
AUSTRÁLIA 83X64 BIELORRÚSSIA
Austrália abre o basquete feminino com vitória tranqüila em cima da Bielorrússia
Sólida na defesa e no ataque, a Austrália abriu com vitória o torneio de basquete feminino das Olimpíadas de Pequim. Com 18 pontos da pivô Lauren Jackson, cestinha do jogo, as favoritas derrotaram a Bielorrússia por 83 a 64, nesta sexta-feira.
Jackson foi o destaque do jogo. Além dos 18 pontos, ela pegou dez rebotes e saiu de quadra com um duplo-duplo (dois dígitos em dois fundamentos). Outras boas atuações da Austrália vieram das alas Penny Taylor (14 pontos), Suzy Batkovic (14 pontos e 12 rebotes) e Laura Summerton (12 pontos), todas com mais de dez pontos anotados.
Pela Bielorrússia, apenas quatro atletas chegaram aos dígitos duplos em pontos: as pivôs Anastasiya Verameyenka (10) e Yelena Leuchanka (13) e as alas Tatyana Troina (13) e Katsiaryna Snytsina (11).
A vitória deixa a Austrália provisoriamente na liderança do Grupo A, o mesmo do Brasil, que estréia ainda nesta sexta contra a Coréia. Rússia e Letônia, que se enfrentam no último jogo da rodada, completam a chave.
A partida
A Austrália começou melhor e, aos poucos, conseguiu abrir vantagem. Melhores na defesa, Lauren Jackson e companhia fechavam bem o garrafão e forçavam as rivais a tentar tiros da linha de três. A Bielorrússia, porém, não aproveitava as oportunidades. Nos dois primeiros quartos, não converteu nenhuma das dez tentativas de fora. As australianas, por sua vez, mexiam bem a bola e sempre encontravam alguma jogadora bem colocada.
Ao fim do primeiro período, o placar mostrava 19 a 12 para a Austrália. A vantagem aumentou no quarto seguinte, e os times foram para o vestiário com o time de Lauren Jackson à frente por 44 a 28.
As européias voltaram jogando melhor e diminuíram a diferença para oito pontos na primeira metade do terceiro quarto. A reação, no entanto, durou pouco. Lauren Jackson carregou o time e marcou nove pontos no período, restabelecendo o domínio australiano.
Marcando melhor e contra-atacando com eficiência, a Austrália começou o quarto decisivo marcando 11 pontos contra apenas um da Bielorrússia. A vantagem subiu para 25 pontos (76 a 51), e as européias não conseguiram mais ameaçar.
NOVA ZELÂNDIA 76X72 MALI
Mali assusta, mas Nova Zelândia vence no basquete feminino
A seleção de basquete feminino do Mali entrou para a sua primeira partida nos Jogos Olímpicos de Pequim com bastante energia para mostrar que poderia surpreender e ser uma zebra contra a Nova Zelândia. Quase todo o tempo correndo atrás do marcador, elas sentiram a falta de experiência e perderam a partida por 76 x 72.
No primeiro quarto as africanas mostraram que não seria tão fácil quanto a equipe da Oceania poderia supor e o resultado mostrou isso. 18 x 18.
No segundo quarto, Mali entrou um pouco displicente e deixou as neozelandesas fecharem em 40 x 33. Com uma grande atuação de Hamchetou Maiga, que marcou 18 pontos na partida, a seleção da África entrou no terceiro quarto com mais energia, conseguindo empatar em 53, apesar de depois levar a virada e perder por 60 x 54.
No último e decisivo quarto, Mali conseguiu tirar a vantagem empatando em 60 pontos, mas logo em seguida tiveram seus tradicionais "apagões", deixando as neozelandesas abrir quatro pontos. Sempre oscilando, elas foram buscar o placar e viraram, fazendo 66 x 64. As duas seleções continuaram se alternando na liderança até o final, quando faltando apenas dois segundos a jogadora de Mali andou no garrafão e perdeu o ataque. Na seqüência da jogada, fizeram falta e a seleção da Nova Zelândia só administrou para fechar em 76 x 72.

China surpreende a Espanha em zebra no basquete feminino
A China começou a sua participação no torneio de basquete feminino dos Jogos de Pequim já mostrando que quer fazer uma grande participação atuando em casa. Vencer a Espanha, quinta do ranking mundial, por 67 x 64 foi uma grande zebra neste primeiro dia de competição do Grupo B, que conta também com Estados Unidos e República Tcheca, além das fracas Mali e Nova Zelândia, que se enfrentaram mais cedo.
As asiáticas mostraram um melhor volume de jogo, maior domínio dos rebotes, pegando 48 bolas, principalmente no ataque e bom acerto nas cestas de três, acertando cinco, enquanto as européias tentaram 26 arremessos, errando 20. As duas equipes mostraram bastante nervosismo em vários momentos, mas a partida foi de alto nível técnico dos dois lados.
A China abriu 9 a 0 em três minutos e depois de forma espetacular, a Espanha conseguiu entrar na partida e empatar em 13 x 13. Faltando cinco segundos para o final, Valdemoro perdeu a bola no meio da quadra e a China fechou em 18 x 15.
A Espanha parou no começo do segundo quarto e em seis minutos marcou apenas quatro pontos, enquanto as chinesas deslancharam, marcando 32 a 19. Com a sexta bola de três na partida, a China fechou o segundo quarto por 37 a 24.
No terceiro quarto a China continuou mostrando seu melhor basquetebol e a Espanha empacou, chegando a ficar quatro minutos sem marcar, perdendo por 52 x 44. O último período começou com Song mostrando seu cartão de visitas numa bonita cesta de três pontos para as chinesas. Dominando os rebotes, principalmente no ataque, com 48 bolas, a China continuou dominando a partida, apesar de a Espanha ter decidido tentar o tudo ou nada faltando apenas quatro minutos para o final do jogo.
Empurradas e lideradas pela jovem Alba Torrens, de 1,95m, com 18 pontos, cestinha da partida as espanholas partiram para cima, mas cometeram pequenos erros no final da partida, perdendo por 67 x 64.

Brasil abusa dos erros e tomba diante das coreanas em estréia decepcionante
A seleção brasileira feminina de basquete sofreu um bocado para chegar a Pequim. E continuou sofrendo na estréia olímpica. A equipe do técnico Paulo Bassul abusou do direito de cometer erros e perdeu por 68 a 62, na prorrogação, para a Coréia do Sul. O fracasso diante de um adversário mais fraco complica a situação verde-amarela na classificação do grupo A. O próximo desafio é bem mais indigesto que o da estréia. Na segunda-feira, às 11h15m, o time pega a Austrália, atual campeã do mundo.
Yeonha Beon e Younah Choi, com 19 pontos cada, aproveitaram a fragilidade da defesa brasileira, que não se encontrou em nenhum momento do jogo. A cestinha brasileira foi a pivô Kelly, com 13 pontos, seguida por Micaela, Chuca e Adrianinha, com 10 cada. O Brasil acertou seis de 22 chutes de três.
Para as coreanas, o resultado foi vingança servida fria, oito anos depois. Em Sydney-2000, elas tinham perdido para o Brasil, também na prorrogação, na disputa da medalha de bronze.
Desta vez, a equipe verde-amarela entregou o ouro ao cometer incríveis 29 desperdícios de bola, contra apenas 12 das rivais asiáticas

Mamá entra como titular
A ala-pivô Mamá foi a surpresa no quinteto titular do Brasil, no lugar de Kelly. Ela iniciou a partida ao lado de Êga, Micaela, Karla e Claudinha. A Coréia saiu na frente, e o Brasil só conseguiu sua primeira cesta após quase dois minutos, com uma bandeja de Micaela. A ala, aliás, fez oito dos primeiros 11 pontos da seleção. A defesa pecava na marcação perto da linha de três, mas a pontaria das coreanas não estava calibrada.
Ainda no primeiro quarto, Bassul cumpriu a promessa de colocar duas armadoras de ofício ao mesmo tempo na quadra: Claudinha e Adrianinha fizeram o passe melhorar, e o Brasil abriu 14 a 11. Êga, no entanto, fez sua segunda falta. As coreanas responderam com uma cesta, e o primeiro quarto terminou com vantagem de 14 a 13 para as brasileiras.
Coreanas assumem a liderança
No início do segundo quarto, o placar continuou equilibrado, mas a seleção verde-amarela cometeu muitos erros, e a Coréia conseguiu passar à frente. Comandada por Beon e Jung, a equipe asiática apertou a defesa e jogou um basquete físico em alguns momentos. Jung foi ao chão após um choque com Micaela, mas voltou à quadra após ser atendida no banco.

Ao fim do primeiro tempo, o Brasil segurou a vantagem de dois pontos e foi para o vestiário com 28 a 26 no placar. A equipe, no entanto, pecava muito nos tiros de três, com apenas um acerto em oito tentativas.
O equilíbrio dos dois primeiros quartos se manteve no terceiro, com muitos erros de ambos os lados. Bassul tentou colocar algumas reservas em quadra, mas não conseguiu deslanchar no placar. Na virada para o quarto período, a equipe brasileira segurou a liderança em 43 a 41.
Desfecho emocionante
Micaela e Chuca voltaram animadas, e o Brasil chegou a abrir sete pontos. A Coréia voltou a equilibrar a partida, mas Karla acertou uma bola de longe a três minutos do fim, abrindo seis pontos. Quem esperava um desfecho tranqüilo teve mais uma decepção. As coreanas reagiram e empataram com dois lances livres de Younah Choi, com apenas 21 segundos no relógio.Claudinha bateu para dentro e conseguiu fazer um passe para Micaela na lateral. A ala arremessou, mas a bola quicou no aro e saiu. Ao fim do quarto período, 55 a 55.
Na prorrogação, o Brasil perdeu o controle. Mais calmas, as coreanas dominaram o placar e fecharam a partida sem dificuldade.