Cruzeiro vira no Maracanã e aumenta a crise do Flamengo
Sob o comando de Guilherme, o Cruzeiro segue inabalável na perseguição ao líder Grêmio. Neste domingo, o time mineiro virou para cima do Flamengo e venceu por 2 a 1, no Maracanã.
Se na equipe celeste o clima é de otimismo com as três vitórias consecutivas e a chegada aos 33 pontos, na Gávea a crise se agrava. O atacante Vandinho até estreou bem e abriu o placar.
Mas o time de Caio Júnior teve uma atuação abaixo da crítica sob o olhar atento de mais de 40 mil rubro-negros. O treinador lançou precipitadamente o franzino Erick Flores como segundo atacante e o resultado foi um time acuado e pressionado pelo Cruzeiro.
Sem vencer há seis jogos, o Rubro-Negro pára nos 28 pontos e termina a rodada em sexto, fora do G-4 pela primeira vez desde o início do Brasileirão. Outra notícia ruim para os cariocas foi a grave fratura de Diego Tardelli no antebraço direito. O próximo compromisso do Fla será na próxima quarta-feira, contra o Goiás, no Serra Dourada.
Autor do primeiro gol cruzeirense, Guilherme chegou aos dez gols na artilharia e igualou-se a Alex Mineiro e Kléber Pereira. O time está a dois pontos do Grêmio e recebe o Internacional, quinta-feira, no Mineirão.
Bruno salva o confuso Flamengo
Antes de a bola rolar, o Flamengo arrumou a primeira confusão. Alegando uma suposta pressão dos técnicos adversários sobre o auxiliar, a diretoria carioca tentou trocar o posicionamento nos bancos de reserva. Não conseguiu.

Com a bola rolando, o técnico Caio Júnior colocou Erick Flores no ataque ao lado de Obina. O jovem, de 19 anos, começou nervoso e pisou na bola quando estava frente a frente com Fábio.
Tranqüilo em campo, o Cruzeiro ameaçou em contra-ataques. Aos 15 minutos, Charles chutou de fora da área e Bruno espalmou. O goleiro salvou o Flamengo novamente aos 18, em chute de Guilherme.
O Flamengo só apareceu com perigo aos 20. Juan levantou na área e Obina, livre, cabeceou para Fábio defender. O lateral-esquerdo criou outra boa jogada três minutos depois, mas Leo Moura chutou a chance para fora.
Ainda no primeiro tempo, Wagner se machucou e deu lugar ao ex-flamenguista Gérson Magrão. Os erros primários do time mandante permitiram ao Cruzeiro ter outra chance aos 38. Guilherme bateu rasteiro, mas Bruno se esticou e colocou a escanteio.
O predomínio cruzeirense forçou o técnico Caio Júnior a mexer. Ele sacou Obina e Erick Flores e colocou Diego Tardelli e o estreante Vandinho. Diante da fragilidade do sistema ofensivo, que não faz gol há três jogos, a torcida saudou o ex-jogador do Avaí como se fosse um salvador.
Vandinho estréia bem, mas Guilherme o ofusca
Na primeira chance, após passe de Tardelli, ele furou. Mas na segunda oportunidade, Vandinho mostrou faro de artilheiro. Aos 12 minutos, Juan levantou na área, o atacante subiu e acertou o canto direito de cabeça.
A vantagem parcial fez mal ao Flamengo. O Cruzeiro tomou conta da partida e aos 22 minutos chegou ao empate. Guilherme apareceu livre na segunda trave e marcou de cabeça.
A virada não demorou. Rômulo recebeu livre e tocou na saída de Bruno, aos 24. A situação do Flamengo já era ruim e piorou aos 30 minutos. Tardelli sofreu fratura exposta no antebraço direito e deixou o time com um jogador a menos.
O passeio cruzeirense continuou. Gérson Magrão desperdiçou uma chance aos 36. No desespero, Fábio Luciano jogou a parte final do jogo como centroavante. Jônatas acertou a trave direita de Fábio aos 40.
Ficha técnica:
FLAMENGO 1 x 2 CRUZEIRO
FLAMENGO
Bruno, Leo Moura, Fábio Luciano, Thiago Sales e Juan; Jailton, Cristian, Ibson, Toró (Jônatas) e Erick Flores (Tardelli); Obina (Vandinho).
Técnico: Caio Júnior.
CRUZEIRO
Fábio, Elicarlos, Espinoza, Thiago Heleno e Jadílson; Henrique, Charles, Marquinhos Paraná e Wagner (Gérson Magrão); Weldon (Rômulo) e Guilherme.
Técnico: Adílson Batista.
Gols: Vandinho, aos 12, Guilherme, aos 22, Rômulo, aos 25 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Juan, Thiago Sales (F); Charles (C) Cartão vermelho: .
Estádio: Maracanã. Data: 03/08/2008.
Árbitro: Carlos Eugênio Simon.
Auxiliares: Dibert Pedrosa Moisés e Jorge Luís Campos Roxo.
Renda: R$ 574.483,00 Público: 37.210 pagantes (40.257 presentes)
SÃO PAULO 4X0 VASCO
São Paulo goleia o Vasco com dobradinhas de André Lima e Ceni
Pelo menos na estréia e com uma certa contribuição da arbitragem, o São Paulo parece ter encontrado um substituto à altura para Adriano. Repetindo o feito do Imperador, que fez dois sobre o Guaratinguetá em seu primeiro jogo pelo Tricolor, André Lima marcou duas vezes em impedimento na goleada por 4 a 0 sobre o Vasco, neste domingo, no Morumbi. Rogério Ceni fez os outros dois. O resultado, coloca os paulistas pela primeira vez no G-4 do Campeonato Brasileiro e empurra os cariocas para mais perto da zona do rebaixamento.
Com o triunfo, o São Paulo chega ao quarto resultado positivo consecutivo jogando em casa e surge na quarta colocação, com 30 pontos, cinco abaixo do líder Grêmio. Já o Vasco volta a se preocupar com o perigo de descer à Série B. O time aparece agora em 13°, com 19, apenas dois de vantagem para o grupo da degola, e ainda não sabe o que é vencer fora de casa: dois empates e sete derrotas.
Na próxima rodada, o Tricolor volta a jogar contra um de seus algozes na temporada. A equipe dirigida pelo técnico Muricy Ramalho vai ao Rio de Janeiro enfrentar o Fluminense, quarta-feira, às 21h45m, no Maracanã. O Vasco pega o Coritiba, no mesmo dia, às 19h30m, em São Januário.
Vasco recua, São Paulo sufoca e André Lima marca duas vezes
A tarde cinzenta na capital paulista e a frente fria que tomou conta da cidade no final de semana fez com que São Paulo e Vasco tivessem um início de jogo bastante sonolento. Aproveitando o recuo excessivo dos cariocas, que chegavam a estar com os 11 jogadores no campo de defesa, o Tricolor aproveitou para pressionar apesar do grande número de passes errados.
Com Éder Luís e Dagoberto abertos pelos lados, os paulistas abusaram dos cruzamentos para área, sobretudo pela fragilidade da defesa rival, contabilizando 28 gols sofridos até o início da 16ª rodada. A primeira boa chance foi toda construída pelo alto, aos sete minutos. Jean fez belo lançamento atrás dos zagueiros, Dagoberto desviou e André Lima cabeceou por cima.
A chegada de uma chuva mais forte ao Morumbi trouxe também um maior ímpeto na pressão do São Paulo, principalmente pela pouca força ofensiva do Vasco, dependendo apenas de Leandro Amaral e da chegada de Madson e Morais. Aos 11 minutos, após novo cruzamento de Éder pela direita, Éder Luís pegou de voleio entre os zagueiros, mas errou o alvo e mandou a bola para fora.
Melhor em campo, o Tricolor não demorou a abrir o placar, aos 20. Richarlyson avançou em velocidade pela esquerda e cruzou na segunda trave. Sem deixar a bola cair e impedido 26cm, André Lima soltou a bomba e acertou o canto direto baixo, sem chances de defesa para Tiago.
A estrela do centroavante voltou a brilhar aos 40, agora 35cm em posição ilegal. Jorge Wagner bateu falta pelo lado esquerdo e André Lima desviou de cabeça no canto esquerdo. O Tricolor ainda poderia ter feito o terceiro depois que Dagoberto foi derrubado na área por Victor. O árbitro, porém, marcou apenas falta. Rogério Ceni cobrou falta e carimbou o travessão.
Rogério Ceni faz o primeiro gol de falta no ano
No segundo tempo, Antônio Lopes trocou Madson por Alan Kardec para dar mais força ofensiva ao Vasco. A mudança, no entanto, surtiu o efeito contrário. Com mais espaço, o São Paulo pressionou e quase fez o terceiro, aos dois minutos. Rogério Ceni cobrou falta e por muito não acertou o canto direito de Tiago. Aos quatro, Dagoberto roubou a bola de Victor, entrou livre na área, mas chutou em cima do goleiro.
O Vasco só respondeu, aos 16, com Rodrigo Antônio acertando lindo chute de fora da área e a bola raspou a trave esquerda. Aos 19, os cariocas reclamaram com razão de um pênalti não marcado em Leandro Amaral. Rodrigo empurrou o atacante na área e o árbitro nada marcou.
Mas o dia era de estréias no Morumbi. Depois de duas tentativas fracassadas, Rogério Ceni finalmente marcou o primeiro gol de falta no ano depois que Jean fez linda jogada e acabou derrubado na entrada da área, aos 24. O capitão tricolor cobrou com precisão no canto esquerdo de Tiago.
Apesar da ampla superioridade, o São Paulo não diminuiu o ritmo. Aos 32, Jorge Wagner cobrou escanteio e reestreante Rodrigo cabeceou no travessão. No final, aos 43, Aloísio foi derrubado por Jorge Luiz na área e o árbitro marcou pênalti. Rogério Ceni cobrou, fechou o placar e chegou a 83 gols na carreira.
Ficha técnica:
SÃO PAULO 4 x 0 VASCO
SÃO PAULO
Rogério Ceni, Éder, André Dias, Rodrigo e Richarlyson (Cazumba); Jean, Joilson, Jorge Wagner e Éder Luís; Dagoberto (Júnior) e André Lima (Aloísio).
Técnico: Muricy Ramalho.
VASCO
Tiago, Victor (Anderson), Eduardo Luiz e Jorge Luiz; Wagner Diniz, Marquinho, Souza (Rodrigo Antônio), Madson (Alan Kardec) e Edu; Morais e Leandro Amaral.
Técnico: Antônio Lopes.
Gols: André Lima, aos 20 e aos 40 minutos do primeiro tempo; Rogério Ceni, aos 24 e aos 43 minutos (de pênalti) do segundo tempo.
Cartões amarelos: Éder, Richarlyson, Dagoberto (São Paulo); Victor, Leandro Amaral, Eduardo Luiz, Jorge Luiz (Vasco).
Estádio: Morumbi. Data: 03/08/2008.
Árbitro: Sérgio da Silva Carvalho (DF).
Auxiliares: Renato Miguell Vieira e Enio Ferreira de Carvalho (DF).
Público: 16.980. Renda: R$ 346.695,00

GRÊMIO 2X0 VITÓRIA
Grêmio faz o dever de casa, vence o Vitória e se mantém líder isolado
O Grêmio comprovou o bom momento vivido no Campeonato Brasileiro e venceu o Vitória por 2 a 0, na tarde deste domingo, no Olímpico. O resultado foi muito importante para o time gaúcho, pois o oponente é adversário direto pela ponta da tabela de classificação. Agora o Grêmio tem 35 pontos, contra 29 do rubro-negro. O Cruzeiro ganhou do Flamengo por 2 a 1 e ficou com 33, contra 28 dos cariocas. O jogão em Porto Alegre também marcou o reencontro entre a torcida gremista e o técnico Vágner Mancini, surpreendentemente demitido pelo clube gaúcho em fevereiro sem ter perdido uma partida sequer. O próximo jogo do Tricolor será contra o Ipatinga, às 19h30m, na quarta-feira, em casa. Já o Vitória vai até São Paulo para enfrentar o Palmeiras, na quinta, às 20h30m.
O jogo
A partida começou nervosa e com muitos passes errados. Os times tentavam armar as jogadas, mas não conseguiam o objetivo. Só aos 17 minutos houve a primeira grande oportunidade do jogo. Após cruzamento pela direita, Willian Magrão disputou a bola com o zagueiro do Vitória, ganhou o lance e tocou para abrir o placar no estádio Olímpico. Os jogadores do time baiano reclamaram muito com a arbitragem depois do lance, pedindo falta do atacante gremista.
O rubro-negro respondeu cinco minutos depois. Marquinhos recebeu passe na entrada da área e chutou forte. A curva da bola quase enganou o goleiro Victor , que espalmou para o lado afastando o perigo. Aos 24, os baianos chegaram mais uma vez. Marco Aurélio entrou na área, pela direita, mas chutou fraco.
Incrível. No fim do primeiro tempo, Perea recebeu um lançamento na ponta direita, o goleiro Viafara saiu da área para tentar chegar primeiro, mas foi lento demais. O atacante gremista conseguiu finalizar e a bola foi lentamente em direção ao gol, a torcida do Grêmio já comemorava quando apareceu o zagueiro Marco Antônio e tirou a bola na linha e, de carrinho, jogou para escanteio. Ela ainda bateu na trave antes de sair.
Grêmio quase marca no início do 2° tempo
O Tricolor gaúcho começou o segundo tempo com força total. Aos dois minutos, o time teve uma cobrança de falta na entrada da área. Depois da batida, a bola desviou na barreira e sobrou para Rever praticamente na pequena área. Viafra saiu abafando e salvou o Vitória.
Aos 24, Anderson Pico, que fazia boa partida, avançou pela esquerda, driblou para o meio e chutou rasteiro. A bola desviou na zaga e o goleiro Viafra conseguiu fazer uma bela defesa.
Souza faz sua estréia
O apoiador Souza entrou no lugar de Perea e fez sua estreia com a camisa do Grêmio. Após a substituição, o time conseguiu tocar mais a bola no meio de campo e chegou ao segundo gol, aos 43. Reinaldo recebeu lançamento pela esquerda, driblou o zagueiro e chutou forte para ampliar e dar números finais ao jogo.
Confira a classificação do Campeonato Brasileiro
Ficha técnica:
GRÊMIO 2 x 0 VITÓRIA
GRÊMIO
Victor, William Thiego, Pereira e Réver; Paulo Sérgio, Rafael Carioca, Willian Magrão, Tcheco e Anderson Pico; Perea(Souza) e Marcel(Reinaldo).
Técnico: Celso Roth.
VITÓRIA
Viafara, Marco Aurélio, Leonardo Silva, Anderson e Marcelo Cordeiro; Vanderson, Renan(Leandro Domingues), Ricardinho e Jackson(Ricardinho); Marquinhos e Rodrigão(Adriano).
Técnico: Vagner Mancini.
Gols: Willian Magrão, aos 17 minutos do primeiro tempo e Reinaldo, aos 43 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Leonardo Silva (V), Paulo Sérgio (G) e Anderson Martins (V)
Estádio: Olímpico. Data: 03/08/2008.
Árbitro: Salvio Spinola Fagundes Filho (Fifa/SP).
Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho (Fifa SP) e Edinay Guerreiro Mascarenhas (RJ).
IPATINGA 1X2 PALMEIRAS
Mesmo sem brilhar fora de casa, Verdão faz o suficiente para vencer o Ipatinga
O Palmeiras voltou a vencer fora de casa e retornou ao G-4 no Campeonato Brasuiileiro. Mesmo sem fazer uma grande partida, o Verdão fez o suficiente para derrotar o Ipatinga por 2 a 1, neste domingo, no Ipatingão. Os gols foram marcados por Valdivia.
Com o resultado, a equipe comandada pelo técnico Vanderlei Luxemburgo chegou aos 31 pontos e assumiu a terceira colocação. Já o Tigre, com apenas 13 pontos, é o último colocado e dá sinais de que dificilmente vai escapar do rebaixamento à Segunda Divisão.
Na próxima rodada do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras volta a campo para enfrentar o Vitória, quinta-feira, às 20h30m, no Palestra Itália. Já o Ipatinga terá pela frente o Grêmio, quarta-feira, às 19h30m, no Olímpico.
Valdivia brilha
O Ipatinga optou por uma marcação forte no meio-campo, tentando anular os meias Diego Souza e Valdivia. Com dificuldade para criar no setor, o Palmeiras preferiu jogar pelos lados do campo. E foi por pela lateral direita que o Verdão abriu o placar logo aos 12 minutos. Elder Granja cruzou na medida e Valdivia, feito um terceiro atacante, de cabeça, fez 1 a 0 com muita tranqüilidade.
Em desvantagem, o Ipatinga partiu com tudo para o ataque. Mas faltou qualidade para fazer a bola chegar com facilidade no ataque. O Palmeiras, apesar da irregularidade do gramado, passou a tocar a bola e tirar proveito de contra-ataques rápidos. Mas a equipe acabou errando muitos passes.
Aos 28 minutos, após cobrança de falta de Leandro, Gladstone, de cabeça, marcou o segundo gol do Palmeiras. Mas o auxiliar Erick Bandeira marcou corretamente o impedimento. O Verdão teve a chance de ampliar em uma cobrança de pênalti, sofrida por Alex Mineiro, aos 39 minutos. O artilheiro alviverde cobrou, aos 41, e mandou a bola para fora.
Após desperdiçar a penalidade, o Palmeiras quase foi castigado. Aos 44, na melhor chance de gol do Ipatinga, o meia Leo Silva arriscou chute rasteira, da entrada da área, e a bola tirou tinta da trave direita do goleiro Marcos.
Ipatinga faz alteração
O técnico Ricardo Drubscky mexeu no Ipatinga. Ele sacou o lateral-drieito Márcio Gabriel, mandou a campo o meia Luiz Fernando, e deslocou Leandro Salino para atuar na ala. Masa foi o Palmeiras que perdeu grande chance de ampliar o placar, logo aos dois minutos, em chute de Kléber, que Fred espalmou.
Luxemburgo mudou o Palmeiras em dose dupla aos 13 minutos. Ele sacou Jumar e Diego Souza e mando a campo Martinez e Evandro, respectivamente. Ricardo Drubscky respondeu com o atacante Kempes na vaga de Marinho.
Aos 16 minutos, Kempes aproveitou um vacilo da defesa alviverde e carimbou o travessão de Marcos. O mesmo Kempes, aos 24, mandou a bola na rede, mas pelo lado de fora, assustão o goleiro do Palmeiras.
Apático, satisfeito com o resultado e desinteressado no jogo, o Palmeiras passou a trocar passes sem objetividade. No máximo, a equipe levou perigo ao gol do Ipatinga em jogadas de bola parada. Mesmo assim, o Verdão continuou no ataque e, aos 36, Valdivia, em bela jogada individual, fez 2 a 0. Aos 45, Adeílson fez o gol de honra do Ipatinga.
Ficha técnica:
IPATINGA 1 x 2 PALMEIRAS
IPATINGA
Fred, Márcio Gabriel (Luiz Fernando), Tiago Vieira, Leo Oliveira e Beto; Paulinho Dias, Augusto Recife, Leo Silva (Michel) e Leandro Salino; Adeílson e Marinho (Kempes).
Técnico: Ricardo Drubscky.
PALMEIRAS
Marcos; Elder Granja, Jeci, Gladstone e Leandro; Sandro Silva, Jumar (Martinez), Diego Souza (Evandro) e Valdivia; Alex Mineiro e Kléber (Denílson).
Técnico: V. Luxemburgo.
Gols: Valdivia, aos 12 minutos do primeiro tempo. Valdivia, aos 36, e Adeílson, aos 45 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Leo Oliveira, Paulinho Dias, e Márcio Gabriel (Ipatinga), Valdivia, Elder Granja, Jumar e Kléber (Palmeiras).
Renda e Público: não divulgados
Estádio: Ipatingão (MG). Data: 03/08/2008.
Árbitro: Gutemberg de Paula Fonseca (RJ).
Auxiliares: Erich Bandeira (PE) e Ricardo Maurício Ferreira (RJ).
ATLÉTICO-PR 0X3 BOTAFOGO
Botafogo arrasa o Atlético-PR e confirma boa fase no Brasileirão
Se para embalar no Campeonato Brasileiro o Botafogo precisava vencer duas vezes consecutivas e conquistar um triunfo fora de casa, conseguiu. Com personalidade e calma impressionantes, o Alvinegro fez 3 a 0 no Atlético-PR em Curitiba, neste domingo, e comprovou sua fase ascendente na competição.
Com o resultado, o Botafogo agora soma 25 pontos e pula para a oitava colocação. Ao contrário do Atlético, que permanece com 17 pontos na zona de rebaixamento.
Mesmo sem lotar a Arena da Baixada, a torcida do Atlético-PR fazia muito barulho. Mas nos minutos iniciais da partida, este foi o único problema do Botafogo. A equipe alvinegra conseguiu se impor e dominar o adversário. Logo aos três minutos, Jorge Henrique deu o primeiro susto em Galatto, ao tocar rasteiro a bola após uma rápida cobrança de escanteio de Lucio Flavio. O goleiro do Furacão se esticou no canto para defender.
Com espaço para trabalhar a bola, o Botafogo continuou a pressionar o Atlético, e teve uma boa chance aos quatro minutos, quando Lucio Flavio cobrou falta rasteira para Diguinho, que emendou uma bomba de esquerda, obrigando Galatto a espalmar para fora. Na cobrança de escanteio curta, Lucio Flavio chutou do bico da grande área, e a bola passou raspando a trave esquerda do goleiro.
O Atlético chegava apenas em lances esporádicos, a maioria deles após erros de passe do Botafogo. Isso porque o Alvinegro valorizava muito a posse de bola e tocava muito até achar o momento certo de chutar. E foi assim que criou uma ótima chance aos oito minutos. Numa jogada de contra-ataque, Jorge Henrique fez um lançamento rasteiro para Gil, que apareceu na frente de Galatto, mas o goleiro rubro-negro saiu nos pés do atacante e defendeu.
Satisfeito com o domínio da partida, apesar de não ter marcado o gol, o Botafogo preferiu controlar mais a bola e apostar menos na velocidade. A partir dos 20 minutos, a sempre animada torcida do Atlético passou a adicionar vaias aos gritos de apoio. A falta de objetividade dos paranaenses irritava os rubro-negros na arquibancada.
Apenas aos 27 minutos Renan fez sua primeira defesa difícil. Ela aconteceu depois de uma jogada rápida pelo lado direito, com Ferreira recebendo e chutando cruzado da entrada da área. O camisa 1 alvinegro evitou o gol com os pés. Mas a resposta do Botafogo não demorou. Após lançamento na área, Jorge Henrique foi derrubado por Danilo. Lucio Flavio cobrou o pênalti no meio do gol e abriu o placar aos 30 minutos.
A desvantagem fez o Atlético parecer que acordaria. A equipe da casa tentou imprimir maior velocidade, mas essa postura acabou dando espaços para o Botafogo, que continuava a criar oportunidades. O Alvinegro só não saiu para o vestiário com uma ótima vantagem porque pecava nas finalizações. Numa delas, aos 34 minutos, Diguinho, livre de marcação, cabeceou mal depois de cruzamento de Jorge Henrique.
Botafogo troca passes e amplia vantagem no segundo tempo
Com a entrada de Anderson Aquino e Julio dos Santos no intervalo, o Atlético passou a adotar uma postura mais ofensiva no segundo tempo. A equipe buscava mais as jogadas pelas laterais do campo, complicando um pouco a marcação do Botafogo. Mas o time de Ney Franco permaneceu calmo e valorizando a posse de bola, esperando os espaços oferecidos pelo adversário.
E foi dessa forma que o Botafogo chegou ao segundo gol, aos 13 minutos. Jorge Henrique recebeu longo lançamento pela direita, avançou, driblou Galatto e tocou para as redes. Na comemoração, o atacante colocou a bola debaixo da camisa e, ao lado dos companheiros, embalou o bebê, como Bebeto na Copa do Mundo de 1994.
Foi a deixa para a torcida do Atlético expressar toda a sua revolta com a atuação da equipe, chamando o técnico Roberto Fernandes de burro. Enquanto isso, uma outra parte da arquibancada continuava a incentivar a equipe de forma impressionante. Dentro de campo, o Furacão tentava o ataque, mas sem organização, e o Botafogo tocava a bola com muita tranqüilidade.
Mas o time carioca estava longe da acomodação, e chegou ao terceiro gol aos 24 minutos. Após uma troca de passes que começou pelo lado esquerdo e não teve qualquer incômodo da defesa do Atlético, Túlio ficou com a bola dentro da grande área e virou para chutar, ampliando a vantagem.
Após o gol, grande parte da torcida do Atlético começou a deixar a Arena da Baixada. Outros preferiram brigar na arquibancada, causando um pequeno tumulto que logo foi controlado pelos próprios torcedores. Mas todos protestaram contra a diretoria, gritando "vergonha" e "Segunda Divisão".
O Botafogo apenas se preocupou em administrar a vantagem tocando muito a bola e aproveitando o nervosismo do Atlético. Ainda houve tempo para Renan fazer grande defesa em chute de Anderson Aquino, já nos descontos.
Ficha técnica:
ATLÉTICO-PR 0 x 3 BOTAFOGO
ATLÉTICO-PR
Galatto, Danilo, Antônio Carlos e Chico; Nei, Alan Bahia, Renan (Anderson Aquino), Gabriel Pimba (Julio dos Santos) e Márcio Azevedo (Douglas Maia); Ferreira e Rafael Moura.
Técnico: Roberto Fernandes.
BOTAFOGO
Renan, Thiaguinho, Renato Silva, Andre Luis (Edson) e Zé Carlos; Leandro Guerreiro, Túlio (Luciano Almeida), Diguinho e Lucio Flavio (Lucas Silva); Jorge Henrique e Gil.
Técnico: Ney Franco.
Gols: Lucio Flavio, aos 30 minutos do primeiro tempo; Jorge Henrique, aos 13 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Danilo, Gabriel Pimba, Alan Bahia (Atlético-PR); Leandro Guerreiro, Thiaguinho (Botafogo).
Público: 16.966 pagantes. Renda: R$ 261.397,50.
Estádio: Arena da Baixada, em Curitiba (PR). Data: 03/08/2008.
Árbitro: Arilson Bispo da Anunciação (BA).
Auxiliares: Luiz Carlos Silva Teixeira (BA) e Adson Márcio Lopes Leal (BA).

Atlético-MG vira, foge da crise e encerra a seqüência de três vitórias do Sport
O futebol apresentado não era o que o torcedor atleticano esperava no centenário do clube. Porém, a vitória por 2 a 1 sobre o Sport, de virada no Mineirão, na estréia do técnico Marcelo Oliveira, foi suficiente para fazer o Atlético-MG respirar melhor no Campeonato Brasileiro. Com o resultado, os mineiros chegaram a 21 pontos, na décima-segunda posição, e se afastaram da zona de rebaixamento. Já o Leão, que vencera os três últimos jogos, continua com 24 pontos, na décima colocação, e fica cada vez mais sem objetivos na competição.
O jogo
Os jogadores atleticanos começaram a partida mostrando estarem dispostos a chutar para longe a crise que assola o clube. Com menos de dez minutos de bola rolando o Galo teve duas boas chances de gol: com Leandro Almeida, de cabeça, após cruzamento de Petkovic e com Jael chutando duas vezes quase dentro da pequena área do Sport. Assustado, o time de Nelsinho Baptista tentava se encontrar dentro do campo e sair para os contra-ataques.
E foi desta forma que o Leão chegou ao seu gol. Luciano Henrique recebeu a bola do lado esquerdo da área atleticana e deu bonito passe para Roger. Com liberdade, o atacante fuzilou o goleiro Edson e abriu o placar, aos 14 minutos. Mas a alegria do Rubro-Negra e a decepção dos mineiros duraram muito pouco. Cabisbaixa, a zaga do Galo sequer viu o gol de Marques logo após a saída da bola. O veterano recebeu na entrada da área e após bonito giro bateu no canto direito de Magrão.
Depois deste início eletrizante o ritmo do jogo diminuiu. Ainda assim, os dois times não abdicavam de atacar, apesar da pequena vantagem atleticana no domínio da partida. Porém, apesar da maior posse de bola, o Galo chegava com perigo em poucas oportunidades. Individualista, Petkovic abusava das jogadas individuais e dos chutes de longa distância. Do lado do Leão, as boas tramas do meias com os laterais ditavam o ritmo das jogadas ofensivas. Nas bolas paradas, Luisinho Netto preocupava a zaga alvinegra. No entanto, o empate persistiu.
Sonolência e virada na segunda etapa
O início da segunda etapa não foi nem sombra do que se viu no primeiro tempo. O excessivo número de passes errados, além das poucas chances de real perigo, não animavam nem um pouco o pequeno público que compareceu ao Mineirão. Enquanto o Sport parecia interessado em manter o empate, o Atlético-MG mostrava-se dependente das jogadas dos veteranos Marques e Petkovic. Porém, o cansaço de ambos era visível já com poucos minutos de bola rolando na etapa final.
Ainda assim, ambos protagonizaram os primeiro bons chutes dos primeiros quinze minutos, mas Magrão estava atento e não teve muito trabalho. A resposta do Leão aconteceu aos 19 minutos. Após belo cruzamento de Dutra pela esquerda, Roger domina livre na área atleticana, mas chuta com pouca força para a defesa de Edson. Sem inspiração nenhuma, o time de Marcelo Oliveira insistia nos chutes de longa distância, a maioria sem qualquer direção. No melhor deles, Serginho obrigou o arqueiro Pernambucano a fazer boa defesa.
Diante de tanta dificuldade de ambas as equipes, o gol só poderia sair em jogada de bola parada. E assim aconteceu. Após cobrança de escanteio de Petkovic, Gedeon, que entrara no lugar de Márcio Araújo, fez o gol da virada atleticana aos 32 minutos. Daí em diante a partida voltou a melhorar. O Sport tentava reagir, mas esbarrava na pouca inspiração de seus atacantes. Os times ainda tivaram algumas chances, mas a partida terminou com a virada mineira.
Ficha técnica:
ATLÉTICO-MG 2 x 1 SPORT
ATLÉTICO-MG
Edson, Mariano, Leandro Almeida, Nen e Calisto; Rafael Miranda, Márcio Araújo (Gedeon), Serginho e Petkovic; Jael e Marques (Raphael Aguiar)
Técnico: Marcelo Oliveira.
SPORT
Magrão; Luisinho Netto, Gabriel Santos, Durval e Dutra; Daniel Paulista, Moacir (Sandro Goiano), Júnior Maranhão e Luciano Henrique (Ciro); Carlinhos Bala (Enílton) e Roger.
Técnico: Nelsinho Baptista
Gols: Roger aos 14 e Marques aos 15 do primeiro tempo. Gedeon, aos 32 do segundo tempo
Cartões amarelos: Calisto (Atlético-MG)
Estádio: Mineirão. Data: 03/08/2008.
Árbitro: Djalma Beltrami
Auxiliares: Wagner de Almeida Santos (RJ) e Marrubson Melo Freitas (DF).
SANTOS 1X3 CORITIBA
Keirrison faz três e Coritiba breca ascensão do Santos no Brasileirão
Keirrison brecou a ascensão santista ao comandar a vitória do Coritiba por 3 a 1, neste domingo à noite, na Vila Belmiro. Com três gols, o atacante assegurou o triunfo de sua equipe, que vai a 26 pontos e volta a se aproximar do G-4: está em sétimo lugar.Já o Peixe, que vinha de duas vitórias consecutivas, perde o embalo e não consegue sair da zona de rebaixamento. Permanece com 17 pontos, na 18ª posição.
O Santos volta a jogar na próxima quarta-feira, quando recebe na Vila Belmiro o Atlético-MG, às 21h45m (horário de Brasília). No mesmo dia, às 19h30m (Brasília), o Coritiba enfrenta o Vasco, no Rio.
Coxa espeta
O Coritiba começou o jogo em cima. Apesar de ter apenas um jogador à frente, o atacante Keirrison, o time paranaense conseguia confundir a marcação santista, pois seus os meias tinham boa participação: Carlinhos Paraíba chegava bem, assim como Guaru.
A primeira chance do Coxa saiu logo aos cinco minutos, quando Carlinhos Paraíba, em cobrança de falta, rolou para Rodrigo Mancha mandar a bomba de direita. Douglas espalmou.
O goleiro santista, porém, não conseguiu segurar a cobrança de falta de Keirrison. O atacante se enroscou com Domingos, na entrada da área, caiu e o árbitro marcou. O camisa 9 bateu de pé direito, sem chances para Douglas.
O Santos só conseguiu ir à frente com base na correria. Com seus dois laterais presos e sem muita organização, o time passou a dar chutões na direção do rápido Maikon. As chances criadas pelo garoto, no entanto, não foram suficientes para dar ao Peixe ao menos o empate no primeiro tempo.
A primeira chance santista saiu aos 18 minutos, quando Maikon desceu pela direita e cruzou para Molina. O colombiano dominou na área, tentou deslocar o goleiro, mas pegou muito embaixo da bola e isolou.
O lance animou os santistas que passaram a criar mais e melhores chances, mas sem acertar o alvo. A melhor delas, aos 22 minutos, quando Molina acertou belo passe para Maikon, que invadiu a área, cortou a marcação e acertou a trave. Na sobra, Michael cruzou para Kléber Pereira, que mergulhou de cabeça e mandou por cima.
O Peixe parou por aí no primeiro tempo e o Coxa, nos contra-ataques, tentava ameaçar, mas sem muito sucesso. Aos 38, o técnico Cuca resolveu mexer na equipe. Tirou o meia Michael, que já tinha o cartão amarelo, e colocou o atacante Wesley, que até mostrou mais velocidade, mas quase nenhuma produtividade.
Só dá Keirrison
O Coxa voltou para o segundo tempo marcando muito forte, sem deixar o Peixe respirar. Essa marcação era comandada pelo técnico Dorival Júnior, que berrava na beira do campo. No entanto, ele exagerou na empolgação, reclamou muito com a arbitragem e foi expulso, aos 6 minutos.
O Santos tinha o domínio de bola, mas encontrava muitas dificuldades para chegar ao gol de Edson Bastos, pois errava passes demais. Molina, que era o jogador que tinha a missão de dar o toque de qualidade no meio, saiu do time no intervalo, machucado. Como tocando não dava, o jeito era arriscar de fora. E foi o que Lima, que substituiu o colombiano, fez aos 18. Ele mancou uma bomba de esquerda e obrigou o goleiro do time paranaense e fazer boa defesa.
Apesar de o Peixe insistir mais, o Coritiba mostrava-se perigoso nos contra-golpes. E foi assim que chegou ao seu segundo gol: aos 23, Rubens Cardoso avançou pelo meio, livre de marcação, e chutou colocado da entrada da área. Douglas espalmou e a bola sobrou para Keirrison completar de pé esquerdo.
Mas o Alvinegro ainda não estava entregue. Aos 25, Maikon recebeu pela esquerda e partiu para dentro da área, abriu o espaço e chutou rasteiro. A bola desviou em Nenê e enganou Edson Bastos. O Peixe diminuía o prejuízo. O gol aumentou o ânimo dos santistas, que quase empataram aos 32, quando Kléber Pereira tabelou com Dionísio, recebeu pela direita e chutou com força. Edson Bastos espalmou.
Esse ímpeto do Santos, por outro lado, acabou abrindo ainda mais espaços para o Coxa atacar. Aos 36, Douglas não conseguiu interceptar o cruzamento da direita, de Arilton, e Keirrison, livre, só escorou de cabeça. O Peixe estava liquidado.
Ficha técnica:
SANTOS 1 x 3 CORITIBA
SANTOS
Douglas, Domingos, Marcelo, Vinícius; Apodi (Quiñonez), Dionísio, Michael (Wesley), Molina (Lima) e Kléber; Maikon e Kléber Pereira.
Técnico: Cuca.
CORITIBA
Edson Bastos, Maurício, Nenê, Rodrigo Mancha; Rodrigo Heffner (Arilton), Alê, Carlinhos Paraíba (Ricardinho), João Henrique (Hugo) e Rubens Cardoso; Keirrison e Guaru.
Técnico: Dorival Júnior.
Gols: Keirrison, aos 14 minutos do primeiro tempo; Maikon, aos 25, Keirrison, 23 aos 36 do segundo tempo
Cartões amarelos: Michael, Dionísio, Wesley (Santos), Rodrigo Heffner, Alê (Coritiba).
Renda e Público: R$ 98.220,00/10.261 torcedores
Estádio: Vila Belmiro. Data: 03/08/2008.
Árbitro: Pablo dos Santos Alves (RJ).
Auxiliares: Marcelo Fonseca Duarte (RJ) e Márcio Eustáquio Santiago (RJ).