quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Campeonato Carioca:Taça Guanabara

BANGU 1X2 FLAMENGO
Em mais um jogo com arbitragem polêmica, Fla vence o Bangu no finzinho






A esperança dos torcedores rubro-negros era a de que a estreia ruim do Flamengo no Campeonato Carioca no último domingo tivesse sido por acaso. Mas, o que se viu nesta quinta à tarde no estádio da Cidadania, em Volta Redonda, foram os mesmos erros e a falta de organização do time. Apesar disso, o Fla conseguiu vencer o Bangu por 2 a 1, de virada, aos 45 minutos do segundo tempo. Outro lado negativo da partida foi o desempenho do trio de arbitragem, comandado por Djalma Beltrami, que errou em três lances capitais. E ainda houve pelo menos outras três jogadas polêmicas (assista ao vídeo).



Com o resultado, o Fla foi aos seis pontos na tabela do Grupo B e fica na liderança. O time de Moça Bonita continua com zero, na lanterna. Na próxima rodada, o Rubro-Negro volta a jogar na Cidade do Aço, domingo, contra o Volta Redonda, às 17 horas. O Bangu enfrenta o Macaé, fora de casa, no mesmo dia, só que às 16h.



Obina perde pênalti, e torcida do Bangu aplaude



O Flamengo começou o jogo sem a menor organização tática e muito desconcentrado. Tanto é que em menos de três minutos, já havia errado quatro passes, sendo dois de Kleberson. O Bangu se mostrava um tanto assustado, afoito quando tinha a posse de bola. Apenas os atacantes Somália e Bruno Luiz davam trabalho à zaga rubro-negra.

Aos poucos, o time de Moça Bonita foi se sentindo mais solto, principalmente pela péssima partida que fazia o meio-campo do Fla. Ibson, Kleberson e Everton não conseguiam criar nada, e Obina permanecia isolado no ataque. Juan, o único um pouco mais inspirado, era quem tentava a maioria das jogadas. Aos 21, a primeira jogada trabalhada do Fla. Leo Moura chegou à linha de fundo e cruzou. Obina completou de cabeça, mas a bola saiu à esquerda de Diogo.



Aos 29, Juan cobrou falta da intermediária, Fábio Luciano subiu bem, mas Diogo espalmou antes mesmo de o capitão do Fla tocar com a cabeça na bola. Aos 33, Obina recebeu lançamento de Leo Moura, matou no peito, deu um chapéu no zagueiro e chutou de voleio. Diogo fez outra boa defesa. Aos 37, Bruno Luiz fez uma falta violenta sobre Aírton, com uma tesoura por trás além de dois socos, mas o árbitro deu apenas cartão amarelo para o jogador do Bangu.



No minuto seguinte, pênalti sobre Juan. O lateral driblou Uilian e foi derrubado na área. Obina cobrou, com direito a paradinha, e perdeu. A bola bateu na trave esquerda e quase saiu pela lateral direita de Diogo. Um detalhe importante é o fato de o atacante não estar nem entre os três cobradores oficiais do time, que são Ibson, Leo Moura e Marcelinho Paraíba, sendo que o último começou a partida na reserva. Logo após o erro de Obina, a pequena torcida do Bangu presente ao estádio da Cidadania gritou, ironicamente, o seu nome. Fim de primeiro tempo: 0 a 0.


Segundo tempo para corações fortes



Insatisfeito com o rendimento do time, no intervalo, o técnico Cuca tirou Kleberson, que fez um péssimo primeiro tempo, e pôs o atacante Maxi em seu lugar. Em relação à criatividade no meio-campo, Ibson até que melhorou um pouco, mas o mesmo não ocorreu com Everton, que errava tudo que tentava. Aos 10, Willians cruzou da direita, Obina tocou bem de cabeça, mas Diogo impediu o primeiro do Fla.






Aos 12, o Bangu abriu o placar. Douglas Silva chutou forte da esquerda, a bola bateu na trave esquerda de Bruno, raspou em Somália, que estava impedido, e sobrou para Rafael Soeiro empurrar para o fundo das redes. Logo em seguida, a torcida rubro-negra começou a pedir a entrada de Jônatas. E Cuca prontamente atendeu, colocando-o na vaga de Aírton.



E assim foi o Flamengo em busca de, pelo menos, um empate. Aos 23, Leo Moura pegou rebote na entrada da área e mandou uma bomba, à esquerda de Diogo. Aos poucos, a impaciência foi tomando conta dos jogadores rubro-negros em campo, e dos torcedores nas arquibancadas.



Aos 35, Marcelinho Paraíba, que havia entrado no lugar de Juan, chutou de fora da área, por cima do gol, assustando o goleiro alvirrubro. Aos 37, foi a vez de Maxi arriscar pelo lado esquerdo e chutar. Diogo espalmou a escanteio. Um minuto depois, Marcelinho de novo. O meia chutou de longa distância, no ângulo esquerdo, mas Diogo foi lá e salvou o que seria o gol de empate.



Aos 39, Ibson mandou uma bomba de fora da área e acertou o travessão. Pressão rubro-negra. Aos 40, mais um pênalti a favor do Flamengo. Maxi entrou na área e, em lance duvidoso, caiu. Djalmi Beltrami entendeu que o atacante havia sido calçado. Marcelinho Paraíba cobrou bem e empatou a partida.



Aos 42, mais um lance polêmico: Marcelinho cruzou de perna direita, Everton completou para as redes, mas o auxliar assinalou impedimento, de forma equivocada. Em seguida, outro erro, agora a favor do Fla. Bruno Luiz recebeu a bola em condição legal de frente para Bruno, fez o gol, mas foi dado novo impedimento, apesar de o atacante estar atrás da linha da bola no momento do passe.



Até que aos 45, Ronaldo Angelim fez o gol da virada. Marcelinho Paraíba cobrou escanteio da esquerda, e o zagueiro completou de cabeça. Ibson ainda atrapalhou a visão do goleiro, e a bola entrou em seu canto esquerdo. Fim de jogo e, após um sufoco danado e muita polêmica na arbitragem, os rubro-negros puderam comemorar mais uma vitória.





Ficha técnica:
BANGU 1 x 2 FLAMENGO
BANGU
Diogo; Uilian (Flavinho), Abílio, André Oliveira e Marcio Cleick; Edinho, Douglas Silva e Paulo Roberto (Rafael Soeiro) e Marcus Vinícius; Somália (Sassa) e Bruno Luiz.
Técnico: Edson Souza.
FLAMENGO
Bruno; Aírton (Jônatas), Fábio Luciano e Ronaldo Angelim; Leo Moura, Willians, Kleberson (Maxi), Ibson e Juan (Marcelinho Paraíba); Everton e Obina.
Técnico: Cuca.
Gols: Rafael Soreiro, aos 12 minutos, Marcelinho Paraíba, aos 40, e Ronaldo Angelim, aos 45 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Edinho, Douglas Silva, Bruno Luiz, Diogo, Marcus Vinícius, Márcio Cleick (BAN); Ibson (Fla)
Renda: R$ 64.330 Público: 6.027 presentes/ 4.694 pagantes
Estádio: da Cidadania. Data: 29/01/2009.
Árbitro: Djalma Beltrami.
Auxiliares: Dilbert Pedrosa e Cláudio Soares.



FRIBURGUENSE 0X0 MESQUITA
Mesquita e Friburguense ficam no 0 a 0


Apesar da vitória por 2 a 1 do Flamengo sobre o Bangu, em Volta Redonda, bastava ao Mesquita uma vitória sobre o Friburguense, no estádio Eduardo Guinle, para continuar líder do Grupo B da Taça Guanabara, primeiro turno do Campeonato Carioca - o time levaria vantagem no saldo de gols (teria ao menos um a mais que o Rubro-Negro). No entanto, a equipe ficou no empate em 0 a 0 com o time serrano e caiu duas posições.

Com o resultado, o Mesquita, que na estreia derrotou o Bangu por 3 a 1, soma quatro pontos e está em terceiro lugar, uma vez que o Botafogo derrotou o Macaé no complemento da rodada. O próximo compromisso do time é no próximo domingo, às 19h10m, justamente contra o Alvinegro de General Severiano, no estádio Los Larios, do Tigres.

O Friburguense, derrotado por 1 a 0 pelo Flamengo na primeira rodada, conquistou seu primeiro ponto e é o sexto colocado. Domingo, às 16h30m, volta a jogar em casa, desta vez contra o Boavista.



BOTAFOGO 1X0 MACAÉ
Estreantes no Engenhão brilham, e Botafogo vence o Macaé






Nem de longe o Botafogo repetiu a atuação e o placar do ano passado. Mas um ano depois, o Alvinegro voltou a vencer o Macaé, desta vez por 1 a 0, mas que foi muito importante. Com o resultado, a equipe se igualou ao Flamengo na liderança do Grupo B da Taça Guanabara, com seis pontos em duas partidas - fica atrás apenas no número de cartões amarelos (9 a 4). O resultado ainda representou o fim de um jejum de cinco confrontos sem vitórias no Engenhão.



O típico temporal de verão que caiu cerca de 15 minutos antes do início da partida fez o Botafogo entrar em campo preocupado, devido ao estado ruim do gramado do Engenhão. Mas o público reduzido que compareceu ao estádio não se intimidou pela água e recebeu os jogadores com muita festa.

E com isso, até mesmo aqueles que estreavam no Engenhão não se intimidaram. Tanto é que logo aos seis minutos, Léo Silva e Victor Simões, que jogavam pela primeira vez no estádio, construíram o primeiro gol do Botafogo. O volante deu um belo passe rasteiro para o atacante, que recebeu na grande área e tocou no canto direito de Darci, fazendo 1 a 0.

Nesta altura do jogo, o Macaé incomodava o Botafogo, usando o contra-ataque como arma. A equipe visitante ainda tentava surpreender chutando de longe, apostando que o gramado molhado poderia surpreender Renan. Aos 21 minutos, André Gomes arriscou de fora da área, obrigando o goleiro a fazer boa defesa.

Mas o Alvinegro optava pelos toques rasteiros, sem se importar com o fato de a bola correr em demasia. E dessa forma levou perigo ao gol do Macaé após uma sequência de passes, que começou pelo lado direito e terminou com o cruzamento de Eduardo pela esquerda e a cabeçada de Diego, para fora.

Não era apenas na velocidade que o Botafogo levava perigo. Aos 26 minutos, Juninho bem que tentou matar a saudade da torcida, que sonhava rever a bomba no Engenhão. O zagueiro cobrou falta de longe, mas Darci espalmou para fora. Na cobrança de escanteio, Eduardo cruzou com precisão para Victor Simões, que cabeceou rente à trave adversária.

Apesar da superioridade alvinegra, o Macaé assustou, se aproveitando de um erro de passe que iniciou um contra-ataque. Na sequência, Marciano arriscou de fora da área, Renan espalmou para a frente e a bola sobrou para Jackson, que emendou de primeira, mas o goleiro defendeu à queima-roupa, aos 32 minutos. Renan voltou a brilhar em seguida, depois que Léo Gonçalves fez um belo passe, num lance que o Botafogo pediu saída de bola pela lateral. Jackson apareceu livre, frente a frente com o camisa 1, que saiu por baixo e evitou o empate.

Mas o primeiro tempo não terminou sem o Botafogo assustar o Macaé mais uma vez. Em mais um belo cruzamento, Eduardo encontrou Diego, que subiu para cabecear, mas acertou o travessão, aos 47 minutos.



O Botafogo voltou para o segundo tempo com duas modificações. Léo Silva e Diego deram lugar a Batista e Túlio Souza, respectivamente, com Lucas Silva deslocado para o ataque. A equipe voltou atuando em ritmo mais lento, e o primeiro lance de perigo nasceu dos pés de quem estava inteiro fisicamente. Aos sete minutos, Batista fez uma bela jogada pela esquerda e cruzou para Lucas Silva, que tocou para fora. Pouco tempo depois, Juninho cobrou falta, a bola desviou na defesa e quase engana o goleiro Darci, que se esticou para defender.



Embora tenha mantido a pressão sobre o Macaé, o Botafogo se via preso pelo cansaço de seus jogadores. A equipe lutava, mas errava passes, o que fazia da jogada individual a melhor opção. Aos 22 minutos, Alessandro recebeu na entrada da área, driblou dois adversários e chutou de canhota, com a bola passando perto do gol adversário. Na arquibancada, a torcida pedia “mais um”.



A resposta veio em seguida. O Botafogo criou fôlego para aproveitar um contra-ataque que quase resultou em gol, aos 29 minutos. Maicosuel avançou pela esquerda e tocou no meio para Victor Simões, que chutou. O goleiro Darci fez mais uma boa defesa, evitando o que seria o segundo gol.



O clima da torcida no Engenhão foi de impaciência com os muitos erros de passe do Botafogo. A torcida não conteve a vaia em alguns lances, já que o desgaste físico fez cair a qualidade técnica. Houve momentos de tensão durante um período de domínio do Macaé, mas o Alvinegro conseguiu manter a posse de bola e segurar o placar até o fim.



Juniores - Na estreia do Botafogo no Campeonato Carioca da categoria, a equipe venceu por 3 a 1 o Macaé, no Caio Martins. Os gols do Alvinegro foram de Rodrigo Dantas (dois) e Renan.



Ficha técnica:
BOTAFOGO 1 x 0 MACAÉ
BOTAFOGO
Renan, Emerson, Leandro Guerreiro e Juninho; Alessandro, Léo Silva (Batista), Lucas Silva (Laio), Maicosuel e Eduardo; Diego (Túlio Souza) e Victor Simões.
Técnico: Ney Franco.
MACAÉ
Darci, Fred, André (Rodrigão), Helton e Bill (Everton); Léo Gonçalves, André Gomes (Marciel), Wallacer e Gláuber; Marciano e Jackson.
Técnico: Dário Lourenço.
Gols: Victor Simões, aos 6 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Léo Silva, Túlio Souza, Laio, Victor Simões (Botafogo); Helton, Jackson, André Gomes, Gláuber (Macaé).
Público: 8.409 pagantes. Renda: R$ 131.283,00
Estádio: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ). Data: 29/01/2009.
Árbitro: William de Souza Nery.
Auxiliares: Eduardo de Souza Couto e Alexandre Eller.