SANTO ANDRÉ 0X0 CORINTHIANS
Sem Ronaldo, poupado pelo técnico Mano Menezes, o Corinthians foi um time comum neste domingo, diante do Santo André, no ABC. Com um futebol burocrático e criando poucas chances de gol, o Timão não saiu de um 0 a 0 com o Ramalhão no estádio Bruno José Daniel (assista aos melhores lances ao lado). A invencibilidade na temporada - 15 jogos - e a vice-liderança no Campeonato Paulista - 30 pontos - foram mantidas, mas a partida serviu para mostrar para o torcedor corintiano que o seu time é um com o Fenômeno e outro sem ele...
Dos três jogos que Ronaldo fez com o Corinthians até agora, apenas em um ele foi titular – diante do São Caetano, na quarta-feira passada. Mas só a presença do craque no banco de reservas – como foi contra o Itumbiara e o Palmeiras – já dava outra tônica ao espetáculo. Mudava o comportamento da torcida, que lotava as arquibancadas, e dos próprios companheiros, que sabiam que cedo ou tarde aquele que já foi melhor do mundo por três vezes entraria em campo e colocaria fogo na partida.
Dessa vez, por opção do treinador, Ronaldo sequer foi relacionado para a concentração. Entendendo que o atacante precisava dar um tempo para se recuperar e melhorar o condicionamento físico, Mano deixou o Fenômeno de fora para voltar no próximo domingo, no clássico com o Santos.
Resultado: o Bruno José Daniel não lotou, o time não contagiou e a torcida não se inflamou ao ver que a solução para o segundo tempo era o contestado Souza e não o consagrado Ronaldo.
Dentinho assumiu a vaga do Fenômeno e formou a dupla de ataque com Jorge Henrique, mas as chances na primeira etapa foram raras: um chute cruzado de Dentinho e algumas investidas de André Santos, com jogadas individuais e chutes de fora da área.
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Na etapa final, Mano Menezes reforçou o setor ofensivo. No intervalo, tirou Jorge Henrique, que se machucou, e apostou em Souza. Um pouco mais tarde, trocou Túlio por Lulinha. Otacílio ainda entraria na vaga de Douglas. O Timão melhorou e Dentinho, mais livre, teve mais espaço para criar... Foram deles os três melhores momentos do segundo tempo: teve um gol anulado pelo juiz, que assinalou toque de mão (involuntário) seu na dividida com o goleiro Neneca; acertou a rede do Santo André, mas pelo lado de fora; e sofreu a falta que culminou na expulsão do zagueiro Marcel.
Sem o “Dentão”, as esperanças estavam todas no “Dentinho”. A torcida corintiana, que dificilmente se cala, só foi se empolgar a 15 minutos do fim da partida. Mas nem com um jogador a mais em campo o Timão conseguiu chegar ao gol. Boquita ainda fez uma tentativa final.
Nos últimos lances, Marcelinho resolveu aparecer. Ameaçou em duas cobranças de falta e quase marcou. Quando o juiz apitou o fim do jogo, o Pé-de-Anjo faz o que costuma fazer quando enfrenta o clube em que conquistou a maior parte dos seus títulos: vestiu a camisa do Corinthians, foi até a Fiel, beijou o escudo e ouviu gritos de “Uh, Marcelinho! Uh, Marcelinho! Uh, Marcelinho!“.
Com o 0 a 0, o Corinthians vai a 30 pontos, se mantém na vice-liderança, mas pode ver a diferença para o Palmeiras disparar para seis pontos na terça-feira, quando o rival faz uma partida atrasada com o Noroeste em casa. Já o Santo André, com 26 pontos, perdeu a chance de entrar no G-4. Na próxima rodada, o Timão terá o clássico com o Santos, domingo no Pacaembu; e o Ramalhão irá até Ribeirão Preto, no sábado, para enfrentar o Botafogo.
FICHA TÉCNICA
SANTO ANDRÉ 0 x 0 CORINTHIANS
SANTO ANDRÉ
Neneca, Cicinho, Cesinha, Marcel e Élvis; Fernando, Ricardo, Marcelinho e Júnior Dutra (Vinícius); Antônio Flavio e Pablo Escobar (Chiquinho)
Técnico: Sérgio Guedes
CORINTHIANS
Felipe, Fabinho, Chicão, William e André Santos; Túlio (Lulinha), Cristian, Boquita e Douglas (Otacílio Neto); Jorge Henrique (Souza) e Dentinho
Técnico: Mano Menezes
Público: 7.993 pagantes / Renda: R$ 313.410,00
Cartões amarelos: Ricardo Conceição, Pablo Escobar e Elvis (S); André Santos e Otacílio Neto (C)
Cartão vermelho: Marcel (S)
Estádio: Bruno José Daniel, Santo André, SP. Data: 15/3/2009.
Árbitro: Wilson Luiz Seneme.
Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho e Everson Luiz Luquesi Soares.
GUARANI 0X2 OESTE
Bugre perde para o Oeste, chega a recorde negativo e está perto da degola
O Guarani voltou a decepcionar sua torcida no estádio Brinco de Ouro. O Bugre perdeu, por 2 a 0 para o Oeste, neste domingo, e completou o 12ª jogo sem vitórias no Campeonato Paulista. O jejum é o maior da história do clube campineiro no Estadual. Como resultado, a equipe é a vice-lanterna da competição, com apenas dez pontos. A situação do Guarani é muito delicada, já que restam apenas cinco partidas para o término da primeira fase do campeonato.
Já o Oeste conseguiu se afastar da zona de rebaixamento. A equipe de Itápolis, que não vencia há sete partidas, chegou a 15 pontos e ocupa a 13ª colocação. Como coincidência, a partida em Campinas marcou a primeira vitória do Oeste sob o comando de Luciano Dias, que havia sido demitido do Bugre. Os gols da vitória do Oeste foram marcados pelo lateral-direito Dedê e pelo atacante Caíque.
- Foi uma vitória muito importante e necessária. Precisávamos sair dessa situação incômoda e fortalecer o grupo com o resultado positivo. Isso, com certeza, será muito importante para os próximos jogos - declarou o técnico Luciano Dias.
O próximo compromisso do Guarani acontece no sábado (21/03), contra o Mogi Mirim, em Mogi. Já o Oeste viaja até Marília, onde enfrenta o time da casa no mesmo dia.
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SÃO PAULO 2X1 MARÍLIA
Tricolor vence o Marília e retoma o caminho da América
O São Paulo vive um dilema com o Campeonato Paulista: quer ser campeão, como todos os outros rivais querem, mas sabe que não pode deixar o estadual atrapalhar os planos na Taça Libertadores da América. E foi assim que o Tricolor entrou no gramado do Morumbi na noite deste domingo para enfrentar o Marília. Cansado de uma maratona de jogos, com viagem marcada para mais uma partida internacional e precisando da vitória para não sair do G-4 do Paulistão, o Tricolor atuou para o gasto. E deu certo: 2 a 1.
Com Portuguesa e Santo André ameaçando entrar no grupo dos quatro semifinalistas, o técnico Muricy Ramalho preferiu não correr riscos. Durante a semana, ele até chegou a cogitar escalar um time misto. Só que na hora da escalação foi com força total.
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No primeiro tempo, o Tricolor teve dificuldade para superar a retranca do Marília. Mesmo ameaçado de rebaixamento – o time está na zona da morte –, o MAC foi para o Morumbi como quase todo time pequeno vai: jogando atrás e apostando no contra-ataque. Com muitos erros de passe, o São Paulo até que tentou dar munição ao inimigo, mas faltava qualidade ao adversário para aproveitar.
Logo aos 18 minutos, Muricy precisou fazer uma alteração. Zé Luís, depois de cair em cima do próprio braço, passou a reclamar de dores no cotovelo. Para não arriscar, a comissão técnica optou por trocá-lo por Arouca.
Com quase todos os jogadores do Marília dentro da área, Hernanes resolveu experimentar uma de suas especialidades. Aos 24 minutos, o camisa 10 chutou de longe e acertou o alvo. Golaço! À frente do placar e com o time do interior ainda atrás, o Tricolor se deu ao luxo de tirar o pé do acelerador.
Os são-paulinos sabiam que aumentariam o placar na hora que quisessem, e deixaram para fazer isso no segundo tempo. Aos 12, Washington foi lançado e invadiu a área pelo lado esquerdo. Sem muito jeito com a canhota, foi empurrando o marcador para a linha de fundo até que conseguisse espaço para chutar de direita. Quando ficou livre, só deslocou o goleiro e estufou a rede.
Mas no momento em que tudo parecia resolvido, João Vitor descontou. A exemplo de Hernanes, num chutão de longe, o meia do Marília fez o seu gol aos 25 minutos, aproveitando que a bola pingou na frente de Rogério Ceni. Só que faltou força para buscar o empate.
Vencendo, o São Paulo retomou o terceiro lugar com 29 pontos – só um a menos que o Corinthians. Na quarta-feira, o time de Muricy enfrentará o Defensor, no Uruguai, pela Libertadores. Pelo Paulistão, o próximo compromisso tricolor será diante do Paulista, domingo, em Jundiaí. O Marília caiu para 18o. lugar e agora receberá o Oeste, no sábado.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 2 x 1 MARÍLIA
SÃO PAULO
Rogério Ceni, Renato Silva, Rodrigo e Miranda; Zé Luís (Arouca), Jean, Hernanes, Jorge Wagner e Júnior César; Washington e Borges (Dagoberto)
Técnico: Muricy Ramalho
MARÍLIA
Giovanni, Flávio, Carlinhos e Rodrigo Costa (Paulinho Dias); Rafael Mineiro (Reinaldo), Francis, João Vitor, Ricardinho e Adilio; Cláudio (Jô) e Robert
Técnico: Leandro Campos
Gols: Hernanes, aos 24 minutos do primeiro tempo; Washington, aos 12, e João Vitor, aos 25 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Júnior César e Hernanes (S); Flávio e Adílio (M)
Púbilco: 9.626 pagantes / Renda: R$ 234.290,00
Estádio: Morumbi, São Paulo. Data: 15/3/2009.
Árbitro: Carlos Roberto dos Santos Júnior.
Auxiliares: Carlos Alberto Funari e Maurício Alexandrino
SANTOS 3X0 MOGI MIRIM
No reencontro com Giovanni, Neymar faz o seu primeiro gol
Antes da partida, reverências ao eterno ídolo e ao jovem talento. Os gritos das arquibancadas do Pacaembu para Giovanni, referência do time vice-campeão Brasileiro de 1995, foram altos. Mas não bateram os destinados ao jovem santista Neymar. E no duelo da experiência contra a juventude, venceu aquele que contava com a molecagem.
Com gols do veterano Roni e dos jovens Paulo Henrique, atleta paraense que foi para o Santos por indicação de Giovanni, e Neymar, o Santos amplicou 3 a 0 no Mogi Mirim nos 45 minutos finais da partida.
De quebra, a equipe de Vagner Mancini chegou aos 27 pontos e voltou a ocupar o grupo dos quatro melhores do Campeonato Paulista, na quarta posição. O Mogi Mirim, por sua vez, segue na lanterna do torneio, com nove pontos.
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Na próxima quarta-feira, o Santos volta a jogar, mas pela Copa do Brasil, contra o Rio Branco-AC, na Vila Belmiro. Pelo Paulista, a equipe alvinegra só volta a atuar no domingo, no clássico com o Corinthians, em São Paulo.
O JOGO
Desde o início da partida, o Santos teve maior passe de bola. Com Lúcio Flávio responsável pela armação das jogadas ao lado de Paulo Henrique, a equipe apostava na velocidade de Neymar para chegar ao gol. Mas o primeiro tempo foi frustrante para os torcedores que estiveram na noite deste domingo no Pacaembu.
Errando muitos passes, o Santos só conseguia assustar o goleiro Marcelo Cruz quando arriscava de fora da área. Numa das tentativas, Lúcio Flávio bateu de longe, mas por cima do travessão, aos 11 minutos.
Pelo lado do Mogi Mirim, Giovanni jogava praticamente sozinho no time de Paulo Campos. O ex-craque do Santos, apesar dos 36 anos, não perdeu na classe nos toques. Só faltava o resto do time acompanhar o seu raciocínio. Nas duas chances que teve, arriscou de longe contra a meta de Fábio Costa, mas para fora.
Enquanto isso, no Santos, Neymar era o responsável por arrancar alguns suspiros da torcida. Em uma de suas chances desperdiçadas, o jovem talento da Vila Belmiro recebeu pelo lado direito, cortou dois zagueiros, mas bateu nas mãos do goleiro Marcelo Cruz.
Com uma postura diferente na segunda etapa, o Santos passou a ser mais contundente no ataque. E logo aos 5 minutos, fez a torcida voltar a cantar quando, após cobrança de escanteio, Roni acertou a trave. No rebote, o atacante santista tentou mais uma vez de cabeça, mas Marcelo Cruz conseguiu espalmar para fora.
Seis minutos depois, os santistas que estiveram no Pacaembu conseguiram, enfim, comemorar. Após uma sequência de erros da zaga do Mogi Mirim, roni recuperou a bola pela esquerda e bateu cruzado, para Marcelo Cruz espalmar. No rebote, Germano soltou a bomba e, no bate-rebate, Paulo Henrique surgiu entre os defensores e empurrou para o fundo das redes: 1 a 0 Santos.
Depois foi a vez do veterano Roni deixar a sua marca, como já está sendo de hábito. Depois do cruzamento de Luizinho, o atacante santista, de cabeça, fez 2 a 0. Foi o quarto gol do camisa 9 pelo time da Vila Belmiro.
Mas o melhor estava guardado para mais tarde. Serelepe, Neymar já havia driblado e arriscado chutes contra o time interiorano. E o seu primeiro gol como profissional, enfim, chegou. Depois de cruzamento de Triguinho, o menino da Vila só escorou de cabeça para fazer 3 a 0. Aos 37, ele foi substituído. Deixou o gramado aplaudido de pé pelos torcedores santistas.
Ficha técnica:
SANTOS 3 x 0 MOGI MIRIM
SANTOS
Fábio Costa, Luizinho, Fabão, Fabiano Eller e Triguinho; Pará, Germano, Paulo Henrique (Molina) e Lucio Flavio; Neymar (Bolaños) e Roni (André).
Técnico: V. Mancini.
MOGI MIRIM
Marcelo Cruz; Anderson Conceição, Thiago Couto (William Alves) e Neguette; Julio César, Luis Henrique Giovanni, Joelson (Rick) e Luciano Sorriso; Régis (André Luis) e João Sales .
Técnico: Paulo Campos.
Gols: Paulo Henrique, aos 11 minutos, Roni, aos 23 minutos, e Neymar, aos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Luis Henrique, Giovanni e Neguette (M).
Estádio: Pacaembu. Data: 15/03/2009. Público: 13.703 pagantes.
Árbitro: Márcio Roberto Soares.
Auxiliares: Jumar Nunes Santos e Fabio Aparecido Gomes Ribeiro.