No embalo de seus garotos, Peixe despacha Ramalhão na Vila Belmiro
O Santos venceu a primeira das três "finais" que tem pela frente para conseguir sua vaga para as semifinais do Paulistão. Com grande atuação de sua dupla de garotos, Paulo Henrique e Neymar, o Alvinegro despachou o Santo André, vencendo por 3 a 0, nesta quarta-feira à noite, na Vila Belmiro, foi a 30 pontos, ultrapassou o Ramalhão, e agora está em quinto lugar. A Portuguesa, que empatou com o Mirassol, está um ponto à frente do Alvinegro. As duas equipes se enfrentam na penúltima rodada. No próximo sábado, o Santos enfrenta o Barueri, mais um confronto direto.
Após susto, Peixe acorda
Os dois sustos que levou logo no início da partida, quando o Santo André quase abriu o placar nos primeiros minutos da partida, fizeram o Santos acordar. Logo o primeiro minuto de jogo, Marcelinho Carioca cobrou falta com muito veneno e Cesinha apareceu sozinho para cabecear. A bola passou à direita, raspando a trave. Em seguida, Antônio Flávio recebeu, fez o giro e cruzou rasteiro. Fábio Costa caiu para defender.
Parecia que o Ramalhão atropelaria o Peixe na Vila Belmiro. Mas aos poucos, o time da casa colocou a bola no chão, respirou e passou a criar chances. O técnico Vagner Mancini manteve o esquema com três jogadores mais à frente, mas mudou as peças. Madson atuou aberto pela direita, na vaga de Roni, com Kléber Pereira pelo meio e Neymar na esquerda. No meio-de-campo, Paulo Henrique Lima jogou na vaga de Lucio Flavio.
Esse quarteto se entendeu muito bem em campo. Com toques rápidos e boa visão de jogo, Paulo Henrique, apesar de não ser veloz, fez seus companheiros correrem. Neymar, cortando da esquerda para o meio, deixava marcadores para trás com extrema facilidade. Pela direita, Madson combinava boas jogadas com Luizinho. Com tantas alternativas, o Santos conseguiu desmontar a marcação adversária.
Aos 18, Neymar fez linda jogada pela esquerda, deixou seu marcador no chão, veio cortando pelo meio e passou para Madson soltar uma bomba de pé esquerdo. A bola saiu com tanto efeito que enganou o goleiro Neneca.
O gol animou ainda mais os santistas, que buscavam o ataque a todo momento. Claro que essa ânsia de marcar o segundo gol fez com que o Alvinegro abrisse espaços para o Santo André atacar. Marcelinho, sempre livre, conseguia achar seus companheiros desmarcados. Faltou ao Ramalhão, porém, maior capricho no passe final.
Aos poucos, o Santos foi diminuindo o ritmo, trocando passes e respirando. E foi numa boa combinação de passes que saiu o segundo gol. Paulo Henrique acertou bom passe para Kléber Pereira, que fez o papel de pivô e ajeitou para Triguinho, que vinha de trás, bater de esquerda. A bomba, certeira, entrou no canto esquerdo.
Caixão fechado
O Santos voltou para o segundo tempo procurando controlar mais o jogo. O Santo André procurou pressionar as saídas de bola do time da casa e chegou até a dominar a posse de bola, posicionando seus zagueiros na altura do meio-de-campo. No entanto, não foi suficiente para ameaçar o gol de Fábio Costa.
O Peixe atraía o adversário e se lançava em contra-ataques rápidos, puxados principalmente por Neymar e Madson. A estratégia deu certo. Aos 21, o baixinho desceu em velocidade pela direita, chegou à linha de fundo e cruzou para trás. Neymar dominou e apenas rolou no canto esquerdo. Estava liquidada a fatura.
O Santo André assustou num chute no travessão de Dirceu. No mais, quem levou mais perigo foi o Santos, em contra-ataques rápidos. Neymar e Paulo Henrique deixaram o gramado mais cedo e foram aplaudidos.
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Ficha técnica:
SANTOS 3 x 0 SANTO ANDRÉ
SANTOS
Fábio Costa, Luizinho, Fabão, Fabiano Eller e Triguinho (Domingos); Roberto Brum, Rodrigo Souto, Paulo Henrique Lima (Roni) e Madson; Neymar (Pará) e Kléber Pereira
Técnico: Vagner Mancini.
SANTO ANDRÉ
Neneca, Cicinho (Ricardo Goulart), César Augusto, Marcel e Elvis; Fernando, Ricardo Conceição, Dirceu e Marcelinho Carioca; Antônio Flávio (Clodoaldo) e Júnior Dutra (Moraes).
Técnico: Sérgio Guedes.
Gols: Madson, aos 18, e Triguinho, aos 39 minutos do primeiro tempo; Neymar, aos 21 minutos do segundo tempo,
Cartões amarelos: Marcelinho Carioca, Moraes, Ricardo Conceição (Santo André), Fabão, Roberto Brum, Triguinho (Santos) .
Estádio: Vila Belmiro, em Santos, SP. Data: 25/03/2009.
Árbitro: Sálvio Spinola Fagundes Filho.
Auxiliares: Vicente Romano Neto e Giovani César Canzian.
Público e renda: 9.572 pagantes/R$ 106.205,00
PORTUGUESA 2X2 MIRASSOL
Com gol de mão no fim, Portuguesa empata e permanece no G-4
A Portuguesa sofreu, abusou do direito de perder chances e precisou de um gol irregular para não sair de campo derrotada pelo Mirassol. O empate por 2 a 2 manteve a equipe no G-4 do Campeonato Paulista.
A Lusa foi aos 31 pontos e manteve a quarta colocação. Já o Mirassol foi aos 21 pontos e ocupa a oitava colocação.
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Jogando em casa, a Portuguesa tomou a iniciativa da partida e sufocou o Mirassol nos primeiros 15 minutos. Com forte marcação e toques rápidos, o time chegou muito pelas laterais.
Logo aos três minutos, após cobrança de lateral, Fellype Gabriel chutou por cima do gol com perigo. Dois minutos depois, foi a vez de Christian levar perigo em arremate de pé direito. O Mirassol, encurralado, não conseguia nem chegar na intermediária adversária.

Com o passar do tempo, a Lusa diminuiu o seu ritmo. E o time do Interior, timidamente, conseguiu tocar a bola. Mesmo assim, a Portuguesa seguiu desperdiçando oportunidades. Aos 30min, Christian ajeitou de peito e Edno disparou uma bomba por cima do gol. No minuto seguinte, Christian recebeu dentro da área, girou e bateu de pé direito. Mauro defendeu firme.
Aos 36min, o Mirassol calou o Canindé. No seu primeiro ataque efetivo na partida, Júnior Maranhão abriu o marcador. Mas a Portuguesa não desanimou e, no lance seguinte, chegou ao empate, com Athirson, de cabeça, após cobrança de falta de Marco Antônio. Nos descontos, Edno ficou cara a cara com Mauro, mas chutou em cima do goleiro do Mirassol, perdendo uma oportunidade de ouro para colocar o time do Canindé em vantagem.
Etapa complementar
O panorama da partida não mudou no segundo tempo. A Portuguesa seguiu sufocando o Mirassol. Aos 9min, o segundo gol da Lusa não saiu por falta de sorte. Marco Antônio cobrou falta, Bruno Rodrigo dividiu de cabeça com a zaga do Mirassol e, na sobra, Christian, com o gol vazio, bateu em cima de Edno.
O Mirassol, satisfeitíssimo com o empate, priorizava a marcação. O goleiro da Lusa, Fábio, só assista a partida. O técnico Pintado, para deixar o time mais fechado, tirou o atacante Finazzi e colocou o zagueiro Deleu. Bonamigo respondeu do lado da Lusa tirando o volante Guigov e colocando o meia Preto. A Portuguesa tinha a posse de bola, chegava com facilidade até a entrada da área adversária, mas falhava sempre no último passe ou no cruzamento.
Para desespero do torcedor, o time seguia desperdiçando gols. Aos 24min, Preto, dentro da área, tirou o marcador e chutou por cima do gol de Mauro. Seis minutos depois, Christian recebeu de Fellype Gabriel dentro da área e, na hora do chute, foi travado pela defesa do Mirassol.
Depois de perder um caminhão de gols, veio o castigo no final. Aos 36min, após boa troca de passes, Luís Ricardo recebeu na entrada da área e bateu de pé direito, no canto de Fábio, que nada pode fazer. No desespero, a Lusa seguiu para o abafa. Fabrício Carvalho entrou no lugar de Christian.
E coube ao atacante marcar o gol de empate, aos 42min. É bem verdade que foi um tento irregular. Marco Antônio cobrou falta da intermediária, Fabrício Carvalho desviou com a mão, a bola bateu na cabeça de Alex Silva e entrou. Os jogadores do Mirassol reclamaram muito, mas o juiz Milton Etsuo Ballerini validou o gol.
No fim, a Lusa ainda pressionou. Aos 47min, Edno chegou a marcar o terceiro gol, mas o lance foi anulado, já que o atacante da Lusa estava impedido.
GUARATINGUETÁ 5X0 ITUANO
Guaratinguetá goleia o Ituano e ganha fôlego na luta contra rebaixamento
O Guaratinguetá conseguiu uma bela goleada de 5 a 0 sobre o Ituano, nesta quarta-feira, no estádio Dario Rodrigues Leite. Com o resultado, a equipe chega a 18 pontos, na 12ª posição no Campeonato Paulista, e ganha fôlego na luta contra o rebaixamento. Derrotado, o time de Itu permanece com 16, no 14º lugar.
Os gols do Guará foram marcados por Careca, Edson Rocha, Wellington Amorim, Lins e Nino.
Na próxima rodada, sábado, às 18h30m, o Ituano recebe o Paulista em seu estádio. No domingo, o Guaratinguetá vai até a Campinas encarar a Ponte Preta.
PAULISTA 2X3 BOTAFOGO - SP
Botafogo bate o Paulista fora de casa
O Botafogo surpreendeu o Paulista nesta quarta-feira, em Jundiaí, e venceu a partida por 3 a 2. Com o resultado, a equipe de Ribeirão Preto chega a 19 pontos no Campeonato Paulista, fica na 11ª colocação e se afasta da zona de rebaixamento. O Paulista permanece com 15 pontos, no 16º lugar, uma posição acima da área de risco.
Os gols do Botafogo foram marcados por Adriano, André Neles e Audálio. Zé Carlos marcou duas vezes e descontou para o Paulista.
Na próxima rodada, sábado, às 18h30m, o Botafogo terá pela frente o lanterna Mogi Mirim fora de casa. O time de Jundiaí, também às 18h30m, encara o Ituano em Itu.
NOROESTE 1X2 SÃO PAULO
Sem jogar bem, São Paulo vence o Noroeste e fica perto da semifinal
Mesmo sem mostrar um grande futebol, o São Paulo fez o suficiente, venceu o Noroeste e ficou mais perto da classificação para a fase semifinal do Campeonato Paulista . Com gols de Washington e Jorge Wagner, o Tricolor venceu o Noroeste por 2 a 1, em partida realizada no estádio Alfredo de Castilho, em Bauru. (Assista ao primeiro gol do Tricolor)
Foi a quinta vitória são-paulina como visitante no estadual. O time manteve a terceira posição na tabela, com 33 pontos. Já o Noroeste, que sofreu a sua oitava derrota em 15 partidas, segue na zona de rebaixamento, com 14 pontos.
As duas equipes voltarão a campo no próximo sábado. O São Paulo fará o clássico da rodada, contra o Palmeiras, no estádio do Morumbi. Já o Noroeste terá o Mirassol pela frente, na casa do adversário.
Mesmo não fazendo uma grande partida, o São Paulo foi superior ao Noroeste no primeiro tempo, mas pecou nas finalizações. Sem poder contar com dois de seus quatro zagueiros (Miranda está na seleção brasileira e Renato Silva, suspenso), o técnico Muricy Ramalho resolveu modificar o esquema tático do time, passando do 3-5-2 para o 4-4-2, usando as tradicionais duas linhas de quatro. A primeira com Zé Luis, André Dias, Rodrigo e Junior Cesar. A segunda com Arouca, Jean, Hernanes e Jorge Wagner.
O jogo começou em alta velocidade. O Noroeste, precisando vencer para escapar da zona de rebaixamento, criou a primeira jogada de perigo. Aos três minutos, após cruzamento na área, Marcelinho tocou de cabeça, e a bola raspou a trave direita de Rogério Ceni. O São Paulo respondeu com Borges, aos sete, em cabeçada por cima do gol.
Aos 12, o Tricolor teve uma grande chance de marcar. Hernanes fez lançamento precioso para Washington, que dominou errado e permitiu o corte de Éder. Oito minutos depois, Hernanes cobrou escanteio, Vizzotto espalmou errado, e André Dias, na sobra, bateu à direita do gol.
Após esse lance, o ritmo da partida caiu demais. Havia muita disputa no meio-campo e pouca criatividade. O São Paulo errava muitos passes. Já o Noroeste tinha vontade, mas esbarrava na falta de qualidade técnica.
Quando finalmente conseguiu colocar a bola no chão, o Tricolor chegou com perigo. Aos 41, Jorge Wagner tocou para Washington, que rolou para Borges. O atacante bateu rasteiro, no canto direito de Vizzotto, que espalmou pela linha de fundo. Três minutos depois, o goleiro do Noroeste voltou a fazer bela defesa, desta vez em chute de Hernanes.
Etapa complementar
Os dois times voltaram com as mesmas formações. E, aos cinco minutos, o São Paulo abriu o marcador. Após toque de Arouca para a área, Marcelinho falhou e cabeceou para trás. Washington pegou a sobra, driblou Vizzotto e bateu para o gol vazio. Foi o décimo gol do atacante no Campeonato Paulista.
Em vantagem, o São Paulo passou a jogar como gosta, valorizando a posse de bola e usando o contra-ataque. Aos 16, após bola cruzada na área, Zé Luis fez o segundo gol, mas a arbitragem anulou, alegando impedimento do são-paulino, que não existiu. Mas, dois minutos depois, não teve jeito, e o Tricolor fez o segundo gol. Washington avançou pela direita e tocou para Borges que, na entrada da área, rolou para Jorge Wagner. Pela esquerda da área, o camisa 7 bateu no canto esquerdo de Vizzotto e saiu para o abraço. (Assista ao lado como foi o gol).
Noroeste acorda
Com 2 a 0, o jogo parecia definido. Mas o Noroeste não se entregou. O técnico Fahel Júnior colocou o atacante Joãozinho na vaga do lateral-esquerdo Cláudio. Com três homens de frente, o time foi com tudo para o ataque. E, aos 20, Marcelinho, de cabeça, diminuiu a vantagem são-paulina. Rogério Ceni chegou a tocar na bola, mas ela já havia passado a linha do gol.
O gol animou o time da casa. No São Paulo, o técnico Muricy Ramalho foi obrigado a fazer a primeira alteração. Borges sentiu uma lesão no joelho esquerdo e foi substituído por Hugo. Com um homem a mais no meio-campo, o Tricolor conseguiu controlar o ímpeto do Noroeste. E voltou a criar chances de gol. Aos 36, após jogada de Hugo, Jean bateu com perigo de fora da área, à direita de Vizzotto. Já nos descontos, Hernanes cruzou para Hugo, que bateu no canto direito do goleiro do Noroeste, que fez bela vitória. Foi o último lance de perigo da partida.
Ficha técnica:
NOROESTE 1 x 2 SÃO PAULO
NOROESTE
Fernando Vizzotto; Éder, Anderson Marques, Marcelinho e Cláudio (Joãozinho); Júlio Bastos, Bilu, Bruno César e Gilsinho (Luciano Bebê); Careca (Léo Mineiro) e Marinho.
Técnico: Fahel Júnior.
SÃO PAULO
Rogério Ceni; Zé Luis, André Dias, Rodrigo e Junior Cesar; Jean, Arouca, Hernanes e Jorge Wagner; Borges (Hugo) e Washington.
Técnico: Muricy Ramalho.
Gol: Washington, aos 5min, Jorge Wagner, aos 18min e Marcelinho, aos 20min do segundo tempo.
Cartões amarelos: Gilsinho e Bilu (Noroeste). André Dias, Rodrigo e Washington (São Paulo).
Estádio: Dr. Alfredo de Castilho. Data: 25/03/2009.
Árbitro: Leonardo Ferreira Lima.
Auxiliares: Alessandro Pitol Arantes e Fábio Luiz Freire.
CORINTHIANS 2X2 PONTE PRETA
Ronaldo dá show, mas zaga vacila, e Timão só empata com a Ponte Preta

Ronaldo deu o seu show particular na noite desta quarta-feira, no estádio do Pacaembu, mas o restante do elenco dessa vez não o acompanhou. Depois de sair perdendo para a Ponte Preta, pela 16ª rodada do Campeonato Paulista, o Corinthians virou com dois gols do Fenômeno, mas a defesa falhou e permitiu o empate por 2 a 2.
No lance do primeiro gol da Macaca, o setor defensivo do Timão já havia parado pedindo impedimento de Leandrinho que não existiu. Já no gol de empate, Chicão e Boquita não conseguiram interceptar cruzamento, o goleiro Felipe não saiu debaixo da trave e Gum apareceu sozinho para marcar de cabeça.
Ao menos o torcedor corintiano saiu do estádio satisfeito com mais uma grande atuação do Fenômeno. No primeiro jogo em que atuou por 90 minutos (mais os acréscimos), o craque mostrou que está evoluindo a cada partida. Sofreu o pênalti que depois converteu, anotou outro golaço após corte seco em zagueiro e atuou como armador.
O resultado, embora ruim por ser dentro de casa, mantém o Timão invicto na temporada e tranquilo na segunda colocação do Estadual, agora com 34 pontos. Já a Ponte Preta, que vinha de derrota vexatória em Campinas para o Barueri, segue em posição intermediária, com 20 pontos conquistados em 16 jogos.
O próximo desafio do Corinthians no Campeonato Paulista é novamente contra um time campineiro. A partida diante do Guarani está marcada para sábado, às 21h10m, no estádio Brinco de Ouro, em Campinas. A Ponte Preta, por sua vez, atua no domingo, no Moisés Lucarelli, às 16h, contra o Guaratinguetá.
Quem tem Fenômeno não se preocupa
O Corinthians iniciou a partida com toque de bola envolvente e pressionando a Ponte Preta no campo de defesa. Só que a primeira chance real de gol foi criada apenas aos 7 minutos, quando Douglas ajeitou para Wellington Saci emendar chute de longe. O goleiro Aranha apenas olhou a bola passar à direita.
Além da maior posse de bola, a equipe anfitriã marcava com eficiência a no campo do adversário. Perdido, o time de Campinas começou a abusar das faltas e dar ao Timão a chance de criar suas melhores jogadas nas bolas paradas. Aos 17, por exemplo, Cristian cobrou falta para dentro da área, Ronaldo cabeceou e Aranha fez ótima defesa.
O lance animou o Corinthians, e, aos 25 minutos, Cristian arriscou chute forte de fora da área, que passou por cima do gol da Ponte. Cinco minutos mais tarde, novamente em bola parada, outra boa chance de abrir o marcador. O zagueiro Chicão bateu colocado e obrigou o goleiro Aranha a fazer boa defesa.
A superioridade do Timão, porém, não impediu que a Ponte Preta abrisse o placar aos 32 minutos. A defesa do Corinthians vacilou, e Leandrinho apareceu livre na cara de Felipe. Com calma e muita categoria, o atacacante da Macaca encobriu o goleiro e fez o primeiro da partida. A zaga dos donos casa tinha parado para pedir impedimento, mas Alessandro dava condição.
Quem tem Ronaldo, porém, não precisa se preocupar. O camisa 9 chamou a responsabilidade para si e construiu o empate do Timão. Aos 35 minutos, após ótima passe em profundidade de Elias, o Fenômeno foi derrubado. Pênalti. Na cobrança, aos 36, o craque mostrou o por que tem esse status há tantos anos.
Com calma, ele partiu para a bola, esperou Aranha escolher o canto e tocou com categoria no meio do gol. Apressado, mas sorrindo, Ronaldo correu para o fundo das redes, pegou a bola e tratou de reiniciar a partida rapidamente. Parecia pressentir que teria outra chance aos 38. Só não esperava furar o cruzamento de Alessandro.
Craque faz a diferença, mas a defesa...
As duas equipes voltaram para a segunda etapa sem alterações. A Ponte Preta, porém, mudou sua postura e apareceu com perigo em dois lances antes dos cinco minutos. No primeiro, Cristian evitou o gol da Macaca. No segundo, o goleiro Felipe saiu nos pés do atacante para salvar a equipe do Parque São Jorge.
O time de Campinas, no entanto, não soube aproveitar o bom momento. Aos 8 minutos, o lateral-direito Edílson fez falta dura em Wellington Saci e, como já tinha sido advertido com o cartão amarelo no primeiro tempo, foi expulso de campo. Logo depois, o corintiano Douglas, machucado, deu lugar ao atacante Otacílio Neto.
Em superioridade numérica, o Corinthians encontrou espaços. E a Ponte Preta deu liberdade a quem não poderia dar: o Fenômeno. Aos 12 minutos, o craque recebeu na grande área, deu belo corte seco no marcador e bateu colocado de perna esquerda, sem chance de defesa para o goleiro Aranha.
A torcida foi à loucura com o quarto gol de Ronaldo com a camisa do Corinthians. Enquanto o atacante comemorava com os seus companheiros, a Fiel gritava o nome do craque, que, em noite inspirada, começou a desfilar seu grande futebol. Aos 19, recebeu passe de Saci, cortou zagueiro e não conseguiu chutar.
Com mais dois gols na conta, o Fenômeno começou a tentar servir os companheiros, como aos 21 minutos. Ele rolou a bola para o fã Dentinho, que dominou e chutou cruzado de perna direita para fora. Dois minutos depois, o camisa 31 deixou o campo na maca móvel após sentir lesão muscular. Lulinha entrou em seu lugar.
A Ponte Preta poderia até parecer morta, mas não estava. A equipe de Campinas continuou tentando e chegou ao empate aos 30 minutos. Após cruzamento da direita, Chicão e Boquita não subiram para cortar, Felipe ficou parado debaixo da trave e Gum apareceu para cabecear para o fundo do gol: 2 a 2.
Ronaldo, então, voltou a aparecer com qualidade ímpar. Aos 34 minutos, ele deu lindo passe de calcanhar para Otacílio Neto, que sofreu falta bem perto da grande área. O Fenômeno até que ficou na bola para cobrança, mas foi Chicão quem bateu e obrigou Aranha a fazer excelente defesa e evitar o que seria o terceiro do Timão.
Os anfitriões mantiveram a pressão até o final. Tanto que em determinado momento o técnico Mano Menezes tirou o zagueiro Diego para colocar o atacante Souza. Aos 49 minutos, emoção na grande área. Ronaldo recebeu, tentou driblar, foi desarmado por um zagueiro e reclamou toque de mão. Mas o árbitro negou.
Ficha técnica:
CORINTHIANS 2x2 PONTE PRETA
CORINTHIANS
Felipe; Alessandro, Chicão, Diego (Souza) e Wellington Saci; Cristian, Elias, Boquita e Douglas (Otacílio Neto); Dentinho (Lulinha) e Ronaldo.
Técnico: Mano Menezes.
PONTE PRETA
Aranha; Edílson, Gum, Jean e Alessandro; Deda, Guilherme, William, Dener (Tinga) e Leandrinho (Bia); Márcio Mexirica (Savóia).
Técnico: Marco Aurélio.
Gols: Leandrinho, aos 32 minutos, e Ronaldo, aos 36 do primeiro tempo; Ronaldo, aos 12 minutos, Gum, aos 30 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Cristian (C); Edílson, William, Gum, Jean (P) .
Cartão vermelho: Edílson (P).
Público: 19.945 pagantes Renda: R$ 506.261,50
Estádio: Pacaembu. Data: 25/03/2009.
Árbitro: Robinson José Andréa de Góes.
Auxiliares: Cláudio Roberto da Costa e Fábio Rogério Baesteiro.