Com dois gols de Tartá, Flu empata no fim e garante invencibilidade na Taça Rio
A garotada do Fluminense mostrou vontade até o fim da partida e arrancou o empate por 2 a 2 com o Boavista, aos 44 minutos do segundo tempo, na tarde desta quinta-feira, no Maracanã. O grande destaque do jovem time tricolor foi Tartá, autor dos dois gols. Com o resultado, o Flu chegou a 19 pontos no Grupo A e permanece na segunda posição, agora dois pontos atrás do líder Vasco.
A equipe, que já está classificada para as semifinais, segue invicta na Taça Rio com seis vitórias e um empate. Carlos Alberto Parreira também segue sem saber o que é perder. Para ficar com o primeiro lugar da chave, o Tricolor tem de vencer o Fla e torcer por uma derrota vascaína contra o Bangu. Se vencer e os cruzmaltinos empatarem, a liderança será decidida nos critérios de desempate, e a equipe de São Januário no momento leva vantagem com 13 gols a nove de saldo.
Confira a classificação atualizada da Taça Rio
Na próxima rodada, o Tricolor terá o clássico contra o Flamengo, domingo, às 16h, no Maracanã. No mesmo dia e no mesmo horário, o Boavista recebe o Americano no estádio Eucyr Rezende, em Saquarema.
Flu começa melhor, mas permite reação
Mesmo com um time formado basicamente por jogadores reservas e jovens revelações, o Fluminense começou melhor que o Boavista na partida. O zagueiro Cássio sentiu-se mal na concentração e foi substituído por Dalton. A falta de entrosamento não pesou muito, e a troca de passes rápidos, com viradas de jogo, foi a tônica do time tricolor nos primeiros 45 minutos.
A primeira finalização perigosa aconteceu aos 11 minutos. Marquinho cobrou falta pela esquerda de ataque, e Roger cabeceou para a defesa do goleiro Vinicius. O time tricolor continuou dominando as ações e, aos 20 minutos, abriu o placar. Roger sofreu pênalti que o árbitro não marcou. A bola sobrou na intermediária com Tartá. Ele dominou, avançou e soltou a bomba, acertando o ângulo esquerdo de Vinicius. Um golaço.
A vantagem fez mal para o time dentro de campo. O Tricolor recuou um pouco, e o Boavista passou a assustar o goleiro Fernando Henrique. Até que aos 39, o time de Saquarema chegou ao empate. Roberto Santos avançou pela direita e tocou para o meio da área. Tony chutou forte e empatou o jogo. E o 1 a 1 foi o placar da primeira etapa.
Tartá impede a derrota no fim
O Fluminense voltou para o segundo tempo com Romeu na vaga de Maurício no meio-de-campo. Aos sete, Roger chutou forte e quase desempatou, mas Vinicius fez boa defesa. Três minutos depois foi a vez de o Boavista assustar Fernando Henrique. Roberto Santos recebeu livre de marcação e entrou na área. Ele cruzou para trás, Tony girou em cima da defesa e chutou no canto direito. O goleiro tricolor voou na bola e fez excelente defesa, salvando o time tricolor.
Aos 11, o zagueiro Digão fez falta na entrada da área e o árbitro João Carlos Arruda expulsou o jogador, que já havia recebido o cartão amarelo anteriormente.
Com um jogador a mais em campo, o Boavista cresceu na partida e passou a pressionar o Flu. E o gol da virada aconteceu aos 32 minutos. Bruno Moreno lançou Paulo Rodrigues pela esquerda. Ele entrou na área e cruzou rasteiro, para Fernando Henrique rebater. A bola sobrou para Leandro Cruz, que chutou forte para virar a partida.
O Fluminense não desistiu e, com Alan no lugar de Roger, foi buscar o gol de empate, aos 44: Marquinho chutou cruzado pela direita, e Tartá, quase em cima da linha, tocou para o gol vazio, dando números finais ao placar: 2 a 2 e invencibilidade mantida na Taça Rio.
Assista no vídeo acima à analise do jogo da equipe da TV Globo
Ficha técnica:
FLUMINENSE 2 x 2 BOAVISTA
FLUMINENSE
Fernando Henrique; Mariano, Dalton, Digão e Leandro; Wellington Monteiro, Maurício (Romeu), Marquinho e Tartá; Maicon (Raphael Augusto) e Roger (Alan).
Técnico: C.A. Parreira
BOAVISTA
Vinicius; Flávio Medina, Pessanha, Santiago e Paulo Rodrigues; Bruno Moreno, Fernando Bob, Cocito (Leandro Cruz) e Têti (Edson Di); Tony e Roberto Santos (Felipe Adão)
Técnico: Jorge Perreco.
Gols: Tartá, aos 20, Tony, aos 39 minutos do primeiro tempo. Leandro Cruz, aos 33, Tartá, aos 44 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Digão (Fluminense); Cocito, Paulo Rodrigues, Fernando Bob (Boavista).
Cartão vermelho: Digão (Fluminense).
Estádio: Maracanã. Data: 02/04/2009.
Árbitro: João Carlos Arruda.
Auxiliares: Lino de Paula Neto e Lilian da Silva Bruno.
Renda: R$ 29.702,00.Público pagante: 4.489.Público presente: 4.950
FRIBUGUENSE 1X0 RESENDE
Friburguense vence o Resende e se livra de vez do rebaixamento
O Friburguense venceu o Resende por 1 a 0, nesta quinta-feira, no estádio Eduardo Guinle, e garantiu sua permanência na elite do Campeonato Carioca na próxima temporada. Com o resultado, a equipe de Nova Friburgo chegou a 12 pontos no Grupo B da Taça Rio e agora está na terceira posição. Na classificação geral, o Frizão chegou a 17 pontos e não pode mais ser alcançado pelo Cabofriense (primeiro na zona de descenso), que tem 12. A equipe ainda sonha chegar na semifinal.
O Resende, que também não corre risco de cair, permanece na sexta posição do Grupo A com sete pontos. O gol da partida foi marcado pelo zagueiro Cadão, aos 30 minutos do segundo tempo.
Na última rodada, domingo, às 16h, o Friburguense encara o Madureira fora de casa. O Resende, no mesmo horário, recebe o Botafogo em seu estádio.
BOTAFOGO 3X2 MADUREIRA
Gol no fim com comemoração efusiva garante vitória do Bota sobre o Madureira
Os jogadores do Botafogo não tiveram o apoio que pediram dos torcedores, mas mesmo assim se entregaram até o fim e venceram o Madureira por 3 a 2, com um gol de Túlio Souza, aos 49 minutos do segundo tempo. Apenas 1.380 pessoas pagaram para assistir à emocionante vitória, nesta quinta-feira, pela sétima rodada da Taça Rio, representando o menor público nas 50 partidas do Alvinegro no Engenhão. O resultado mantém a equipe dependendo apenas de si para chegar às semifinais. Túlio Souza foi o herói botafoguense, com um gol marcado aos 49 minutos do segundo tempo seguido de gritos de "cala a boca" para um torcedor que o criticava. Reinaldo e Leandro Guerreiro completaram o placar. Alex Alves e Jones descontaram para os visitantes.
Com o resultado, o Botafogo segue na segunda posição do Grupo B, com 13 pontos, e precisa vencer o Resende, neste domingo, às 16h, em Edson Passos, para praticamente confirmar a vaga na próxima fase. Com a mesma pontuação, o Bangu é o adversário direto do Glorioso, mas tem cinco gols a menos no saldo, 6 a 1. O time de Moça Bonita encara o Vasco na próxima rodada, no mesmo dia e horário que os demais times.
Time alvinegro joga muito mal no primeiro tempo

Embora tivesse prometido sufocar o Madureira desde o início, o Botafogo começou a partida em ritmo lento, talvez contagiado pelo escasso número de torcedores no Engenhão. O Alvinegro errava muitos passes e, com isso, não criava oportunidades consistentes. Recuado, o time visitante apenas esperava o momento certo para sair nos contra-ataques.
Da arquibancada, o torcedor podia ouvir com clareza as instruções do técnico Robson Gabriel aos jogadores do Madureira. Para contestar a arbitragem, Ney Franco nem precisava gritar com o bandeira. Até que a lentidão e a displicência do Botafogo tiveram a consequência. Aos 22 minutos, Alex Alves recebeu a bola na entrada da grande área, viu Renan adiantado e colocou com categoria por cobertura no ângulo esquerdo do goleiro, fazendo 1 a 0 para os visitantes. O atacante, que defendeu o Alvinegro de 2004 a 2005, preferiu não comemorar.
Apesar de pequeno, o público presente ao Engenhão fez barulho para vaiar Renan e Juninho quando ambos tocavam na bola. O zagueiro, inclusive, mostrou nervosismo e levou um cartão amarelo por reclamação - suspenso, ele não joga contra o Resende. O Botafogo despertou de seu sono apenas aos dez últimos minutos, mas não mostrou organização suficiente para que a pressão resultasse em gol.
Segunda etapa para corações fortes
O Botafogo voltou para o segundo tempo com duas modificações. Juninho e Batista, que levaram cartão amarelo na primeira etapa, foram substituídos por Léo Silva e Lucas Silva, respectivamente. Com isso, Fahel passou a atuar como zagueiro, e Maicosuel foi deslocado para fazer companhia a Reinaldo e Victor Simões no ataque.
Logo aos quatro minutos, foi a vez de Renan brilhar. Não o Botafogo, mas o do Madureira. Depois de cobrança de escanteio, a bola sobrou para Lucas Silva, que mandou uma bomba, defendida, no reflexo, pelo goleiro. O lance mostrou que o Alvinegro retornou do intervalo com mais disposição. No entanto, continuava desorganizado e errando muitos passes.
Mas foi na base da transpiração que o Bota chegou ao empate. Logo depois de defender uma cabeçada à queima-roupa de Reinaldo, o goleiro Renan dividiu a bola com Lucas Silva após uma cobrança de escanteio, aos 20 minutos. Ela sobrou para Leandro Guerreiro, que escorou de cabeça e fez 1 a 1.
O empate fez os donos da casa partirem para o ataque. O Glorioso, porém, esbarrava na falta de eficiência para definir os contra-ataques. Aos 36, Victor Simões resolveu aparecer. O artilheiro alvinegro descolou um passe sensacional para Reinaldo, que girou em velocidade e tocou com estilo na saída de Renan para garantir a virada.
A desvantagem fez com que o Tricolor Suburbano se arriscasse no ataque e três minutos depois conseguisse o empate. Em cobrança de falta da intermediária, Jones encheu o pé e contou com a colaboração de Renan, que pulou atrasado, para igualar o placar: 2 a 2.
Quando tudo indicava mais um fim decepcionante, o Engenhão presenciou um momento de redenção. Aos 49, Túlio Souza recebeu livre pelo lado direito da área, ajeitou o corpo e encheu o pé. A bola passou entre Renan e a trave esquerda. Gol da vitória e desabafo do jogador, que correu na direção de um torcedor que o criticava e mandou um sonoro "cala a boca".
Ficha técnica:
BOTAFOGO 3 x 2 MADUREIRA
BOTAFOGO
Renan, Leandro Guerreiro, Juninho (Léo Silva) e Emerson; Thiaguinho, Fahel, Batista (Lucas Silva), Maicosuel e Gabriel (Túlio Souza); Reinaldo e Victor Simões.
Técnico: Ney Franco.
MADUREIRA
Renan, Marquinhos, Arthur, Ricardo e Amarildo; André Paulino, Wagner, Bruno e Neto (Luiz Cláudio); Jones (Daniel) e Alex Alves (Victor Silva).
Técnico: Robson Gabriel.
Gols: Alex Alves, aos 22 minutos do primeiro tempo; Leandro Guerreiro, aos 20, Reinaldo, aos 36, Jones, aos 40, e Túlio Souza, aos 49 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Gabriel, Juninho, Batista, Reinaldo, Léo Silva (Botafogo); Bruno, Amarildo, Alex Alves, Marquinhos (Madureira).
Público: 1.380 pagantes (1.596 presentes). Renda: R$ 21.396,00.
Estádio: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ). Data: 02/04/2009.
Árbitro: Péricles Bassols Pegado Cortez.
Auxiliares: Jorge Luís Campos Roxo e Silbert Faria Sisquim.