quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Começo da 18 Rodada:Série A


GRÊMIO 1X0 IPATINGA
Grêmio joga mal em casa, mas vence Ipatinga e segue na liderança

O líder continua líder e o lanterna continua lanterna. O Grêmio jogou muito pouco, passou sufoco, entrou na roda, mas conseguiu o mais importante: bateu o Ipatinga por 1 a 0 e acrescentou três pontos à poupança. O resultado manteve o time de Celso Roth na liderança isolada do Campeonato Brasileiro, agora com 38 pontos. Se o Cruzeiro não vencer nesta quinta, o Tricolor será o campeão do primeiro turno com uma rodada de antecedência. Detalhe: o adversário da Raposa é o Internacional, eterno rival do clube do Olímpico.

O resultado afundou o Tigre um pouco mais na zona da degola. São apenas 13 pontos em 18 jogos. Na próxima rodada, o Grêmio visita o Atlético-MG. O jogo é no sábado. Um dia depois, o Ipatinga recebe o Fluminense.





Lanterna coloca o líder na roda

O Grêmio não teve futebol de líder. E o Ipatinga esteve longe de apresentar as habituais falhas de um lanterna. Depois de atuações sólidas, sustentadas por bons desempenhos técnicos e distribuição tática impecável, o Tricolor se permitiu não jogar absolutamente nada. O primeiro tempo azul foi um atentado ao futebol. O time de Celso Roth passou 45 minutos tropeçando na bola. Largou com vitória de 1 a 0, mas foi muito injusto. O Ipatinga jogou melhor. Os mineiros foram envolventes, trocaram passe com inteligência e exploraram o lado esquerdo ofensivo, geralmente com Beto e Adeílson. Em resumo: jogaram como nunca, perderam como sempre.

A sorte do Grêmio foi ter feito o gol muito cedo. Com três minutos, William Thiego cruzou da direita e Perea dominou, pensou e fulminou. O chute foi certeiro, no cantinho esquerdo de Fred, que esticou todos os músculos e articulações do corpo em vão: 1 a 0 para o Tricolor e festa no Olímpico.


Antes, com apenas 50 segundos de jogo, o Tigre já havia ameaçado. Adeílson cruzou da direita para Beto desviar de cabeça, para fora. Mas o maior mérito dos mineiros foi não sentir o gol de Perea. Parecia que não tinha acontecido. Com toda a naturalidade do mundo, os visitantes tiraram a paz da defesa gremista. Com 22 minutos, Henrique cabeceou à queima-roupa, livre, leve e solto. Victor fez uma daquelas defesas que a torcida comemora como se fosse título.

E não foi só isso. Leandro Salino recebeu livre na área, mas não conseguiu concluir. Patrick, de cabeça, fez o coração de muita gente parar de bater no Olímpico. A bola lambeu a trave. A resposta do Grêmio foi menos contundente. Com Rafael Carioca e Tcheco em noite nada feliz, as chances foram raras. Teve uma em chute forte de Marcel e outra em cabeceio perigoso de Pereira. Só.





Gremistas melhoram, mas não evitam sustos



O puxão de orelhas que os jogadores levaram de Celso Roth no intervalo foi traduzido em melhor rendimento dentro de campo. O Grêmio cresceu no segundo tempo. Mesmo um pouco enrolado, foi mais incisivo. Perea quase fez duas vezes. Marcel não marcou de cabeça por detalhe. Porém, o Ipatinga seguir ameaçador.

A pedido da torcida, Souza foi a campo no lugar de Perea. Makelele entrou junto com o meia e quase matou o jogo aos 29. Ele apareceu livre na área, mas foi barrado pela boa saída de Fred. Com Souza, o Grêmio ganhou criatividade. Felipe Mattione driblou o goleiro e não fez o gol por detalhe.Mesmo ameaçado, o Ipatinga pregou algumas peças e ficou perto de empatar. Nos acréscimos, o árbitro Wilson Souza de Mendonça marcou falta frontal para o Ipatinga, mas quando o time mineiro ia cobrar, deu o jogo por encerrado, para surpresa e reclamação dos jogadores do Tigre.





Ficha técnica:
GRÊMIO 1 x 0 IPATINGA
GRÊMIO
Victor, William Thiego, Pereira e Réver; Paulo Sérgio, Rafael Carioca (Makelele), Willian Magrão, Tcheco e Anderson Pico (Felipe); Perea (Souza) e Marcel.
Técnico: Celso Roth.
IPATINGA
Fred, Leandro Salino, Patrick, Henrique e Beto; Xaves, Paulinho Dias, Sandro (Rodriguinho) e Leo Silva (Márcio Gabriel); Adeílson e Kempes (Michel).
Técnico: Ricardo Drubscky.
Gol: Perea, aos quatro minutos do primeiro tempo.
Estádio: Olímpico, em Porto Alegre (RS). Data: 06/08/2008.
Árbitro: Wilson Souza de Mendonça (Fifa PE).
Auxiliares: Hilton Moutinho Rodrigues (Fifa RJ) e Fernando Lopes (SC).




VASCO 0X2 CORITIBA
Coxa aproveita erros do Vasco e vence fora de casa


O Coritiba aproveitou as fragilidades da defesa do Vasco e a pressão da torcida na arquibancada para vencer por 2 a 0, na noite desta quarta-feira, em São Januário, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. Sob as vaias e os gritos de "olé" das arquibancadas, os cariocas perderam mais uma partida na competição e voltam a ficar a perigo, próximos à zona de rebaixamento da competição. O fiasco em casa também provocou a saída de Antônio Lopes, demitido.



Com o resultado, o Coritiba chegou aos 29 pontos na tabela de classificação. O Vasco permaneceu com 19. Na próxima rodada, a última do primeiro turno do Campeonato Carioca, os cariocas vão enfrentar o Vitória, no Barradão. Os paranaenses encaram o Sport, no Couto Pereira. Os dois jogos vão ser realizados no próximo domingo.





Coxa aproveita bobeada do Vasco



O jogo começou nervoso, principalmente pelas reclamações dos torcedores do Vasco com o árbitro gaúcho Leandro Pedro Vuaden. Logo no primeiro minuto, após uma falta em Wagner Diniz, o juiz deixou a partida seguir e irritou os vascaínos na arquibancada. O Coritiba iniciou melhor o confronto, com uma maior posse de bola, trocando passes pelas laterais do campo. Destaque para a velocidade do ala Guaru.



Aos 16, o primeiro lance perigoso do jogo. Edmundo cobra falta da intermediária na cabeça de Anderson. O zagueiro chega antes da marcação, mas cabeceia por cima do gol de Vanderlei. A partida seguiu muito ruim, com os dois times mostrando muita disposição, mas pouca objetividade. Diferentemente dos últimos compromissos no Brasileirão, a zaga do Vasco parecia mais bem postada.



Aos 30, o Vasco teve uma ótima oportunidade para abrir o marcador. Madson recebeu na entrada da área, cortou um zagueiro e chutou no canto de Vanderlei. O goleiro se esticou todo e colocou para escanteio. Dois minutos depois, Alê arriscou da intermediária, a bola desviou em Anderson e sobrou para João Henrique, dentro da área. Sozinho, o meia deslocou Tiago para marcar.



O Vasco tomou um susto com o gol do Coxa, e a torcida seguia fazendo o seu papel na arquibancada: "O Vasco é o time da virada, o Vasco é o time do amor". Aos 37, Guaru, um dos melhores em campo, recebeu sozinha no meio-campo, carregou a bola até a área do time carioca e driblou o goleiro Tiago. Na hora de finalizar, o meia foi travado por Rodrigo Antônio. No minuto seguinte, Madson tentou da entrada da área e errou. Desta vez, o coro dos cruzmaltinos foi diferente: "Ei Vasco vamos virar". Na saída para o vestiário, Lopes foi chamado de "burro".





Vasco volta melhor, mas Coxa aproveita os contra-ataques



Cansado da pouca objetividade do seu meio-campo, o técnico Antônio Lopes voltou para o segundo tempo com Alex Teixeira na vaga de Victor. E logo no primeiro minuto da etapa final, Madson fez boa jogada pelo lado direito e cruzou para Edmundo. O Animal escorou na entrada da pequena área, mas errou o alvo. O time da Colina confirmou a subida de produção, mas com uma chance desperdiçada, aos dois minutos. Madson entrou na área e chutou de direita para Vanderlei defender com tranqüilidade.



Aos 3, o Coxa quase ampliou. Aos três, Rodrigo Heffner invadiu pela direita e cruzou para Keirrison. O jogador chegou atrasado não conseguiu tocar para o fundo da rede. Com o passar do tempo, a torcida voltou a ficar impaciente com a equipe. Aos 11 minutos, o Vasco perdeu uma chance de ouro. Em um contra-ataque rápido, Alex Teixeira recebeu de frente para o goleiro e desperdiçou. Na sobra, Madson tirou Vanderlei e chutou por cima do gol adversário.



Lopes decidiu atender o apelo dos torcedores apenas aos 19 minutos. O treinador sacou o lateral-esquerdo Edu, que deixou o campo vaiado, e apostou na entrada de Jean. Aos 27, Leandro Amaral recebeu passe de Edmundo dentro da área. O camisa 11 passou por um zagueiro de chutou fraco.



Mesmo com o Vasco melhor, o Coxa foi quem chegou ao segundo gol. Ricardinho fez boa jogada pela direira e cruzou na cabeça de Keirrison. O jogador aproveitou a falha da zaga e marcou o segundo gol. O lance serviu para acirrar os ânimos dos torcedores, que pediram a saída de Lopes e hostilizaram o Roberto Dinamite. Mais tarde, o presidente vascaíno demitiu o treinador.



Ficha técnica:
VASCO 0 x 2 CORITIBA
VASCO
Tiago, Anderson, Victor (Alex Teixeira) e Jorge Luiz; Wagner Diniz, Rodrigo Antônio, Marcus Vinícius (Mateus), Madson e Edu (Jean); Leandro Amaral e Edmundo.
Técnico: Antônio Lopes.
CORITIBA
Vanderlei, Rodrigo Heffner, Maurício, Nenê (Felipe) e Ricardinho; Rodrigo Mancha, Alê, João Henrique (Marlos), Carlinhos Paraíba (Rubens Cardoso) e Guaru; Keirrison.
Técnico: Dorival Junior.
Gols: João Henrique, aos 32 minutos do primeiro tempo; Keirrison, aos 33 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Edu (V), Guaru (C), Jorge Luiz (V).
Estádio: São Januário.
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS).
Auxiliares: Milton Otaviano dos Santos (RN) e Marcelo Bertanha Barison (RS).
Renda: R$ 52.150,00. Público: 4.633 pagantes.




SPORT 2X0 PORTUGUESA
Após cinco anos, Leão vence a Lusa


O Sport acabou com um jejum de cinco anos sem vencer a Portuguesa ao derrotar o rival por 2 a 0, nesta quarta-feira, na Ilha do Retiro, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, o Leão chegou a 27 pontos, e a Lusa estacionou nos 19.Na próxima rodada, o Rubro-Negro encara o Coritiba, fora de casa, e a Portuguesa recebe o Cruzeiro.



Primeiro tempo rubro-negro


Diante de sua torcida, que tanto fez a diferença na conquista da Copa do Brasil, o Leão partiu para cima da Lusa desde o primeiro minuto. Logo de cara, Luciano Henrique lançou bem Carlinhos Bala, mas Ediglê evitou o gol. Aos 12, o atacante rubro-negro cruzou pela direita, a bola fez uma curva, e Sérgio foi obrigado a fazer bela defesa. E esta foi a tônica da etapa inicial. Domínio total do Sport, que não conseguia transformar as boas chances em gol. Tanto que o gol só saiu aos 45 minutos. Francisco Alex cruzou, e Roger cabeceou, sem chance para o goleiro da Portuguesa.

A Lusa, por sua vez, chegou apenas duas vezes com certo perigo. Mal no primeiro tempo, o time de Valdir Espinosa criou pouco e errou muitos passes, permitindo contra-ataques da equipe da casa, que marcava forte no meio-de-campo. Para tentar mudar o panorama do jogo, o técnico da Lusa mexeu no time ainda na etapa inicial: colocou Fellype Gabriel no lugar de Preto. A Portuguesa até cresceu minutos antes do intervalo, mas nada que de fato incomodasse Magrão.



Leão amplia no segundo tempo


A Lusa melhorou com a entrada de Fellype Gabriel e equilibrou o jogo no início da etapa final. O Leão seguiu chegando mais ao ataque, mas sem finalizar. Até que, aos 12, Moacir avançou pela direita, e o zagueiro Bruno Rodrigo marcou contra. Com o gol, o Leão cresceu em campo e perdeu boas chances de ampliar o placar. A Portuguesa se encolheu e pouco fez para tentar empatar.

Aos 33, Luciano Henrique recebeu belo passe e sofreu pênalti de Bruno Teles. Ele mesmo bateu, mas Sérgio defendeu e mandou para escanteio. O Leão seguiu melhor e não precisou de muito esforço para segurar o resultado.



Ficha técnica:
SPORT 2 x 0 PORTUGUESA
SPORT
Magrão; Luisinho Netto, Igor, Durval e Dutra; Daniel Paulista, Moacir, Francisco Alex (Juninho) e Luciano Henrique; Carlinhos Bala e Roger (Lucio)
Técnico: Nelsinho Batista
PORTUGUESA
Sérgio; Patrício (Wilton Goiano), Ediglê, Bruno Rodrigo e Bruno Teles; Gavilán, Carlos Alberto, Preto (Fellype Gabriel) e Edno; Jonas (Vaguinho) e Washington
Técnico: Valdir Espinosa
Gols: Roger, aos 45 minutos do primeiro tempo e Bruno Rodrigo (contra), aos 12 do segundo tempo
Cartões amarelos: Washington, Carlos Alberto, Bruno Teles (Portuguesa)
Estádio: Ilha do Retiro Data: 06/08/2008
Árbitro: Antonio Hora Filho (SE)
Auxiliares: Alessandro Alvaro Rocha de Matos (BA/Fifa) e Cleriston Clay Barreto Rios (SE)


ATLÉTICO-PR 2X0 NÁUTICO
Furacão vence o Náutico e empurra adversário para a zona perigosa


O Atlético-PR venceu o Náutico por 2 a 0 nesta quarta-feira, em Curitiba, e passou o adversário para a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, onde o Furacão estava após a última rodada. Rafael Moura marcou o seu primeiro gol pelo clube paranaense. Danilo completou o placar. Este foi o oitavo jogo seguido sem vitória dos pernambucanos.

Com o resultado, o Rubro-Negro foi para 20 pontos, deixando o Timbu com 18, entre os quatro últimos colocados.



O jogo


Nos primeiros 15 minutos, equilíbrio na partida. A chance inicial foi do time da casa, com três de jogo. Com Anderson Aquino dando um drible de corpo na marcação, entrando na área e batendo cruzado. Eduardo defendeu. Aos 14, Nei escorregou, Felipe ficou com a bola e entrou na área. O chute de pé esquerdo foi defendido por Galatto. No rebote, o próprio Felipe cabeceou para o gol e o camisa 1 do Furacão se esticou todo para colocar para escanteio.

Esta, no entanto, seria a única boa chance do Timbu na etapa. A partir daí só deu Atlético. Aos 18 aconteceu o gol. Anderson Aquino recebeu na área, partiu para cima de Onildo e chegou à linha de fundo. O cruzamento rasteiro encontrou Rafael Moura na pequena área. O atacante só teve o trabalho de tocar para o gol.

Dois minutos depois, novamente jogada com Anderson Aquino. Ele recebeu de Márcio Araújo na área, girou e bateu para o gol. Eduardo ficou a bola. o Náutico tentou sair jogando, mas o Rubro-Negro roubou a bola de novo. Chico lançou Anderson Aquino de novo, e o atacante desta vez mandou para fora.

A partir daí o Furacão também diminuiu o ímpeto. E quando voltou a atacar, foi prejudicado pela arbitragem. Com 40 minutos, Anderson Aquino foi lançado entre os zagueiros e partiria livre para o gol, aproveitando a linha de impedimento mal feita do Náutico. No entanto, foi marcado impedimento erradamente.



Danilo fecha o placar


Na volta do intervalo, Anderson Aquino seguiu importunando a defesa rival. Logo com 20 segundos de jogo, ele apareceu na área, driblou Vágner e mandou rente à trave direita.

O Náutico, enfim, voltou a dar o ar de sua graça aos 13 minutos. Kuki deu um drible de corpo em Ney e bateu cruzado, pela esquerda. Por muito pouco a bola não entrou no canto esquerdo de Galatto.

Mas o Atlético seguiu senhor do jogo. Quatro minutos depois da chance alvirrubra, Rafael Moura tratou de responder. Ele arriscou de fora da área, e Eduardo caiu no canto direito para espalmar para o lado.

A situação do Timbu ficou ainda complicada com a expulsão do lateral-direito Maurinho, aos 21 minutos, por falta em Márcio Azevedo. Só que mesmo assim ainda deu um susto no time da casa dois minutos depois. Kuki roubou bola de Antônio Carlos na direita e cruzou. Felipe completou de primeira, mas Galatto esticou a perna esquerda para fazer grande defesa.

Rodriguinho, aos 35, perdeu boa chance para ampliar. No bico direito da pequena área, ele chutou para nova defesa de Eduardo. Mas na cobrança de escanteio, Nei bateu, e Danilo, na segunda trave, completou para a rede.





Ficha técnica:
ATLÉTICO-PR 2 x 0 NÁUTICO
ATLÉTICO-PR
Galatto, Danilo, Antônio Carlos e Chico; Nei, Rodriguinho, Renan, Ferreira (Pedro Oldoni) e Márcio Azevedo; Anderson Aquino (Douglas Maia) e Rafael Moura (Kelly).
Técnico: Tico Santos.
NÁUTICO
Eduardo, Maurinho, Vágner, Onildo e Itaqui; Alceu, Reinaldo, Radamés (Eduardo Eré) e Paulo Santos (William); Gilmar (Kuki) e Felipe.
Técnico: Pintado.
Gols: Rafael Moura, aos 18 minutos do primeiro tempo; Danilo, aos 36 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Chico, Galatto, Douglas Maia (Atlético-PR); Maurinho, Radamés (Náutico).
Cartão vermelho: Maurinho (Náutico)
Estádio: Arena da Baixada. Data: 06/08/2008.
Árbitro: Wilson Luiz Seneme (SP).
Auxiliares: Márcio Luis Augusto (SP) e Claudemir Maffessoni (SC).


SANTOS 2X3 ATLÉTICO-MG
Galo vence o Peixe na Vila Belmiro e Cuca sai do comando santista


O Atlético-MG venceu o Santos por 3 a 2, nesta quarta-feira à noite, na Vila Belmiro, conquistou sua primeira vitória fora de casa no Brasileirão, e complicou de vez a situação do Peixe e do técnico Cuca, que foi chamado de burro pela torcida e deixa o cargo após a segunda derrota consecutiva em casa (o Santos já havia perdido para o Coritiba no último domingo).



Com esse resultado, o Alvinegro Praiano permanece com 17 pontos, na antepenúltima posição. Já o Galo vai a 24 pontos e fica mais longe da zona de rebaixamento.



O Santos volta a campo no próximo domingo, às 18h10m (horário de Brasília), para enfrentar o Náutico, em Recife. Já o Atlético-MG recebe o líder Grêmio, sábado, às 18h20m (Brasília), no Mineirão.





Defesas em pane, ataques aproveitam



As defesas de Santos e Atlético-MG deram muita emoção ao primeiro tempo da partida desta quarta-feira. As duas equipes marcavam muito mal pelo lado esquerdo e, com isso, proporcionavam lances de perigo para o adversário. No Peixe, Michael, que deveria ser o lateral-esquerdo, atuou à frente, quase como um terceiro atacante. Pelo Galo, César Prates, lento, não acompanhava as descidas de Maikon e Quiñonez.

E foi às costas de Prates que saiu o primeiro gol do Peixe, logo aos dois minutos de jogo. Maikon desceu com rapidez pela direita e cruzou à meia altura. Kléber Pereira apareceu por trás da zaga e completou de cabeça para o gol vazio.

O Santos continuou em cima, sempre atacando pela direita, mas desandou a desperdiçar chances. Aos 21, Prates recuou mal para Vinícius, que perdeu na corrida para Kléber Pereira. O artilheiro invadiu a área e chutou forte, mas acertou a rede pelo lado de fora. Aos 24, foi a vez de Maikon perder o gol. Ele recebeu lindo lançamento de Kleber e saiu de frente para o goleiro Edson, mas chutou para fora. No lance seguinte, Kleber teve a chance para ampliar quando a bola apareceu à sua frente, na pequena área, mas ele cabeceou para fora.

De tanto insistir, o Santos chegou ao segundo gol aos 28. Sempre pelo seu lado direito. Quiñonez cruzou no primeiro pau. O zagueiro Vinícius tentou cortar e acabou marcando contra.

O Peixe nem teve tempo para comemorar a vantagem. Aos 29, a bola é lançada para a direita. Eller não corta e Jael entra sozinho, toca por baixo de Douglas e sai para comemorar.

Douglas não pôde fazer nada nesse lance, mas acabou sendo decisivo no fim do primeiro tempo, ao evitar o empate do Galo. Foram duas grandes defesas. Aos 37, Petkovic cobrou escanteio e a bola sobrou para Marques, que emendou de voleio. O goleiro santista defendeu à queima-roupa. Aos 44, Pet cobrou falta da entrada da área e só não empatou o jogo porque o camisa 1 do Peixe espalmou.





Peixe entra em parafuso e Galo vira



O Atlético voltou para o segundo tempo marcando melhor e sufocou o Santos em seu campo. Rondou a área santista até empatar a partida aos cinco minutos. Pet acertou ótimo passe para Marco Aurélio, que entrou às costas de Fabiano Eller e afundou de pé direito, sem chances para Douglas.



Com o empate, o Peixe entrou em parafuso. Passou a se mandar para o ataque desordenadamente, mas, errando vários passes, não conseguia ameaçar o gol de Edson, que se tornou um mero espectador.



O técnico Cuca tentou melhorar o time colocando mais um atacante, Cuevas, no lugar do zagueiro Marcelo. Apodi entrou para dar mais velocidade pela ala direita e entrou na vaga de Adoniran. Quiñonez passou para o meio. As mudanças deixaram o Santos mais leve. Mais isso não significou velocidade, mas pressa.



Sem entrosamento, muito menos senso coletivo, os santistas passaram a tentar resolver sozinhos. Aí, foi um tal de Cuevas querer marcar da intermediária, de Michael querer fazer fila pelo meio sem sucesso...



Mas apesar do descontrole do Santos, o Atlético não mostrava muita força para se aproveitar. Até tinha espaços para atacar, mas não chegava.



Ainda que desordenadamente, o Peixe até conseguiu criar chances e quase desempatou aos 24, com Apodi, que recebeu na meia-lua, virou e chutou de esquerda. A bola passou raspando a trave.



Se o Galo não tinha forças suficientes para tentar a virada, o Peixe deu uma forcinha. Aos 29, o equatoriano Quiñonez tentou dar um corte dentro da área e perdeu a bola para Rafael Aguiar, que só teve o trabalho de colocar no canto direito de Douglas.



Com o terceiro gol do Galo, acabou a paciência do torcedor santista, que passou a cobrar duramente os jogadores.



- Não é mole, não. Tem de honrar a camisa do Peixão - gritava a arquibancada.



Dentro de campo, o time sentiu e o que era descontrole virou desespero. O Galo, como se jogasse no Mineirão, virada o jogo de um lado para o outro, fazendo os santistas correrem.



O quarto gol do Galo não saiu aos 39 porque Douglas fez uma grande defesa. Após chute da entrada da área, a bola é desviada e quase encobre o goleiro, que conseguiu se esticar e mandar por cima.



A partir dos 42, o técnico Cuca passou a ser chamado de burro pela inconformada torcida santista. Um grupo chegou até a tentar invadir o camarote da diretoria. O treinador anunciou posteriormente sua decisão de abandonar o cargo.

Ficha técnica:
SANTOS 2 x 3 ATLÉTICO-MG
SANTOS
Douglas, Domingos, Marcelo (Cuevas) e Fabiano Eller; Quiñonez, Adoniran (Apodi), Kleber, Paulo Henrique (Hudson) e Michael; Maikon e Kléber Pereira.
Técnico: Cuca.
ATLÉTICO-MG
Edson, Mariano, Vinícius, Leandro Almeida e César Prates; Rafael Miranda (Renan), Serginho, Márcio Araújo e Petkovic (Gedeon); Marques (Rafael Aguiar) e Jael.
Técnico: Marcelo Oliveira.
Gols: Kléber Pereira, 2, Vinícius (contra), aos 28, Jael, aos 29 do primeiro tempo; Márcio Araújo, 5, Rafael Aguiar, aos 29 minutos do segundo tempo .
Cartões amarelos: Adoniran, Kleber, Michael, Apodi (Santos).
Renda e Público: R$ 50.680,00/6.657 torcedores
Estádio: Vila Belmiro. Data: 06/08/2008.
Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha (GO).
Auxiliares: Belmiro da Silva (BA) e Raimundo Carneiro de Oliveira (SP).



FLUMINENSE 3X1 SÃO PAULO
Em noite de 'enterro', vitória sobre o São Paulo garante ressurreição do Flu


Não precisou nem ser uma vitória épica como a da Libertadores, apesar do placar repetido, mas foi suficiente para transformar uma noite que começou com um 'enterro' promovido pelos torcedores vestidos de preto na arquibancada na ressurreição do Fluminense no Brasileirão. Com três gols de Washington, os cariocas venceram o São Paulo por 3 a 1, no Maracanã, pela 18ª rodada, e garantiram pelo menos alguns dias de paz nas Laranjeiras. Hugo descontou.

Apesar do triunfo, o Tricolor do Rio de Janeiro segue na vice-lanterna, agora com 16 pontos, enquanto o São Paulo vê a posição no G-4 ameaçada. Com 30 pontos, o time de Muricy torce por um tropeço do Vitória, diante do Palmeiras, nesta quinta-feira.



No próximo fim de semana, os cariocas encerram a participação no primeiro turno jogando contra o lanterna Ipatinga, no Ipatingão, domingo, às 18h10m. Já o Tricolor Paulista recebe o Goiás, sábado, às 18h20m, no Morumbi.



Flu intimidado e São Paulo acomodado



Talvez intimidado pelo enterro simbólico realizado pelos torcedores nas arquibancadas, o time do Fluminense iniciou a partida mais preocupado em não errar do que em arriscar. Diante de um São Paulo seguro e sem pressa para sair da defesa, o Tricolor carioca trocava passes para os lados na intermediária ofensiva e tinha dificuldade para entrar na área.

Na primeira saída de contra-ataque do São Paulo, aos 5 minutos, Hugo recebeu passe de Jorge Wágner dentro da área e foi desarmado por Fernando Henrique. O Fluminense, com Somália caindo pelos lados e Washington centralizado, apelava para os cruzamentos aéreos. Aos 12, Carlinhos apareceu bem pela direita e Zé Luís, na pequena área, impediu a cabeçada do camisa 9.

A passividade do São Paulo irritou Muricy Ramalho, que começou a gritar e empurrou sua equipe para o campo adversário. Aos 20, Hugo limpou a jogada na entrada da área chutou firme para a defesa de Fernando Henrique no canto direito. De longa distância também foi o arremate de Éder, sete minutos depois, obrigando o goleiro carioca a executar mais uma boa defesa.

Com espaços, o Fluminense teve grande chance em contra-ataque aos 29. Tartá descolou bom passe para Somália, que driblou Joilson e rolou com açúcar para Washington. Na pequena área, o Coração Valente girou rápido, mas chutou nas nuvens. Foi a última conclusão do Flu na primeira etapa.

Sempre tranqüilo, o São Paulo seguiu trocando passes com objetividade e desperdiçou duas boas chances aos 35 e aos 38. Primeiro, Jorge Wagner fez fila pela esquerda e cruzou rasteiro para Roger afastar o perigo. Em seguida, foi a vez de André Lima e Zé Luís tabelarem. A bola sobrou para Éder Luís dentro da área, mas, mais uma vez, Roger salvou o time do Rio de Janeiro.


Avalanche dá vitória aos cariocas



A segunda etapa começou com o mesmo panorama: o São Paulo no ataque e o Fluminense atordoado. Logo no primeiro minuto, Éder Luís deu lindo drible em Roger e chutou forte para fora. Dois minutos depois, o primeiro gol do jogo: Jorge Wágner cruzou da esquerda, o onipresente Roger afastou mal e Hugo emendou de canhota. Fernando Henrique ainda caiu no canto esquerdo e tocou na bola, que entrou mansa no gol.

A necessidade fez com que o Flu se lançasse ao ataque e, na base do abafa, pressionasse o rival. Aos 6, Somália avançou como um ponta-esquerda e cruzou na cabeça de Washington, que escorou em cima da zaga. Aos 9, no entanto, não teve perdão. Romeu foi derrubado na área por Éder e o camisa 9 cobrou o pênalti com força para empatar a partida.

A avalanche continuou e em duas faltas cobradas por Conca o time carioca quase desempatou. No primeiro lance, Luiz Alberto desviou de cabeça no meio da área e a bola saiu à direita do gol. Pouco depois, o argentino arriscou direto para o gol e Rogério Ceni fez linda defesa. A virada, que já era iminente, aconteceu aos 17. Junior Cesar puxou contra-ataque, Conca se enrolou todo, mas a bola sobrou para Tartá, que achou Washington na área. O Coração Valente dominou e encheu o pé com raiva para fazer o gol.





A virada fez com que a desorganização mudasse de lado. Com Tartá e Conca confiantes, o Flu passou a apostar nos contra-ataques e, bem posicionado na defesa, forçava os erros do São Paulo. Errando muitos passes, os paulistas chutavam de fora da área. Aos 29, Jean assustou Fernando Henrique e tirou tinta da trave direita do goleiro.



Entretanto, nove minutos depois, veio o golpe final do Fluminense. Luiz Alberto deu um chutão para o ataque, Rogério Ceni saiu mal do gol e Tartá dominou pela esquerda. O jovem rolou para Washington, que aos trancos e barrancos marcou seu terceiro gol na noite e decretou que, pelo menos até domingo, o clima nas Laranjeiras será de paz.



Ficha técnica:
FLUMINENSE 3 X 1 SÃO PAULO
FLUMINENSE
Fernando Henrique. Carlinhos (Anderson), Luiz Alberto, Roger e Junior Cesar; Fabinho, Romeu, Tartá e Conca; Somália (Maicon) e Washington.
Técnico: Renato Gaúcho.
SÃO PAULO
Rogério Ceni, Éder, André Dias, Rodrigo e Richarlyson; Zé Luis (Aloísio), Joilson, Hugo (Jean) e Jorge Wagner; Éder Luis e André Lima.
Técnico: Muricy Ramalho.
Gols: Hugo, aos 3, Washington, aos 9, 17 e 38 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Joilson, Hugo e Richarlyson (São Paulo) Luiz Alberto (Fluminense).
Estádio: Maracanã. Data: 06/08/2008.
Árbitro: Sérgio da Silva Carvalho (DF).
Auxiliares: Renato Miguel Vieira(DF) e Enio Ferreira de Carvalho (DF).
Público: 8.515 pagantes. Renda: R$ 121.121,00.


GOIÁS 2X1 FLAMENGO
Gol no fim dá vitória ao Goiás e aprofunda a crise do Fla




Iarley é o novo fomentador da crise do Flamengo. Depois da bomba de terça, o atacante do Goiás marcou duas vezes - uma delas aos 46 minutos do segundo tempo - e garantiu a vitória por 2 a 1, no Serra Dourada. Leo Moura descontou. O jogo, que aconteceu na noite de quarta-feira, foi válido pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro.



A sétima partida sem vitória - apenas dois pontos somados - completou a maré de notícias ruins no Rubro-Negro. Depois do ataque aos atletas na Gávea, o clube assistiu à desistência do uruguaio Richard Morales. Ele alegou medo da violência dos torcedores para desfazer o acordo.

Dentro de campo, os problemas também se acumulam. Diego Tardelli está fora do Brasileirão após a fratura no braço. Nesta quarta, foi a vez de a esperança Vandinho se machucar aos cinco minutos de jogo. Para o jogo do próximo sábado, contra o Atlético-PR, o time não terá Fábio Luciano, Toró e Obina, todos suspensos. Dininho também se machucou na etapa final.



Na tabela, o Fla, que já foi líder, caiu para a sétima posição, com 28 pontos.



Carrasco rubro-negro da noite, o atacante Iarley agradeceu aos céus pelos dois gols e a segunda vitória consecutiva do time verde:



- Foi um dia abençoado - diz.



O Goiás pula para os 23 pontos, mas permanece em 13º lugar. O próximo compromisso será no sábado, contra o São Paulo, no Morumbi.


Vandinho se machuca

Antes mesmo dos dez minutos, o torcedor do Flamengo certamente pensou: não há nada ruim que não possa piorar. Se já não bastassem todos os problemas, o time colecionou mais um. Depois de estrear fazendo gol na última rodada, o atacante Vandinho sentiu uma fisgada na coxa esquerda e foi substituído por Maxi.



Dentro de campo, as duas equipes demoraram a acertar. Os visitantes até tinham mais posse de bola, porém, a desorganização era visível. Aos 19 minutos, o Goiás assustou em chute de Iarley.



A incapacidade de criar chances de gol prosseguiu de parte a parte. Até os 31 minutos. Depois de uma seqüência de erros, Jaílton aproveitou a sobra e acertou a trave direita. Maxi tentou logo depois, mas chutou para fora.



Obina e Toró receberam o terceiro cartão amarelo e desfalcam o time no próximo jogo. Até o fim da primeira etapa, a melhor chance foi criada por Toró. Contudo, ele cruzou em cima de Harley.



Iarley afunda o Flamengo

No segundo tempo, a zaga do Flamengo repetiu um erro recorrente. Após cobrança de escanteio, Ernando desviou na primeira trave e Iarley, livre, teve tempo para dominar e fazer o gol. O mesmo Iarley quase ampliou aos nove.



O técnico Caio Júnior substituiu o zagueiro Dininho pelo volante Aírton. Toró aproveitou um recuo errado da zaga esmeraldina, mas chutou no corpo de Harley.



Aos 17 minutos, Ibson chutou, o goleiro do Goiás defendeu e o companheiro Henrique chutou contra, no travessão. Melhor em campo do Fla, Juan foi derrubado por Vitor dentro da área. Pênalti. Na cobrança, Leo Moura bateu alto, no canto direito e empatou.



A partida ficou aberta. Juan achou Maxi na ponta direita, mas o argentino chutou para fora. Apesar da incapacidade dos seus atacantes, o Flamengo dava indícios de que poderia vencer. Mas no fim, uma falha generalizada da zaga rubro-negra permitiu ao Goiás chegar à vitória. Após cruzamento da esquerda, o carrasco Iarley se antecipou a Jaílton e acertou no alto, sem chance de defesa para Bruno. Aos 46 minutos. Nada mais cruel para um time que foi sacudido por uma bomba.



Ficha técnica:
GOIÁS 2 x 1 FLAMENGO
GOIÁS
Harlei; Ernando, Henrique e João Paulo; Vitor (Fabio Bahia), Ramalho, Fernando, Thiago Feltri (Fael) e Paulo Baier (Adriano Gabiru); Romerito e Iarley.
Técnico: Hélio dos Anjos.
FLAMENGO
Bruno, Leo Moura, Fábio Luciano, Dininho (Aírton) e Juan; Jailton, Cristian, Ibson e Toró; Vandinho (Maxi (Paulo Sérgio)) e Obina.
Técnico: Caio Júnior.
Gols: Iarley, aos seis, Leo Moura, aos 20, Iarley, aos 46 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Vitor, Ernando, João Paulo, Paulo Baier, Fernando (Goiás); Obina, Toró, Aírton e Fábio Luciano (Flamengo).
Estádio: Serra Dourada. Data: 06/08/2008.
Árbitro: Rodrigo Cintra (SP).
Auxiliares: Marcelino Neto (SP) e Nilson de Souza Monção (SP).
Renda: R$ 653.500.Público: 39.200 pagantes