quinta-feira, 19 de março de 2009

Copa da Uefa:Oitavas de Final

SHAKHTAR (UCR) 2X0 CSKA MOSCOU (RUS)
Zico sofre a primeira derrota à frente do CSKA, que é eliminado pelo Shakhtar





Zico sofreu a sua primeira derrota no comando do CSKA nesta quinta-feira. E o time do técnico brasileiro foi totalmente dominado pelo Shakhtar, em Donestk, na Ucrânia. O triunfo por 2 a 0 classificou a equipe da casa às quartas-de-final da Copa da Uefa e tirou do Galinho a chance de conquistar a competição. No primeiro jogo, o CSKA havia vencido por 1 a 0.



O curioso é que a eliminação de Zico aconteceu pelos pés de dois brasileiros. Os gols foram marcados por Fernandinho e Luiz Adriano.



Foram dez, 15 minutos de um jogo parelho, com muita disputa de bola no meio-campo e poucas jogadas criativas. Depois disso, o Shakhtar Donetsk se encontrou e, com o apoio da sua torcida, dominou a etapa inicial.

O CSKA adotou uma postura muito cautelosa, tentando explorar os contra-ataques. Mas sem o meia Zhirkov, suspenso, a equipe comandada por Zico dava sinais de que não conseguiria incomodar o adversário. Vágner Love, isolado, pouco tocava na bola.

Destaque mesmo para o goleiro Akinfeev, do CSKA, autor de três grandes defesas e responsável pela manutenção do 0 a 0, resultado que classificaria o seu time para as quartas-de-final da Copa da Uefa.



Goleiro vai do céu ao inferno


A situação piorou para os russos logo no começo do segundo tempo. O Shakhtar voltou ainda mais ligado e aumentou a pressão. Aos sete minutos, o meia Fernandinho foi derrubado na área por Mamaev. O próprio brasuca cobrou bem, colocando o time da casa na frente e igualando a disputa (1 a 1 na soma dos jogos).



Sem deixar o CSKA, respirar o time de Donetsk continuou atacando. Fernandinho, Luiz Adriano e Gladkiy eram os seus jogadores mais perigosos. Zico, do banco de reservas, tentava ajustar a equipe, mas o CSKA estava apático. E pagou o preço aos 30, quando Akinfeev, que vinha sendo o melhor em campo, falhou feio após cobrança de escanteio. Ele soltou a bola nos pés do brasileiro Luiz Adriano, que empurrou para o gol vazio.



A derrota por 2 a 0 estava eliminando o CSKA, que precisava apenas de um gol para se classificar. Sem alternativas, foi para cima em busca da recuperação. Mas já era tarde demais. Bem arrumado, o Shakhtar soube segurar a pressão e fez o tempo passar com sabedoria.



BRAGA (POR) 0X1 PSG (FRA)
No fim, goleiro do Sporting Braga bobeia, e Hoarau garante o PSG nas quartas





O Sporting Braga quase consegue realizar um feito importante na sua história, não fosse uma bobeira do goleiro Eduardo. Com um gol já no final da partida, o Paris Saint-Germain se garantiu nas quartas-de-final da Copa da Uefa, ao vencer os portugueses, fora de casa, por 1 a 0. No primeiro jogo houve empate em 0 a 0. O próximo confronto será no dia nove, contra um adversário ainda a ser definido por sorteio.

No primeiro tempo só deu Braga. Em uma das oportunidades criadas pelo time português, o brasileiro Paulo César, que no jogo de ida havia ficado no banco, arriscou de fora da área e obrigou o goleiro Landreau a espalmar na trave. O colombiano Rentería, ex-Internacional, também levou perigo em uma cabeçada que saiu pela linha de fundo.

Na segunda etapa, o Braga continuou melhor. Renteria finalizou rente à trave, após bom cruzamento de João Pereira. No escanteio cobrado por César Peixoto, Rodríguez cabeceou com perigo. No entanto, faltando menos de dez minutos para o fim da partida, veio uma verdadeira ducha de água fria para os torcedores lusitanos. Após falha do goleiro Eduardo, Hoarau, de cabeça, mandou para o gol e garantiu a vaga.



GALATASARAY (TUR) 2X3 HAMBURGO (ALE)
Hamburgo vira nos acréscimos e está nas quartas






Outro que carimbou o passaporte para as quartas-de-final foi o Hamburgo, do zagueiro brasileiro Alex Silva. Jogando na Turquia, o time alemão bateu o Galatasaray, do meia brasileiro Lincoln, em grande estilo, de virada, por 3 a 2. O último gol veio já nos acréscimos do segundo tempo.

O australiano Harry Kewell abriu o placar para o time da casa cobrando pênalti. Milan Baros ampliou. Mas no segundo tempo veio a reação dos visitantes. O peruano Paolo Guerrero marcou duas vezes e empatou. O resultado já garantia os alemães na fase seguinte, mas, para coroar a reação, nos acréscimos, o croata Olic fez o terceiro e virou. Alex Silva comentou o resultado e valorizou o espírito de luta do time.



- Nós comemoramos muito. Mesmo depois que eles abriram 2 a 0, sabíamos que era possível. Ninguém desistiu em momento algum. Isso foi muito importante. Nossa superação valeu a pena e o resultado a gente vê no placar final - afirmou, por intermédio da sua assessoria de imprensa, exaltando ainda seu trabalho individual.



- Meu técnico pediu para eu marcar o Lincoln e eu conseguir fazer com que ele não desenvolvesse nenhuma jogada de perigo. Na minha equipe, fui elogiado pela marcação e ele acabou substituído - concluiu.




AALBORG (DIN) 2(3)X0(4) MANCHESTER CITY (ING)
Apesar da preguiça e do sufoco, City conquista vaga nos pênaltis






O Manchester City sofreu na Dinamarca e esteve perto de ser eliminado, mas conseguiu a sua classificação às quartas-de-final da Copa da Uefa nesta quinta-feira. A vaga foi obtida nos pênaltis, com uma vitória por 4 a 3, depois de o Aalborg ter vencido por 2 a 0 no tempo normal. Nesta sexta-feira, a Uefa fará o sorteio dos confrontos da próxima fase.


Prejudicado pela ausência de quatro titulares, o Aalborg, que já não tem um time dos mais técnicos, encontrou dificuldades para construir a recuperação nos primeiros 45 minutos de jogo. Como havia perdido o jogo de ida por 2 a 0, a equipe da casa tinha como obrigação vencer por três gols de diferença para conseguir a classificação (ou por 2 a 0, para levar a decisão para os pênaltis).

A sorte é que o Manchester City não demonstrou um pingo de interesse. Com isso, a etapa inicial foi fria, sem emoção. E teria passado em branco se não fosse uma isolada jogada de Robinho, que teve um chute defendido pelo goleiro Zaza.



Pressão aumenta a cada minuto



A preguiça do Manchester City convidou o Aalborg a atacar. A equipe dinamarquesa, mesmo com pouca inspiração, iniciou a etapa complementar melhor. Aos dez minutos, teve a sua primeira chance. Shelton escorou de cabeça, e o brasileiro Cacá (não confunda com Kaká) chutou com muito perigo, perto da trave.



O time se animou e foi com empenho para cima dos ingleses. Aos 15, teve um pênalti claro a seu favor ignorado pelo árbitro Stephane Larroy, da França. No lance, o lateral Garrido derrubou Johansson.



A partida pegou fogo e ficou tensa. Muitas vezes até violenta. O abafa da equipe da casa esteve perto de dar resultado aos 34, quando Bogelund lançou Nomvethe. O sul-africano entrou nas costas da zaga e chutou para a defesa de Given.



E deu certo aos 40. Shelton aproveitou rebote na área e

chutou no canto, sem defesa. O gol deixou os minutos finais imprevisíveis. O Aalborg precisava de um golzinho para avançar. Torcida empurrando da arquibancada, jogadores se doando em campo. E nos acréscimos, o atacante Evans, do City, colocou a mão na bola dentro da área: pênalti assinalado pelo árbitro. Jacobsen cobrou com categoria, empatando a partida e levando o confronto para a prorrogação.



Só assim o Manchester City acordou. Mas só um pouco. O técnico Mark Hughes sacou Robinho, cansado, e lançou Caicedo, um segundo atacante. A equipe inglesa passou a valorizar mais a posse de bola. E diminuiu a pressão da equipe da casa.



Os resultados desta quinta-feira
Metalist (UCR) 3 x 2 Dynamo Kiev (UCR) (0 x 1)
Zenit (RUS) 1 x 0 Udinese (ITA) (0 x 2)
Ajax (HOL) 2 x 2 Olympique de Marselha (FRA) (1 x 2)
Saint-Etienne (FRA) 2 x 2 Werder Bremen (ALE) (0 x 1)