quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Fim da 18 Rodada:Série A

CRUZEIRO 2X0 INTERNACIONAL
Cruzeiro vence o Inter e mantém caça ao Grêmio pela liderança do Nacional


O Cruzeiro segue firme e forte na caça ao Grêmio, faminto pela liderança do Campeonato Brasileiro. Nesta quinta-feira, o time mineiro alcançou a quarta vitória consecutiva ao bater o Inter por 2 a 0, sem grandes dificuldades, no Mineirão. Com o resultado, a Raposa evitou que o Tricolor de Porto Alegre conquistasse o primeiro turno esta noite. A decisão do título simbólico da metade inicial da competição ficou para o fim de semana.

O Cruzeiro pulou para 36 pontos, dois atrás do Grêmio. Para conquistar o turno, o time de Adílson Batista precisa vencer a Portuguesa no domingo, em São Paulo, e conta com pelo menos um empate do rival Atlético-MG diante da equipe gremista no sábado, em Belo Horizonte. O Inter, com a derrota, voltou a patinar no Nacional e vê a zona da Libertadores cada vez mais distante. O Colorado é o décimo, com 25 pontos.



Raposa larga na frente e salva pênalti



A solidez do Cruzeiro encontrou a instabilidade do Inter no gramado do Mineirão. E o resultado prático foi o gol celeste já no início do jogo. Com três minutos de bola rolando, a equipe gaúcha ainda tentava se encontrar em campo quando Jadílson mandou a bola para a área. A zaga vermelha, paradinha, viu Gérson Magrão dominar, fintar Clemer e mandar para o fundo do gol: 1 a 0 para a Raposa.


Órfão de criatividade no meio, o Inter não conseguiu reagir. O Cruzeiro, pelo contrário, infernizou a defesa gaúcha, que parecia apavorada. Os dois laterais da Raposa superaram a marcação dos adversários de setor. Com nove minutos, Gérson Magrão (ótimo substituto de Wagner, ainda em recuperação) recebeu de Guilherme e bateu à queima-roupa. Clemer fez grande defesa.

Com falhas seqüenciais de Edinho e sem criação nos pés de Magrão, Guiñazu e Rosinei, o time colorado convocou o oponente para ampliar o placar. Quase aconteceu aos 23 minutos. Gérson Magrão, sempre ele, recebeu na área, de costas para o gol, e conseguiu o giro. Clemer, bem posicionado, defendeu.

Só aí o Inter acordou. Wellington Monteiro, mal na defesa, apareceu bem no ataque e mandou chute cruzado. A bola, pouco disposta a entrar no gol de Fábio, raspou em Nilmar e, assim, desviou do caminho de Adriano, que fatalmente faria o gol. A torcida celeste respirou aliviada.

Na seqüência, Guilherme concluiu com muito perigo para provar que a chance colorada foi exceção. O Inter só voltaria a ameaçar em algum lance ocasional. E assim foi. Índio deu um balão para o ataque e Adriano tomou a frente de Marquinhos Paraná, que fez a carga por trás. O atacante desabou, e o árbitro Paulo César de Oliveira marcou pênalti. Nilmar foi para a cobrança e até bateu bem, mas Fábio voou com enorme precisão no canto esquerdo e salvou a pele mineira.



Replay no segundo tempo



A história do primeiro tempo teve replay na etapa final. Logo no início do período, o Cruzeiro chegou ao gol. Guilherme avançou pela esquerda e fez o cruzamento. Sorondo tentou cortar e mandou contra. Estava consolidada a vitória do time da casa.

E poderia ser mais. Dez minutos depois do segundo gol, Sorondo voltou a falhar. Ele saiu jogando errado. A bola ficou com Guilherme, que acionou Rômulo. De frente para Clemer, o centroavante perdeu gol feito. Aos 16, Guilherme fez o mesmo.

Tite tentou mexer no time. Colocou Ramon e Rodrigo Paulista, tirou Marcão e Magrão. As trocas não surtiram muito efeito. Atrapalhado na defesa e frágil no ataque, o Inter só pôde ver o tempo passar até a partida chegar ao fim.





Ficha técnica:
CRUZEIRO 2 x 0 INTERNACIONAL
CRUZEIRO
Fábio, Marquinhos Paraná, Thiago Heleno, Espinoza e Jadílson; Fabrício (Elicarlos), Henrique, Charles (Thiago Martinelli) e Gerson Magrão (Fernandinho); Guilherme e Rômulo.
Técnico: Adilson Batista.
INTERNACIONAL
Clemer, Wellington Monteiro, Índio, Sorondo e Marcão (Ramon); Edinho, Magrão (Rodrigo Paulista), Guiñazu e Rosinei (Gustavo Nery); Nilmar e Adriano.
Técnico: Tite.
Gols: Gérson Magrão, aos três minutos do primeiro tempo. e Sorondo, contra, aos dois do segundo.
Cartões amarelos: Guilherme (Cruzeiro); Magrão, Adriano e Índio (Internacional).
Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte (MG). Data: 07/08/2008.
Árbitro: Paulo César Oliveira (SP).
Auxiliares: Erich Bandeira (PE) e João Bourgalber Nunes Chaves (SP).



PALMEIRAS 3X0 VITÓRIA
Palmeiras dribla a chuva e o gramado encharcado e derrota o Vitória em casa


O Palmeiras superou com muita categoria a chuva e o gramado encharcado e venceu com muita tranqüilidade o Vitória por 3 a 0, nesta quinta-feira, no Palestra Itália, pelo Campeonato Brasileiro. Os gols do Verdão, que mandou na partida do início ao fim, foram marcados por Valdivia, Alex Mineiro e Sandro Silva.



Com o resultado, o Palmeiras disparou na terceira colocação, com 34 pontos, quatro a mais que o São Paulo, o quarto colocado. Já o Vitória continua fora do G-4, ocupa a quinta colocação, com 29 pontos.



Além de vencer e convencer, o Palmeiras continua invicto e irresistível dentro do Palestra Itália. Agora, em nove partidas, o Verdão coleciona oito vitórias e apenas um empate.



Na próxima rodada do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras enfrenta o Botafogo, domingo, às 16h, no Engenhão, no Rio de Janeiro. No mesmo dia e horário, o Vitória mede forças com o Vasco, no Barradão, em Salvador.



Gramado encharcado



Depois de uma longa estiagem na cidade de São Paulo, choveu muito nesta quinta-feira. E o gramado do Palestra Itália ficou encharcado. Foi o que bastou para a bola não rolar em campo. Os passes e lançamentos foram deixados de lado. As jogadas individuais também diminuiram bastante. E os dois times foram prejudicados. O Palmeiras, com a nova formação tática, com Evandro no meio-campo e Valdivia no ataque, e o Vitória, que tem na velocidade a sua principal característica.



Com tanta dificuldade, a bola parada passou a ser a arma mortal das duas equipes. Foi assim, aos 13 minutos, que Ramon cobrou falta e Marcos defendeu com um soco. Em seguida, em bela arrancada, Alex Mineiro driblou os zagueiros e, na entrada da área, chutou forte, mas para fora. Mas foi em cobrança de escanteio, em jogada ensaiada, que o Palmeiras abriu o placar, aos 16 minutos. Diego Souza cobrou no primeiro pau, Alex Mineiro desviou de cabeça, e Valdivia, livre de marcação no segundo pau, marcou de cabeça: 1 a 0.



Com o campo molhado, os jogadores do Palmeiras e Vitória arriscaram vários chutes de fora da área. E, aos 20, Sandro Silva quase ampliou o placar disparando um torpedo, que Viáfara espalmou. Aos 24, foi a vez de Marcelo Cordeiro, em chute cruzado, quando igualar o marcador.



Diego Souza ainda teve duas chances incríveis para ampliar o placar para o Palmeiras. Aos 25, livre de marcação, ele chutou a bola em cima de Viáfara. Aos 38, após erro de Marco Aurélio, o meia alviverde chutou forte e rasteiro, mas a bola tirou tinta da trave. O Vitória respondeu com Marquinhos, de fora da área, que assustou Marcos.



Segundo tempo



O vitória teve chance ótima chance para empatar logo aos dois minutos, em cobrança de falta de Ramon. Mas foi o Palmeiras que fez o segundo gol, aos cinco, após cobrança de falta de Evandro, que Alex Mineiro, de cabeça, marcou com muito oportunismo.



Apavorado, o Vitória partiu para o ataque. O técnico Vagner Mancini trocou o lateral-direito Marco Aurélio pelo atacante Adriano. O Palmeiras, com muita tranqüilidade, passou a valorizar a posse de bola e explorar os contragolpes, sempre puxados por Alex Mineiro e Valdivia.



Aos 17 minutos, o Palmeiras perdeu uma chance incrível para marcar o terceiro gol. Após rápido contragolpes, Alex Mineiro driblou o goleiro Viáfara e encheu o pé na bola. Mas o zagueiro Wallace, de cabeça, tirou a bola em cima da linha do gol. Já o Vitória, mesmo se lançando ao ataque, pouco incomodou Marcos.



Consciente em campo e tocando bem a bola, o Palmeiras chegou ao terceiro gol. E fol um golaço, aos 35 minutos. O volante Sandro Silva arrancou com a bola dominada, driblou dois adversários, e tocou com muita categoria na saída de Viáfara: 3 a 0. Depois, o Verdão apenas administrou o resultado.





Ficha técnica:
PALMEIRAS 3 x 0 VITÓRIA
PALMEIRAS
Marcos; Elder Granja, Jeci, Gladstone e Leandro (Leo Lima); Sandro Silva, Jumar, Diego Souza (Maicosuel) e Evandro (Pierre); Valdivia e Alex Mineiro.
Técnico: V. Luxemburgo.
VITÓRIA
Viáfara; Marco Aurélio (Adriano), Leonardo Silva, Wallace e Marcelo Cordeiro; Vanderson, Renan, Ramon (Leandro Domingues) e Williams; Marquinhos e Dinei.
Técnico: V. Mancini.
Gols: Valdivia, aos 16 minutos do primeiro tempo. Alex Mineiro, aos 5, e Sandro Silva, aos 35 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Jumar, Alex Mineiro e Gladstone (Palmeiras) e Willians, Adriano, Vanderson e Marco Aurélio (Vitória).
Renda: R$ 523.250,00 - Público: 18.190 pagantes.
Estádio: Palestra Itália (SP). Data: 07/08/2008.
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ/Fifa).
Auxiliares: Dibert Pedrosa Moisés (RJ/Fifa) e Marcelo Braz Mariano (RJ).


FIGUEIRENSE 1X2 BOTAFOGO
Mesmo com um a menos, Botafogo vence o Figueirense em Florianópolis


Mesmo com um jogador a menos desde os 25 minutos do primeiro tempo - Carlos Alberto foi expulso após receber dois cartões amarelos -, o Botafogo conseguiu vencer o Figueirense por 2 a 1, dentro do Orlando Scarpelli, na noite desta quinta-feira, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. Foi a primeira vitória do time carioca em nove jogos no estádio do Figueira. Com o resultado, o Bota chega a 28 pontos e sobe para a oitava colocação. Os catarinenses ficam com 24, em 12º.



Na próxima rodada, o Glorioso enfrenta o Palmeiras, no Engenhão. O Figueira vai a Porto Alegre encarar o Internacional. Ambos os jogos serão no domingo.



Jogo começa com os dois times na frente



O Botafogo não se intimidou por jogar fora de casa e partiu para cima do Figueira, que também entrou em campo com sede de vitória. Aos dois minutos, Wellington Paulista arriscou de fora da área, a bola desviou na zaga e passou à direita de Wilson. Em seguida, aos quatro, o atacante alvinegro chegou ainda mais perto do gol ao finalizar de perna direita dentro da área, para uma bela defesa do goleiro da equipe catarinense.

Os donos da casa responderam em dose dupla aos cinco: Rodrigo Fabri arriscou do bico esquerdo da grande área, e Renan espalmou a escanteio. Na cobrança, o meia do Figueira quase fez um gol olímpico.



Aos 16, um golaço de Túlio. Com estilo de craque e artilheiro, o volante levantou a bola dentro da área e deu um lindo voleio, mandando a bola à esquerda de Wilson, sem defesa. Esse foi o quinto gol do jogador, sendo quatro nos três últimos jogos. Os catarinenses quase empataram aos 20, com uma cobrança de falta de Cleiton Xavier de longa distância. Renan espalmou com categoria.



Aos 24, muito xingado pelos torcedores do Figueira, Carlos Alberto foi expulso de campo pelo árbitro mineiro Ricardo Marques após uma falta em Rodrigo Fabri. Ele levou o segundo cartão amarelo, pois havia recebido o primeiro em um lance perigoso no início do jogo, quando dividiu uma bola no alto com Asprilla com o cotovelo levantado. Com a vantagem numérica em campo, o Figueira tentou ao menos chegar ao empate antes do fim do primeiro tempo.

Aos 35, Triguinho, em cima da linha, salvou de cabeça um gol certo de William Matheus, que acertou uma forte cabeçada após escanteio cobrado da esquerda. Aos 40, o técnico Ney Franco foi obrigado a mexer no time, pois Wellington Paulista torceu o tornozelo direito e não teve mais condições de ficar em campo. Leandro Guerreiro entrou em seu lugar. Aos 47, no último lance de perigo da primeira etapa, Bruno Perone desviou de cabeça um lançamento de Leandro Carvalho e quase encobriu Renan.



Segundo tempo emocionante



O time carioca voltou menos ofensivo para o segundo tempo, mas mesmo assim foi bem mais produtivo e marcou o segundo gol aos nove minutos. Após um rápido contra-ataque, Diguinho deu um lindo passe para Thiaguinho, que chutou forte, no lado direito da área, para colocar 2 a 0 no placar. Foi o primeiro gol do lateral com a camisa do Botafogo.



Desesperado, o técnico Paulo César Gusmão tirou Rodrigo Fabri e colocou o atacante Ricaridnho. Mas quem teve outra boa chance foi o Glorioso. Lucio Flavio arriscou de longa distância, e Wilson fez mais uma intervenção, aos 15. Aos 17, o Figueira empatou: Cleiton Xavier cruzou da direita, Renan saiu mal do gol, se enrolou com Renato Silva, soltando a bola nos pés de Rafael Coelho, que não teve dificuldade de balançar as redes.



Empolgado, o treinador da equipe da casa resolveu arriscar ainda mais e substituiu o lateral-direito Anderson Luís pelo atacante Edu Sales. Aos 31, uma ótima oportunidade para o Figueira. Tadeu dividiu com Renan, a bola sobrou para Marquinho, que tocou de cabeça, por cobertura, mas Túlio, bem posicionado, salvou o que seria o gol de empate.



Aos 34, a torcida local pediu pênalti de Thiaguinho sobre Marquinho após uma dividida entre os dois dentro da área. O árbitro mandou seguir o lance. Aos 43, Renan salvou o time carioca ao defender uma cabeçada à queima-roupa de Rafael Coelho. A partir daí, o Alvinegro carioca se fechou na defesa e só saiu na boa nos contra-ataques. O Figueira foi de qualquer maneira em busca do segundo gol. Mas não houve tempo, e a festa em campo e nas arquibancadas do Orlando Scarpelli foi, pela primeira vez, do time e da torcida do Botafogo.




Ficha técnica:
FIGUEIRENSE 1 x 2 BOTAFOGO
FIGUEIRENSE
Wilson, Anderson Luís (Edu Sales), Bruno Perone, Asprilla e William Matheus (Marquinho); Leandro Carvalho, Magal, Cleiton Xavier e Rodrigo Fabri (Ricardinho); Rafael Coelho e Tadeu.
Técnico: PC Gusmão.
BOTAFOGO
Renan, Thiaguinho, Renato Silva, Andre Luis e Triguinho; Túlio, Diguinho, Lucio Flavio e Carlos Alberto; Jorge Henrique (Gil) e Wellington Paulista (Leandro Guerreiro).
Técnico: Ney Franco.
Gols: Túlio, aos 16 minutos do primeiro tempo. Thiaguinho, aos 9min; Rafael Coelho, aos 17 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Carlos Alberto, Thiaguinho, Túlio (BOT); Asprilla, Bruno Perone (FIG)
Cartão vermelho: Carlos Alberto (BOT)
Estádio: Orlando Scarpelli, em Florianópolis. Data: 07/08/2008.
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG).
Auxiliares: Rodrigo Otávio Baeta (MG) e Carlos Augusto Nogueira Júnior (SP).