No Mineirão, Atlético bate o Villa Nova e assume a liderança do Estadual
Neste domingo, no confronto mais antigo do Estado de Minais Gerais, com quase cem anos de história, o Atlético-MG suou para bater o Villa Nova por 2 a 1, no Mineirão, pela penúltima rodada da primeira fase do Campeonato Mineiro (assista aos gols). Com o empate do Cruzeiro com o Rio Branco, em Andradas, o Galo assumiu a liderança com 23 pontos, enquanto o rival fica com 22. O Leão do Bonfim permanece com apenas seis pontos e segue ameaçado de rebaixamento para a Segunda Divisão.
Confira a classificação do Mineiro
Na próxima rodada, a última da primeira fase, o Atlético encara o Ituiutaba, fora de casa, enquanto o Cruzeiro recebe o Democrata no Mineirão. Ambos os jogos são nesta quarta-feira, às 21h50m (horário de Brasília).
Ouça a narração dos gols da partida na voz de Osvaldo Reis, da Rádio Globo BH
Gol sem querer supera a falta de criatividade
Diante de um público de quase 40 mil pessoas, foi o Villa Nova que criou a primeira chance de gol, logo aos dois minutos. Mas o chute saiu sobre o gol de Juninho. Contudo, aos poucos, o Atlético foi dominando as ações, faltando acertar o último passe.
Aos dez, Carlos Alberto fez o passe para Diego Tardelli. O goleiro Nicolas vacilou, no limite da linha de fundo, mas o artilheiro do Campeonato Mineiro (com 11 gols) escorou por trás da meta.
Sem muita pressa, pois um ponto no Mineirão garantiria a sua permanência na Primeira Divisão, o Villa procurou valorizar a posse de bola, gastando o tempo, mas esbarrava na suas limitações técnicas. Aos 13, após cobrança de escanteio de Renan Oliveira, o zagueiro Leandro Almeida mergulhou de peixinho e acertou a trave, assustando o arqueiro Nicolas.
Ao saber do primeiro gol do Rio Branco sobre o Cruzeiro, que jogavam simultaneamente em Andradas, a torcida do Galo vibrou nas arquibancadas do Mineirão. Na sequência, Welton Felipe vacilou na retaguarda atleticana, e Rômulo chutou com perigo, assustando o goleiro Juninho. Após o lance, Welton Felipe passou a ser perseguido por parte da torcida.
O Villa perdeu duas boas chances, com Rômulo e Wander. Mas somente aos 34 o Atlético voltou a ameaçar com contundência. Carlos Alberto lançou Renan Oliveira. O meio-campo trouxe a bola para a entrada da área e chutou forte, dificultando para Nicolas. Três minutos mais tarde, Júnior desceu pela direita, tabelou com Éder Luís e cruzou, com efeito. A bola encobriu Nicolas, abrindo o placar para o Galo.
Chiquinho garante a liderança para o Galo
Para o segundo tempo, tanto Atlético quanto Villa Nova voltaram com uma mudança. Renan Oliveira cedeu o posto para o argentino Mariano Trípodi, no Galo, enquanto o atacante Maia substituiu Rômulo, no Leão do Bonfim. Logo no primeiro minuto, as duas equipes tiveram ótima chance.
Aos dez, Trípodi esticou a bola para Éder Luís, que abriu o espaço e bateu de canhota, sobre o gol de Nicolas. A afobação para decidir logo o jogo prejudicava as ações ofensivas do Galo, que continuou vacilando no último passe, irritando o técnico Emerson Leão. Dez minutos mais tarde, Ewerton arriscou de muito longe, assustando Juninho.
O Villa Nova permaneceu jogando no erro do Galo, explorando os contra-ataques. Aos 25, Leandro Amaro vacilou na defesa alvirrubra, e Diego Tardelli - apagado no jogo - quase marcou o seu 12º gol no Estadual. Mas Nicolas chegou primeiro. Três minutos mais tarde, Tardelli recebeu na meia-lua, girou e bateu sobre a meta de Juninho.
Aos 30, Luiz Cláudio lançou Ewerton, em posição legal. Welton Felipe parou pedindo impedimento, e o meio-campo bateu rasteiro, na saída de Juninho, empatando para o Villa Nova. Aos 34, Júnior Carioca deu passe para Diego Tardelli, na área. O centroavante girou sobre a marcação de Leandro Amaro e caiu, pedindo pênalti. O árbitro não foi na dele e ainda o puniu com cartão amarelo, gerando protesto da torcida atleticana.
Quando parecia que o Atlético sairia do Mineirão com um amargo empate, Chiquinho cobrou falta para a área. A bola desviou no zagueiro Leandro Amaro, traindo o goleiro Nicolas e marcando o gol da vitória do Galo, que assume a liderança do Campeonato Mineiro.
Ficha técnica:
ATLÉTICO-MG 2x1 VILLA NOVA
ATLÉTICO-MG
Juninho; Werley (Yuri), Leandro Almeida, Welton Felipe e Júnior; Júnior Carioca, Márcio Araújo, Carlos Alberto e Renan Oliveira (Mariano Trípodi); Éder Luis (Chiquinho) e Diego Tardelli.
Técnico: Emerson Leão.
VILLA NOVA
Nicolas; Alex, Rodrigão, Leandro Amaro e Luiz Cláudio; Leandro Paraná, Luis Ricardo, Ewerton e Wander; Marlon e Rômulo (Maia).
Técnico: Humberto Ramos.
Gols: Júnior, aos 37 do primeiro tempo; Ewerton, aos 30 do segundo tempo, e Chiquinho, aos 39 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Leandro Almeida, Welton Felipe e Diego Tardelli (Atlético).
Estádio: Mineirão. Data: 22/03/2009.
Árbitro: Cleisson Veloso Pereira.
Auxiliares: Helbert Costa Andrade e Janete Mara Arcanjo.
Renda: R$ 385.980,00 / Público: 38.108 pagantes
RIO BRANCO 1X1 CRUZEIRO
Cruzeiro tropeça pela terceira vez seguida e perde a liderança do Mineiro
Pela terceira vez seguida no Campeonato Mineiro, o Cruzeiro saiu de campo com apenas um ponto. Depois de ficar no 0 a 0 com Tupi e América-MG, o time empatou por 1 a 1 com o Rio Branco neste domingo, pela penúltima rodada. Como resultado da sequência de tropeços, perdeu a primeira colocação para o rival Atlético-MG, que bateu o Villa Nova por 2 a 1 no Mineirão e foi a 23 pontos. O Cruzeiro chegou a 22.
Os dois gols em Andradas foram marcados de pênalti no primeiro tempo. Chimba abriu o placar para os donos da casa, acabando com uma invencibilidade de quatro partidas da defesa celeste. E Wellington Paulista deixou tudo igual no placar, pondo fim aos 100% de aproveitamento do Rio Branco em casa.
Na última rodada do Estadual, às 21h50m de quarta-feira, o Cruzeiro recebe o Democrata. No mesmo horário, o Atlético joga fora de casa contra o Ituiutaba.
Kléber deixa três adversários pendurados
Adilson Batista pôs em campo praticamente o seu time titular, sobretudo considerando-se os desfalques de Wagner e Thiago Ribeiro, que ficarão parados por três semanas. As exceções foram a improvisação de Marquinhos Paraná na lateral esquerda, no lugar de Sorín, e a escalação de Leo Fortunato e Anderson na zaga. E foi numa falha do último que os donos da casa abriram o placar.
Após uma furada do zagueiro, a bola sobrou livre para Márcio Diogo, que deu o passe para o companheiro Anderson Antunes. Cara a cara com Fábio, ele partiu para o drible no goleiro e foi derrubado. Chimba converteu o pênalti, fazendo 1 a 0 aos 16 minutos.
Kléber sofria uma marcação dura, incluindo um rodízio de faltas dos jogadores do Rio Branco. Fez com que três marcadores levassem cartão amarelo na primeira etapa - um deles por acertar a sola da chuteira na cara do cruzeirense.
Pênalti em jogada individual de Henrique
O Rio Branco poderia ter chegado ao segundo gol aos 34 minutos, novamente num contra-ataque que terminou com Anderson Antunes na frente de Fábio. Desta vez, o atacante preferiu chutar na saída do goleiro - e acertou a trave.
O empate veio também em cobrança de pênalti. Henrique se livrou da marcação de dois adversários com um drible e foi derrubado na área. Wellington Paulista cobrou e fez seu quinto gol no Mineiro. Por pouco Gérson Magrão não virou o jogo ainda antes do intervalo, mas seu chute de bico passou rente ao travessão.
- Eu sabia que não seria um jogo fácil, e a condição no gramado não ajuda, pois escorrega muito. Mas temos que continuar marcando forte - disse Wellington Paulista na saída para o intervalo.
Gladiador se desmarca e acerta a trave
O Cruzeiro voltou para o segundo tempo sabendo que deixava escapar a liderança, já que o Atlético vencia o Villa Nova por 1 a 0 no Mineirão. E adotou uma postura mais ofensiva, empurrando o adversário para o seu campo de defesa - e, como consequência, dando espaço para o contra-ataque.
Individualmente, a principal diferença para a primeira etapa foi a atuação de Kléber. Conseguiu se livrar da marcação e teve quatro oportunidades em apenas 15 minutos. Na melhor delas, recebeu ótimo passe de Marquinhos Paraná e chutou cruzado. O goleiro Glaysson espalmou, e a bola bateu na trave.
Na tentativa de dar mais gás ao time, Adilson Batista fez duas substituições cedo: tirou Gérson Magrão e Wellington Paulista e pôs em campo Bernardo e Wanderley.
Mas o Cruzeiro desacelerou, principalmente depois que o Villa Nova conseguiu o empate com o Atlético no Mineirão. E ainda correu o risco de levar o segundo gol, numa cabeçada perigosa de André Alves. Fábio ficou apenas olhando e torcendo para que a bola fosse para fora.
O Atlético voltava a ficar na frente no Mineirão, mas o cansaço impediu que os titulares do Cruzeiro conseguissem a virada no Parque do Azulão. Ensaiaram uma pressão nos minutos finais, mas não criaram uma chance de perigo.
Ficha técnica:
RIO BRANCO 1 x 1 CRUZEIRO
RIO BRANCO
Glaysson, André Alves, Tiago Costa e Anderson Carvalho; Rômulo, Fábio Gomes (Vieira), Dudu Araxá, Chimba (Felipe) e Márcio Loyola; Anderson Antunes (Gil) e Márcio Diogo.
Técnico: Paulo César Catanoce.
CRUZEIRO
Fábio, Jonathan (Jancarlos), Anderson, Leo Fortunato e Marquinhos Paraná; Fabrício, Henrique, Ramires e Gérson Magrão (Bernardo); Wellington Paulista (Wanderley) e Kléber.
Técnico: Adilson Batista.
Gols: Chimba, aos 16, e Wellington Paulista, aos 39 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Fábio Gomes, André Alves, Rômulo, Anderson Carvalho, Anderson Antunes, Gil e Glaysson (Rio Branco); Fábio, Marquinhos Paraná, Jonathan, Leo Fortunato (Cruzeiro).
Estádio: Parque do Azulão. Data: 22/03/2009.
Árbitro: Renato Cardoso Conceição.
Auxiliares: Márcio Eustáquio Santiago e Angela Paula Cruz Regis Ribeiro.
Público: 5.270. Renda: R$ 58.770.
Domingo, 22/03
Uberlândia 1 x 1 Ituiutaba
Social 0 x 0 Guarani
Democrata GV 2 x 0 América
Uberaba 1 x 1 Tupi
