Em jogo feio, Paraná e Ponte Preta empatam sem gols na Vila Capanema
O frio de aproximadamente 10ºC assustou os torcedores do Paraná Clube nesta sexta-feira, mas os 3.186 pagantes que foram à Vila Capanema viram o tricolor conquistar seu primeiro ponto na Série B do Brasileirão. O empate em 0 a 0 com a Ponte Preta foi frustrante por um lado, já que a torcida sempre espera a vitória, mas a atuação da equipe no segundo tempo deu esperanças de um futuro melhor no árduo caminho de volta à elite.
- Primeiro tempo não fomos bem, mas no segundo mostramos um melhor entrosamento e tenho certeza que faremos um bom campeonato - disse o volante João Paulo.
O jogo serviu principalmente para que o técnico Zetti tivesse o primeiro contato com alguns dos jogadores recém-contratados pela diretoria. A primeira impressão foi muito boa, principalmente para a segurança da dupla de zaga Freire e Dirley.
- Não levamos o gol e isso é importante. Conseguimos um bom volume de jogo e infelizmente não conseguimos fazer o gol. Estamos no começo ainda. Não foi o que esperávamos, mas em virtude de tudo que aconteceu essa semana, com jogadores chegando em cima da hora, não deixamos de fazer uma boa partida - analisou Dirley.
Com o resultado, pelo menos até este sábado, chega à 13ª posição, com um ponto conquistado. A Ponte soma quatro, na terceira colocação. O tricolor volta a campo apenas na próxima sexta-feira, quando vai até o Rio Grande do Norte para enfrentar o América-RN. Já a Ponte Preta encara o Ipatinga no sábado, em Campinas.
Primeiro tempo gelado

A marcação da Macaca era sob pressão e as poucas tentativas do Paraná em invadir a área adversária e criar perigo eram frustradas quando a bola ainda estava na intermediária. Os visitantes, sem conseguir trabalhar ofensivamente, paravam nas boas estréias de Freire e Dirley, a dupla de zaga paranista.
Quase congelados nas arquibancadas da Vila Capanema, o torcedores só levantaram e soltaram o grito de “uuhhh”. Após uma rápida troca de passes pela esquerda, Davi recebe de frente para a área e manda a “sapatada” de esquerda. A bola explode no travessão de Aranha, bate em cima da linha e vai para as mãos do assustado goleiro da Ponte Preta.
O gol acordou os jogadores em campo e os torcedores nas arquibancadas.
- É verdade. Entramos meio devagar em campo, pois não nos conhecemos direito ainda. A bola na trave deu um ânimo a mais para o time e agora temos que partir para cima da Ponte - afirmou o meia Davi.
- Ficamos um pouco perdidos. Ainda bem que não tomamos o gol - confessou Aranha.
Segundo tempo mais quente
Ninguém comentou, mas a bronca que Zetti deu em seus comandados deve ter sido bem grande nos vestiários. Isso porque a postura do time no segundo tempo foi completamente diferente do que a da primeira etapa. Jogadores que não vinham bem, como João Paulo e Bebeto, voltaram mais dispostos e voluntariosos.
O Paraná voltou em cima da Ponte Preta e em dois minutos teve duas “chances” de abrir o marcador. A primeira, na verdade, foi frustrada porque o árbitro não considerou pênalti quando Bebeto foi derrubado por Gum dentro da grande área. A segunda irritou ainda mais os paranistas.
Bebeto recebeu a bola praticamente sem marcação pela meia esquerda, ergueu a cabeça e resolveu arriscar. O chute saiu forte e quase enganou Aranha, que tirou de soco o perigo iminente. No rebote, Freire apareceu sozinho para cabecear nas redes e abrir o marcador. O problema é que o auxiliar Rodrigo Pereira Joia viu uma posição irregular de um jogador paranista, que não era Freire, e anulou o lance alegando impedimento.
As entradas de Wellington Silva e Danielzinho, além da melhora no futebol de João Paulo e da dedicação de Wando, o Paraná tomou o controle da partida e a partir dos 10 minutos do segundo tempo, esteve muito próximo de abrir o marcador. O problema foi que a ansiedade e o nervosismo prejudicaram e acompanharam o time até o final da partida.
DUQUE DE CAXIAS 4X2 JUVENTUDE
Após virada espetacular, Duque de Caxias supera o Juventude e segue 100%

Confira a classificação e os jogos da Série B
Os gols do Duque de Caxias foram marcados todos no segundo tempo. Edivaldo (aos dois e 47 minutos), Clayton (aos sete minutos) e Santiago (aos 22) foram os responsáveis por balançar a rede dos gaúchos. No Juventude, que foi para o intervalo com 2 a 0 a favor, descontaram Mendes (aos nove minutos) e Léo Dias (aos 24).
O jogo
O primeiro tempo deu a impressão de que o Juventude venceria com facilidade. Jogando com desenvoltura mesmo fora de casa, a equipe gaúcha chegava com velocidade ao gol dos caxienses. Logo aos nove minutos, Mendes abriu o placar para a equipe de Caxias do Sul após rebatida do goleiro Vinícius.
O Duque de Caxias não se encontrava e acabou sendo castigado com o segundo gol dos alviverdes. Após boa jogada de Edimar e Mendes pelo alto, Léo Dias completou de cabeça e marcou aos 24. Os dois times foram para o intervalo em situações bem diferentes. No entanto, tudo se inverteria.
A segunda etapa teve um sabor muito amargo para o Juventude. Em busca do gol de honra, o Duque de Caxias partiu para o tudo ou nada e acabou recompensado pela ousadia. Logo aos dois minutos, o atacante Edivaldo aproveitou cruzamento de Leandro Cruz e cabeceou para diminuir o placar. Cinco minutos depois, o meia Clayton arriscou de perna esquerda e venceu o goleiro Gatti. Estava empatada a partida.
Após a expulsão de Mineiro, o Juventude se perdeu de vez. Imprimindo um ritmo forte, o time caxiense começou a utilizar bem as jogadas de bola aérea. Até que, aos 22 minutos, o zagueiro Santiago desviou de cabeça e decretou a virada dos donos da casa para desespero dos gaúchos. Após o terceiro gol, o Duque de Caxias começava a administrar a partida, e o Juventude tentava chegar ao ataque em poucas ocasiões.
Nos acréscimos, a equipe gaúcha sofreria o derradeiro golpe. Oziel invadiu a área e foi derrubado por Rogélio. Pênalti. Na cobrança, Edivaldo bateu no meio do gol e foi feliz. Apito final, e 4 a 2 para o Duque de Caxias.
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