quinta-feira, 19 de março de 2009

Taça Libertadores:Rodada de Quarta

BOYACÁ CHICÓ (COL) 3X0 UNIVERSIDAD DE CHILE (CHI)
Boyacá Chicó vence fácil e assume a liderança do grupo do Grêmio


O Boyacá Chico não deu chances para o Universidad de Chile na noite desta quarta-feira. Diante de sua torcida, em Tunja, o time venceu por 3 a 0 e chegou à liderança do Grupo 7 da Taça Libertadores, com seis pontos.. A equipe colombiana, no entanto, tem um jogo a mais do que o Grêmio, que tem apenas dois pontos a menos.

O Boyacá não perdeu tempo e abriu o placar logo aos 3 minutos, com Móvil, que chutou forte de dentro da grande área. O segundo gol veio 15 minutos depois. Girón ganhou no alto após cruzamento da direita, cabeceou no canto para ampliar e saiu para a comemoração, que teve direito até a dança. Os mandantes poderiam até ter feito mais gols, mas acabou parando na trave duas vezes.

A inoperância chilena era tão grande que, aos 30 minutos do primeiro tempo, o Universidad já havia feito duas substituições, com a entrada de Seymour e Montillo. O time melhorou, mas apesar das chances criadas, foi o Boyacá Chicó quem voltou a marcar. Aos 26 minutos da segunda etapa, a bola sobrou para Núñez chutar sem chances de defesa para Miguel Pinto.

Agora, os dois times voltam a se enfrentar no dia 8 de abril, desta vez no Chile, pela quarta rodada da competição continental.



SAN LORENZO (ARG) 0X1 LIBERTAD (PAR)
Felicidade e tensão para o Libertad


O confronto com o San Lorenzo no Nuevo Gasómetro foi de emoções distintas para o Libertad. O time paraguaio foi o primeiro a garantir sua classificação para as oitavas-de-final ao derrotar os argentinos por 1 a 0. No entanto, passou pelo susto de ver o meia colombiano Vladimir Marín, ex-Atlético-PR, desmaiar em campo.

Mesmo jogando fora de casa, o Libertad é quem foi para cima do San Lorenzo. O time perdeu muitas chances no primeiro tempo e Marín chegou a acertar o travessão do goleiro Navarro, que também conseguiu grandes defesas. Na segunda etapa, os paraguaios conseguiram abrir o placar logo aos cinco minutos. Samudio bateu cruzado, Navarro espalmou e a bola bateu em Aguirre, que acabou fazendo o gol contra.


O momento tenso da partida acontece aos 26 minutos da etapa final. Marín desmaiou em campo e o jogo ficou parado por sete minutos para seu atendimento. Ele recebeu oxigênio ainda no gramado, de onde foi retirado em uma ambulância. De acordo com o jornal paraguaio La Nación, o jogador recuperou a consciência nos vestiários, mas foi levado para o Hospital Piñeiro, em Buenos Aires, para realizar exames.



DEFENSOR SPORTING (URU) 0X1 SÃO PAULO (BRA)
Golaço de Borges põe São Paulo a uma vitória da próxima fase da Libertadores






O São Paulo caminha a passos largos rumo à segunda fase da Taça Libertadores da América . Depois de suportar a pressão inicial do Defensor, o Tricolor soube se arrumar em campo e, com um golaço de Borges, aos 39min do primeiro tempo, venceu por 1 a 0, em partida realizada na noite desta quarta-feira, no estádio Centenário, em Montevidéu. (Assista ao lado os melhores momentos da partida)



O resultado fez a equipe paulista manter um tabu de 27 anos sem perder para times uruguaios.



Com a vitória, a segunda consecutiva na competição sul-americana, o Tricolor foi aos sete pontos na tabela de classificação do Grupo 4, contra quatro do Defensor. Assim, o São Paulo pode garantir sua classificação contra o mesmo adversário, no dia 9 de abril, desta vez, no estádio do Morumbi. Em caso de vitória, a equipe de Muricy assegura seu lugar nas oitavas-de-final.

Início muito ruim

O São Paulo foi encurralado pelo Defensor no começo da partida. O time uruguaio adiantou sua marcação e complicou a saída de bola do Tricolor que, nos primeiros 15 minutos, praticamente não conseguiu passar do meio-campo.

Jogando com velocidade, principalmente nas costas de Junior Cesar, no lado esquerdo da defesa são-paulina, o Defensor chegou com perigo pela primeira vez logo aos 2min. Em rápido contra-ataque, Marchant desceu pela direita, cortou a marcação de Miranda e, de pé esquerdo, mandou no ângulo de Rogério Ceni, que espalmou por cima do gol.

Quatro minutos depois, após cobrança rápida de escanteio, Mora bateu de pé direito, e a bola cruzou toda a extensão da área. O São Paulo não parecia ligado na partida. Até Rogério Ceni cometeu um erro bobo na saída de bola que, por pouco, não foi aproveitado pelo time uruguaio.


O tempo passava, e o Tricolor seguia perdido em campo. Hernanes e Jorge Wagner, que tinham a obrigação de organizar o meio-campo, eram muito bem marcados. Pelas laterais, também não havia espaços para Arouca, pela direita, e Junior Cesar, pela esquerda. Com isso, Borges voltava para buscar a bola, e Washington ficava isolado entre os defensores uruguaios. No banco de reservas, o técnico Muricy Ramalho deixava clara a sua insatisfação com o rendimento da equipe.


A torcida do São Paulo presente ao estádio Centenário tentava dar força para a equipe. Não parava de batucar um único instante. O time, timidamente, esboçou uma reação. A defesa já não estava tão pressionada, e o meio-campo conseguiu trocar alguns passes. Aos 32min, aconteceu a primeira chegada são-paulina, em chute rasteiro de Hernanes, que saiu à esquerda do gol uruguaio. Cinco minutos depois, após troca de passes na entrada da área, Hernanes bateu, e Silva defendeu.







Já mais estabilizado em campo, o São Paulo abriu o marcador aos 39min. Borges recebeu de Jean dentro da área, pelo lado esquerdo, e, de canhota, fuzilou no ângulo de Silva. Foi o terceiro gol do camisa 17 na Taça Libertadores da América. Três minutos depois, Jorge Wagner arriscou de fora da área, e Silva defendeu em dois tempos. Foi o último lance de perigo do primeiro tempo.




Etapa complementar



Em vantagem no marcador, o São Paulo voltou para o segundo tempo jogando como mais gosta, ou seja, valorizando ao extremo a posse de bola e buscando o contra-ataque para matar o jogo. Já o Defensor, apoiado por sua torcida, seguiu buscando o ataque. Com isso, o jogo ficou mais aberto.



Aos 8min, Vera disparou de fora da área, e Rogério Ceni defendeu bem, no canto direito. Dois minutos depois, o goleiro são-paulino voltou a trabalhar, fazendo uma defesa nos pés de Mora, que se preparava para chutar.



Aos 15min, o técnico do Defensor, Jorge da Silva, partiu para o tudo ou nada, colocando mais dois atacantes em campo (Vila e Navarro). O time foi para o abafa. A torcida, nas arquibancadas do Centenário, veio junto. A equipe criou duas chances, mas pecou nas finalizações. E, no contra-ataque, Jean, em chute de fora da área, exigiu boa defesa de Silva.



O tempo passava, e o panorama da partida não mudava. O Defensor tomava a iniciativa, sem levar perigo, e o Tricolor, no contra-ataque, assustava. Aos 29min, Washington arriscou de fora da área, e a bola raspou a trave esquerda uruguaia.



Pressão final



Seis minutos depois, o técnico Muricy Ramalho promoveu a primeira alteração no São Paulo, com a entrada de Richarlyson na vaga de Arouca. Com isso, Jean foi para a ala direita. O Defensor, já na base do desespero e sem organização, foi para cima de qualquer jeito. E, aos 40min, o empate quase saiu. Após cobrança de escanteio pela esquerda, Curbelo pegou a sobra e bateu de pé direito, no canto esquerdo de Rogério Ceni. A bola desviou em Navarro e foi para o lado direito. Caprichosamente, raspou a trave direita e saiu.



No lance seguinte, o São Paulo teve a chance de matar a partida. Washington recebeu na área e ficou cara a cara com Silva. O camisa 9 quis bater por cobertura e praticamente recuou para o goleiro. Esse vacilo quase custou caro. Já nos descontos, Renato Silva perdeu no alto para Ferreira, e Navarro, livre na pequena área, bateu à direita do gol são-paulino. Depois, foi só esperar o apito final para comemorar a sofrida e importante vitória.



Ficha técnica:
DEFENSOR 0 x 1 SÃO PAULO
DEFENSOR
Martín Silva, Pablo Pintos, Jorge Curbelo, Mario Rizzo e Sebastián Ariosa; Julio Marchart, Miguel Amado, Pablo Gaglianone (Diego Ferreira) e Diego de Souza (Mauro Vila); Rodrigo Mora (Álvaro Navarro) e Diego Vera.
Técnico: Jorge da Silva.
SÃO PAULO
Rogério Ceni, Rodrigo, Renato Silva e Miranda; Arouca (Richarlyson), Jean, Hernanes, Jorge Wagner e Junior Cesar (Aislan); Borges e Washington.
Técnico: Muricy Ramalho.
Gol: Borges, aos 39min do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Mora (Defensor). Washington, Junior Cesar, Jorge Wagner, Rogério Ceni e Rodrigo (São Paulo).
Estádio: Centenário, em Montevidéu (URU). Data: 18/03/2009.
Árbitro: Carlos Amarilla (PAR).
Auxiliares: Nicolás Yegros (PAR) e Rodney Aquino (PAR).




CRUZEIRO (BRA) 2X0 UNIVERSITARIO SUCRE (BOL)
Cruzeiro vence o Universitario de Sucre e encaminha a classificação para as oitavas






O torcedor do Cruzeiro que foi ao Mineirão viu o time no estilo dos antigos discos de vinil: com os lados A e B. Nesta quarta-feira, pela quarta rodada do Grupo 5 da Libertadores, a equipe fez um primeiro tempo muito ruim, mas melhorou na etapa final e conquistou a vitória por 2 a 0, gols de Wellington Paulista.



O resultado mantém o time mineiro na liderança e muito perto da classificação para as oitavas-de-final. São dez pontos conquistados em quatro jogos. A vaga ainda não está garantida e será preciso aguardar o resultado desta quinta-feira. O Estudiantes-ARG, com três pontos, recebe o Deportivo Quito, que tem cinco. Em caso de vitória dos equatorianos, a equipe celeste estará classificada. Os bolivianos, com um ponto, estão eliminados.


Na quinta rodada, dia 8 de abril, o Cruzeiro visita o Estudiantes de La Plata, da Argentina. No dia 14, o Universitario de Sucre também joga como visitante. A partida será contra o Deportivo Quito, no Equador.


Confira a classificação completa da Taça Libertadores




Sucre recuado? Longe disso...






Nervosismo. Este foi o principal defeito do Cruzeiro no início da partida. Talvez tenha sido surpreendido com a postura ofensiva dos bolivianos. O Universitario não se fechou tanto e manteve dois atacantes. Resultado: assustaram primeiro.

Aos 5 minutos, após cobrança de escanteio, o grisalho atacante Sillero se antecipou ao zagueiro, conseguiu um leve desvio de cabeça, e a bola passou na frente do gol de Fábio. Sorte que ninguém vestido de vermelho concluiu.

Três minutos depois, uma das características marcantes do time celeste apareceu. Thiago Ribeiro esperou a passagem de Jonathan, o lateral-direito invadiu a área e bateu cruzado. Desta vez não havia ninguém de azul para chutar.

Aos poucos, a Raposa começou a sair da toca. Aos 14, Ramires lançou Wellington Paulista na área com a habitual categoria, o atacante escorou para Thiago Ribeiro, mas Lampe fez grande defesa com o peito. O lance gerou um escanteio e a irritação do técnico Adilson Batista. Depois da cobrança, o camisa 11 pegou de primeira da entrada da área, e a bola passou muito perto.

Fogo de palha






Parecia que o Cruzeiro ia embalar, mas, aos 16 minutos, Wagner, machucado, deu lugar a Gerson Magrão. Adilson perdeu uma peça importante na articulação das jogadas, e a responsabilidade ficou principalmente com Ramires.


O time brasileiro errava muitos passes e atuava de forma centralizada. Tanto que só conseguiu levar perigo novamente quinze minutos depois. Wellington Paulista invadiu a área, se enroscou com o zagueiro, mas conseguiu cruzar. Gerson Magrão superou a marcação na subida, mas a cabeçada saiu fraquinha, fraquinha.



Com 34 minutos, Thiago Ribeiro levantou a bola na área, Wellington Paulista cabeceou muito perto do gol, mas a bola foi para fora. A arbitragem marcou impedimento, mas a condição era legal. Fim de um primeiro tempo chato, com 0 a 0 incômodo.



Esta é a cara do Cruzeiro






Antes de a bola rolar na etapa final, os jogadores do Cruzeiro se reuniram no centro do campo para tentar corrigir os muitos erros que cometeram. O papo mexeu com a postura do time. Aos 3, Jonathan recebeu lançamento na ponta direita, dominou bonito e tirou o marcador com um único toque, sem deixar a bola cair. Mas depois de invadir a área, abaixou a cabeça e bateu muito mal para o gol. Faltou caprichar...




Mais agressivo na marcação e objetivo no ataque, o time de Adilson Batista melhorou. Wellington Paulista, louco para fazer o primeiro gol dele em uma edição de Libertadores, soltou a bomba de fora da área. A bola explodiu no peito de Lampe, e o goleiro defendeu em dois tempos, aos 9.



Um minuto depois, finalmente o ataque celeste encaixou. Gerson Magrão foi lançado na área por Ramires, o meia driblou o goleiro Lampe e foi derrubado na área. Na cobrança, Wellington Paulista bateu rasteiro, no canto direito do boliviano: 1 a 0, comemoração empolgada, e sonho de artilheiro realizado.



Aos 17, o zagueiro Aguirre agrediu Thiago Ribeiro, fora do lance, com um soco e recebeu cartão vermelho direto. Raposa em vantagem no placar e numérica. Dois minutos depois, Ramires fez o segundo, mas estava impedido.



Mas o que seria do Cruzeiro sem Fábio? Aos 32, Raimondi acertou uma bomba, e o camisa 1 fez grande defesa para evitar o empate no Mineirão. Algumas oportunidades de gol foram criadas pelo time brasileiro. Uma delas, em especial, merecia entrar. O lateral-esquerdo Sorín, capitão do time, tentou uma bicicleta quase na pequena área, aos 43, mas bola saiu pela linha de fundo.



Aos 45 minutos, Wellington Paulista se encarregou de dar números finais ao jogo. Ele recebeu passe de Wanderley e bateu com estilo, no cantinho, para ampliar: 2 a 0. Dever de casa feito, e vaga na próxima fase na mão. Além disso, a invencibilidade no ano continua. São 15 jogos: retrospecto de onze vitórias e quatro empates.



Ficha técnica:
CRUZEIRO 2 x 0 UNIVERSITARIO DE SUCRE
CRUZEIRO
Fábio, Jonathan (Jancarlos), Thiago Heleno, Leonardo Silva e Sorín; Marquinhos Paraná, Fabrício, Ramires e Wagner (Gerson Magrão); Thiago Ribeiro (Wanderley) e Wellington Paulista.
Técnico: Adilson Batista.
UNIVERSITARIO DE SUCRE
Lampe, Bejarano, Aguirre, Rivero e Zabala; Ribera, Lima, Saucedo e Gomes (Vanderlei dos Santos); Raimondi e Sillero (Dimas).
Técnico: Eduardo Villegas.
Gols: Wellington Paulista, aos 12 e aos 45 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Gerson Magrão (Cruzeiro); Lampe e Zabala (Univ. de Sucre)
Cartão vermelho: Aguirre (Univ. de Sucre)
Estádio: Mineirão. Data: 18/03/2009.
Árbitro: Frederico Beligoy (ARG).
Auxiliares: Norberto Moyano (ARG) e Julio Ayala (ARG).



SAN LUIS (MEX) 2X2 UNIVERSITARIO (PER)
Universitario arranca empate no último minuto contra o San Luis no México






O San Luis recebeu o Universitario, do Peru, na noite desta quarta-feira (madrugada de quinta no horário de Brasília) e acabou cedendo o empate em 2 a 2 no último minuto do jogo. O resultado do jogo que fechou a quarta rodada do Grupo 8 da Taça Libertadores, foi importantíssimo para a equipe peruana, que está em segundo lugar, com cinco pontos, a sete do líder Libertad, do Paraguai, que tem 100% de aproveitamento.



Para a equipe mexicana foi péssimo o empate, já que está em último lugar, com apenas dois pontos ganhos. Em terceiro está o San Lorenzo, da Argentina, com três.



José Reyes abriu o placar para o San Luis aos 25 minutos da primeira etapa, e Piero Alva empatou nove minutos depois. No segundo tempo, Orozco pôs os mexicanos na frente aos 20 e Gianfranco Labarthe igualou o marcador aos 45.