Forte na defesa, Vitória leva a melhor sobre o Atlético-PR na Arena da Baixada
No duelo de campeões estaduais, o baiano levou a melhor. Aplicado defensivamente, o Vitória soube anular as melhores jogadas do Atlético-PR e ganhou por 2 a 0 neste domingo, na Arena da Baixada. Os gols na estreia dos dois times no Campeonato Brasileiro foram marcados pelo zagueiro Wallace e pelo meia Leandro Domingues, que entrou no segundo tempo.
O Atlético-PR volta a entrar em campo no domingo, para encarar o São Paulo fora de casa. O Vitória tem o confronto com o Vasco na quarta-feira, pelas quartas de final da Copa do Brasil, antes de receber o Sport, também no domingo, pela segunda rodada do Brasileirão.
Os visitantes exerceram forte marcação na primeira etapa, praticamente impedindo o adversário de jogar. Foram pressionados em metade do segundo tempo, mas depois souberam controlar a partida e garantiram os três pontos.
Vitória abre o placar e marca forte
Sem o meia Ramon, poupado, o Vitória apostou numa forte marcação para sair no contra-ataque, deixando apenas Neto Baiano no ataque e o ala-direito Apodi com liberdade para se movimentar. O time ainda não havia encaixado uma jogada quando abriu o placar, aos 15 minutos. Após cobrança de escanteio pela esquerda, Márcio Azevedo errou a cabeçada e Galatto saiu em falso. A bola bateu em Wallace e entrou: 1 a 0.

Muitas vezes, os donos da casa perdiam muito tempo até conseguir ultrapassar a linha do meio-campo, irritando a torcida na Arena. Por volta de 20 minutos, já se ouviam vaias. Sobrava para o zagueiro Rhodolfo avançar e tentar um lançamento direto para o ataque, sem intermediários.
Numa das raras chegadas pela ponta direita, Marcinho deu passe para Wallyson concluir, após invadir a área pela lateral. A conclusão nem levou tanto perigo ao gol de Viáfara, mas a torcida aplaudiu um dos poucos momentos lúcidos do time.
Atlético pressiona e depois para
Na volta do intervalo, Geninho substituiu Renan por Wesley e analisou o primeiro tempo:
- Temos que ter paciência e mais movimentação para encontrar os espaços. O Vitória está marcando muito bem e achou um gol de bola parada.
O Atlético-PR criou mais oportunidades em 15 minutos do que em todo o primeiro tempo. E, na maioria das vezes, graças ao avanço de zagueiros. Em uma jogada de Rhodolfo, Rafael Moura foi fominha e tentou a jogada individual, sendo desarmado, em vez de tocar a bola. Em seguida, foi a vez de Chico se virar pela esquerda e cruzar para Wallyson, de frente para o gol, chutar muito mal, fraquinho.
O atacante de 20 anos começava a aparecer mais na partida, quando deu lugar a Júlio César, em mudança reprovada pela torcida. Com 28 minutos, os dois treinadores haviam feito as seis substituições.
Nesse momento, o Vitória já passara pela pressão paranaense e conseguia controlar o jogo. E ainda chegou ao ataque com algum perigo, como quando Leandro Domingues cabeceou no travessão de Galatto, após cruzamento de Bida.
O meia, que substituiu Apodi, ainda teve duas boas oportunidades. Perdeu a primeira, mas não desperdiçou a segunda, em tabela com Adriano na área, já aos 43 minutos: 2 a 0.
Ficha técnica:
ATLÉTICO-PR 0 x 2 VITÓRIA
ATLÉTICO-PR
Galatto, Rhodolfo, Gustavo e Chico; Raul, Jairo (Julio dos Santos), Renan (Wesley), Marcinho e Márcio Azevedo; Wallyson (Júlio César) e Rafael Moura.
Técnico: Geninho.
VITÓRIA
Viáfara, Wallace, Marco Aurélio e Victor Ramos; Apodi (Leandro Domingues), Vanderson (Wellington), Bida, Carlos Alberto, Jackson e Robson; Neto Baiano (Adriano).
Técnico: Paulo César Carpegiani.
Gols: Wallace, aos 15 minutos do primeiro tempo; Leandro Domingues, aos 43 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Rhodolfo, Chico (Atlético); Neto Baiano, Bida (Vitória).
Estádio: Arena da Baixada.Data: 10/05/2009.
Público: 12.906 pagantes (13.720 presentes). Renda: R$ 239.110.
Árbitro: Célio Amorim (SC).
Auxiliares: Carlos Berkenbrock (Fifa-SC) e Marco Antônio Martins (SC)
CORINTHIANS 0X1 INTERNACIONAL
Sob os olhares de Ronaldo, Nilmar faz golaço e dá vitória ao Inter sobre Timão
Sem Ronaldo e outros oito titulares em campo, a torcida do Corinthians sentiu na pele neste domingo o que é ter um craque jogando do lado contrário. Nilmar, que deixou o mesmo Timão em uma polêmica briga judicial em 2007, criou a primeira obra-prima do Campeonato Brasileiro na vitória do Internacional por 1 a 0 sobre o Timão, no Pacaembu, pela rodada inaugural da competição.
O golaço fez o Fenômeno deixar o estádio logo no início do jogo. Da boca do túnel que leva aos vestiários, o craque pentacampeão viu o atacante colorado enfileirar seis alvinegros até o toque preciso no canto esquerdo, sem chances para Felipe. Depois disso, Ronaldo voltou ao estacionamento e foi embora. Ninguém sabe se para comprar um ingresso pela pintura que presenciou ou se voltou a seu apartamento para rever pela televisão o mágico lance.
O resultado, aliás, quebra a invencibilidade do Corinthians jogando em casa. Foram 26 jogos sem derrota (20 vitórias e seis empates). A última havia sido no dia 19 de julho de 2008, quando foi batido por 1 a 0 pelo Bahia, ainda pela Série B do Campeonato Brasileiro.
Após a estreia no Brasileirão, Corinthians e Internacional voltam a pensar nas quartas de final da Copa do Brasil. O Timão enfrenta o Fluminense, quarta-feira, às 21h50m, no Pacaembu. O Colorado pega o Flamengo, no mesmo dia e horário, no Maracanã.
Nilmar faz gol de placa no Pacaembu
O Corinthians bem que tentou, mas não foi páreo para a superioridade técnica do Internacional. Com nove reservas e pouco entrosamento no esquema 3-5-2, o Timão ainda conseguiu assustar, logo aos dois minutos. Diogo avançou livre pelo lado direito do ataque e cruzou para Lulinha cabecear por cima, animando os poucos torcedores presentes no Pacaembu.
Foi só. O Colorado não demorou a assumir o controle do jogo com toques rápidos, mas esbarrando no ferrolho montado por Mano Menezes, com todos os jogadores no campo de defesa quando o Timão ficava sem a bola e em busca de um contra-ataque destruidor.
A estratégia alvinegra deu resultado até aparecer a qualidade de dois sérios candidatos a craque do Brasileirão: D’Alessandro e Nilmar. Aos nove minutos, o argentino deu lindo passe do meio-de-campo para a ponta direita nos pés do atacante. Ele dominou, partiu em velocidade e deixou cinco adversários para trás. Na área, uma finta seca em Renato e um chute preciso, no canto esquerdo de Felipe. Golaço!
O Corinthians só respondeu aos 19 em um lance quase tão bonito quanto o criado por Nilmar. O estreante Jucilei recebeu passe pelo lado direito, deixou Álvaro e Magrão sentados com dois belos dribles, mas demorou a finalizar e permitiu que Índio travasse e evitasse a igualdade.
Antes do término da primeira etapa, o Inter perdeu três grandes oportunidades de ampliar. Aos 27, Felipe salvou depois que Glaydson chutou e a bola desviou na zaga. Oito minutos mais tarde, o goleiro apareceu novamente, defendendo no susto uma cabeçada de Índio em falta batida por D’Alessandro. A principal delas surgiu aos 43. Taison chutou para fora quase de dentro do gol ao receber passe de Magrão em jogada de Nilmar.
Timão melhora, sufoca, mas não empata
Na volta do intervalo, o Corinthians surgiu melhor posicionado e impedindo que o Internacinal tivesse uma saída de bola tranquila a partir da defesa. Com o Inter apostando nos contra-ataques, Mano Menezes colocou dois titulares em campo para melhorar a qualidade técnica e a força ofensiva. Diogo deu lugar a Alessandro e Dentinho ocupou a vaga de Jucilei.
Aos 18 minutos, Wellington Saci soltou a bomba da intermediária e quase acertou o canto esquerdo de Lauro. Três minutos mais tarde, após cruzamento da esquerda, Souza, sempre tão vaiado pela torcida, furou na pequena área e perdeu grande chance, levando a Fiel ao desespero.
Com D'Alessandro e Taison desaparecidos em campo, o técnico Tite colocou Andrezinho e Giuliano. No entanto, o Corinthians continuou melhor. Lulinha, aos 27, aplicou linda finta em Guiñazu pela direita e cruzou. De frente para o gol, Alessandro bateu rasteiro e Lauro fez boa defesa.
Muito diferente do primeiro tempo, o Colorado só assustou em um lance de bola parada, aos 38. Após cobrança de escanteio, o zagueiro Álvaro subiu livre, cabeceou forte e Felipe fez ótima defesa. Depois disso, o Corinthians passou a errar muito passes, irritou a torcida e ainda teve de ouvir os poucos colorados presentes ao Pacaembu gritarem "olé".
Ficha técnica:
CORINTHIANS 0 x 1 INTERNACIONAL
CORINTHIANS
Felipe, Renato, Jean e Diego; Diogo (Alessandro), Cristian, Jucilei (Dentinho), Boquita e Wellington Saci (Otacílio Neto); Lulinha e Souza.
Técnico: Mano Menezes.
INTERNACIONAL
Lauro, Bolívar, Índio, Álvaro e Kleber; Glaydson, Magrão, Guiñazu e D’Alessandro (Andrezinho); Taison (Giuliano) e Nilmar (Alecsandro).
Técnico: Tite.
Gols: Nilmar, aos nove minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Diego, Boquita (Corinthians); Guiñazu, Bolívar (Internacional)
Estádio: Pacaembu. Data: 10/05/2009.
Árbitro: Evandro Rogerio Roman (Fifa-PR).
Auxiliares: Roberto Braatz (Fifa-PR) e Gilson Bento Coutinho (PR).
Público: 14.458 pagantes. Renda: R$441.063,00.
FLUMINENSE 1X0 SÃO PAULO
Fluminense segue com a fama de carrasco e vence o São Paulo na estreia
Com um golaço de Maurício, logo aos dois minutos de jogo, o Fluminense estreou bem no Campeonato Brasileiro vencendo por 1 a 0 o atual tricampeão São Paulo, neste domingo, no Maracanã. O resultado acabou com uma invencibilidade de 18 jogos do Tricolor paulista na competição. A última derrota do São Paulo no Brasileirão tinha sido para o Grêmio, em agosto de 2008.
O Fluminense mais uma vez mostrou-se um carrasco para o São Paulo. Além de ter eliminado o clube paulista da Libertadores do ano passado, o Tricolor carioca está há cinco jogos sem perder do rival nos Brasileiros. São três vitórias e dois empates.
O Fluminense não perde em uma estreia de Campeonato Brasileiro há sete anos. Em 2003, foi derrotado pelo Criciúma por 2 a 0. Desde lá foram duas vitórias sobre o São Paulo (2005 e 2009), uma sobre o Atlético-PR (2006) e três empates com o Atlético-MG (2008), o Cruzeiro (2007) e o Paysandu (2004).
Na segunda rodada do Campeonato Brasileiro, o Fluminense viaja para encarar o Barueri, no domingo, às 16h. Já o São Paulo recebe o Atlético-PR, no Morumbi, no mesmo dia e horário.
Maurício marca um golaço logo no início
O Fluminense demorou dois minutos e seis segundos para marcar o seu primeiro gol no Campeonato Brasileiro. E foi um golaço. Maurício dominou a bola na intermediária com o pé direito e soltou uma bomba com o esquerdo. O chute passou entre as pernas de Jorge Wagner, encobriu o goleiro Bosco e ainda tocou no travessão e na trave direita antes de entrar. No banco de reservas, Carlos Alberto Parreira começou a rir sem acreditar muito do que tinha acabado de ver. Fluminense 1 a 0.

O São Paulo quase não assustava. Sem jogadas pelas laterais, o time insistia nas tentativas pelo meio. E era facilmente anulado pelos zagueiros do Fluminense. A melhor chance do clube paulista foi em uma cobrança de falta da entrada da área. Mas Jorge Wagner chutou a bola na barreira. E nos primeiros 45 minutos, Washington não teve uma única chance de concluir.
Já o Fluminense, mesmo com Thiago Neves apagado, teve quatro chances para ampliar a vantagem no primeiro tempo. Aos 18 minutos, um lance incrível. Marquinho deu ótimo passe para Thiago Neves, que entrou na área e chutou. Bosco espalmou para o meio da área. Edcarlos aproveitou a sobra e soltou uma bomba. O goleiro tricolor novamente tocou na bola, que bateu ainda em Richarlyson em cima da linha e não entrou.
Depois, Fred tentou duas vezes. O atacante recebeu passe na área e chutou forte no canto esquerdo. Bosco espalmou para escanteio. Em seguida, Maurício cruzou e Fred cabeceou com perigo para fora.
Aos 46 minutos, o Fluminense foi prejudicado pela arbitragem. Thiago Neves cobrou falta pela direita e Maicon subiu bem para marcar de cabeça. Mas o auxiliar Paulo Ricardo Silva Conceição assinalou, de forma errada, impedimento. E o árbitro anulou o lance. Só que quem estava avançado era o zagueiro Edcarlos. Maicon estava, segundo o tira teima, sete centímetros atrás do último marcador. E o primeiro tempo terminava com uma sensação amarga para o Tricolor carioca, que poderia ter uma vantagem maior.
Borges perde a chance de empatar
O segundo tempo começou com o técnico Muricy Ramalho fazendo duas mudanças para tentar melhorar o São Paulo. Wágner Diniz entrou no lugar de Richarlyson. E Borges na vaga de Hugo. O São Paulo melhorou. Washington quase empatou aos dez minutos. O atacante recebeu passe, dominou no peito e chutou cruzado. Fernando Henrique espalmou e evitou o empate.
O Fluminense começou a perder a cabeça com o árbitro Sandro Meira Ricci e o auxiliar Altemir Hausmann, que trocaram faltas e marcaram dois impedimentos que não aconteceram. O médico Michel Simoni acabou expulso após reclamar contra o bandeira.
E a torcida teve mais motivos para reclamar aos 25 minutos. Thiago Neves dominou na área e foi derrubado por Junior Cesar. O árbitro mandou o jogo continuar.
O São Paulo teve duas chances claras de empatar no final da partida. Ambas com Borges. Primeiro, aos 41 minutos, o atacante recebeu na área e chutou cruzado. Fernando Henrique fez uma difícil defesa. Dois minutos depois, praticamente do mesmo lugar, Borges levou a melhor sobre Edcarlos e bateu rasteiro. Com o pé esquerdo, o goleiro salvou o Fluminense. A vitória estava garantida.
Ficha técnica:
FLUMINENSE 1 x 0 SÃO PAULO
FLUMINENSE
Fernando Henrique; Mariano, Edcarlos, Luiz Alberto e João Paulo; Wellington Monteiro, Maurício (Fabinho), Marquinho e Thiago Neves (Tartá); Maicon (Everton Santos) e Fred.
Técnico: Carlos Alberto Parreira.
SÃO PAULO
Bosco; Arouca, Renato Silva, Miranda e Junior Cesar; Richarlyson (Wágner Diniz), Hernanes, Jorge Wagner e Hugo (Borges); Dagoberto (Wellington) e Washington.
Técnico: Muricy Ramalho.
Gol: Maurício aos dois minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Luiz Alberto e Fernando Henrique (Fluminense); Richarlyson, Hugo, Wellington e Jorge Wagner (São Paulo).
Público: 14.574 pagantes / 15.843 presentes
Renda: R$ 228.098,00
Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro.Data: 1/05/2009.
Árbitro: Sandro Meira Ricci.
Auxiliares: Altemir Hausmann (RS) e Paulo Ricardo Silva Conceição (RS)
SANTO ANDRÉ 1X1 BOTAFOGO
Fogão e Ramalhão dominam um tempo cada um e estreiam com empate
Em um jogo de dois tempos distintos, Botafogo e Santo André empataram em 1 a 1, neste domingo à noite, no estádio Bruno José Daniel, em Santo André, pela primeira rodada do Brasileirão. Na primeira etapa, o time paulista dominou e saiu na frente. Na segunda, o Fogão foi bem melhor, empatou e poderia até ter virado se o árbitro Wilson Souza de Mendonça tivesse marcado um pênalti claro em Túlio Souza.
Ramalhão domina e sai na frente
O Santo André dominou amplamente o primeiro tempo. O time do ABC esteve melhor posicionado em campo, marcou muito forte no meio e explorou bem seu lado direito, com as descidas sempre perigosas do lateral-direito Cicinho, que contou com o apoio de Marcelinho Carioca e seus passes certeiros.
O Botafogo, frouxo na marcação e perdendo a maioria das divididas, passou toda a primeira etapa acuado, tentando encaixar algum contra-ataque. Com meias inoperantes, o Fogão isolou seus atacantes. O time sente muito a falta do meia Maicossuel, que está machucado. Túlio Souza, que é um jogador mais de marcação, não conseguiu dar conta da armação de jogadas.
Diante de tal cenário, com 14 minutos de jogo, o time carioca já havia passado alguns sustos. Aos 10, Nunes quase abriu o placar de cabeça, completando cruzamento de Marcelinho. Renan espalmou. Aos 13, Ricardo Conceição acertou um chute da intermediária e tentou encobrir o goleiro botafoguense: a bola passou perto. Em seguida, aos 14, Renan defendeu com o corpo um chute à queima-roupa de Marcelinho.
Com tamanho domínio, o gol do Ramalhão não tardaria. Aos 30, ele veio. O volante Eduardo saiu errado e perdeu a bola para Cicinho, que rolou na área para Nunes. O atacante pedalou em cima do zagueiro Juninho e chutou de pé esquerdo, rasteiro, abrindo o placar.
O Botafogo tentou sair para o empate, mas carecia muito de criatividade. Só conseguiu ameaçar quando o Santo André falhou. Aos 34, após um recuo errado do meio-de-campo do time paulista, Vitor Simões dividiu com o goleiro Neneca. A bola sobrou para Lucas Silva, que arriscou de muito longe. O gol sairia se Neneca não tivesse se recuperado a tempo. Ele correu para o gol e conseguiu espalmar. Teria sido um golaço.
Fogão melhora e empata
O Botafogo voltou para o segundo tempo com duas mudanças: saíram o zagueiro Emerson e o lateral-esquerdo Thiago para as entradas, respectivamente, de Jean Coral e Gabriel. Com essas alterações, o técnico Ney Franco mudou o panorama da partida, deixando de lado o 3-5-2 para utilizar o 4-4-2. Pela esquerda, Gabriel passou a vigiar melhor Cicinho, que não teve mais tanto espaço para subir. Já a entrada de Jean Coral fez com que o Bota se tornasse mais incisivo.
Com isso, o time carioca passou a dar as cartas e a criar boas chances. Logo aos cinco minutos, Túlio Souza entrou na área pela direita e foi derrubado por Pablo Escobar. Um pênalti claríssimo, que o árbitro Wilson Mendonça, mal posicionado, não marcou.
O Santo André buscava encaixar algum contra-golpe, mas faltou acerto nos passes. O Botafogo, mais bem posicionado que no primeiro tempo, controlou o jogo e não deu muitas chances para o Ramalhão. Aos 17, o Fogão quase empatou, num lance incrível: Victor Simões entrou livre pelo meio da área e escorou cruzamento da direita. A bola bateu no travessão, no poste direito e não entrou.
Aos 34, o lateral-direito Cicinho acertou um carrinho em Fahel e acabou expulso. Com um jogador a mais, o Botafogo se posicionou no campo do adversário. Até que, aos 39, Eduardo cruzou da esquerda e achou o artilheiro Victor Simões que empurrou de cabeça para o gol. Estava empatada a partida.
O Bota continuou em cima, mas não conseguiu a virada.
Ficha técnica:
SANTO ANDRÉ 1 x 1 BOTAFOGO
SANTO ANDRÉ
Neneca, Cicinho, Cesinha, Marcel e Gustavo Nery, Fernando, Ricardo Conceição, Marcelinho Carioca (Dirceu) e Pablo Escobar (Elvis); Antônio Flávio, Nunes.
Técnico: Sérgio Guedes.
BOTAFOGO
Renan, Leandro Guerreiro, Emerson (Jean Coral) e Juninho; Alesandro, Eduardo, Fahel, Túlio Souza e Thiaguinho (Gabriel); Victor Simões e Lucas Silva (Rodrigo Dantas).
Técnico: Ney Franco.
Gols: Nunes, aos 30 minutos do primeiro tempo; Victor Simões, aos 39 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Marcel (Santo André) Juninho (Botafogo) .
Cartão vermelho: Cicinho (Santo André).
Estádio: Bruno José Daniel, em Santo André, SP. Data: 10/05/2009.
Árbitro: Wilson Souza de Mendonça (PE) .
Auxiliares: Luciano Cruz (PE) e Ubirajara Jota (PE).
GRÊMIO 1X1 SANTOS
Grêmio e Santos empatam em um jogaço na estreia no Brasileirão

O Olímpico teve público impressionante para uma primeira rodada. Foram mais de 40 mil pessoas. Grande parte dos espectadores foi composta por mulheres, que tiveram acesso gratuito ao estádio como homenagem pelo Dia da Mães. As gremistas, que já costumam ir ao estádio em bom número em Porto Alegre, deram clima diferente à casa gremista. Nos lances de perigo, era possível ouvir os gritos delas, como quem tenta coordenar o jogo com a garganta.
Passada a estreia no Brasileirão, o Tricolor volta a pensar na Libertadores. Na quarta-feira, os gaúchos recebem o Universidad San Martín pelas oitavas de final do torneio continental. A situação é confortável. Como venceu por 3 a 1 no Peru, o Grêmio só será eliminado se perder por três gols de diferença – ou dois, a partir do 4 a 2. O próximo compromisso pelo Nacional é no sábado, em Belo Horizonte, contra o Atlético-MG, treinado por Celso Roth. Já o Santos ganha uma semana de preparação para a partida contra o Goiás, domingo, na Vila Belmiro.
Veja a classificação do Brasileirão 2009
Maxi de um lado, Madson de outro
Foi um grande primeiro tempo. O Grêmio fez o que costuma fazer no Olímpico e foi para cima do adversário. E o Santos não deixou de lado sua característica natural de ataque. O resultado foi natural: 45 minutos de muitas chances. Porém, nada de gol. Uma injustiça.
As figuras da etapa inicial foram o gremista Maxi López e o santista Madson. O baixinho do Peixe incomodou o tempo todo, auxiliado pela qualidade de Paulo Henrique, pela velocidade de Neymar e pelo bom posicionamento de Kleber Pereira. No Tricolor, quase todas as jogadas orbitaram em torno do argentino. A melhor chance do Grêmio foi com ele. Fábio Santos cruzou da esquerda para La Barbie desviar de cabeça, com o carimbo de centroavante, no travessão do goleiro Douglas.
Foi a oportunidade mais clara dos mandantes, mas esteve longe de ser a única. Chutes de Souza e Fábio Santos não entraram por detalhe. Ambos lamberam o ângulo esquerdo do goleiro santista. Rafael Marques, de cabeça, quase fez. Jonas também.
O Grêmio teve o controle das ações no primeiro tempo, mas não soube conter o Santos. O time de Vagner Mancini ameaçou muito. Com 13 minutos, Madson deu um daqueles passes que deveriam entrar no manual do articulador. Na entrada da área, ele deixou a zaga tricolor coçando a cabeça ao rolar a bola para Paulo Henrique. O garoto santista faria o gol se Victor, santo dos tricolores, não saíssem com perfeição para abafar.
Kléber Pereira e Neymar também incomodaram. O centroavante errou cabeceio que poderia ter custado caro ao Grêmio. O passe, com perfeição, foi justamente de jovem atacante. E o camisa 9 teria outra oportunidade depois, ainda mais clara. Eram 32 minutos. Eles avançou com a bola entre os zagueiros e mandou o chute. Victor espiou a bola sair pertinho, com enorme perigo.
Réver faz, Molina empata
A movimentação seguiu intensa no segundo tempo. O Grêmio seguiu mais incisivo, mas com o ataque menos inspirado. Maxi López caiu de rendimento. Jonas sumiu. Aí o jeito foi usar os zagueiros. Réver, com sete minutos, quase marcou. Tcheco mandou a bola sem peso na direção da área. O defensor de posicionou bem e, sozinho, perdeu o gol.
O Santos não foi o mesmo depois do intervalo. Ficou mais contido. Não que tenha desistido de fazer o gol. Longe disso. Mas passou a atacar menos. A saída de Neymar, substituído por Molina, não fez bem ao time praiano, que deixou de trabalhar a bola e preferiu arriscar mais de longe.
No Grêmio, o técnico Marcelo Rospide decidiu mexer no setor ofensivo. Tirou Jonas e Maxi, colocou Túlio (com Souza avançado) e Alex Mineiro. A torcida ficou na bronca com a saída do argentino e chegou a vaiar a substituição.
Aos 27 minutos, gremistas e santistas viveram segundos de tensão. A bola viajou na direção da área gaúcha, a zaga saiu mal e Kleber Pereira ficou sozinho. Ele faria o gol se conseguisse dominar. Mas não conseguiu. A tensão virou alivio para os azuis e lamento para os brancos.
Com o passar do tempo, o jogo dava sinais de que não sairia do 0 a 0. Mas não foi nada disso. Com 31 minutos, Réver dominou na esquerda da área santista e mandou chute forte, preciso, para mexer na rede de Douglas e explodir o Olímpico. Mas a festa azul não foi completa. Molina, do meio da rua, cobrou falta com perfeição e deixou tudo igual de novo no Olímpico.
Ficha técnica:
GRÊMIO 1 x 1 SANTOS
GRÊMIO
Victor, Léo, Réver e Rafael Marques; Ruy, Adílson, Tcheco (Douglas Costa), Souza e Fábio Santos; Jonas (Túlio) e Maxi López (Alex Mineiro).
Técnico: Marcelo Rospide.
SANTOS
Douglas, Luizinho, Fabão, Fabiano Eller e Triguinho (Pará); Roberto Brum, Germano e Paulo Henrique Lima (Maykon Leite); Neymar (Molina), Kléber Pereira e Madson.
Técnico: Vágner Mancini.
Gols: Réver, aos 31, e Molina, aos 40 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Rafael Marques, Alex Mineiro, Ruy e Réver (Grêmio); Luizinho, Fabão, Neymar e Paulo Henrique Lima (Santos).
Estádio: Olímpico, em Porto Alegre (RS). Data: 10/05/2009.
Árbitro: Alicio Pena Junior (MG).
Auxiliares: Marcio Eustaquio S. Santiago (Fifa MG) e Helberth Costa Andrade (MG).
GOIÁS 3X3 NÁUTICO
Persistente, Náutico consegue empatar com o Goiás no Serra Dourada
Não foi uma tarefa fácil, mas o Náutico conseguiu um bom resultado na primeira rodada do Brasileirão 2009. No Serra Dourada, o Timbu mostrou força e conseguiu um empate por 3 a 3 com o Goiás. Depois de sair na frente e sofrer três gols, a equipe de Waldemar Lemos reagiu e buscou a igualdade. Um resultado com sabor de vitória. O técnico Hélio dos Anjos deu azar. Júlio César e Felipe estavam em noite inspirada, mas não foi o bastante para segurar o resultado positivo.
Na segunda rodada, o Goiás visita o Santos, na Vila Belmiro, domingo, às 16h. O Timbu joga um pouco mais tarde, às 18h30m, contra o Cruzeiro, no estádio dos Aflitos.
Primeiro tempo com virada
Antes de o relógio marcar um minuto de jogo, Júlio Cesar, escalado por Hélio dos Anjos na função de meia, recebeu na área, bateu cruzado, mas a zaga alvirrubra jogou para longe. Dava a impressão de que o Goiás seria o primeiro a abrir o placar. No entanto, aos sete minutos, Carlinhos Bala cobrou escanteio, Asprilla subiu livre, cabeceou para o chão e venceu o goleiro Harlei: 1 a 0. A partir daí, só deu verde no Serra Dourada.
A primeira resposta veio em forma de foguete. Júlio César chutou de longe, e a bola passou muito perto do gol de Eduardo. Aos 12 minutos, Iarley recebeu ótimo cruzamento de Felipe na área, cabeceou forte, e o goleiro fez bela defesa com o pé direito. O camisa 9 teria uma nova chance em novo cruzamento do parceiro de ataque. Desta vez, a tentativa foi um chute de pé esquerdo, na segunda trave, mas a bola tocou na rede pelo lado de fora.
E já que Iarley não estava tão preciso, Felipe, que até então armava as melhores jogadas, decidiu resolver. Ele recebeu um lindo passe de Ramalho na área, dominou com velocidade e bateu forte de pé esquerdo. Ex-jogador do Timbu, o camisa 11 não comemorou. Sem problemas! A torcida fez isso por ele (assista ao vídeo acima).
Muito melhor, o Goiás empurrou o Alvirrubro para o campo de defesa até conseguir a virada, aos 39. Fábio Bahia avançou pela direita, viu que Júlio César vinha de trás e rolou para o camisa 10 soltar uma bomba, de primeira, no canto esquerdo de Eduardo: 2 a 1.
Um jogo mais equilibrado
O Náutico voltou para a etapa final um pouco mais adiantado, na tentativa de equilibrar o jogo, mas com pouca eficiência na armação das jogadas. Com mais espaços, o Esmeraldino conseguiu manter a criação de bons lances. A dupla de ataque imprimiu velocidade, e o resultado apareceu, aos dez minutos. Felipe avançou pela direita, olhou duas vezes para a direção da área, mas na tentativa de cruzar para Iarley acertou o gol: 3 a 1 (assista ao vídeo ao lado).
Dois minutos depois, o Timbu não diminuiu por pouco. Gilmar avançou pela esquerda, se livrou da marcação, bateu para o gol, mas Gomes tirou a bola sobre a linha. Mais ofensivo, o Alvirrubro conseguiu diminuir a desvantagem. Aos 18, Carlinhos Bala cobrou uma falta central da entrada da área e acertou o canto direito do goleiro Harlei, que sequer se moveu: 3 a 2.
Não foi por falta de iniciativa que Iarley saiu de campo sem balançar as redes. Aos 26, o atacante se posicionou bem na área, recebeu cruzamento na medida de Fábio Bahia, mas a cabeçada saiu pela linha de fundo por muito pouco. No minuto seguinte, uma bela jogada de ultrapassagem pela esquerda, e Júlio César bateu cruzado. Por pouco o chute não se transformou no quarto gol.
Mas o Náutico não desistiu de buscar o empate. Muito pelo contrário. O time aproveitou que o Goiás passou a administrar o resultado e se lançou no ataque. Numa jogada individual de Gilmar, ele saiu. Aos 39, o atacante arrancou pouco depois do meio-campo, deixou Rafael Tolói no chão, não permitiu que Everton o desarmasse e tocou na saída de Harlei, por cobertura: 3 a 3. Belo gol!
Os jogadores do Goiás e o técnico Hélio dos Anjos deixaram o gramado sob os protestos da torcida. Para o Náutico, o resultado tem sabor de vitória.
Ficha técnica:
GOIÁS 3 x 3 NÁUTICO
GOIÁS
Harlei, Gomes, Leandro Euzébio, Rafael Tolói, Fábio Bahia, Everton (Felipe Menezes) Hora, Ramalho, Júlio César, Zé Carlos (Amaral); Felipe e Iarley.
Técnico: Hélio dos Anjos.
NÁUTICO
Eduardo, Sidny, Gladstone, Vágner Silva e Asprilla (Wellington); Derley, Johnny, Galiardo, Carlinhos Bala; Gilmar e Anderson Lessa (Adriano Magrão).
Técnico: Waldemar Lemos.
Gols: Asprilla, aos sete, Felipe, aos 25 e Júlio César, aos 39 do primeiro tempo. Felipe, aos dez, Carlinhos Bala, aos 18, e Gilmar, aos 39 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Gomes, Rafael Tolói, Everton, Amaral e Felipe Menezes (Goiás); Asprilla, Johnny, Galiardo e Carlinhos Bala (Náutico).
Estádio: Serra Dourada, Goiânia. Data: 10/05/2009.
Árbitro: Jailson Macedo Freitas.
Auxiliares: Belmiro da Silva (BA) e Luiz Carlos Silva Teixeira (BA).