quarta-feira, 29 de abril de 2009

Copa do Brasil:Oitavas de Final

AMERICANO (RJ) 0X0 PONTE PRETA (SP)
Americano e Ponte Preta ficam no empate em Campos

Americano e Ponte Preta empataram por 0 a 0 na noite desta quarta-feira, no estádio Godofredo Cruz, pelas oitavas-de-final da Copa do Brasil. O destaque da partida foi o goleiro Aranha, que, com boas defesas, parou o ataque do time de Campos. No jogo de volta, um novo empate sem gols leva a decisão da vaga para as quartas-de-final para os pênaltis. Igualdade com gols dá a vantagem ao Americano, que não foi vazado em casa.

As duas equipes voltam a se enfrentar na próxima terça-feira, às 21h30m, em Campinas. Quem se classificar enfrenta na fase seguinte o vencedor do confronto Coritiba x CSA.

O Americano tomou a iniciativa do jogo desde o início. Na primeira etapa, o time de Campos chegou a criar boas chances com Eberson e Kieza, mas o goleiro Aranha fez boas defesas. Na segunda etapa, o panorama não mudou. A Ponte se fechou em busca dos contra-ataques e o Americano continuou com a postura ofensiva. As defesas, no entanto, foram mais eficientes e o placar não foi alterado.

CSA (AL) 0X4 CORITIBA (PR)
Em noite inspirada de Marcelinho, Coritiba praticamente garante vaga



O Coritiba saiu do estádio Rei Pelé, em Maceió, com a vaga praticamente assegurada para as quartas-de-final da Copa do Brasil. O Coxa venceu o CSA, por 4 a 0, com uma belíssima atuação no segundo tempo. Marcelinho Paraíba, duas vezes, Marcio Gabriel e Carlinhos Paraíba marcaram.


Nas oitavas-de-final da competição nacional, o jogo de volta é obrigatório, independentemente do placar da primeira partida, e as equipes voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira, às 21h50m, no Couto Pereira. O Coritiba, confirmando a vaga, vai jogar com o vencedor do confronto entre Americano e Ponte Preta, que empataram, nesta quarta-feira, sem gols, no estádio Godofredo Cruz, em Campos.

O jogo

O Coxa começou assustando. Aos cinco minutos, o time alviverde chegou com perigo. Após bola levantada na área, Ariel desviou, mas a defesa do CSA afastou o perigo. Aos 18, o atacante Marcos Aurélio obrigou o goleiro Jéferson a realizar uma bela defesa.

Apesar do início promissor, o empate interessava o Coritiba, que diminuiu bastante o ritmo do jogo. O CSA não chegava com perigo e errava muitos passes.



O CSA só conseguiu assustar aos 24 minutos. Após bela roubada de bola, o Azulão conseguiu encaixar um eficiente contra-ataque. Magno chutou forte, e a bola passou perto do gol do goleiro Vanderlei. Aos 27, Fabio Lopes chutou forte, e o arqueiro alviverde salvou o Coxa com uma bela defesa.



A pressão do time alagoano aumentou. Aos 32, o meia Magno foi agarrado por Cleiton dentro da área, e o juiz Sandro Meira Ricci marcou a penalidade. Anderson cobrou, mas Vanderlei conseguiu tocar na bola, que bateu na trave e saiu.


Melhor na partida, o Azulão foi castigado, aos 37 minutos. Marcio Gabriel invadiu a área e foi derrubado. Pênalti. Marcelinho Paraíba, com paradinha, abriu o placar, 1 a 0.

Mais três gols e vaga assegurada


No segundo tempo, o CSA partiu com tudo para buscar o resultado. No entanto, os contra-ataques do Coxa estavam cada vez mais perigosos. O Azulão tinha domínio territorial, mas pecava no último passe.

Aos nove minutos, o Alviverde encaixou um contra-ataque fulminante. Marcos Aurélio cruzou, a zaga afastou parcialmente, mas a bola caiu nos pés de Márcio Gabriel, que dominou e acertou um torpedo. 2 a 0 Coxa.

O Coritiba ampliou os 16 minutos. Um verdadeiro golaço. Leandro Donizete lançou Marcelinho Paraíba, que tabelou com Marlos e saiu na cara do gol. Após a bela jogada, Marcelinho só teve o trabalho de escolher o canto e marcar seu segundo gol na partida. 3 a 0.

Aos 41, o Alviverde fechou o caixão. Carlinhos Paraíba recebeu belo passe de Marcelinho e marcou o quarto gol do Coritiba. Com a partida resolvida e a vaga praticamente assegurada, o Coxa tocou a bola e esperou o apito final do árbitro.



CSA 0 x 4 CORITIBA
CSA
Jeferson; Juninho Caiçara, Carlos Diogo, Fábio Lima e Marciano; Anderson, Jean, Magno (Matheus) e Camilo; Thiago Potiguar (Tiago) e Fábio Lopes.
Técnico: Gilmar Batista.
CORITIBA
Vanderlei; Cleiton (Willian), Pereira e Felipe; Márcio Gabriel (Rodrigo Heffner), Rodrigo Mancha, Leandro Donizete, Marcelinho Paraíba e Carlinhos Paraíba; Marcos Aurélio e Ariel Nahuelpan (Marlos).
Técnico: René Simões.
Gols: Marcelinho Paraíba, aos 38 minutos do primeiro tempo; Márcio Gabriel, aos 9, Marcelinho Paraíba, aos 16, e Carlinhos Paraíba, aos 41 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Fábio Lima (CSA); Cleiton, Rodrigo Mancha, Vanderlei e Felipe (Coritiba).
Estádio: Rei Pelé. Data: 29/04/2009.
Árbitro: Sandro Meira Ricci (DF).
Auxiliares: Enio Ferreira de Carvalho (DF) e Eremilson Xavier Marcedo (DF).


NÁUTICO (PE) 0X3 INTERNCIONAL (RS)
Internacional continua embalado e derrota o Náutico no Recife



Com belos gols, o Internacional derrotou o Náutico por 3 a 0 na noite desta quarta-feira, dentro do Estádio dos Aflitos, dando um bom passo para se classificar às quartas-de-final da Copa do Brasil. Nilmar, Taison e Marcelo Cordeiro, com boa jogada de D'Alessandro, balançaram as redes do time gaúcho, que agora pode até perder por dois gols de diferença na próxima quarta, no Beira-Rio, no jogo de volta. O Timbu terá uma missão ingrata: vencer por quatro gols de diferença ou por três, desde que seja por um placar de 4 a 1 em diante, por causa do saldo de gols qualificado.



Por isso, um 3 a 0 para os pernambucanos leva a decisão para os pênaltis. A partir desta fase, diferentemente das duas anteriores, não há eliminação no primeiro jogo em caso de vitória por dois gols de vantagem fora. Quem se classificar pega Flamengo ou Fortaleza nas quartas.



Depois disso, ambos estreiam domingo, dia 10 de maio, no Brasileirão 2009. O Inter visita o Corinthians, de Ronaldo, em duelo que promete ser um dos grandes jogos desta temporada. O Náutico encara o Goiás, fora de casa.


Mais um golaço de Nilmar

O time pernambucano não se intimidou diante do Inter e partiu para cima. Wellington e Gilmar arrsicaram de longe nos primeiros minutos, mas para fora. Aos 11, D'Alessandro aprontou a primeira boa jogada, com belo passe para Nilmar, mas o goleiro Eduardo saiu com um chutão. Taison também tentou de fora da área, aos 14, mas mandou longe. Aos 18, foi a vez de Carlinhos Bala arriscar, mas Lauro segurou tranquilo. Em seguida, em contra-ataque, D'Ale obrigou Eduardo a fazer ótima defesa em chute dentro na área.



Aos 23, aconteceu um lance duvidoso. Em disputa de bola na área colorada, Álvaro trombou com Gladstone, e os jogadores do Timbu pediram pênalti. O árbitro Guilherme Cereta de Lima mandou seguir, para protesto dos alvirrubros. A partir daí, a arbitragem teve que tentar controlar os jogadores, que se provocavam o tempo todo em campo. Bala fez falta dura em Magrão e, em seguida, Gladstone pegou Guiñazu com violência. Ambos levaram amarelos, mas Bolívar e D'Alessandro, que reclamaram dos lances, também foram advertidos.



Até que, aos 33, o talento entrou em campo. Taison rolou para Nilmar que, na entrada da área, limpou um marcador e bateu firme para estufar a rede do Náutico: Inter 1 a 0. No minuto seguinte, D'Alessandro quase fez o segundo em chute que bateu na zaga e quase enganou Eduardo, que espalmou. Nos minutos finais, Sidny arrancou tinta da trave e chute perigoso. E Nilmar completou mal um cruzamento de Magrão na área.



Taison faz o dele

Na segunda etapa, aos cinco, Wellington tentou uma jogada individual, mas o meia do Náutico errou no cruzamento. Taison também fez a dele, mas não errou. Aos sete, o xodó colorado recebeu de Magrão, invadiu a área pela esquerda e chutou cruzado, sem chance para Eduardo: 2 a 0. O Colorado teve chance de fazer o terceiro seis minutos depois, quando Gladstone quase fez contra em cruzamento de Nilmar.



A chuva começou a cair a partir dos 15 minutos, justamente quando o Timbu passou a se arriscar ainda mais ao ataque. Aos 20, Anderson Lessa cruzou para Bala dominar na área e chutar com perigo para fora. A bola desviou na zaga. No escanteio, Asprilla cabeceou para fora, rente à trave. Em seguida, Bala voltou a assustar em chuta da intermediária, mas de novo raspando no poste.



A chuva começou a apertar ainda mais, levando a torcida do Timbu a ir mais cedo para casa. Tite trocou Nilmar e Taison por Alecsandro e Marcelo Cordeiro, que marcou o terceiro. Aos 39, D'Alessandro fez mais uma ótima jogada e rolou para o lateral-esquerdo completar para a rede, fechando a excelente vitória colorada. Os alvirrubros que ficaram no estádio passaram a vaiar o time do Náutico.



Ficha técnica:
NÁUTICO 0 x 3 INTERNACIONAL
NÁUTICO
Eduardo; Gladstone, Negrette e Asprilla; Sidny, Vágner, Juliano (Thiaguinho), Carlinhos Bala e Wellington (Anderson Lessa); Gilmar e Adriano Magrão (Kuki).
Técnico: Waldemar Lemos.
INTERNACIONAL
Lauro; Bolívar, Índio, Álvaro e Kleber; Glaydson, Magrão, Guiñazu e D'Alessandro (Andrezinho); Taison (Marcelo Cordeiro) e Nilmar (Alecsandro).
Técnico: Tite.
Gols: Nilmar, aos 33 minutos do primeiro tempo; Taison, aos sete, e Marcelo Cordeiro, aos 38 do segundo.
Cartões amarelos: Juliano, Carlinhos Bala, Gladstone, Thiaguinho, Vágner e Asprilla (Náutico); Bolívar, D'Alessandro e Magrão (Internacional)
Estádio: Aflitos, no Recife (PE). Data: 29/04/2009.
Árbitro: Guilherme Cereta de Lima (SP).
Auxiliares: Marcio Luiz Augusto (SP) e Vicente Romano Neto (SP).

VITÓRIA (BA) 3X0 ATLÉTICO (MG)
Vitória vence o Atlético no Barradão e vai com boa vantagem para Belo Horizonte



O Vitória se aproveitou do fato de jogar no Barradão e começou bem a briga por uma vaga nas quartas-de-final da Copa do Brasil. Nesta quarta-feira, o Leão venceu o Atlético-MG por 3 a 0 e deixou a classificação muito bem encaminhada. Victor Ramos e Neto Baiano, duas vezes, marcaram. Depois de ser goleado por 5 a 0 pelo Cruzeiro, pelo Mineiro, o Galo sofre mais uma dura derrota (assista aos melhores momentos da partida).



O jogo de volta será na quarta-feira que vem, no Mineirão. Os baianos podem até perder por dois gols que estarão classificados. Ou até mesmo perder por três, desde que marquem ao menos um, por causa do saldo de gols qualificado. O Galo precisa devolver o placar de 3 a 0 para levar aos pênaltis ou conseguir uma goleada por quatro gols de diferença.



No próximo domingo, os dois times voltam as atenções para os estaduais. O Vitória recebe o Bahia, no Barradão, e pode até perder por um gol de diferença para ficar com o título. O Atlético tem uma missão duríssima. Precisa vencer a Raposa por cinco gols de vantagem para ser campeão.


Filme repetido para o Galo...de terror

Domingo passado, no Mineirão, dois gols sofridos após cobrança de escanteio. Nesta quarta-feira, no Barradão, a mesma cena. Pressionado pelo Vitória desde os primeiros minutos de jogo, o Atlético-MG não resistiu por muito tempo. Aos 4, após cobrança de escanteio, tabela de zagueiros na área do Galo. Wallace escorou de cabeça, e Victor Ramos, livre de marcação, completou da mesma forma: 1 a 0.



Logo na sequência, Lopes e Júnior tentaram surpreender Viáfara em chutes de longa distância, mas o goleiro defendeu bem. Aos 6, uma ótima chance para o Galo. Tardelli deixou o volante Carlos Alberto livre na área, ele bateu forte, mas o arqueiro colombiano pegou novamente.



Seria a última participação do goleador. Aos 14, o Galo perdeu seu principal jogador. Depois de torcer o tornozelo esquerdo, Tardelli não conseguiu continuar em campo. Alessandro o substituiu.



Um minuto depois da mudança, outro gol em cobrança do tiro de canto. Ramon bateu escanteio na primeira trave, a bola desviou na cabeça do volante atleticano Renan e entrou: 2 a 0 Leão. A arbitragem assinalou o gol para o atacante Neto Baiano.



Com o número 10 nas costas, o veterano Ramon, ex-Galo, relembrou seus melhores tempos. Sem marcação especial, aos 17, ele recebeu na área, mas foi travado na hora do chute. Cinco minutos mais tarde, ótima trama rubro-negra, e chute para fora de Carlos Alberto. Ramon apareceu bem novamente, aos 24, numa bomba que assustou o goleiro Juninho.



No Galo, as principais peças não produziam. O estreante Élder Granja, o meia Lopes e o atacante Éder Luís raramente tocavam na bola. Até que, aos 29, Lopes lançou Éder na esquerda, ele cruzou para a área, mas Alessandro falhou na hora do arremate.



A vantagem no placar não tirou o ímpeto do Vitória. Aos 36, em cobrança de falta ensaiada, Ramon rolou de lado, e Bida disparou um foguete. Juninho foi bem na defesa e afastou o perigo. Último lance agudo de um primeiro tempo com superioridade dos donos da casa.



Falta inspiração

Sem mudanças no time, mas com um jogo mais agressivo. O Galo tentou criar algumas boas jogadas no segundo tempo. Sobrava vontade, mas faltava inspiração. No Vitória, algumas tentativas em chutes de longe, só que sem direção.



A primeira boa chance da etapa final saiu do pé direito do meia Lopes, aos 16. Em cobrança de falta de longe, o camisa 10 assustou o goleiro Viáfara, mas a bola passou à esquerda do colombiano. Dois minutos depois, falta para o camisa 10 rubro-negro, e Juninho só observou.



Aos 24, um bonito lance. Carlos Alberto afastou mal na área, e Jackson tentou uma bicicleta. A bola foi pela linha de fundo. Cinco minutos depois, Leandro Almeida e Neto Baiano disputaram a bola no meio-campo, e o atacante do Vitória acertou o rosto do zagueiro do Galo, involuntariamente. Leandro saiu de campo sangrando.



Durante o atendimento ao zagueiro atleticano, o Vitória fez o terceiro. Neto Baiano recebeu ótimo cruzamento de Apodi na área, e acertou uma bela cabeçada: 3 a 0, e o milésimo gol no estádio Barradão em jogos oficiais.



Aos 44, Adriano quase fez o quarto, mas parou na trave. Dois minutos depois, o Galo quase diminuiu, mas Viáfara foi no ângulo para defender. A vaga nas quartas fica muito perto do Rubro-Negro de Salvador.



Ficha técnica:
VITÓRIA 3 x 0 ATLÉTICO-MG
VITÓRIA
Viárafa; Victor Ramos, Wallace, Luciano Almeida (Uelliton), Apodi (Robinho) e Bida; Vanderson, Carlos Alberto e Jackson; Ramon (Adriano) e Neto Baiano.
Técnico: Paulo César Carpegiani.
ATLÉTICO-MG
Juninho; Élder Granja, Marcos, Leandro Almeida e Júnior; Renan, Carlos Alberto, Márcio Araújo e Lopes (Yuri); Éder Luís e Diego Tardelli (Alessandro) (Kléber).
Técnico: Emerson Leão.
Gols: Victor Ramos, aos 4, Neto Baiano, aos 15 minutos do primeiro tempo, e aos 34 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Neto Baiano e Vanderson (Vitória); Márcio Araújo, Júnior, Carlos Alberto e Renan (Atlético-MG).
Estádio: Estádio Manoel Barradas (Barradão). Data: 29/04/2009.
Árbitro: Edivaldo Elias da Silva (PR).
Auxiliares: Gilson Bento Coutinho (PR) e Ivan Carlos Bohn (PR).

FLAMENGO (RJ) 0X0 FORTALEZA (CE)
Ataque falha, Fla empata sem gols com o Fortaleza, e torcida pede por Adriano



Se o Fortaleza era visto como um Botafogo para o Flamengo, o resultado do “ensaio geral” pré-final do Carioca foi desanimador. O empate por 0 a 0 na primeira partida pelas oitavas-de-final da Copa do Brasil não aconteceu por falta de vontade ou concentração. Os erros do Rubro-Negro na noite desta quarta-feira, em Volta Redonda, foram muito além disso. A correria desenfreada do meio-campo, a falta de mobilidade e qualidade dos homens de frente, e a inaptidão dos laterais para os cruzamentos tornaram a equipe previsível e presa fácil para o ferrolho cearense. Nem a tentativa de reativar o xodó Obina funcionou.



Sem jogar há sete partidas e carregando o peso de um jejum de 11 jogos, o baiano suplicou aos céus por um gol. Não deu certo. Até com o rosto ele finalizou. Em vão. No fim, saiu de campo tão vaiado quanto aplaudido e sem o moral desejado para a decisão de domingo. Para piorar, o desespero dos torcedores com os atacantes chegou ao nível de clamarem pela chegada urgente de Adriano, que deve assinar com o clube nos próximos dias.

A partida de volta entre as equipes será na próxima quarta-feira, no Castelão. Quem vencer está classificado. Empate por 0 a 0 leva a decisão para os pênaltis e igualdade a partir de 1 a 1 garante os cariocas nas quartas.



Atacantes erram tudo e mais um pouco



Ao contrário do Flamengo, o Fortaleza pode se orgulhar da preparação para a tentativa de conquistar o tricampeonato estadual no próximo domingo contra o Ceará. O ferrolho armado pelo técnico Mirandinha foi eficaz.



O time carioca repetiu a fórmula dos últimos jogos no início do primeiro tempo. Domínio territorial, toque de bola e poucas chances de gol. A entrada de Obina não resolveu o problema da falta de referência no ataque

Diante das dificuldades, o primeiro chute perigoso coube ao volante Willians, aos 16 minutos. Ele fez jogada individual dentro da área, e Douglas defendeu com o pé direito. Somente aos 29 o Rubro-Negro voltou a ameaçar. Kleberson cobrou falta de longe por cima do travessão.

Encolhido no campo defensivo, o Fortaleza soube bloquear as jogadas ofensivas de Juan e Léo Moura. Enquanto os erros de passe se acumulavam, o torcedor começou a perder a paciência. Ibson arriscou de fora da área aos 38 e errou o alvo. Um minuto depois, Obina recebeu de Erick Flores, mas a zaga conseguiu salvar dentro da pequena área.

Quando a torcida, cerca de quatro mil pessoas, começou a gritar músicas ironizando os botafoguenses, o time esquentou e teve a melhor chance. Aos 41, Ibson acertou o pé da trave esquerda. No rebote, Juan chutou para fora.

Aos 44, o Fortaleza quase surpreendeu. Guto recebeu nas costas de Léo Moura, invadiu a área e chutou forte para fora.



Segundo tempo começa, e nada muda



Logo no primeiro minuto da etapa final, Emerson cruzou da direita, o goleiro Douglas se enrolou, mas espalmou e evitou o gol. Obina tentou de bicicleta aos cinco, mas mandou para fora.



As chances começaram a se acumular. Welinton tabelou com Ibson, aos seis. O volante passou para Emerson, que entrou na área e bateu para fora. Sem fazer gol há 11 jogos, Obina teve outra chance aos 14, quando a bola sobrou no alto para ele dentro da pequena área. Contudo, o baiano, sem jeito, desviou com o rosto e facilitou a defesa de Douglas.



O inferno astral do centroavante teve continuidade aos 18. Dentro da área, ele deu um voleio. Quando a torcida comemorava, o goleiro Douglas saltou e fez a defesa sobre a linha. No lance seguinte, o camisa 18 foi substituído por Josiel e saiu de campo vaiado por uns e aplaudido por outros.

Em suas raras investidas em contra-ataque, o Fortaleza obrigou Bruno a defender um chute perigoso de Marcelo Nicácio, aos 24. Josiel e Emerson deram chutes fracos na sequência. Quando Ibson foi substituído por Everton mais vaias. Dessa vez, acompanhadas por um grito de burro para o técnico Cuca que, suspenso, assistiu ao jogo de uma cabine.



Zé Roberto conseguiu a façanha de, em menos de dez minutos em campo, ser vaiado a cada toque na bola. Fim de jogo, e tome vaias em Volta Redonda.



Assista ao vídeo acima: Luis Roberto e Junior analisam o empate



Ficha técnica:
FLAMENGO 0 x 0 FORTALEZA
FLAMENGO
Bruno; Léo Moura, Welinton, Aírton e Juan; Willians, Ibson (Everton), Kleberson e Erick Flores (Zé Roberto); Emerson e Obina (Josiel).
Técnico: Cuca.
FORTALEZA
Douglas; Danilo, Silvio, Edson, Julio, Guto, Carlinhos, Eusébio, Luiz Carlos (Bismarck), Sidnei (Marcelo Nicácio) e Bambam.
Técnico: Mirandinha.
Cartões amarelos: Danilo, Silvio, Eusébio, Douglas (Fortaleza).
Estádio: Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. Data: 29/04/2009.
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (DF).
Auxiliares: Roberto Braatz (PR) e João Antonio Sousa (DF).
Público: 4.060 pagantes (4.967 presentes) Renda: R$ 53.630,00


ATLÉTICO (PR) 3X2 CORINTHIANS (SP)
Atlético-PR vence o Timão, Ronaldo se machuca, mas deve jogar domingo



A primeira derrota na temporada quase custou ainda mais caro ao Corinthians. Depois de estar perdendo por 3 a 0 para o Atlético-PR no início do segundo tempo, o Timão reagiu, diminuiu para 3 a 2 e continua vivo na briga por uma vaga nas quartas-de-final da Copa do Brasil. A outra má notícia pode ser o desfalque de Ronaldo contra o Santos, na decisão do Paulistão.



O jogador reclamou de dores na costela depois de um lance com Márcio Azevedo, logo no primeiro tempo, e foi examinado. O médico Paulo de Faria não confirma a presença do Fenômeno na final, mas está otimista.

- Fizemos exames de raio-x, tomografia, ele está com muita dor, mas não houve fratura. O Ronaldo deve jogar domingo. Foi uma lesão toráxica - disse Paulo de Faria, médico do clube.



Para avançar na Copa do Brasil, a equipe paulista precisa agora vencer por um ou mais gols de diferença. Se o placar foi repetido, mas em favor do Alvinegro, a decisão será nos pênaltis. O jogo da volta está marcado para a próxima quarta-feira, às 21h50m, no Pacaembu.


Com o resultado, o Corinthians sofre o primeiro revés após 25 jogos nesta temporada. O time dirigido por Mano Menezes só havia perdido anteriormente no último jogo que fez no ano passado, em 29 de novembro, quando, com os reservas, foi batido por 2 a 0 pelo América-RN, pela última rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.



Agora, Furacão e Timão voltam a pensar nas competições estaduais. Os paranaenses precisam de uma simples vitória sobre o Cianorte, domingo, às 15h40m, na Arena da Baixada, para ficar com o título. Já os paulistas enfrentam o Santos, no mesmo dia, às 16h, no Pacaembu, podendo perder por até dois gols de diferença.



Em ritmo alucinante, Furacão abre 2 a 0



Empurrado pela torcida e disposto a apagar o vexame no clássico contra o Coritiba, o Atlético-PR começou a partida tirando proveito do ponto mais fraco da defesa do Corinthians: o lado esquerdo. Perdido na marcação, André Santos foi presa fácil para as descidas do lateral-direito Raul, do meia Marcinho e do atacante Wallyson. Para complicar ainda mais, Alessandro e William foram poupados por Mano Menezes. Aos quatro e aos oito minutos, Rafael Moura recebeu na área dois presentes vindos da direita, mas em ambos estava impedido.

Apático em relação à final do Paulistão contra o Santos, o Corinthians continuou sendo totalmente dominado e pouco perigo ofereceu no ataque. Douglas e Morais, apagados, não tinham espaço pela forte marcação de Jairo e Fransérgio e transformaram Dentinho e Ronaldo em apenas dois espectadores da partida.



Quando passou a atuar pela esquerda, o Atlético-PR continuou dando trabalho. Aos 13, Márcio Azevedo levantou a bola para a área e Wallyson cabeceou com muito perigo. Dois minutos depois, o gol. Rafael Moura fez o cruzamento rasteiro do mesmo lado e Wallyson desta vez não desperdiçou, batendo forte sem chances para Felipe.



Mesmo diminuindo um pouco o ritmo e permitindo que o Corinthians avançasse mais, o Furacão seguiu melhor e quase fez o segundo, aos 32. Outra vez pela direita, Raul cruzou, a zaga afastou, mas Márcio Azevedo pegou o rebote na intermediária. O lateral chutou forte e a bola passou muito próxima do travessão alvinegro.



O Corinthians só acordou a partir dos 35 minutos, quando um dos meias finalmente apareceu para criar. Morais fez boa jogada e tocou para Ronaldo. O Fenômeno girou sobre a marcação e bateu no canto esquerdo, assustando Galatto. Aos 43, Morais perdeu um gol incrível, Elias fez linda jogada, passou por três adversários e encontrou o meio-campista livre na área. Ele dominou na entrada da pequena área, mas bateu errado e Galatto operou um milagre.



Quando o primeiro tempo caminhava para o final, os donos da casa chegaram ao segundo, aos 45. Raul recebeu de Wallyson na direita e cruzou na medida para Rafael Moura cabecear no canto esquerdo de Felipe, para delírio da torcida atleticana na Arena da Baixada.



Chico amplia para o Furacão, e Chicão perde pênalti



No segundo tempo, Mano Menezes sacou Ronaldo, com dores na costela, para a entrada de Otacílio Neto, enquanto Geninho tirou o volante Fransérgio e colocou o zagueiro Gustavo. Mas, logo aos dois minutos, o Timão recebeu um duro golpe para buscar a reação. Após chute de Márcio Azevedo na zaga, a bola sobrou na área para Chico concluir e fazer 3 a 0.



Aos 12, o Corinthians teve a oportunidade de diminuir. Elias recebeu a bola na área, trombou com Márcio Azevedo e o árbitro marcou pênalti. Chicão cobrou, a bola tocou na trave esquerda de Galatto, na direita e saiu. Muita festa na Arena da Baixada!

A partir disso, o Atlético-PR voltou a dominar a partida e a levar muito perigo nos contra-ataques. O Corinthians levou perigo aos 35, com Otacílio Neto. Após cobrança de escanteio, o atacante subiu mais que a defesa e cabeceou forte. Galatto fez ótima defesa no canto direito baixo.



Nos minutos finais, o Atlético-PR passou a controlar o jogo, mas não contava com a pontaria do volante Cristian, que deu nova vida ao Corinthians. Aos 41 minutos, ele cobrou falta da intermediária e marcou um golaço, no ângulo esquerdo do goleiro rival. Animado, o Timão conseguiu diminuir ainda mais a vantagem do Furacão. Aos 47, Alessandro cruzou para a área, Souza errou a matada e a bola sobrou para Dentinho, que girou e chutou forte, no canto direito de Galatto. O gol nos acréscimos deixa o Corinthians com uma tarefa menos árdua na disputa pela vaga.



Ficha técnica:
ATLÉTICO-PR 3 x 2 CORINTHIANS
ATLÉTICO-PR
Galatto, Chico, Rhodolfo e Antônio Carlos; Raul, Jairo, Fransérgio (Gustavo), Marcinho e Márcio Azevedo; Wallyson e Rafael Moura.
Técnico: Geninho.
CORINTHIANS
Felipe, Fabinho (Alessandro), Chicão, Diego e André Santos; Cristian, Elias, Douglas e Morais (Souza); Dentinho e Ronaldo (Otacílio Neto).
Técnico: Mano Menezes.
Gols: Wallyson, aos 15, e Rafael Moura, aos 45 minutos do primeiro tempo. Chico, aos dois, e Cristian, aos 41, e Dentinho, aos 47 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Antônio Carlos (Atlético-PR); Souza (Corinthians)
Estádio: Arena da Baixada. Data: 29/04/2009.
Árbitro: Nielson Nogueira Dias (PE).
Auxiliares: Ubirajara Ferraz Jota e Luciano José Coelho Cruz (ambos PE)