Nem Ronaldo, nem Neymar. Quem brilha é Dentinho, e Timão vence o Peixe
Após um ano e cinco meses, o Corinthians volta a vencer um clássico. O Timão bateu o Santos por 1 a 0, neste domingo, no Pacaembu, e segue invicto no Paulistão. A última vitória corintiana em clássicos havia acontecido no dia 7 de outubro de 2007, contra o São Paulo, pelo Brasileirão. Já o Peixe perde sua primeira partida sob o comando de Vagner Mancini, que assumiu há oito jogos. Às vésperas do clássico, Neymar e Ronaldo protagonizaram o noticiário. No entanto, nenhum dos dois fez jus às expectativas. Quem brilhou foi Dentinho, que, com uma cabeçada certeira, deu a vitória à equipe do Parque São Jorge (assista ao gol no vídeo acima).
Com o resultado, o Timão vai 33 pontos e segue na vice-liderança do Paulistão. Já o Peixe, com 27, está em sexto lugar e termina a 15ª rodada fora do G-4, atrás de Portuguesa e Santo André.
O Santos volta a jogar na próxima quarta-feira, contra o Santo André, na Vila Belmiro. O Corinthians, também na quarta, recebe a Ponte Preta, no Pacaembu.
Melhor posicionado, Timão sai na frente
A opção de Vagner Mancini por um time mais ofensivo comprometeu o jogo do Santos. Isso porque ele esperava que Neymar pudesse ajudar Lucio Flavio a armar jogadas. No entanto, o garoto, visivelmente nervoso, não conseguia acertar passes. Nem os mais simples. O mesmo acontecia com Lucio, que ficou perdido no meio, facilmente anulado pela marcação corintiana.
Sem poder de armação, o Peixe dava campo para o Corinthians jogar. Elias, Cristian, Boquita e Douglas, com bons passes, conseguiam envolver os santistas facilmente. Sempre em desvantagem, os volantes do Peixe, Germano e Souto, ficaram sobrecarregados. Tanto que com 20 minutos de jogo os dois já haviam recebido cartões amarelos.
Bem à vontade e muito melhor posicionado, o Timão começou a ameaçar logo aos 12, quando Dentinho recebeu bom cruzamento de Boquita e cabeceou com perigo. Aos 15, porém, Dentinho não erraria o alvo. Douglas acertou bom cruzamento da esquerda e o garoto corintiano subiu livre para escorar, estufando a rede.
A partir dos 30 minutos, o jogo tornou-se monótono. O Santos passou a rondar mais a área do Corinthians, mas não conseguia entrar para tentar o gol porque errava passes demais. O Timão tinha espaços para contra-atacar, mas também desperdiça toques.
Neymar, que vinha apagado, só conseguiu sua primeira jogada somente aos 40 minutos, quando recebeu pelo meio e arriscou chute de fora da área. Felipe mandou para escanteio. Ronaldo, outro protagonista do duelo, também só conseguiu um chute de fora da área, defendido por Fábio Costa.
Jogo melhora
O segundo tempo foi bem mais movimentado. O Santos tomou a iniciativa e partiu para cima do Corinthians em busca do empate. Neymar teve sua primeira grande chance para marcar aos 8, quando recebeu de Roni, invadiu a área, mas não conseguiu dominar e chutou fraco. Felipe defendeu. Seis minutos depois, o garoto santista foi substituído por Madson.
Com as investidas do Santos, o Corinthians tinha mais espaços para criar jogadas e respondeu aos 12 minutos, quando Ronaldo recebe pela direita, ganha de Triguinho e chuta forte, mas sem direção. Logo em seguida, aos 16, o Fenômeno sofreria a sua primeira falta desde que voltou a jogar no Brasil. Fabão o puxou pela camisa no meio-de-campo. Aos 36, o camisa 9 foi substituído por Jorge Henrique. Apesar de não ter sido fenomenal, saiu aplaudido pela Fiel.
O jogo continuava corrido, mas nenhum dos dois times chegada, efetivamente, a ameaçar o goleiro adversário. O Santos tinha o domínio da bola, envolvia o Corinthians, mas não conseguia entrar na área do rival. Já o Timão tinha espaços para contra-atacar, mas não conseguia arrematar a gol com perigo.
Ao final do jogo, o Peixe se lançou ao ataque de qualquer maneira, sem organização, e, com isso, não levou perigo ao Corinthians, que apenas controlou o ímpeto do adversário, esperando o tempo passar.
Ficha técnica:
CORINTHIANS 1 x 0 SANTOS
CORINTHIANS
Felipe; Alessandro, Chicão, William e André Santos; Cristian, Elias (Fabinho), Boquita e Douglas; Dentinho (Morais) e Ronaldo (Jorge Henrique).
Técnico: Mano Menezes.
SANTOS
Fábio Costa; Luizinho (Pará), Fabão, Fabiano Eller e Triguinho; Rodrigo Souto, Germano e Lúcio Flavio (Paulo Henrique); Neymar (Madson), Roni e Kléber Pereira.
Técnico: Vagner Mancini.
Gols: Dentinho, aos 15 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Rodrigo Souto, Germano, Fábio Costa, Luizinho (Santos), André Santos (Corinthians) .
Estádio: Pacaembu. Data: 22/03/2009.
Árbitro: Rodrigo Martins Cintra.
Auxiliares: Rogério Gomes da Silva e Luiz Antônio Corrêa.
Renda e público: R$ 1.047.750,00/33.356 pagantes.
PAULISTA 0X2 SÃO PAULO
São Paulo não joga bem e apenas empata com o time do Paulista
Em um jogo marcado pelo equilíbrio, o São Paulo apenas empatou por 1 a 1 com o Paulista, 15º colocado no campeonato. O zagueiro do Tricolor, Rodrigo, e o atacante Zé Carlos, marcaram os gols da partida. Com o resultado neste domingo, os são-paulinos seguem em terceiro lugar no Paulistão. (assista aos gols)
O próximo desafio do Tricolor é contra o Noroeste, na quarta-feira, às 21h50m, em Bauru. Com o terceiro cartão amarelo, Renato Silva nem viajará com a delegação. Já o Paulista tem o Botafogo-SP pela frente, também na quarta-feira, às 19h30m.
Washington e Borges bem entrosados, mas pararam no goleiro André Luiz
O primeiro lance de perigo da partida foi do Paulista. Logo aos seis minutos, o atacante Zé Carlos dominou e arriscou de fora da área. Rogério Ceni fez boa defesa. No tiro de meta, o goleiro do Tricolor repôs mal a bola e Felipe Azevedo roubou de Renato Silva, mas chutou fraco.
Aos 14, Borges fez boa jogada dentro da área em cima de Freire e, na hora de chutar, o atacante do São Paulo bateu na perna do zagueiro. Washington, que pegou o rebote, mandou pro fundo da rede, mas o árbitro já havia dado falta no lance anterior.
Em lance bem trabalhado, Hernanes fugiu da marcação de Ramaho e lançou Borges. Ele tocou para Washington, mas André Luiz impediu o gol são-paulino.
Aos 36, o Coração Valente recebeu de Borges, entrou na área driblando o zagueiro e foi agarrado pela camisa. Falta marcada, que Jorge Wagner bateu, mas pegou mal na bola.
Em dividida com Hernanes, Zé Carlos subiu para cabecear a bola mas foi com o cotovelo no pescoço do meia tricolor, mas o árbitro deixou passar e mandou seguir o jogo.
O técnico Muricy Ramalho parece ter acertado a dupla de ataque. Washington, de novo, recebeu passe de Borges, mas chutou prensado com Ramalho e perdeu a chance de abrir o placar.
Gols no início da segunda etapa e sufoco no final
O São Paulo voltou do intervalo decidido a mudar de postura. Hernanes recebeu de Miranda e arriscou de fora da área, mas o goleiro André Luiz espalmou. Na cobrança de escanteio pela esquerda, aos sete minutos, Jorge Wagner cobrou e na disputa de bola pelo alto, Rodrigo deu um bico e fez para o Tricolor.
O São Paulo quase não teve tempo de comemorar. Em escanteio cobrado pelo Paulista aos 12 minutos, a defesa do tricolor tirou mal e, na sobra, Zé Carlos deu chutou sem chances para Rogério Ceni. Era o empate do time de Jundiaí.
O técnico Muricy Ramalho tentou colocar André Lima e Eduardo Costa, que finalmente fez sua estreia, mas as alterações pouco surtiram efeito na partida.
Com 41 minutos, Jorge Wagner lançou Hernanes pelo meio. O camisa 10 fintou o zagueiro do Paulista e deu um belo chute, mas André Luiz desviou e impediu que o Tricolor aumentasse o placar.
Ficha técnica:
PAULISTA 1 x 1 SÃO PAULO
PAULISTA
Andre Luiz, Eli Sabia, Freire, Marcelo Xavier, Marcelo Toscano (Jaílson); Cleber Goiano, Ramalho; Alex Oliveira (Léo Costa), Eduardo; Felipe Azevedo (Enilton) e Zé Carlos.
Técnico: Giba.
SÃO PAULO
Rogério, Rodrigo, Renato Silva, Miranda, Jorge Wagner; Hernanes, Jean, Arouca (Richarlyson), Hugo ( Eduardo Costa); Borges e Washington (André Lima)
Técnico: Muricy Ramalho.
Gols: Rodrigo, para o São Paulo aos 7 e Zé Carlos, para o Paulista aos 12 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Miranda e Renato Silva (São Paulo); Ramalho, Marcelo Toscano e Enilton (Paulista).
Estádio: Jaime Cintra: 22/03/2009.
Árbitro: Marcelo Rogério .
Auxiliares: Reinaldo Rodrigues dos Santos e Alexandre Basilio Vasconcellos.
ITUANO 0X2 PORTUGUESA
Lusa vence mais uma e sobe ao G-4
Pouco a pouco, a Portuguesa vai surpreendendo. Com a vitória por 2 a 0 sobre o Ituano, neste domingo, em Itu, a Lusa passou o Santo André e subiu para a quarta colocação, empatada com o São Paulo com 30 pontos. Bruno Rodrigo, no primeiro tempo, e Edno, no final da partida garantiram mais três pontos importantes para manter o sonho de classificação para as semifinais do Campeonato Paulista.
Na próxima rodada, a Portuguesa encara o Mirassol, em casa, na quarta. No mesmo dia, o Ituano vai a Guaratinguetá enfrentar o time da casa.
Confira a tabela completa do Campeonato Paulista
A partida começou em ritmo lento em Itu. Tocando bem a bola e sabendo da importância do resultado na luta pela vaga nas semifinais, a Lusa teve calma e soube esperar o momento certo para se lançar à frente. A equipe do Canindé. Porém, não precisou esperar muito. Aos 17 minutos, após cruzamento, Bruno Rodrigo apareceu bem para cabecear e abrir o placar.
Perdido em campo, o Ituano não conseguia armar jogadas no ataque e dependia de lampejos de talento de Muriqui para assustar o goleiro Fábio. Em compensação, a Lusa criava várias oportunidades, mas não conseguia aproveitá-las.
No segundo tempo, a Lusa voltou muito recuada e deu espaço para os ataques do adversário. Melhor jogador do time da casa neste domingo, Muriqui teve ótima chance aos 22, mas a bola foi para fora. Assustada, a Portuguesa não se encontrava em campo e o empate parecia próximo. O nervosismo aumento quando Ediglê, aos 35, levou o segundo cartão amarelo e foi expulso. No lance seguinte, Murique apareceu livre, frente-a-frente com Fábio, que fez ótima defesa.
Mas, em uma jogada de categoria, Héverton deixou Edno livre na área. O meia-atacante carregou bem a bola e tocou bonito para o fundo da rede. Um golaço da Portuguesa. Sem forças para reagir, o Ituano diminuiu a pressão e não deu problemas para a Portuguesa garantir, pelo menos provisoriamente, sua vaga no G-4.
