Bronca de Mano surte efeito, Timão vence e deixa o Grêmio mais longe do G-4
O Corinthians fez as pazes com a vitória no Campeonato Brasileiro. Após cinco rodadas, onde o time somou apenas três pontos em 15 possíveis, a equipe voltou aos seus melhores dias e com grandes atuações de Ronaldo, no ataque, e Felipe, na defesa, fez 2 a 1 no Grêmio e deixou o rival mais longe do grupo que briga por uma vaga na Taça Libertadores da América do ano que vem. (Reveja ao lado o gol marcado por Ronaldo)
Na tabela de classificação, os comandados de Mano Menezes chegaram aos 42 pontos e alcançaram a sétima colocação, uma à frente do Grêmio, que voltou a mostrar toda a sua fragilidade atuando longe do estádio Olímpico. Em 15 partidas disputadas como visitante, o time gaúcho tem um aproveitamento de apenas 15,5%, com uma vitória, quatro empates e dez derrotas. Números fracos para um time que sonha com a principal competição sul-americana de 2010.
CONFIRA A CLASSIFICAÇÃO DO CAMPEONATO BRASILEIRO
Os dois times voltarão a campo no próximo final de semana. No próximo domingo, dia 18, o Timão vai até o Recife para enfrentar o desesperado Sport. No mesmo dia, o Grêmio receberá o Coritiba em Porto Alegre.
Jogo em alta velocidade
A bronca dada pelo técnico Mano Menezes logo após o empate contra o Fluminense, quando ele cobrou mais comprometimento dos atletas, surgiu efeito. Assim que a bola rolou, ficou nítida a vontade de todos. Como o Grêmio também necessitava dos três pontos, desde o início a partida foi aberta, com velocidade dos dois lados. O Timão chegou com perigo primeiro. Aos 4, Ronaldo fez grande jogada e chutou de pé esquerdo. Amortecida na defesa gremista, a bola sobrou para Elias, que chutou fora. Os gaúchos responderam dois minutos depois. Tcheco cobrou falta, Jonas cabeceou e Felipe fez grande defesa.

Felipe brilha
A resposta do Grêmio foi imediata e o gol de empate só não saiu porque Felipe fez mais uma grande defesa, desta vez em chute de primeira de Jonas, após cruzamento da direita de William Thiego.
Mostrando claramente uma outra postura, o Corinthians não diminuiu seu apetite após ter marcado o primeiro gol. Pelo contrário. Seguiu indo para cima e buscando o ataque. Aos 20, Elias deu passe primoroso para Dentinho, que invadiu a área pela direita e bateu cruzado. A bola saiu à direita do gol de Marcelo Grohe, com muito perigo. Felipe, aos 24, voltou a trabalhar, desta vez em chute de Max Lopez, após cruzamento da direita de Jonas.
A partir dos 30, o Corinthians virou dono da partida. Com as coisas mais seguras atrás, a equipe continuou firme em busca do segundo gol, que saiu aos 32. E novamente com Ronaldo em ação. Ele puxou contra-ataque pelo meio, tocou na esquerda para Jorge Henrique, que enfiou dentro da área para o camisa 9. Sem ser fominha, o Fenômeno só rolou para Elias, que empurrou para o gol vazio: 2 a 0. O terceiro só não saiu ainda no primeiro tempo porque Marcelo Grohe evitou gol de Dentinho por cobertura. (Veja o gol marcado pelo camisa 7 do Timão)
Etapa complementar
Tentando reverter a situação que era muito complicada, o técnico do Grêmio, Paulo Autuori, mexeu na equipe, sacando o zagueiro William Thiego, que fazia o papel de um falso lateral-direito e colocou o meia Renato Cajá. Com isso, o volante Túlio foi deslocado para a ala. O time seguiu lutando muito na frente, mas passou a deixar o contra-ataque à disposição do Corinthians. Aos 17, Dentinho desceu pela direita e cruzou para Jorge Henrique que, na hora do chute, foi desarmado por Túlio.
Aos 23, o Grêmio conseguiu colocar emoção na partida. Tcheco cobrou escanteio pela direita, Réver subiu mais alto que a zaga corintiana e testou firme, no canto direito de Felipe, que só olhou. Foi o quinto gol do zagueiro do time gaúcho no Campeonato Brasileiro (Reveja o gol)
Preocupado com a partida, o técnico Mano Menezes resolveu dar novo gás ao Corinthians. Ele sacou o lateral-esquerdo Marcelo Oliveira e o atacante Dentinho e colocou o paraguaio Balbuena e o o meia argentino Defederico. Com isso, o time saiu do 4-3-3 e passou para o 4-4-2.
Aos 39, o Corinthians teve a chance de matar a partida. Ronaldo fez jogada pela esquerda e a bola foi aos pés de Defederico que, limpou o seu marcador e, cara a cara com Marcelo Grohe, chutou por cima do gol, perdendo uma chance inacreditável. Dois minutos depois, o argentino teve nova oportunidade, mas foi travado na hora do chute.
O técnico Paulo Autuori ainda tentou uma última cartada nos minutos finais, sacando o volante Adílson e colocando o atacante colombiano Perea. O Timão, no entanto, soube valorizar a posse de bola no ataque e garantiu a vitória que certamente trará a paz de volta ao Parque São Jorge.
Ficha técnica:
CORINTHIANS 2 x 1 GRÊMIO
CORINTHIANS
Felipe; Alessandro, Chicão, William e Marcelo Oliveira (Balbuena); Marcelo Mattos, Jucilei e Elias (Moradei); Jorge Henrique, Ronaldo e Dentinho (Defederico).
Técnico: Mano Menezes.
GRÊMIO
Marcelo Grohe; William Thiego (Renato Cajá), Léo, Réver e Lúcio; Fábio Rochemback, Túlio, Adílson (Perea) e Tcheco; Jonas (Herrera) e Max Lopez.
Técnico: Paulo Autuori.
Gols: Ronaldo, aos 10min e Elias, aos 32min do 1º tempo. Réver, aos 23min do 2º tempo
Cartões amarelos: Alessandro e Ronaldo (Corinthians); Túlio, Adílson e Herrera (Grêmio)
Estádio: Pacaembu. Data: 10/10/2009.
Árbitro: Nélson Nogueira Dias (PE).
Auxiliares: Erich Bandeira (PE) e Jossemar José Diniz Moutinho (PE). Renda e Público: R$ 655.243,50 / 19.410 pagantes
FLAMENGO 2X1 SÃO PAULO
Flamengo vira, bate São Paulo no Maracanã e se aproxima do G-4
Depois de chegar desacreditado e praticamente “aposentado”, Petkovic ressurgiu e neste sábado mostrou outra vez quão importante é para o Flamengo na vitória, de virada, por 2 a 1 sobre o São Paulo, no Maracanã. O camisa 43 fez um gol, de pênalti, e serviu Zé Roberto.
O resultado eleva para oito a série de partidas sem derrotas do Rubro-Negro e deixa a equipe com 45 pontos na tabela do Basileirão, ainda em sexto e momentaneamente a apenas dois do G-4. O triunfo fez justiça ao volume de jogo dos mandantes durante toda a partida.
Por sua vez, o São Paulo fica estacionado nos 49 pontos e pode ver a distância para o Palmeiras, que enfrenta o Náutico, chegar até os oito pontos.
O clima londrino de chuva quase ininterrupta desde quinta-feira no Rio de Janeiro estragou o planejamento de novo recorde de público, que pertence ao Fla-Flu do último domingo (78.409 pagantes). Mesmo assim, o Maracanã recebeu 57.210 pagantes (60.280 presentes).
Na próxima rodada, o Flamengo visita o líder Palmeiras, domingo. Um dia antes, o São Paulo recebe o Atlético-MG, no Morumbi.
A escalação ousada de Andrade com Juan no meio-campo e Everton na lateral tornou o lado esquerdo do Flamengo ainda mais perigoso do que o usual. Mas o São Paulo contragolpeou da mesma forma. Dagoberto, Júnior César e Richarlyson revezaram-se nas tabelas pela ponta esquerda.
A primeira chance clara foi dos mandantes. Aos dez minutos, Everton Silva cruzou da direita e Denis Marques, na entrada da pequena área, mas meio sem jeito, cabeceou por cima. O camisa 9 rubro-negro teve outra boa oportunidade aos 17. Ele dominou na intermediária, avançou e bateu com perigo, à direita da baliza. Na continuidade, o Rubro-Negro demonstrou força em dois lances. Após passe de Everton, Álvaro tentou o chapéu, mas Rogério Ceni fez a defesa. Logo depois, Pet cruzou para a área, e Juan, de primeira, mandou para fora.
Mas os visitantes não perdoaram na primeira chance que tiveram. Dagoberto fez um excepcional lançamento, Ronaldo Angelim e Everton ficaram parados, e Hernanes aproveitou para driblar Bruno e rolar para o gol vazio, aos 26 minutos.
Aos 28, Zé Roberto cruzou da direita, Rogério Ceni espalmou para o meio da área e Juan, de direita, finalizou rasteiro. A bola entraria, mas Renato Silva salvou quase sobre a linha.
A pressão do Flamengo permaneceu intensa. Aos 38, Everton Silva chutou forte da entrada da área, e o goleiro são-paulino espalmou para fora. Os insistentes erros de Denis Marques irritaram a torcida e antes mesmo do intervalo o atacante foi vaiado. A última chance da primeira etapa foi rubro-negra. Petkovic, aos 45 minutos, bateu falta lateral, Angelim apareceu sozinho, cabeceou e Rogério salvou.
Nos números da primeira etapa a superioridade do Flamengo ficou evidenciada: nove finalizações contra duas do adversário. Porém, quem deixou o campo comemorando foi o São Paulo.
Pet comanda a virada. Tricolores reclamam da arbitragem
Em menos de dez minutos, Denis Marques irritou de tal modo a torcida que Andrade o substituiu por Bruno Mezenga. Dominando a partida, o Flamengo não conseguiu transformar a superioridade em gols. Por sua vez, satisfeito com o resultado, o São Paulo começou a retardar a partida desde os 15 minutos. Mas aos 16 surgiu o castigo. Mezenga disputou no alto, e Toró foi derrubado por Jorge Wagner dentro da área.
A torcida pediu Pet, e o camisa 43 desperdiçou a primeira cobrança. Mas o auxiliar mandou voltar, alegando que Rogério Ceni se adiantou - o goleiro permaneceu com um dos pés sobre a linha. A reclamação tricolor foi intensa. Na segunda tentativa, o sérvio bateu à la Zidane na final da Copa do Mundo de 2006 e empatou, aos 21.
Um minuto depois quase o São Paulo cala o Maracanã novamente. Rodrigo encontrou Hugo dentro da área, mas o chute do apoiador saiu à esquerda da trave.
Aos poucos o Flamengo reorganizou o meio-campo e partiu para a pressão final. Pet chutou de fora da área, aos 34, e Rogério Ceni defendeu. O gol da virada viria no lance seguinte. Bruno Mezenga roubou a bola na intermediária e passou para Pet. Zé Roberto recebeu na ponta esquerda e bateu cruzado rasteiro.
Ficha técnica:
FLAMENGO 2 x 1 SÃO PAULO
FLAMENGO
Bruno, Everton Silva, Álvaro (Welinton), Angelim e Everton; Maldonado, Willians, Juan (Toró) e Petkovic; Zé Roberto e Denis Marques (Bruno Mezenga).
Técnico: Andrade.
SÃO PAULO
Rogério Ceni; Renato Silva, Rodrigo e Richarlyson; Zé Luis (Borges), Hernanes, Jean, Jorge Wagner (Oscar) e Júnior César; Dagoberto (Hugo) e Washington.
Técnico: Ricardo Gomes.
Gols: Hernanes, aos 26 minutos do primeiro tempo; Petkovic, aos 19 minutos, Zé Roberto, aos 35 do segundo tempo.
Público: 57.210 pagantes (60.280 presentes). Renda: R$ 1.097.068,00
Cartões amarelos: Álvaro, Zé Roberto, Bruno Mezenga (Flamengo), Hernanes, Richarlyson, Jorge Wagner, Rogério Ceni, Hugo (São Paulo)
Estádio: Maracanã. Data: 10/10/2009.
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (DF).
Auxiliares: Enio Ferreira de Carvalho (DF) e Marrubson Melo Freitas (DF).
SANTO ANDRÉ 1X2 FLUMINENSE
Flu vence, mantém Santo André no Z-4 e continua com esperança de salvação
Em um jogo entre dois times desesperados na luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro, o Fluminense levou a melhor sobre o Santo André e venceu por 2 a 1 neste sábado, no estádio Bruno José Daniel. Alan e Fred marcaram para o Tricolor, que conseguiu a primeira vitória fora de casa após 29 rodadas. Camilo descontou para o time anfitrão, que só não chegou ao empate graças às boas defesas do goleiro Rafael.
Apesar da vitória, a situação do Tricolor ainda é muito ruim, já que a equipe foi aos 25 pontos e está em 19º lugar (o Sport agora é o lanterna, com 24, mas joga na segunda-feira contra o Goiás). O Botafogo, primeiro fora do Z-4, tem 31 e vai jogar na segunda-feira, diante do Avaí. Já o Ramalhão segue entre os quatro últimos, na 17ª colocação, com 29.
A partida marcou o retorno de Fred após quase três meses (seu último jogo foi em 21 de julho diante do Atlético-MG), bem como o reencontro do atacante com o gol. O atacante, que teve séria lesão muscular, havia balançado as redes pela última vez em 20 de junho, contra o Avaí.
Na próxima rodada, os dois times voltam a campo no domingo, dia 18. O Fluminense recebe o Internacional no Maracanã, às 16h, e o Santo André encara o Atlético-PR às 18h30m, na Arena da Baixada.
Flu abre 2 a 0 no primeiro tempo
O Fluminense começou o jogo com mais volume de jogo e teve um bom ataque logo aos oito minutos. Diogo avançou e chutou com perigo, para boa defesa do goleiro Neneca. Aos 14, Conca bateu falta e a bola passou por cima do travessão.
Na terceira boa chance que criou na partida, o Tricolor enfim abriu o placar. Alan fez boa jogada individual aos 20 e bateu com força, sem chances para Neneca. O Santo André só assustou aos 32 minutos, quando Gustavo Nery apareceu pelo lado direito e obrigou o goleiro Rafael a fazer grande defesa.
O jogo ficou então marcado por muitos erros de passes das duas equipes. Enquanto Cuca gritava com os atletas tricolores, a torcida do Ramalhão pegava no pé de Rodrigo Fabri. O time carioca só voltou a ameaçar aos 41, quando Alan chutou por cima do gol de Neneca.
Aos 44, o Fluminense chegou ao segundo gol após Dieguinho ser derrubado na área por Gustavo Nery, que já tinha amarelo mas não foi advertido novamente, deixando Cuca irritado. Fred cobrou o pênalti com paradinha e deslocou Neneca para fazer 2 a 0. Marcelinho Carioca ainda bateu uma falta perigosa aos 45, mas Rafael fez defesa segura.
Na volta para o segundo tempo, Sérgio Soares fez duas modificações: tirou Cicinho e Rodrigo Fabri, colocando Camilo e Malaquias. E as mudanças fizeram efeito. O time melhorou e dimiuniu o placar aos 15, justamente com Camilo, que desviou de cabeça um cruzamento de Avine.
O Ramalhão cresceu no jogo e buscou a igualdade a todo custo. Aos 22, Marcelinho Carioca alçou na área e Nunes desviou, mas Rafael fez excelente defesa. O Flu, que até então estava apagado em campo, levou perigo aos 29, quando Fábio Neves perdeu boa chance na área. Neneca defendeu.
Os minutos finais foram dramáticos para os torcedores das duas equipes. Aos 42, no último lance agudo da partida, Rafael fez defesa espetacular em chute de Ramazotti, garantindo os três pontos para o clube das Laranjeiras.
SANTO ANDRÉ 1 x 2 FLUMINENSE
SANTO ANDRÉ
Neneca, Cicinho (Camilo), Marcel, Gustavio Nery e Avine; Fernando, Ricardo Conceição (Ramazotti), Rodrigo Fabri (Malaquias) e Marcelinho Carioca; Junior Dutra e Nunes
Técnico: Sérgio Soares
FLUMINENSE
Rafael, Gum, Luiz Alberto e Digão; Mariano, Diogo, Equi Gonzalez (Fabio Neves) e Conca; Dieguinho; Fred (Adeilson) e Alan (Marquinho)
Técnico: Cuca
Gols: Alan, aos 20, Fred, aos 44 minutos do primeiro tempo. Camilo aos 16 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Gustavo Nery, Júnior Dutra, Marcel e Malaquias (Santo André). Fred e Fabio Neves (Fluminense)
Estádio: Bruno José Daniel. Data: 10/10/2009.
INTERNACIONAL 1X1 ATLÉTICO - PR
Inter tropeça e Atlético-PR fica praticamente livre da degola: 1 a 1
O jogo era muito mais importante para o Inter do que para o Atlético-PR. Mas a noite deste sábado no Beira-Rio deixou o Furacão praticamente livre do rebaixamento, em 14º, com 36 pontos, sete a mais que o Santo André, o primeiro colocado do Z-4. A equipe gaúcha, por sua vez, perdeu grande chance de assumir a segunda colocação e incomodar o Palmeiras. Com o empate em 1 a 1 em casa, o Inter ficou em terceiro, com 48 pontos, podendo cair para quarto caso o Atlético-MG vença o Cruzeiro nesta segunda.
No no domingo dia 18, o Inter enfrenta o Fluminense no Maracanã. Já o Atlético-PR enfrenta o Santo André em casa, no mesmo dia.
Primeiro tempo dominado pelo Inter
Pelo desempenho das equipes no primeiro tempo, porém, poucos poderiam imaginar que o Inter tropeçaria em casa. A primeira etapa foi praticamente ataque contra defesa.
Aos 21, Taison recebeu ótimo passe, arrancou pela esquerda e entrou na área. Como Alecsandro não acompanhou a jogada, o atacante decidiu finalizar mesmo com pouco ângulo, jogando nas mãos de Galatto. Aos 24, porém, o mesmo Taison se redimiu. O atacante soltou a bomba de fora da área e Galatto não conseguiu segurar. A bola sobrou limpa para Marcelo Cordeiro, que chutou muito mal, praticamente recuando para o goleiro da equipe paranaense. Fabiano Eller, que vinha atrás em melhores condições, tinha motivo para reclamar.
Àquela altura, o Atlético Paranaense ainda não havia finalizado uma vez sequer. O goleiro Lauro só tocava na bola em recuos dos zagueiros ou chutões da equipe de Antônio Lopes. A dificuldade do Furacão era tanta que Paulo Baier teve uma dura discussão com Wesley depois de um erro de passe. Aos 30 minutos do primeiro tempo, o Atlético-PR tinha 22 passes errados. O Inter, 11.
A única vez em que o Furacão chegou perto de finalizar na primeira etapa surgiu de mais um erro de Wesley, que chutou mal de fora da área. A bola parou nos pés de Alex Mineiro, que chegou a ajeitar o corpo para completar, mas Índio chegou por trás evitando a conclusão.
Furacão melhora na etapa final
Preocupado com a falta de poder ofensivo, o técnico Antônio Lopes trocou sua dupla de ataque no intervalo. Marcinho e Patrick substituíram Alex Mineiro e Wallyson. E foi dos pés de Marcinho que surgiu a primeira defesa de Lauro na partida: aos 16 minutos do segundo tempo, em cobrança de falta, o goleiro defendeu a bomba do experiente jogador. A bola sobrou para Patrick, que estava impedido.
Se a nova dupla da equipe paranaense deu um pouco de esperança ao time, do outro lado um reserva também incomodava. Andrezinho, que entrou no lugar de Marcelo Cordeiro, cobrou falta e obrigou Galatto a fazer grande defesa.
Aos 33, a jogada que Antônio Lopes tanto esperava. Marcinho avançou pela direita e cruzou para Patrick. O atacante cabeceou em cima de Lauro. No rebote, porém, não teve perdão: Patrick rolou e fez 1 a 0.
Aos 37, o Furacão ainda teve a chance de fazer o segundo, em um passe perfeito de Paulo Baier para Wesley, que completou na trave. A oportunidade perdida parece ter despertado o Inter, que se lançou com tudo ao ataque e conseguiu o empate. Aos 44, Andrezinho cruzou e Alecsandro desviou de cabeça para a rede: 1 a 1.
Pouco depois, Índio cometeu pênalti em Marcinho, mas o árbitro mandou seguir. E logo na jogada seguinte, aos 47, o Inter quase virou com Fabiano Eller, que cabeceou uma bola no travessão.
Mas a imagem final dos gaúchos não foi alegre: no minuto final, Alex Sandro sofreu entrada dura de Bolívar, que acabou expulso e está fora do jogo contra o Fluminense, no Maracanã.
Ficha técnica:
INTERNACIONAL 1 x 1 ATLÉTICO - PR
INTERNACIONAL
Lauro, Bolívar, Índio, Fabiano Eller; Danilo Silva (Bolaños), Glaydson, Guiñazu, D'Alessandro e Marcelo Cordeiro (Andrezinho); Taison, Alecsandro.
Técnico: Mário Sérgio.
ATLÉTICO - PR
Galatto, Ronaldo, Fransérgio, Manoel; Wesley, Rafael Miranda, Valencia, Paulo Baier (Fransérgio), Alex Sandro; Alex MIneiro (Marcinho), Wallyson (Patrick).
Técnico: Antônio Lopes.
Gols: No segundo tempo, Patrick, aos 37 minutos, e Alecsandro, aos 44.
Cartões amarelos: D'Alessandro, Índio. Bolívar (Internacional); Alex Mineiro, Valencia, Manoel, Patrick, Galatto (Atlético-PR).
Cartão vermelho: Bolívar (Internacional)
Estádio: Beira-Rio. Data: 10/12/2009.
Árbitro: Luis Antônio Silva dos Santos (RJ).
Auxiliares: Edney Mascarenhas (RJ) e Ricardo Almeida (RJ).
CORITIBA 1X2 BARUERI
Com gol nos acréscimos, Barueri vence o Coritiba e se reabilita no Brasileirão
Dois dias antes de completar 100 anos, o Coritiba perdeu a chance de se distanciar ainda mais da zona da degola do Brasileirão. No Couto Pereira, o time paranaense recebeu o Barueri e sofreu uma derrota que não estava nos seus planos. Quem não tem nada com isso é o time paulista, que viu na vitória por 2 a 1, pela 29ª rodada do Brasileirão, uma chance de se reabilitar no campeonato.
Vindo de quatro jogos sem vencer, o Barueri conquistou os três pontos e chegou a 40 na competição, alcançando a décima posição. Já o Coxa permaneceu na 16ª colocação, com 34 pontos, a cinco do Santo André, o primeiro time da zona de rebaixamento.
Supremacia do Coxa no primeiro tempo
O primeiro tempo foi marcado pelos cartões amarelos. Só o Coritiba foi punido quatro vezes em apenas 35 minutos pelo árbitro Péricles Bassols, do Rio de Janeiro, enquanto o Barueri levou dois. No intervalo, foram muitas as reclamações, além dos protestos da torcida durante toda a primeira etapa.
Mas também teve futebol, e nesse quesito o Coxa foi melhor. Com Marcelinho Paraíba seguindo o bom nível de suas boas atuações, o time alviverde teve cinco boas oportunidades de marcar. A primeira veio aos 15 minutos, com Bruno Batata. O atacante, que ganhou uma nova oportunidade do técnico Ney Franco, desviou com as costas e quase surpreendeu o goleiro René. Logo em seguida, Marcelinho cobrou a falta com perigo, mas o camisa 1 salvou com um tapinha de mão trocada.
Aos 27, o Barueri chegou pela primeira vez ao gol de Edson Bastos. Thiago Humberto soltou uma bomba da entrada da área, e o goleiro tirou com o pé. Mas o Coritiba voltou ao ataque logo em seguida. Carlinhos Paraíba cruzou, e Pedro Ken e Bruno Batata quase chegaram para concluir, na entrada da pequena área. Trabalhando a bola pelo lado direito, Ângelo centrou, e Bruno Batata mandou para fora.
Aos 44, o lance mais perigoso do primeiro tempo. Carlinhos Paraíba mandou na área, e Ângelo saltou de peixinho para concluir, mas a bola bateu na rede pelo lado de fora.
Barueri equilibra e vira o jogo
No segundo tempo, o Coritiba voltou a assustar. Antes de completar o primeiro minuto, Marcelinho perdeu a melhor chance do jogo. Ele acionou Marcos Aurélio, e o atacante devolveu, o camisa 9 bateu e a bola passou tirando tinta do gol do Barueri. Dois minutos depois, Renatinho desceu pela esquerda, cruzou com perigo, e Leandro Castan desviou contra o próprio patrimônio, mandando no travessão.
Aos treze, o time paulista tentou responder na cobrança de falta de Éder. O lateral chutou forte, o goleiro Edson Bastos se atrapalhou, mas conseguiu defender. Logo em seguida, Fernandinho driblou Dirceu, que sofreu durante todo o jogo para marcar o atacante, e tentou surpreender Edson Bastos batendo entre ele e a trave, mas a bola bateu na rede pelo lado de fora.
Com o jogo equilibrado, o Barueri chegou ao seu gol. Márcio Careca roubou a bola no erro do zagueiro Pereira. Ele tocou para Thiago Humberto na esquerda, que devolveu no interior da grande área. O camisa 6 chutou de primeira, no canto, e abriu o placar.
O Coritiba tentou responder em seguida. Marcos Aurélio limpou a marcação e bateu cruzado, e a bola passou raspando a trave. Aos 34, o empate. Jogada de Makelele dentro da área. O jogador, que entrou no segundo tempo, chutou cruzado, o goleiro René deu rebote, e Bruno Batata só teve o trabalho de empurrar para a rede.
Mas o Barueri voltou a aparecer com perigo. Fernandinho invadiu a área, mas se enrolou. A bola sobrou para Thiago Humberto, que bateu cruzado, para fora. O mesmo Thiago Humberto, no entanto, viria a estragar a noite dos paranaenses. Já nos acréscimos, aos 46 do segundo tempo, ele invadiu a área e bateu com perfeição, no ângulo superior esquerdo de Edson Bastos, desempatando a partida e fechando o caixão do Coxa.
Ficha técnica:
CORITIBA 1 x 2 BARUERI
CORITIBA
Edson Bastos, Ângelo (Makelele), Dirceu, Pereira e Renatinho; Leandro Donizete, Jaílton (Marcos Aurélio), Pedro Ken (Leozinho) e Carlinhos Paraíba; Marcelinho Paraíba e Bruno Batata.
Técnico: Ney Franco
BARUERI
Renê, Xandão, André Luis e Leandro Castan; Éder, Ralf, João Vítor, Thiago Humberto (Márcio Hahn) e Márcio Careca; Otacílio Neto (Henrique Dias) e Fernandinho (Bruno).
Técnico: Diego Cerri
Gols: Márcio Careca, aos 29 do primeiro tempo; Bruno Batata, aos 34 do segundo tempo; e Thiago Humberto, aos 46 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Ângelo, Makelele, Jaílton, Marcelinho Paraíba, Bruno Batata, Leandro Castan, Éder, Márcio Careca, Otacílio Neto.
Estádio: Couto Pereira. Data: 10/10/2009.
Árbitro: Péricles Bassols Cortez (RJ).
Auxiliares: Jackson Massarra dos Santos (RJ) e Marcelo Braz Mariano (RJ).