O Marília deixa a zona de rebaixamento e respira um pouco mais aliviado
Dois jogos abriram a noite desta quinta-feira no encerramento da 10ª rodada do Campeonato Paulista, mas apenas uma equipe teve razões para comemorar o resultado. Jogando em casa, no estádio Bento de Abreu Sampaio Vidal, o Marília empatou em 2 a 2 com o Guaratinguetá e deixou a zona de rebaixamento, chegando aos nove pontos e subindo da 19ª para a 16ª colocação, com um jogo a menos (assista aos gols do jogo no vídeo ao lado).
A situação poderia ser melhor, não fosse o empate pelo mesmo placar entre Bragantino e Santos, no Marcelo Stefani. O time de Bragança Paulista chegou aos mesmos nove pontos, leva vantagem no saldo de gols (três negativos contra oito negativos) e ainda tem melhor ataque (13 contra 11), tomando a 15ª posição do Marília..
Os donos da casa abriram o placar com Abuda, aos 39 minutos do primeiro tempo, mas um pane nos 15 primeiros minutos da etapa final permitiu a reação do adversário. Rodrigão e Nené marcaram aos dois e 14 minutos, respectivamente, e viraram para o Guaratinguetá. Mas Abuda, novamente ele, garantiu ao menos um ponto ao decretar o empate aos 29.
O Marília volta a campo no próximo domingo, novamente em casa, mas desta vez contra o vice-líder Corinthians, às 18h30m. Já o Guaratinguetá, que tem 11 pontos e está em 12º lugar, recebe o Mirassol no estádio Professor Dario Rodrigues Leite, também no domingo, no mesmo horário.
MIRASSOL 2X2 PONTE PRETA
Ponte Preta perde a chance de encostar no G-4
Na luta para se aproximar do G-4, Mirassol e Ponte Preta se enfrentaram no José Maria de Campos Maia, e o resultado não foi diferente: empate em 2 a 2. A Macaca chegou a abrir vantagem no placar com Gum, aos 26, e Leandrinho, aos 29, mas não conseguiu segurar o resultado. Os donos da casa diminuíram ainda nos acréscimos do primeiro tempo, aos 47, com Leandro Fonseca, e Luís Ricardo, aos oito da segunda etapa, deu números finais à partida (assista aos gols da partida no vídeo ao lado).
A Ponte agora em 15 pontos, mas poderia ter chegado aos 17, um a menos que a Portuguesa, que ocupa a quarta posição - a Macaca levaria vantagem sobre o Santos, que tem 17, nos critérios de desempate. O próximo compromisso do time, sétimo colocado, é no domingo, no Moisés Lucarelli, às 16h, contra o Mogi Mirim. No mesmo dia, o Mirassol, em nono lugar com 14 pontos, enfrenta o Guaratinguetá, fora de casa, às 18h30m.
BRAGANTINO 2X2 SANTOS
Santos reage, mas não consegue virar sobre o Bragantino e está fora do G-4
Após ser totalmente dominado no primeiro tempo pelo Bragantino e sair perdendo por 2 a 0 no primeiro tempo, o Santos conseguiu reagir, arrancou um empate na etapa final e não virou porque faltou capricho nas finalizações. O 2 a 2 tira o Alvinegro Praiano do G-4: com 17 pontos, o time agora está em quinto lugar no Paulistão. Já o Braga, jogou com um a menos a partir dos 22 minutos do segundo tempo, tem nove pontos e está em 15º lugar, ainda ameaçado pelo rebaixamento.
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Braga engole o Peixe
Uma defesa que marcou mal, um meio-de-campo descoordenado e um ataque que teve um jogador isolado sem conseguir receber passes. Esse foi o retrato do Santos na primeira etapa. Tanto que, com 26 minutos de jogo, Fábio Costa já havia feito três grandes defesas e sofrido um gol. Enquanto o Braga envolvia o Peixe com bom toque de bola, a equipe praiana mal conseguia trocar dois passes. Para piorar, aos 22 minutos, Kléber Pereira, com dores na coxa esquerda, deixou o jogo. Roni entrou em seu lugar.
O time de Bragança dominou o jogo desde a saída. Começou arriscando chutes de fora área, obrigando Fábio Costa a trabalhar bem. Depois, começou a tocar a bola mais perto da área, encurralando o Peixe, que estava muito recuado. Aos 14, Gabriel soltou a bomba de direita em cobrança de falta de dentro da meia-lua, e Fábio Costa espalmou. A não ser por uma bola que Kléber Pereira acertou no travessão, aos 19, o Santos não fez mais nada.
Pelo que o jogo demonstrava, o gol do Bragantino não tardaria a sair. Aos 23, Malaquias recebeu em posição de impedimento e rolou na saída de Fábio Costa. O gol irregular não tira os méritos do time do interior, que mereceu sair na frente.
O esquema de Vagner Mancini, com dois volantes, três meias e apenas um atacante não funcionou. Nenhum dos três meias, Madson, Molina e Robson, encostava no ataque. Além disso, o trio parecia perdido em campo, sem conseguir coordenar jogadas. Assim, a missão do Braga ficava facilitada.
Aos 39, o segundo gol. Após cobrança de escanteio da direita, Fábio Costa saiu mal e não conseguiu tirar a bola, que sobrou para Marcelo Godri, livre, empurrar para a rede. Fábio Costa reclamou que foi empurrado por Malaquias no lance.
Mancini mexe e time melhora
Graças ao cartão amarelo que Triguinho levou no primeiro tempo, Vagner Mancini consertou o Peixe na etapa final. O lateral seguia abusando das faltas e poderia ser expulso a qualquer momento. Mancini então o tirou da partida, colocando o zagueiro Domingos. O Peixe passou a atuar com três defensores, com Madson deslocado para a esquerda, jogando quase como um ponta.
A equipe melhorou. A zaga passou a vigiar bem os atacantes adversários, o meio-de-campo começou a trocar passes melhores, e Roni passou a ter companhia na frente. Mais encorpado, o Alvinegro diminuiu aos 13. Madson cobrou escanteio da esquerda, e Rodrigo Souto se antecipou à defesa e escorou bem de cabeça.
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Aos 22, Thiago Almeida tentou acertar um chute em Madson e acabou expulso. Com um jogador a mais, o Peixe alugou o meio-de-campo e passou a rondar ainda mais a área adversária. Aos 27, Fabão fez um bom cruzamento pela direita, e Molina pegou de primeira, de canhota. O goleiro ainda desviou a bola, mas não o suficiente para tirá-la do gol. Estava empatada a partida.
A partir daí, o Braga mal passou do meio-de-campo. O Peixe encurralou o adversário e passou a martelar, mas desperdiçou chances. Robson, aos 33, recebeu livre na pequena área, mas acabou desarmado por Gabriel. O Santos estava tão adiantado que Fabiano Eller jogava como meia pela esquerda, combinando jogadas com Madson. No fim, um susto: em cobrança de falta, Pará, do Bragantino, carimbou o travessão de Fábio Costa. Contudo, o placar de 2 a 2 permaneceu até o apito final.
Ficha técnica:
BRAGANTINO 2 x 2 SANTOS
BRAGANTINO
Gilvan, Marcelo Godri, Gabriel e César Gaúcho; Thiago Almeida, Moradei, Adãozinho (Adriano), Somália e Pará; Malaquias (Da Silva) e Nunes (Bill).
Técnico: Marcelo Veiga.
SANTOS
Fábio Costa, Luizinho (Pará), Fabão, Fabiano Eller e Triguinho (Domingos); Roberto Brum, Rodrigo Souto, Molina, Madson e Róbson; Kléber Pereira (Roni).
Técnico: Vagner Mancini.
Gols: Malaquias, aos 23, Marcelo Godri, aos 39 do primeiro tempo; Rodrigo Souto, aos 13, Molina, aos 27.
Cartões amarelos: Malaquias, Somália (Bragantino), Triguinho (Santos);
Cartão vermelho: Thiago Almeida (Bragantino).
Estádio: Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista. Data: 26/02/2009.
Árbitro: Paulo Roberto Ferreira.
Auxiliares: Rafael Ferreira da Silva e Rogerio Pablos Zanardo.
SÃO PAULO 3X0 OESTE
Tricolor bate Oeste com tranquilidade

O São Paulo bem que poderia ter marcado mais gols, mas fez seu papel e venceu o Oeste por 3 a 0, na noite desta quinta-feira, no Morumbi, pelo Paulistão. Pouco menos de 5 mil torcedores estiveram no estádio para acompanhar a partida, que registrou o retorno de Rogério Ceni ao gol tricolor, após cinco partidas sem ser titular, por conta de uma lesão na coxa direita. Washington, que não marcava há três partidas, voltou a balançar a rede. E Hernanes marcou um belo gol. Tudo tranquilo para o anfitrião.
Com o resultado, o Tricolor tem agora 23 pontos e segue na terceira posição. O Oeste tem 11 pontos, na 13ª colocação. Na próxima rodada, o time da capital encara o Santos na Vila Belmiro, no domingo, e a equipe de Itápolis enfrenta o Paulista, em Jundiaí, no mesmo dia.
Esquema diferente e gol de Washington
Satisfeito com o bom entendimento de Jorge Wagner e Junio Cesar pela esquerda na partida contra o Barueri, o técnico Muricy Ramalho manteve a parceria nesta partida e adiantou Hernanes para a armação. Com isso, Arouca ganhou uma oportunidade ao lado de Jean na cabeça-de-área. O treinador colocou dois zagueiros em campo, mas Zé Luis, que estava na direita, também ajudava a zaga.
O São Paulo começou a partida pressionando o Oeste desde o primeiro minuto. Aos seis, Washington foi impedido de finalizar pela zaga adversária. Aos 11, Borges chutou de longe e Weverton espalmou. Aos 20, a melhor chance tricolor: após cruzamento na área, André Dias rebateu de cabeça, e a bola só não entrou porque o camisa 1 do time de Itápolis impediu o gol.
O dono da casa continuou criando, mas começou a ter dificuldades de entrar na área do Oeste, que se fechou ainda mais. O Tricolor tentou muito com bolas alçadas, e apesar de ter dois jogadores habilidosos pelo lado esquerdo, atacou mais pela direita, com Zé Luis.
O gol saiu aos 37 minutos, mas não aconteceu pelos lados. Jean desceu pelo meio, passou por dois adversários e tocou para Washington que, na área, protegeu a bola, girou e chutou para a rede: 1 a 0 para o São Paulo (assista ao vídeo). Foi o quinto gol de Washington com a camisa tricolor. E o time foi para o intervalo com a vitória parcial, mas ciente de que poderia ter um placar mais amplo por causa das chances desperdiçadas. Rogério Ceni, em seus primeiros 45 minutos de volta à equipe, terminou a primeira etapa sem sujar o uniforme. Um retorno mais do que tranquilo ao time do São Paulo.
Borges só encontra a trave, mas Tricolor faz dois
O Oeste voltou para o segundo tempo sem Nei Paraíba e com Mirandinha na frente. O objetivo era dar mais velocidade na frente para o visitante. O time até se aproximou mais da área de Ceni, mas sem muita eficiência. O melhor chute foi de Mirandinha, aos sete minutos, mas ainda assim saiu fraco e com fácil defesa para o camisa 1 tricolor.
O dono da casa seguia perdendo chances de gol. Hernanes tentava através dos cruzamentos. E o lado esquerdo, não tão acionado no primeiro tempo, produzia mais no segundo, mas ainda sem a eficiência da última partida. Aos 16, o próprio Hernanes cansou de cruzar e chutou forte, obrigando Weverton a fazer uma defesa difícil.
Dois minutos depois, o gol não saiu por uma questão de centímetros. Borges arriscou o chute, mas a bola carimbou a trave esquerda de Weverton, que apenas rezou para que ela não entrasse. Aos 18, o camisa 17 quase marcou novamente, desta vez de cabeça, após cruzamento de Zé Luis. Weverton espalmou com a ponta dos dedos e colocou por cima do travessão.
Borges acertou novamente a trave, desta vez em uma cabeçada. Olhou para o céu, inconformado. Mas André Dias garantiu o segundo gol aos 28, também pelo alto. Hernanes cobrou falta pela direita e botou a bola na cabeça do zagueiro, que comemorou desenhando um coração no ar: 2 a 0.
Muricy voltou ao 3-5-2 ao tirar Junior Cesar, deslocar Jorge Wagner para a lateral e colocar Hugo em campo. Renato Silva também entrou na partida, compondo a zaga com três. Washington saiu mais cedo para descansar. O Tricolor perdeu mais oportunidades, principalmente com Borges. Mas finalizou o placar aos 42, com uma linda jogada. Jean, de calcanhar, passou para Hernanes bater com categoria, sem chances para Weverton (assista ao lance). Ótimo jeito de fechar a noite dos são-paulinos.
Ficha técnica:
SÃO PAULO 3 x 0 OESTE
SÃO PAULO
Rogério Ceni; Zé Luis, Andrés Dias, Miranda (Rodrigo) e Junior Cesar (Renato Silva); Jean, Arouca, Hernanes e Jorge Wagner; Borges e Washington (Hugo).
Técnico: Muricy Ramalho.
OESTE
Weverton; Dede, Dezinho, Adriano e Mazinho (Luiz Carlos); Luciano Santos, Dias, Dionísio e Vander (Luizinho); Caíque e Nei Paraíba (Mirandinha).
Técnico: Marco Antônio.
Gols: Washington, aos 37 minutos do primeiro tempo; André Dias, aos 28 minutos, Hernanes, aos 42 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Borges (São Paulo); Dede, Vander (Oeste).
Estádio: Morumbi. Data: 26/02/2009.
Árbitro: Robério Pereira Pires.
Auxiliares: Junivan Rodrigues de Souza e Matheus Camolesi.