantou muito. Mancini respondeu colocando Elkerson, que também não se destacou.

Já nos últimos 15 minutos, Andrade sacou Denis Marques e apostou em Bruno Mezenga. O atacante entrou mal, errou chutes e passes, mas acertou um lançamento excelente para Juan aos 45 minutos, pouco depois de um contra-ataque que Apodi desperdiçou ao tentar driblar Ronaldo Angelim. Juan dominou, levantou a cabeça, cruzou e Zé Roberto coroou sua boa atuação do primeiro tempo com o gol salvador: 3 a 3, no momento em que o Vitória esfriava o jogo, e a torcida local comemorava um resultado que daria moral ao time na luta pelo G-4.


Ficha técnica:
VITÓRIA 3 x 3 FLAMENGO
VITÓRIA
Gleguer, Apodi, Wallace, Fábio Ferreira e Leandro; Vanderson, Uelliton, Leandro Domingues e Ramon (Elkerson); Roger e Gláucio (William).
Técnico: Vagner Mancini.
FLAMENGO
Bruno, Leonardo Moura, Álvaro, Ronaldo Angelim e Éverton; Aírton, Willians (Juan), Maldonado e Petkovic (Maxi); Zé Roberto e Denis Marques (Bruno Mezenga).
Técnico: Andrade.
Gols: No primeiro tempo, Denis Marques, aos 12 minutos, Roger, aos 16, Petkovic, aos 19, e Ramon, aos 21 e 38. No segundo tempo, Zé Roberto, aos 45.
Cartões amarelos: Apodi (Vitória); Zé Roberto, Aírton e Leonardo Moura (Flamengo).
Estádio: Barradão. Data: 06/10/2009.
Árbitro: Nielson Nogueira Dias (PE).
Auxiliares: Erich Bandeira (Fifa/PE) e Ubirajara Ferraz Jota (PE).


FLUMINENSE 1X1 CORINTHIANS
Nervoso, Flu vacila, empata com o Corinthians e segue via-crúcis



A esperança é cada vez menor. Diante de apenas 8.775 fiéis torcedores, o Fluminense sofreu com o próprio desequilíbrio e empatou com o Corinthians, por 1 a 1, nesta quarta-feira, no Maracanã, pela 28ª rodada do Brasileirão. Alan abriu o placar para os cariocas, que, em vacilo da zaga, permitiram o gol de Dentinho e não se encontraram mais em campo.

O resultado leva o Tricolor, ainda lanterna, aos 22 pontos, em situação dramática na luta contra o rebaixamento, enquanto o Timão, com 39, sobe para a décima posição e navega tranquilo à espera do fim de uma temporada em que já conquistou o Paulistão e a Copa do Brasil.

Na próxima rodada, o Fluminense vai até o ABC Paulista encarar o Santo André em duelo decisivo na luta contra o rebaixamento, sábado, às 16h10m. O Corinthians, no mesmo dia e no mesmo horário, recebe o Grêmio, no Pacaembu, em São Paulo.

Flu abre o placar, cochila e se desespera

Diante de um Corinthians desinteressado e sem ter pelo que lutar no campeonato, o Fluminense tomou a iniciativa do jogo. Logo aos dez segundos, Alan tabelou com Mariano e ajeitou com açúcar para Conca. A bola caiu na perna direita do argentino, que preferiu não chutar e se enrolou todo.

A disposição ofensiva do Tricolor deu resultado aos três minutos. Após cobrança de escanteio, Gum dividiu com a zaga paulista e Alan, esperto, desviou de biquinho na frente de Felipe e fez 1 a 0. A bola ainda tocou na trave antes de entrar. Recompensa para a superação do jovem atacante, que sofreu uma pancada na cabeça no clássico contra o Flamengo, foi hospitalizado e ainda assim pediu para entrar em campo.

Apático, o Corinthians deu o primeiro chute ao gol aos seis, com Elias, sem direção. Três minutos depois, susto para os tricolores: Defederico cobrou falta da intermediária, e Paulo André, sozinho no segundo pau, testou firme. Rafael salvou.

O avanço do Timão não intimidou o Flu, que seguiu melhor. De moral elevado pelo gol-relâmpago, o time de Cuca tocava a bola com tranquilidade e mandava na partida. Faltava, porém, criatividade. Lance de perigo mesmo, somente aos 12, em cobrança de falta de Conca, que tirou tinta da trave esquerda de Felipe.

Aos 23, o Timão acordou. Jucilei recebeu de Alessandro pela direita e levantou a bola na área. Jorge Henrique tentou o domínio de peito, mas acabou servindo Dentinho, que escorou de cabeça e igualou o placar. O cochilo da defesa tricolor mudou completamente o panorama da partida.

Nervoso, o Fluminense passou a errar muitos passes e dar espaços na defesa. Assim como no Fla-Flu, Dieguinho era superado facilmente pelos adversários, e uma verdadeira avenida se abriu do lado esquerdo da defesa carioca. Efetivo no setor, Jucilei chutou cruzado aos 30 e ninguém apareceu para concluir.

Com a equipe perdida em campo, Cuca trocou Adeílson por Tartá, mas o Corinthians continuou melhor e levou perigo com Marcelo Mattos e Dentinho, aos 32 e aos 42. No último lance do primeiro tempo, uma boa chance para o Flu: Tartá deixou Dieguinho livre na área. O lateral-esquerdo ficou sem saber o que fazer, demorou demais, e, quando tentou rolar para Alan, foi desarmado.

- Depois que tomamos o gol, demos uma caída – analisou o capitão tricolor, Luiz Alberto.

Segundo tempo morno e sem grandes oportunidades



Apesar do desespero estar do lado tricolor, quem começou o segundo tempo no ataque foi o Corinthians. No primeiro minuto, Defederico cobrou falta com perigo pela direita, e Luiz Alberto fez o corte. Passaram-se três minutos até o troco do Fluminense. Alan atacou de armador e deixou Fábio Neves na cara do gol. O meia concluiu mal e acertou Felipe (assista aos gols do jogo no vídeo ao lado).

Aos nove, Dentinho por pouco não marcou seu segundo gol na partida. O atacante recebeu de Jorge Henrique no bico da área e emendou de primeira. Rafael voou para fazer bela defesa. No contra-ataque, Tartá quase fez um golaço. Após vacilo de Alessandro, o meia chutou com efeito e quase colocou o Flu em vantagem.

Aos 17, Dieguinho foi quem presenteou o adversário. Ao tentar dominar, o lateral “serviu” Jucilei, que entrou na área e concluiu muito mal. Diante da falta de eficiência dos ataques, Cuca e Mano Menezes resolveram agir e colocaram Equi Gonzalez e Souza em campo.

A alteração foi melhor para o Timão, que se mandou para o ataque. Aos 29, Edu, em cobrança de falta, assustou. Rafael fez a defesa em dois tempos. No contra-ataque, milagre de Felipe. Luiz Alberto aproveitou cobrança de escanteio e cabeceou firme no cantinho. O goleiro corintiano voou e espalmou.

Na base do abafa, o Fluminense ainda tentou pressionar, abusou do chuveirinho, mas teve em chute torto de Roni aos 48 minutos a prova do desespero da equipe, que deixou o gramado vaiado pelos quase nove mil torcedores que estiveram no Maracanã.


Ficha técnica:
FLUMINENSE 1 x 1 CORINTHIANS
FLUMINENSE
Rafael, Mariano, Gum, Luiz Alberto e Dieguinho (Roni); Diogo, Diguinho, Conca e Fábio Neves (Equi Gonzalez); Adeílson (Tartá) e Alan
Técnico: Cuca
CORINTHIANS
Felipe, Alessandro, Paulo André, William e Balbuena; Marcelo Mattos (Edu), Jucilei, Elias e Defederico (Souza); Jorge Henrique e Dentinho (Edno).
Técnico: Mano Menezes
Gols: Alan, aos três, Dentinho, aos 23 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Diguinho e Mariano (Fluminense) Balbuena, Marcelo Mattos, Paulo André Souza e Dentinho (Corinthians)
Estádio: Maracanã. Data: 07/10/2009.


INTERNACIONAL 3X1 NÁUTICO
Inter vence Náutico e volta ao G-4 na estreia de Mário Sérgio



Vencer o Náutico por 3 a 1 no Beira-Rio foi a conclusão de um jogo de retorno para o Inter no Brasileirão. Retorno à realidade das vitórias, retomada da ideia de um time combativo, volta às origens do G-4, lembranças de um D’Alessandro capaz de desequilibrar uma partida. É paradoxal: na noite de estreia do técnico Mário Sérgio, a novidade no Colorado esteve no gesto de buscar parte do que tinha esquecido no passado. A atuação ainda esteve anos-luz longe daquilo que deseja o torcedor. Mas o ânimo já foi outro. E o Timbu, abraçado pela zona de rebaixamento, não conseguiu evitar o fim do jejum de seis jogos sem vitórias para os gaúchos.

A situação do Náutico é complicada. Os pernambucanos lutaram, cutucaram a defesa vermelha, ameaçaram Lauro, mas foi tudo em vão. Com o resultado, a equipe de Geninho ficou estacionada na 18ª colocação, com 26 pontos, três atrás do Santo André, o primeiro fora da zona de rebaixamento. O Inter, em contrapartida, subiu. Pulou para a terceira colocação, com 47 pontos. Nesta quinta, os gaúchos secam Atlético-MG e Goiás, que visitam Botafogo e Cruzeiro, respectivamente.

O Colorado volta a campo no sábado. Às 18h30m, recebe o Atlético-PR no Beira-Rio. O Timbu joga um dia depois, também em casa, contra o líder Palmeiras.

D’Alessandro acorda, e Inter larga na frente

A questão é simples, clara, direta: quando D’Alessandro quer jogar, ele joga muito. E nesta quarta-feira ele quis. Com Mário Sérgio no lugar de Tite, o argentino quis muito, deixando para trás a imagem sonolenta que criou nos últimos meses. A perna esquerda de El Cabezón comandou a vitória de 2 a 1 do time gaúcho no primeiro tempo.

O Náutico, com muitos desfalques, tentou segurar um Inter de escalação inédita, em um 3-6-1 inesperado. Não conseguiu. O Timbu foi controlado durante quase toda a etapa inicial e se resumiu a escapulidas ao ataque com Anderson Santana pela esquerda.

Mário Sérgio havia indicado que o garoto Elton começaria o jogo, que Andrezinho seria ala e que Danilo Silva só seria usado como zagueiro no Inter. Não aconteceu nada disso. O time vermelho foi a campo sem Elton, com Danilo na ala e com Andrezinho como auxiliar de D’Alessandro na articulação. Se não foi brilhante, o Colorado ao menos mostrou uma vibração que parecia não habitar mais o vestiário do Beira-Rio. O Inter teve vontade de vencer.

D’Alessandro criou, gingou, aplicou o drible La Boba nos adversários, caiu para um lado, caiu para outro, voltou para marcar. D’Alessandro correu como corria em seus melhores momentos no Inter. Foi dele, logo com quatro minutos, a primeira grande chance vermelha – a primeira de muitas no primeiro tempo. Pela direita, ele bateu falta fechada, com força. O goleiro Gledson cortou. Alecsandro, no rebote, não conseguiu concluir.

O Náutico respondeu. Anderson Santana, melhor figura do Timbu em campo, mandou patada de longe. A bola resolveu que entraria no ângulo de Lauro. Mas o goleiro fechou a porteira. Voou bonito, alto, para evitar o gol. O Beira-Rio silenciou por alguns segundos.

E acordou em seguida. D’Alessandro, de novo ele, outra vez pela direita, mandou a bola na área. A ideia era cruzar. E a bola quase enganou o goleiro da equipe pernambucana. Passou pertinho do travessão. Chute de Glaydson e conclusão de Danilo Silva foram as chances criadas pelos mandantes logo depois. Mas quem ameaçou de verdade foi o Náutico. Elton recebeu livre na área após falha de Glaydson e só não fez o gol porque Bolívar apareceu na hora mais precisa possível para roubar a bola.

Aí saiu o primeiro gol do Inter. Foi aos 22 minutos. D’Alessandro, sempre ele, acionou Guiñazu pela esquerda. O capitão mandou a bola com açúcar, mel, cravo e canela para Alecsandro só completar. Festa no Beira-Rio, placar mexido e esperança de fim de jejum. O Colorado estava na frente.

Balançar a rede fez o time de Mário Sérgio cair de rendimento. O Náutico encaixou a marcação, mas D’Alessandro voltou a encontrar espaços. Ele fez jogada de craque na ponta direita, deixou os marcadores sem saber o que fazer da vida e colocou para Alecsandro. O centroavante comeu mosca. Tentou driblar o goleiro, se enrolou e chutou em cima da zaga.

Se não fez, levou. Sempre atento a eventuais falhas coloradas, o Náutico partiu ao ataque com Anderson Santana, que acionou Bruno Mineiro, autor do desvio final para o gol: 1 a 1. Eram 40 minutos. A torcida teve outros sete para resmungar. Nos últimos segundos do primeiro tempo, D’Ale levou falta na entrada da área. Ele mesmo cobrou. E ele mesmo fez. O Inter estava na frente outra vez.

Náutico cresce no segundo tempo, mas leva mais um

No segundo tempo, o Inter caiu muito de rendimento e viu o Timbu ficar gradativamente mais assanhado. O Náutico ganhou corpo em campo, cresceu nas investidas ao ataque e passou a ameaçar mais. Mesmo assim, não alcançou o empate.

O Colorado parou de criar. D’Alessandro não teve o mesmo brilho. Com o ataque inoperante, o jeito foi segurar a onda do oponente. A entrada de Edu no lugar de Andrezinho não surtiu grande efeito. Com a torcida encucada com o perigo de um empate, os gaúchos viram o relógio correr até o fim.

O lance de maior emoção partiu da defesa do Náutico, em um recuo errado do zagueiro Patrick para o goleiro. Gledson saiu correndo na direção do gol e cortou a bola em cima da linha. Kleber ficou com ela a centímetros do gol. E conseguiu desperdiçar a chance. Se a bola não entrou naquele momento, parecia que não entraria mais. Mas a fome do Náutico pela igualdade abriu espaços, e o Colorado aproveitou. Guiñazu tramou jogada com D’Alessandro. A bola chegou a Alecsandro, que fechou a conta: 3 a 1.


INTERNACIONAL 3 x 1 NÁUTICO
INTERNACIONAL
Lauro, Danny, Bolívar e Fabiano Eller; Danilo Silva (Maycon), Glaydson, Guiñazu, Andrezinho (Edu), D’Alessandro e Kleber; Alecsandro.
Técnico: Mário Sérgio.
NÁUTICO
Gledson, Vagner Silva, Asprilla e Negretti (Johnny); Patrick, Nilson, Rudnei, Irênio (Mariano Torres) e Anderson Santana; Bruno Mineiro e Elton (Mário Barros).
Técnico: Geninho.
Gols: Alecsandro, aos 22, Bruno Mineiro, aos 40, e D’Alessandro, aos 47 minutos do primeiro tempo; Alecsandro, aos 36 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Negretti, Anderson Santana, Nilson, Elton (Náutico); D’Alessandro, Kleber (Inter).
Estádio: Beira-Rio. Data: 07/10/2009.
Árbitro: Wallace Nascimento Valente (ES).
Auxiliares: Antônio Carlos de Oliveira (ES) e Marcos Antônio Moreira Collodetti (ES).